smbprn.00000001 Microsoft Word - O NOVO SURTO 2011 de Febre

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Febre aftosa no Paraguai
deixa MS sob alerta
Foco da doença foi confirmado a 130 km das cidades de Iguatemi e
Amambaí; governo brasileiro deve suspender compra de carnes e gados
JOÃO NAVES DE OLIVEIRA -
ESPECIAL PARA O Estado de S.Paulo, CAMPO GRANDE -
20 de setembro de 2011
O Mato Grosso do Sul assumiu alerta máximo em toda a fronteira com o
Paraguai, no extremo sul do Estado. O objetivo da medida é impedir a
transmissão do vírus da febre aftosa ao rebanho bovino da região, depois que
um foco foi identificado no Paraguai, a 130 quilômetros das cidades de Iguatemi
e Amambaí.
O governo brasileiro deve anunciar hoje a suspensão das compras de
carnes in natura e de gado vivo do Paraguai. De acordo com fontes do governo, o
objetivo da medida é restringir o trânsito de bovinos na fronteira.
Segundo informações da Superintendência Federal de Agricultura em
Campo Grande, a doença foi confirmada pelas autoridades sanitárias do país
vizinho. O foco foi localizado em Sargento Loma, distrito de San Pedro, onde o
vírus foi detectado em 13 bovinos - cerca de 1 mil cabeças da espécie serão
sacrificadas.
O delegado federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Orlando Baez,
disse que todos os recursos necessários estão mobilizados para evitar "qualquer
ameaça ao rebanho do Estado". "Estamos muito atentos, principalmente com o
contrabando de gado entre os dois
países." Até o início deste semestre,
o MS comprava bois do Paraguai,
em razão da queda da oferta do
produto por causa da estiagem.
Segundo
a
secretária
estadual de Produção, Tereza
Cristina Corrêa da Costa, as
suspeitas estão circulando há duas
semanas. "Temos a situação sob
total controle. Além do controle do
trafego de animais e produtos que
possam
oferecer
perigo,
o
calendário da vacina antiaftosa está totalmente em dia."
Prevenção. A Argentina também declarou alerta sanitário na fronteira
com o Paraguai, enquanto o Uruguai já comunicou que as importações de
carnes estão suspensas. Além de barrar o produto do Paraguai, o Serviço
Nacional de Sanidade e Qualidade Agro alimentar (SENASA) da Argentina
decidiu antecipar para hoje o início da segunda etapa de vacinação do rebanho
contra febre aftosa nas províncias de Salta, Formosa, Chaco, Corrientes,
Misiones e Entre Ríos.
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Por meio de nota, o presidente do Senasa, Jorge Amaya, informou que o
organismo suspendeu, "de forma preventiva, a entrada na Argentina de
importação, ou trânsito para terceiros países, de toda mercadoria originária do
Paraguai que possa ser veículo do vírus da febre aftosa".
A nota diz ainda que a Argentina "adotou medidas extraordinárias de
controle e prevenção". Nesse sentido, o Senasa ordenou "reforçar o pessoal
profissional e técnico nos postos de controle e áreas fronteiriças de risco; a
intensificação dos controles nas cargas comerciais dos produtos autorizados a
entrar no país; assim como uma maior restrição a objetos, produtos ou
mercadorias sob a modalidade de trânsito entre os vizinhos, entre outras." /
COLABORARAM
CORRESPONDENTE
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•
VENILSON
FERREIRA
E
MARINA
GUIMARÃES,
Publicada em 19 set 2011 às 13:51
vista 66 vezes
Quarta, 21 de Setembro de 2011
Brasil tenta isolar foco de febre aftosa no Paraguai
VENILSON FERREIRA / BRASÍLIA
Governo brasileiro suspendeu ontem a importação de
animais vivos e de carne bovina do país vizinho
O Brasil anunciou ontem a suspensão temporária da importação de
animais vivos e de carne in natura provenientes do Paraguai. A mesma
medida foi adotada pela Argentina e pelo Uruguai, após a confirmação de um
foco de febre aftosa no departamento de San Pedro. A restrição às
importações afeta o mercado interno, pois até julho deste ano a entrada de
carne bovina paraguaia somou 5,5 mil toneladas, totalizando US$ 29,1
milhões.
