Parkinson DOENÇA DE Mirum: Vivamus est ipsum, vehicula nec, feugiat rhoncus, accumsan id, nisl. Lorem ipsum dolor sit amet, consectetuer PARKINSON - TRATAMENTO COM ESTIMULAÇÃO CEREBRAL DE VOLTA PARA O FUTURO ! “De Volta para o Futuro” foi um filme que teve duas sequências (De Volta para o Futuro II e III) e fez muito sucesso na década de 80 e estrelou o artista Michael J. Fox. Além de ser um artista de muito sucesso em Hollywood, Michael J. Fox teve doença de Parkinson em 1991, o que veio a interromper sua carreira. Longe de se render à doença, ele criou uma fundação para a pesquisa da doença e devido ao seu contínuo apoio à causa da doença de Parkinson, o Instituto Karolinska da Suécia (uma das maiores e melhores faculdades de medicina da Europa) concedeu-lhe o título de Doutor honoris causa. JAMES PARKINSON Médico inglês que descreveu a doença James Parkinson (17551824) nasceu em Londres, Inglaterra e foi um cirurgião, geologista, paleontólogo e ativista político. Ele foi a primeira pessoa a descrever sistematicamente a doença que hoje leva o seu nome. Ele escreveu diversos trabalhos médicos que demonstram preocupação com a saúde e o bem estar da população. Abaixo seu trabalho original sobre a doença de Parkinson (que ele chamou de “shaking palsy” ou paralisia trêmula) RIGIDEZ E TREMOR A despeito do avanço das pesquisas médicas, não se conhece muito bem o que causa a doença de Parkinson, mas entende-se como a doença afeta os movimentos do corpo. Todo movimento depende de uma adequada sincronia entre os diversos músculos envolvidos na ação. Assim, quando um determinado músculo se contrai, outro músculo precisa relaxar para que o braço se movimente de forma suave e harmônica, Por exemplo, para fletir o antebraço é preciso contrair o bíceps ao mesmo tempo que o tríceps é relaxado (veja a figura). Ao contrário, para se extender o antebraço é preciso contrair o tríceps ao mesmo tempo que o bíceps é relaxado. Na doença de Parkinson este processo de contração e relaxamento está prejudicado, causando dois sintomas principais: a rigidez e o tremor. JAMES PARKINSON Estudava fósseis James Parkinson, além de suas atividades como médico, levava seus filhos e amigos em excursões para coletar fósseis. Em 1804 publicou um dos primeiros livros científicos sobre fósseis “Organic Remains of a Former World”. Um determinado tipo de fóssil chamado amonita (abaixo), recebeu o nome Parkinsonia parkinsoni em sua homenagem. Estimulador cerebral Atualmente se sabe que a deficiência de uma substância no cérebro chamada dopamina é que causa estes distúrbios. Assim, de modo geral, o tratamento da doença de Parkinson é baseado em medicações à base desta substância (como por exemplo a levodopa) ou de medicações que bloqueiam a destruição da dopamina (como a selegilina). Entretanto, conforme a doença avança, mesmo estas medicações são ineficientes para conter seus graves sintomas. A medicina progrediu e criou uma forma de tratamento para a doença de Parkinson avançada: o Deep Brain Stimulation (DBS) (ou Estimulador Cerebral Profundo). Como um marca-passo... No cérebro existem determinadas áreas de maior concentração de neurônios. Estas áreas são denominadas gânglios. Alguns gânglios relacionados com a doença de Parkinson são por exemplo o gânglio subtalâmico, o globo pálido e o tálamo. Descobriu-se que a estimulação elétrica de alguns gânglios causava melhora dos sintomas da rigidez e do tremor, conforme o gânglio estimulado. Pesquisou-se então uma forma de gerar impulsos elétrico constantemente no gânglio-alvo, utilizando-se para isso um neuroestimulador. Estes aparelhos são muito semelhantes aos marca-passos cardíacos, tanto em função quanto em tamanho. Veja acima a figura de uma neuroestimulador em tamanho natural. Nike MAG 10 mil dólares... Em “Back to the Future II”, Michael J. Fox usa um tênis futurístico fabricado pela Nike que entre outras coisas, amarrava-se sozinho. Durante muito anos os fãs pediram à Nike que comercializasse o tênis para o público. Após seis anos de trabalho, o tênis Nike MAG foi lançado em 2011, numa série limitada e leiloados na internet, com preços que começavam em 10 mil dólares e chegando a mais de 90 mil dólares o par. Toda renda foi revertida em prol da fundação de Michael J. Fox Eletródio Bem, é claro que não é possível colocar o neuroestimulador dentro do cérebro, então os impulsos elétricos são conduzidos ao gânglio por meio de um eletródio, cuja ponta é colocada sobre o local a ser estimulado. O eletródio liga-se ao neuroestimulador por meio de um conector. Implante O neuroestimulador é implantado no mesmo local de uma marcapasso comum (geralmente embaixo da pele na região da clavícula) - veja o conjunto completo: 1)Neuroestimulador, 2)Conector, 3)Eletródio. É um procedimento experimental? Não, este procedimento já é largamente utilizado nos Estados Unidos (onde é aprovado pelo FDA Food and Drug Aministration), Europa e Japão. No Brasil, o Como a ponta do eletródio é posicionada? procedimento é A ponta do eletródio é colocada milimetricamente no local exato por meio de uma tecnologia chamada estereotaxia por fusão de imagens. aprovado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) Estereotaxia Um aparelho (chamado arco de estereotaxia) é posicionado na cabeça do paciente e com o auxílio de uma aparelho de tomografia, são calculadas as coordenadas estereotáxicas exatas do alvo. Depois estas coordenadas são fundidas com as imagens de ressonância magnética, conferindo maior precisão do alvo. Pouco agressivo Ajustável Uma das vantagens deste procedimento é o seu baixo grau de agressividade. A primeira parte do procedimento, o implante do eletródio no cérebro, é feito com anestesia local apenas. Depois o implante do neuroestimulador é feito com anestesia geral, com mínima perda sanguínea, de modo que o paciente pode ficar apenas um ou dois dias no hospital. Outra grande vantagem desta técnica é a possibilidade de se ajustar o neuroestimulador, conforme a doença avança. Para isto basta usar um regulador e em poucos minutos o neuroestimulador é reprogramado. A reprogramação pode ser feita no próprio consultório. Mas então é um procedimento muito caro. Os materiais envolvidos podem ser custeados pelo meu convênio? Sim, por ser cadastrado na ANS, ele é de cobertura obrigatória (a cobertura pode depender de outros fatores, como data de contratação do plano, a preexistência da doença ou os prazos de carência) Você mesmo pode checar se seu plano dá direito à este procedimento no site da ANS www.ans.gov.br. Entre no menu à direita em “O que o seu plano deve cobrir”, depois clique no retângulo verde onde se lê “Consultar se o procedimento faz parte da cobertura mínima obrigatória”. Nova janela se abrirá, no item “Segmentação”, clique em “Internação” e depois procure pelos termos IMPLANTE DE ELETRODOS E/OU GERADOR PARA ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA . Em que situações pode-se fazer uso deste tratamento? Conforme deliberado pela ANS, este tratamento é de cobertura obrigatória pelos convênios quando pelo menos um dos seguintes critérios for preenchido: a) paciente com doença de Parkinson, refratário ao tratamento medicamentoso, sem outra doença neurológica ou psiquiátrica associada, que apresente função motora preservada ou residual no segmento superior; b) paciente maior de oito anos, com distonia primária refratária ao tratamento medicamentoso.