CEFET/MG Exercı́cios e questões de Álgebra Linear Versão 1.2 Prof. J. G. Peixoto de Faria Departamento de Fı́sica e Matemática 25 de outubro de 2012 Digitado em LATEX (estilo RevTEX). 2 I. À GUISA DE NOTAÇÃO → Vetores são representados por letras latinas minúsculas sob uma seta como u; matrizes por letras latinas em negrito, como A; e números, muitas vezes, por letras gregas minúsculas. At indica a transposta de A. A† indica o conjugado hermiteano da matriz A, i.e., A† = (A∗ )t . α∗ indica o conjugado complexo de α. O conjunto das matrizes reais (ou complexas) de ordem n × m é designado por Mn×m (R) (ou Mn×m (C)). O conjunto dos polinômios de grau menor ou igual a n é Pn ; o conjunto de todos os polinômios de grau qualquer é P. C 0 designa o conjunto das funções contı́nuas; C 1 , o conjunto das funções diferenciáveis; C n , o conjunto das funções n-vezes diferenciáveis. O espaço gerado pelo conjunto de vetores n→ → o → span v 1 , v 2 , . . . , v n . n→ → o → v 1, v 2, . . . , v n é designado por det M é o determinante da matriz quadrada de ordem n × n M = [aij ], i.e., X det M = sgn (σ) a1σ(1) a2σ(2) × · · · × anσ(n) , σ∈Sn onde Sn é o conjunto de todas as permutações σ do conjunto {1, 2, . . . , n} e sgn (σ) é o sinal da permutação σ. tr M é o traço da matriz quadrada M, i.e., a soma dos elementos da diagonal principal de M. II. ALGUMAS PROPRIEDADES ÚTEIS 1. Propriedades do traço de uma matriz: (a) tr M = tr Mt ; (b) tr (M + N) = tr M + tr N; (c) tr (αM) = α tr M, α ∈ R; (d) tr (MN) = tr (NM). 2. Propriedades do determinante de uma matriz: 3 (a) det (MN) = det M det N; (b) det Mt = det M; (c) det αM = αn det M. 4 III. MATRIZES 1. Sejam A, X e J as matrizes 1 −1 x y 0 1 , X = , J = . A= 2 0 z w −1 0 Obtenha a(s) solução(ões) (i.e., obtenha X) da equação matricial AX − XA = J. 2. Considere a equação matricial AX = J, onde 1 2 −2 0 0 A = 2 −1 −1 , J = 0 6 1 −1 1 6 0 (a) Qual deve ser a ordem da matriz X para que a equação acima esteja bem definida? (b) Verifique se a matriz A possui inversa. (c) Determine a solução da equação matricial, i.e., determine o conjunto das matrizes X que satisfazem a equação acima. 3. Formalmemente, a exponencial de uma matriz quadrada M de ordem n é a matriz quadrada eM , também de ordem n, dada pela expressão M e ∞ X 1 k 1 k 1 2 M . = I + M + M + ··· + M + ··· = I + 2 k! k! k=1 Seja A uma matriz quadrada de ordem n, tal que A2 = I, onde I é a matriz identidade de ordem n. (a) Mostre que etA = I cosh t + A senh t, onde t é um número. (b) Mostre que a inversa de eA é e−A . Lembretes: ∞ X ex + e−x 1 2k cosh x = =1+ x , 2 (2k)! k=1 ∞ senh x = ex − e−x X 1 = x2k+1 , 2 (2k + 1)! k=0 cosh2 x − senh2 x = 1. 5 4. Uma matriz quadrada A é dita idempotente se A2 = A, onde A2 = AA. (a) Calcule os possı́veis valores de k que tornem a matriz abaixo idempotente. 1 k A = 4 . k 34 (b) Seja B a matriz-coluna B= cos θ iφ e sen θ . Verifique que a matriz BB† é idempontente. 5. Sejam A = [aij ] e B = [bij ] matrizes quadradas de ordem n×n. Mostre que tr A† B = ∗ tr B† A . ∗ Adjutório: use as propriedades do traço e lembre-se que A† = (At ) = (A∗ )t . 