Lista – Álgebra Linear Modelagem Matemática e Computacional Prof. José Geraldo (Dated: 03 de dezembro de 2015) Nome: Observações 1. Esta lista deve ser entregue no dia 16 de dezembro, impreterivelmente. 2. Justifique suas respostas. Questões 1. Sejam V um espaço vetorial real de dimensão finita n e B = {Φ : V × V → R|Φ é forma bilinear} o conjunto de todas as formas bilineares sobre V . (a) Mostre que B é um espaço vetorial. (b) Calcule a dimensão de B. (c) Sejam A = {Φ ∈ B|Φ é antissimétrica} e S = {Φ ∈ B|Φ é simétrica} subconjuntos de B formados pelas formas bilineares antissimétricas e simétricas, respectivamente. Mostre que A e S são subespaços de B. (d) Mostre que A S = B. 2. Considere o conjunto dos polinômios reais de grau menor ou igual a n, Pn e a seguinte aplicação f : Pn × Pn → R, dada por ˆ f (p, q) = 1 w (x) p (x) q (x) dx. −1 Que propriedades a função w (por vezes chamada “função peso”) deve satisfazer para que a aplicação acima seja um produto interno em Pn ? 3. Seja V um espaço vetorial de dimensão finita n. Suponha que em V dois produtos internos estejam definidos: h·, ·i e hh·, ·ii. Construa um exemplo para mostrar que um 2 operador linear autoadjunto em relação ao produto interno h·, ·i não é autoadjunto em relação ao produto interno hh·, ·ii. 4. Resolva os exercícios 9, 10 e 11 da seção 9.4 do livro do Boldrini. 5. Sejam V um espaço vetorial complexo de dimensão finita n dotado de produto interno h·, ·i e T : V → V um operador linear. Denotamos T̄ o adjunto de T . (a) Mostre que T̄¯ = T , i.e., o adjunto do adjunto de T é o próprio T . (b) Se W é subespaço invariante a T, mostre que W ⊥ é subespaço invariante a T̄ . (c) Seja S = T̄ T . Mostre que S é autoadjunto. N.B.: T̄ T é uma simplificação para a notação de T̄ ◦ T . (d) Mostre que os autovalores de S são números reais não-negativos. 6. Sejam V um espaço vetorial complexo de dimensão finita n dotado de produto interno h·, ·i e X : V → V e Y : V → V operadores lineares. Definimos R = αX + βY . Mostre que R̄ = α∗ X̄ + β ∗ Ȳ . 7. Sejam V um espaço vetorial complexo de dimensão finita n dotado de produto interno h·, ·i e T : V → V um operador linear normal, i.e., T T̄ = T̄ T . (a) Mostre que o operador R = T + αI é normal, onde α é um número complexo qualquer e I é o operador identidade. (b) Mostre que se ~v é autovetor de T com autovalor µ, então ~v também é autovetor de T̄ com autovalor µ∗ . 2 Adjutório: Verifique que k(T + µI) ~v k2 = T̄ + µ∗ I ~v = 0, onde a norma é induzida pelo produto interno. (c) Mostre que autovetores de T associados a autovalores distintos são ortogonais. (d) Seja W = span {~v } o subespaço gerado pelo autovetor ~v de T com autovalor µ. Mostre que W é invariante a T̄ e W ⊥ é invariante a T . (e) Considere a restrição do operador T ao subespaço W ⊥ , T |W ⊥ . Em outras palavras, T |W ⊥ (w) ~ ≡ T (w) ~ , para todo w ~ ∈ W ⊥ . Mostre que T |W ⊥ é operador linear normal. Além disso, mostre que o polinômio característico de T |W ⊥ divide o polinômio característico de T . 3 (f) Use os resultados acima para provar o seguinte Teorema: Sejam V um espaço vetorial complexo de dimensão finita n dotado de produto interno h·, ·i e T : V → V um operador linear normal. Então, existe uma base ortonormal β de V na qual [T ]ββ é matriz diagonal. Reciprocamente, uma matriz diagonal representa, em relação a uma base ortonormal β de V , um operador normal. Adjutório: Proceda por indução, mostrando que o teorema é válido para espaços vetoriais unidimensionais e, em seguida, suponha que o teorema é válido para espaços de dimensão n−1 e, então, conclua que é válido para espaços de dimensão n.