Nas estatísticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA,
em inglês), o Paraguai ocupa o sétimo lugar entre os principais países
exportadores, com previsão de embarque de 310 mil toneladas neste ano. O
Brasil, que lidera o mercado mundial, deve exportar 1,6 milhão de toneladas
em 2011.
A justificativa apresentada pelo Ministério da Agricultura para barrar a
carne paraguaia é que a medida tem o objetivo de "proteger o patrimônio
pecuário brasileiro e garantir a manutenção do status sanitário alcançado ao
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longo dos últimos anos". O governo brasileiro diz que está acompanhando a
aplicação, pelas autoridades paraguaias, das medidas para o controle,
erradicação e investigação do caso de aftosa.
O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, diz que a situação no Brasil
está tranquila e que a fiscalização está
sendo intensificada na região de fronteira.
O secretário executivo da Pasta, José
Carlos Vaz, diz que as medidas adotadas
até o momento são suficientes para
impedir a entrada do vírus no território
nacional. "Estamos em alerta, com apoio
dos governos estaduais e das Forças
Armadas. Estamos monitorando e, se
necessário, iremos reforçar as medidas."
Fronteira. Boiadas de pecuaristas
brasileiros e paraguaios estão sendo
barradas na divisa seca entre Mato
Grosso do Sul e Paraguai. O trânsito de animais está proibido para saída ou
entrada no país vizinho. Forças Armadas vigiam a fronteira, ajudando as
autoridades sanitárias, disse o governador de Mato Grosso do Sul (MS),
André Puccinelli
Segundo ele, tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica
confirmaram participação ativa no trabalho de defesa sanitária. "Além das
Forças Armadas, reforçamos a fiscalização aumentando o número de agentes
sanitários nos postos de fiscalização. Também contamos com forças policiais
do Estado."
O governador explicou que, na sexta-feira, foi desencadeada a
Operação Ágata 1 na fronteira. "Entre as missões predeterminadas na
operação, Exército, Marinha e Aeronáutica concordaram em atuar também no
bloqueio sanitário, impedindo a entrada ilegal de gado. Calculamos que do
local do foco de aftosa no Paraguai, até o centro do município de Amambaí
(MS), um caminhão de bois poderá gastar no máximo três horas."
O vaivém de bovinos entre Mato Grosso do Sul e os municípios paraguaios
que fazem divisa com o Estado, já resultou em um dos maiores surtos de
aftosa. Em 2005, a doença obrigou a interdição das fazendas de pecuária de
11 cidades no extremo sul do Estado. Na ocasião, foram sacrificados quase
36 mil animais e o comércio na região entrou em crise com a falta de clientes
e desemprego. O resultado final das análises concluiu que a contaminação
veio do Paraguai.
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A confirmação do foco de aftosa no Paraguai levou a Federação de
Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL) a promover
reuniões de esclarecimento das ações do Ministério da Agricultura. Junto com
os sindicatos rurais da região de fronteira com o Paraguai, a FAMASUL
realizará amanhã encontros nas cidades de Bela Vista, Ponta Porã e
Eldorado. Na sexta-feira, a reunião será em Amambai.
Horário Tinoco, médico veterinário da FAMASUL, disse que a intenção
é esclarecer os fatos, explicar quais ações estão sendo tomadas e orientar
sobre como o produtor rural pode contribuir para que a situação permaneça
sob controle no Estado.
Além dos criadores de gado, devem participar da reunião os
frigoríficos, as transportadoras de gado, as secretarias de agricultura e
pecuária dos municípios, os conselhos municipais de Saúde Animal, médicos
veterinários da iniciativa privada e lideranças de assentamentos.
A mobilização envolve ainda os municípios de Porto Murtinho, Caracol,
Antônio João, Mundo Novo, Japorã, Iguatemi, Sete Quedas, Paranhos,
Tacuru, Coronel Sapucaia e Aral Moreira. A região da fronteira, que integra a
Zona de Alta Vigilância, detém 800 mil das 20 milhões cabeças de gado no
Estado.
Governo de Santa Catarina
decreta emergência sanitária
Em 2007, Estado obteve a certificação da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)
como livre da aftosa
JÚLIO CASTRO, para O Estado de S.Paulo, – 21-09-2011
ESPECIAL de Florianópolis
Pouco mais de 24 horas de ter sido notificado um foco de febre aftosa no
Departamento de San Pedro, no Paraguai, o governador Raimundo Colombo
assinou decreto estabelecendo situação de emergência sanitária em Santa
Catarina. A decisão foi tomada depois de o governador catarinense se reunir,
ontem, com várias autoridades sanitaristas, entre elas o secretário de
Agricultura e da Pesca João Rodrigues. Também participaram do encontro, em
caráter emergencial, os representantes da Companhia Integrada de
Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), do Ministério da
Agricultura, da Polícia Militar e do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados
do Estado de Santa Catarina (SINDICARNE).