6. Uma matriz quadrada de ordem n × n real simétrica M é positiva (ou semidefinida positiva) se vt Mv ≥ 0, onde v é uma matriz-coluna não-nula de ordem n×1. Verifique que, se λ é autovalor de M positiva, então λ ≥ 0. Por outro lado M é estritamente positiva se vt Mv > 0. Neste caso, se λ é autovalor de M estritamente positiva, então λ > 0. 7. Sejam λm e λM o menor e o maior autovalor de uma matriz quadrada de ordem n × n real simétrica M. Verifique que λm ≤ vt Mv ≤ λM , onde v é uma matriz-coluna não-nula de ordem n × 1 tal que vt v = 1. IV. SISTEMAS LINEARES 1. Considere os sistemas lineares −x − y + az = −1 I. −ax + y + z = 1 2x − 2ay + 2z = −2 − a 2x + by + z = 3 + b II. x + 2y + 2bz = 2 x − y − bz = 2 . Usando o escalonamento à forma escada linha-reduzida, obtenha os valores de a e de b que tornem cada um dos sistemas acima 6 (a) possı́vel e indeterminado; (b) impossı́vel; (c) possı́vel e determinado. 2. Considere o sistema linear x + 2y − 2z = 1 2x − y − z = −2 x − y + z = 2 (a) Verifique que o sistema é possı́vel e determinado, calculando o determinante da matriz de coeficientes. (b) Use o escalonamento à forma escada linha-reduzida e obtenha a matriz inversa da matriz de coeficientes. (c) Obtenha a solução do sistema usando a matriz calculada no item (2b). V. ESPAÇOS LINEARES 1. Considere o conjunto das matrizes reais quadradas de ordem n, Mn×n (R). São subconjuntos de Mn×n (R) o conjunto das matrizes quadradas de ordem n simétricas, Sn×n (R) = {A ∈ Mn×n (R) |A = At }, e o conjunto das matrizes quadradas antisimétricas, An×n (R) = {A ∈ Mn×n (R) |A = −At } . N.B. At indica a matriz transposta de A. (a) Verifique que Sn×n (R) e An×n (R) são subespaços de Mn×n (R). (b) Verifique que Mn×n (R) = Sn×n (R) ⊕ An×n (R). 2. Dizemos que duas matrizes A e B comutam se AB = BA. Seja M uma matriz quadrada de ordem n × n. Mostre que o conjunto das matrizes n × n que comutam com a matriz M formam um subespaço vetorial do conjunto das matrizes quadradas de ordem n × n, Mn×n . 3. Dizemos que duas matrizes A e B anticomutam se AB = −BA. Seja M uma matriz quadrada de ordem n × n. Mostre que o conjunto das matrizes n × n que anticomutam 7 com a matriz M formam um subespaço vetorial do conjunto das matrizes quadradas de ordem n × n, Mn×n . 4. Considere os seguintes conjuntos E = {1, 1 + x, x + x2 } e F = {2, x − 1, 4x2 }. (a) Mostre que E e F são bases de P2 , o conjunto dos polinômios de grau menor ou igual a 2. (b) Encontre a matriz de mudança de base MFE . 5. Sejam V = span {(1, 2, 2, 3) , (2, 4, 1, 3) , (3, 6, 1, 4)} e U = span {(0, 0, 1, 1) , (1, 2, 3, 4)} subespaços de R4 . Obtenha uma base para V ∩ U . 6. Considere o subespaço vetorial de R3 , V = {(x, y, z) |x + y = 0, z − 3x = 0}. (a) Determine uma base para V . (b) Determine um subespaço U tal que V ⊕ U = R3 . 7. Verifique que os seguintes conjuntos são espaços lineares: (a) O conjunto das funções reais definidas no intervalo [0, 1], F = {f : [0, 1] → R}. (b) O conjunto das funções reais contı́nuas definidas em R, C0 = {f : R → R |f é contı́nua}. Adjutório: i. A soma de duas funções contı́nuas é uma função contı́nua. ii. O produto de uma função contı́nua por uma constante é uma função contı́nua. (c) O conjunto das funções reais definidas em R e com primeira derivada contı́nua em todo seu domı́nio, C 1 = {f : R → R |f 0 é contı́nua}. Adjutório: i. A soma de duas funções diferenciáveis é uma função diferenciável. ii. O produto de uma função diferenciável por uma constante é uma função diferenciável. (d) O conjunto das funções reais contı́nuas definidas no intervalo [a, b], f : [a, b] → R, tais que Z b K (x) f (x) dx < ∞, a 8 onde K é uma dada função contı́nua em [a, b]. 8. Sejam W e W 0 subespaços do espaço linear V , tais que W = U ⊕ X e W 0 = U ⊕ Y , n→o 0 onde U = W ∩ W . Mostre que X ∩ Y = 0 . VI. TRANSFORMAÇÕES LINEARES 1. Sejam E = {(1, 1) , (1, −1)} e F = {(1, 1, 1) , (1, 0, 1) , (0, 1, 1)} bases de R2 e R3 respectivamente. Considere a transformação linear T : R2 → R3 , representada pela matriz [T ]E F 1 2 = 1 −2 . −1 0 (a) Determine T (x, y). (b) Determine ker T e im T . (c) Determine a base ordenada G de R3 em que T é representada pela matriz 1 0 E [T ]G = 0 0 . 0 1 2. Considere o conjunto das funções de uma única variável real definidas no intervalo [0, 1], F = {f : [0, 1] → R}. Definimos a seguinte transformação M : F → F, tal que M f (t) = tf (t). M é uma transformação linear? 3. Considere o conjunto das funções de uma única variável real definidas no intervalo [0, 1], F = {f : [0, 1] → R}. Definimos a seguinte transformação Mg : F → F, tal que Mg f (t) = g (t) f (t), onde g é uma dada função contı́nua no intervalo [0, 1]. Mg é uma transformação linear? VII. DIAGONALIZAÇÃO DE OPERADORES LINEARES 1. Sejam M2×2 (R) o conjunto das matrizes reais quadradas de ordem 2 e T : M2×2 (R) → M2×2 (R) a aplicação definida por T A = At . Em outras palavras, a aplicação T mapeia uma matriz quadrada de ordem 2 na sua transposta. 9 (a) Verifique que T é um operador linear. (b) Encontre os autovalores e os autovetores de T . 2. Considere o operador linear T R3 : → R3 definido por T (x, y, z) = (2x + y, y − z, 2y + 4z). (a) Encontre os autovalores e os autovetores de T . (b) T é diagonalizável? Justifique. 3. Considere o conjunto dos polinômios reais de grau menor ou igual a 3, P3 (R) = {p (t) = at3 + bt2 + ct + d |a, b, c, d ∈ R }. Seja T : P3 (R) → P3 (R), a transformação linear definida como T at3 + bt2 + ct + d = (a + b) t3 + (b − a) t2 + (2d − c) t + (2c − d) . Obtenha (a) os autovalores de T e (b) os respectivos autovetores de T . 4. Considere o espaço linear V = W ⊕ U , onde W e U são subespaços de V . O operador linear π : V → V é definido como → → → → → → → Dado v =w + u, onde w∈ W e u∈ U, então, π v =w, ou seja, π é uma projeção sobre o subespaço W . (a) Determine os autovalores de π. Adjutório: Use π 2 = π. (b) É π diagonalizável? 5. Considere o conjunto dos polinômios reais de grau menor ou igual a 2, P2 (R) = {p (t) = at2 + bt + c |a, b, c ∈ R }. Seja T : P2 (R) → P2 (R) o operador linear definido como T at2 + bt + c = (2b − a) t2 + (2a − b) t − 3c. Obtenha os subespaços de P2 que são invariantes a T . Adjutório: W é subespaço invariante ao operador linear T se, dado w ~ ∈ W qualquer, então T w ~ ∈ W. 10 VIII. PRODUTO INTERNO 1. Seja f : R2 × R2 → R uma função definida como → → h→i t h i B → f v, u = v gB u , B B h→i h→i → → onde v e u representam os vetores v e u em uma determinada base B de R2 B B B e gB é uma matriz quadrada de ordem 2, dada por 1 b B . gB = b 4 Qual(is) deve(m) ser o(s) valor(es) de b para que f seja um produto interno em R2 ? 