O último foco de febre aftosa no Brasil foi registrado em 2005, com início
no Mato Grosso do Sul e que chegou ao Paraná. Santa Catarina, embora não
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tenha registrado a doença, teve grandes prejuízos em função das restrições
impostas pelos países importadores de carne suína. Em 2007, Santa Catarina
obteve a certificação internacional da Organização Mundial de Saúde Animal
(OIE) como Estado livre de febre aftosa sem vacinação.
O Estado é o único do Brasil a conquistar esse status. De acordo com o
secretário da Agricultura e da Pesca, João Rodrigues, o Estado está tomando
todas as medidas preventivas para manter o reconhecimento da OIE.
Vigilância. Entre as ações para evitar que a aftosa afete o rebanho
catarinense ficou acertado que a superintendência federal de agricultura do
Ministério da Agricultura colocará 40 veículos à disposição do Estado para
auxiliar na vigilância das barreiras sanitárias fixas e volantes, principalmente
naquelas localizadas nas divisas com o Paraná e Argentina.
"Estamos em estado de alerta, vamos reforçar a atenção para as
barreiras e para as medidas de sanidade animal", afirmou o governador
Raimundo Colombo.
"Devemos agir como se a ameaça estivesse ao nosso lado para
preservarmos o trabalho de mais de 20 anos da agricultura catarinense",
complementou.
Colombo acertou ainda, com o Ministro da Agricultura Mendes Ribeiro,
uma reunião na próxima semana com os secretários de Agricultura dos
Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul
para discutir ações alinhadas de prevenção e combate à febre aftosa.
Ontem, o Brasil anunciou a suspensão da importação de animais vivos e
de carne in natura provenientes do Paraguai. Argentina e Uruguai também
adotaram a mesma medida.
Governo paraguaio declara estado de
emergência após confirmação de aftosa
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Medida deve durar 60 dias, tempo que também ficarão
suspensas exportações de carne
Decreto deve durar dois meses. (Foto: Divulgação ABC Digital)
O presidente do Paraguai, Fernando Lugo, através do decreto nº
7.302, declarou estado de emergência na região de San Pedro, parte central do
Paraguai, onde foi confirmado o
foco da febre aftosa nas 13 cabeças
de gado, no fim de semana. A
informação é do site ABC Digital.
A
medida
foi
tomada
pela
solicitação da Secretaria Nacional
de Saúde e Qualidade Animal
(SENACSA) em
parceria
com Sistema
Nacional
de
Emergência
Sanitária
Animal
(SINAESA), que permitirá isolar a
zona onde foi encontrado o foco.
Os técnicos estimam que o bloqueio
deve durar 60 dias, tempo que também ficará suspenso a exportação de
carne.Ao final deste processo, a Organização Internacional de Saúde Animal
(OIE) deve restabelecer o “estatus” do Paraguai para que volte a comercializar
com exterior.
As autoridades também divulgaram o abate sanitário de mais de 800 animais, a
fim de que o vírus se expanda para outras áreas. O foco da febre aftosa foi
confirmada no fim de semana, mas suspeitas já eram levantadas há um mês.
Com a paralisação nas exportações de carne, o segundo mais rentável no país,
estima-se que a economia terá um prejuízo de US$ 300 milhões e poderia
causar um fechamento temporário de vários frigoríficos.
Uma das principais fontes de renda do paraguai é a exportação de carne bovina
que conquistou mercados cmo Chile, Israel, Rússia e outros países da Europa.
Suspensão
Em maio deste ano, a OIE tinha formalizado o levantamento da Zona Alta
Vigilância (ZAV), e que todo o Paraguai foi atingido por esta certificação.
Imediatamente, o status de zona livre de febre aftosa foi suspenso com a
detecção do foco da doença.
Casos
Os últimos casos de febre aftosa no país foram registrados em Corpus Christi,
departamento de Canindeyú, em outubro de 2002 e P. Pedro Pena, região de
Boqueron, em 12 de julho de 2003.
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