2. Considere o conjunto das matrizes reais quadradas de ordem n, Mn×n (R). Definimos a função f : Mn×n (R) × Mn×n (R) → R, como f (A, B) = tr (At B). Verifique que f define um produto interno sobre Mn×n (R). Adjutório: Use as propriedades do traço e e a definição do produto de duas matrizes. 3. Considere o espaço vetorial R4 com produto interno canônico. Seja W o subespaço de R4 formado pelos vetores que são ortogonais a (1, 0, −1, 1) e (2, 3, −1, 2). Determine uma base ortonormal para W . D → →E N.B. O produto interno canônico em R4 é definido como v , u = x1 y1 +x2 y2 +x3 y3 + → → x4 y4 , onde v = (x1 , x2 , x3 , x4 ), u= (y1 , y2 , y3 , y4 ). n→ o → 4. Seja V um espaço vetorial real dotado de produto interno h·, ·i. Seja B = e 1 , . . . , e n → → → uma base ortonormal neste espaço. Pode-se mostrar que, se u= a1 e 1 + . . . + an e n , D→ →E → → → → → v = b1 e 1 + . . . + bn e n , então o produto interno entre u e v é dado por u, v = a1 b 1 + . . . + an b n . Considere o espaço vetorial R2 dotado de um produto interno que, na base canônica C, é dado por D→ →E u, v = 2a1 b1 − a1 b2 − a2 b1 + 3a2 b2 , → → onde u= (a1 , a2 ) e v = (b1 , b2 ). (a) Use o processo de ortonormalização de Gram–Schmidt para obter uma base B em que o produto interno é escrito como D→ →E u, v = α1 β1 + α2 β2 , 11 h→i h→i α1 β , v = 1 . onde u = B B α2 β2 (b) Obtenha a matriz de mudança de base MC B. IX. OPERADORES ESPECIAIS 1. Considere o conjunto das matrizes reais quadradas de ordem n × n, Mn (R), e o operador linear T : Mn (R) → Mn (R), definido como T (M) = Mt . Definimos o produto interno hA, Bi = tr (At B), onde A e B pertencem a Mn (R) e tr M é o traço de M (a soma dos elementos da diagonal principal). O operador T é autoadjunto com relação a este produto interno? Adjutório: Use as propriedades do traço. 2. Considere o conjunto das matrizes reais quadradas de ordem n × n, Mn (R), e o operador linear TX : Mn (R) → Mn (R), definido como TX (M) = XM − MX, onde X é uma matriz quadrada real simétrica de ordem n × n fixa. Define-se o produto interno hA, Bi = tr (At B), onde A e B pertencem a Mn (R) e tr M é o traço de M (a soma dos elementos da diagonal principal). O operador TX é autoadjunto com relação a este produto interno? Adjutório: Use as propriedades do traço. 3. Considere o espaço vetorial C2 e o operador linear T : C2 → C2 , tal que T (1, 0) = (1 + i, 1), T (0, 1) = (i, i). Vamos denominar T̄ o adjunto de T em relação ao produto interno canônico definido sobre C2 . (a) Determine a matriz que representa T̄ na base canônica. (b) T é auto-adjunto? Justifique. N.B. O produto interno canônico em C2 é definido como → D→ →E v , u = x∗1 x2 + y1∗ y2 , onde → v = (x1 , y1 ), u= (x2 , y2 ). A base canônica em C2 é o conjunto C = {(1, 0) , (0, 1)}. 4. Considere o espaço vetorial R2 e o operador linear Tθ : R2 → R2 , tal que Tθ (1, 0) = (cos θ, sen θ), Tθ (0, 1) = (− sen θ, cos θ), com 0 ≤ θ < 2π. Vamos denominar T̄θ o adjunto de Tθ em relação ao produto interno canônico definido sobre R2 . 12 (a) Determine a matriz que representa T̄θ na base canônica. (b) Tθ é ortogonal? Justifique. N.B. O produto interno canônico em R2 é definido como → D → →E v , u = x1 x2 + y1 y2 , onde → v = (x1 , y1 ), u= (x2 , y2 ). A base canônica em R2 é o conjunto C = {(1, 0) , (0, 1)}. 5. Seja V um espaço vetorial de dimensão finita dotado dos produtos internos h·, ·i e hh·, ·ii. Seja T : V → V um operador linear autoadjunto em relação ao produto interno h·, ·i. Pode-se afirmar que T também é autoadjunto em relação ao produto interno hh·, ·ii? X. FORMAS LINEARES, BILINEARES E QUADRÁTICAS 1. Seja Φ : R2 × R2 → R a função definida por Φ ((x1 , y1 ) , (x2 , y2 )) = x1 y2 − y1 x2 . (a) Verifique que Φ é uma forma bilinear e que, além disso, é antisimétrica. (b) Encontre a matriz [Φ]B B associada a esta forma na base B = {(1, 1) , (1, −1)}. → → → → N.B. Uma forma bilinear Φ é antisimétrica se Φ v , u = −Φ u, v . 2. Seja Φ : R2 × R2 → R a função definida por Φ ((x1 , y1 ) , (x2 , y2 )) = x1 x2 + y1 y2 − x1 y2 − x2 y 1 . (a) Verifique que Φ é uma forma bilinear e que, além disso, é simétrica. (b) Encontre a matriz [Φ]B B associada a esta forma na base B = {(1, 1) , (1, −1)}. → → → → N.B. Uma forma bilinear Φ é simétrica se Φ v , u = Φ u, v . 3. Considere o espaço vetorial R3 . Definimos a função → → a1 a2 a a a a + det 2 3 + det 3 1 , ω u, v = det b1 b2 b2 b3 b3 b1 → → onde u= (a1 , a2 , a3 ), v = (b1 , b2 , b3 ). (a) É ω uma forma bilinear? (b) Em caso afirmativo, ω é uma forma bilinear simétrica ou antisimétrica? 13 (c) Calcule a matriz que representa ω na base B = {(2, 1, 1) , (0, 1, −1) , (−1, 1, 1)}. 4. Diagonalize (i.e., encontre os autovalores e autovetores) a forma quadrática definida por Q (x, y, z) = 16x2 + 4y 2 + 4z 2 − 8xy − 8xz − 4yz. 5. Diagonalize a forma quadrática definida por Q (x, y, z) = 4x2 + 2y 2 + 2z 2 − 4xy + 4xz. 6. Seja V um espaço vetorial complexo de dimensão finita n e seja V ∗ o conjunto de todas as formas lineares f : V → C definidas em V . Mostre que V ∗ é um espaço vetorial de dimensão n. XI. AVANÇADOS 1. Tente obter os “autovalores”e os autovetores associados aos operadores definidos nos exercı́cios 2 e 3 da seção VI. 2. Uma matriz quadrada de ordem n × n real simétrica M é positiva (ou semidefinida positiva) se vt Mv ≥ 0, onde v é uma matriz-coluna não-nula de ordem n×1. Verifique que, se λ é autovalor de M então λ ≥ 0. Por outro lado M é estritamente positiva se vt Mv > 0. Neste caso, se λ é autovalor de M então λ > 0. 3. Sejam λm e λM o menor e o maior autovalor de uma matriz quadrada de ordem n × n real simétrica M. Verifique que λm ≤ vt Mv vt v ≤ λM , onde v é uma matriz-coluna não-nula de ordem n × 1. 4. Seja V um espaço vetorial de dimensão finita n definido sobre o corpo K, com K = R ou K = C. Como se sabe, o conjunto de todas as formas lineares f : V → K é um espaço vetorial cuja dimensão coincide com a de V . (a) Verifique que o conjunto de todas as formas bilineares (ou sesquilineares, caso K = C) Φ : V × V → K é um espaço vetorial. Qual é a dimensão deste espaço? (b) Verifique que o conjunto de todas as formas quadráticas Q : V × V → K é um espaço vetorial. Qual é a dimensão deste espaço?