Exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

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Exacerbação da DPOC - Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
TE-5
REMESSA DE documentos de CAIXA, EXTRA-CAIXA E CONTABILIDADE PARA MICROFILMAGEM
DIBAN/DPSAG - Depto. de Processos e Suporte às Agências
Exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)
1. DEFINIÇÃO
A exacerbação é definida como um evento no curso natural da doença, de caráter agudo,
caracterizado por mudanças nos sintomas habituais além das variações normais do dia a dia,
resultando na necessidade de se alterar a medicação habitual.
2. EPIDEMIOLOGIA
Não se conhece a real prevalência no nosso meio. Considerando dados do estudo PLATINO a
prevalência da DPOC varia de 6 a 16% da população com idade igual ou superior a 40 anos. Segundo
dados do DATASUS, a DPOC representa a quinta causa de internação no SUS, com índices em
crescimento e o quinto lugar dentre as principais causas de morte, ocorrendo um aumento do número
de óbitos nos últimos 20 anos, em ambos os sexos.
3. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é iminentemente clínico, definido por piora sustentada dos sintomas respiratórios,
além das variações habituais do seu dia a dia. Comumente relatada como piora:

Dispnéia

Tosse

Produção de escarro (quantidade e aspecto)
Outras condições que podem mimetizar o quadro, e devem ser consideradas e excluídas, são
descritas no Quadro 1.
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Quadro 1 - Diagnóstico diferencial das exacerbações da DPOC
 Alterações cardíacas (ICC, arritmias, IAM)
 Embolia pulmonar
 Pneumotórax
 Derrame pleural
 Tumores de pulmão
 Aspiração recorrente
 Obstrução de vias aéreas superiores
ICC – insuficiência cardiaca congestiva ; IAM – infarto agudo do miocárdio
4. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO
As diretrizes de 2011 da GOLD (Inciativa Global para a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)
propõem um novo sistema de avaliação ligada ao manejo da doença, que incorpora as seguintes
medidas:
1. Sintomas e/ou estado de saúde, utilizando-se a Escala de Dispneia do Conselho Britânico de
Pesquisas Medicas modificada (mMRC, veja Tabela 1) e o Instrumento de Avaliação da DPOC
(CAT, veja Quadro 2), com oito questões. Uma pontuação ≥ 2 na mMRC ou ≥ 10 no CAT é
indicativo de alto impacto dos sintomas.
2. Risco futuro, determinado pelo histórico de exacerbações e grau de limitação do fluxo aéreo,
usando-se a classificação da GOLD (Tabela 2). Estágios GOLD 3 ou 4 (grave/ muito grave) ou
um histórico de duas ou mais exacerbações no último ano conferem a classificação de “alto
risco”. Se esses dois índices forem usados para avaliação do risco, deve-se utilizar a
pontuação mais alta.
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Tabela 1 -
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Escala de Dispneia do Conselho Britânico de Pesquisas Médicas* modificada (mMRC).
Baseada na Estratégia Global para Diagnóstico, Manejo e Prevenção da DPOC, versão revisada em 2011.
Grau
Descrição
Grau 0
Sinto falta de ar somente aos esforços intensos.
Grau 1
Sinto falta de ar quando ao correr no plano ou subir uma ladeira leve.
Grau 2
Caminho mais lentamente que as pessoas da minha idade no plano por causa da falta de ar,
ou tenho que parar para tomar folego quando caminho no meu próprio ritmo, no plano.
Grau 3
Paro para tomar folego apos caminhar cerca de 100 metros ou apos alguns minutos, no
plano.
Grau 4
Tenho muita falta de ar para sair de casa, ou ao me vestir ou despir.
* A escala MRC original tem pontuacao de 1 a 5, enquanto a escala mMRC tem pontuacao de 0 a 4. O grau de 0
(zero) na escala mMRC corresponde ao grau de 1 na escala MRC, um grau de 1 na mMRC equivale a um grau
de 2 na escala MRC, etc.
Tabela 2 - Estadiamento da DPOC baseado na espirometria. Baseada na Estratégia Global para Diagnóstico,
Manejo e Prevenção da DPOC, versão revisada em 2011.
Estádio
Classificação
VEF1/CVF pós BD
VEF1 pós BD
I
Leve
< 70%
>80%
II
Moderada
< 70%
79-50%
III
Grave
< 70%
49-30%
IV
Muito grave
< 70%
< 30%
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Quadro 2 - Instrumento de avaliação da DPOC (CAT). Baseada na Estratégia Global para Diagnóstico,
Manejo e Prevenção da DPOC, versão revisada em 2011.
Essas medidas são usadas para dividir os pacientes em quatro grupos (Figura 1):
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Grupo A: baixo risco, menos sintomas – tipicamente no estágio GOLD 1 ou 2 /ou com 0 a 1
exacerbações por ano, pontuação < 2 na mMRC ou < 10 no CAT.
Grupo B: baixo risco, mais sintomas – tipicamente no estágio GOLD 1 ou 2 e/ou com 0 a 1
exacerbações por ano, pontuação ≥ 2 na mMRC ou ≥ 10 no CAT.
Grupo C: alto risco, menos sintomas – tipicamente no estagio GOLD 3 ou 4 e/ou com duas ou mais
exacerbações por ano, pontuação de 0 a 1 na mMRC ou < 10 no CAT.
Grupo D: alto risco, mais sintomas – tipicamente no estagio GOLD 3 ou 4 e/ou duas ou mais
exacerbações por ano, pontuação ≥ na mMRC ou ≥ 10 no CAT.
Figura 1 – Estadiamento da DPOC baseado nos sintomas, risco de exacerbação e classificação GOLD.
CLASSIFICAÇÃO DOS PACIENTES COM DPOC
D
ALTO RISCO
ALTO RISCO
POUCOS SINTOMAS
MUITOS SINTOMAS
A
B
BAIXO RISCO
BAIXO RISCO
POUCOS SINTOMAS
MUITOS SINTOMAS
1-2
>=2
0-1
MMRC 0-1
MMRC >=2
CAT <10
CAT >=10
HISTÓRICO
EXACERBAÇÕES
C
RISCO
RISCO
CLASSIFICAÇÃO
GOLD
3-4
SINTOMAS
Existem ainda alguns critérios de gravidade:

Idade maior 65 anos

Hospitalização por exacerbação nos últimos 12 meses

Uso de esteróides sistêmicos nos últimos 3 meses

Uso de antibióticos nos 15 dias prévios
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
Desnutrição

Co-morbidade significativa: cardiopatia, diabete melito dependente de insulina, insuficiência
renal ou hepática
5. TRATAMENTO
5.1 Oxigenioterapia
O objetivo da oxigenoterapia é manter a PaO2 > 60mmHg e a SpO2 > 90%, para prevenir a hipóxia
tecidual e preservar a oxigenação celular. A oxigenoterapia é fundamental no tratamento hospitalar de
exacerbações da DPOC. Oxigênio suplementar deve ser titulado para melhorar a hipoxemia do
paciente, utilizando “máscara de Venturi” – que oferece maior precisão na suplementação de oxigênio
controlado – ou cateter nasal, que é melhor tolerado pelos pacientes. Uma vez iniciada a
suplementação de oxigênio, deve-se realizar gasometria arterial 30-60 minutos após, para garantir
oxigenação satisfatória sem retenção de CO2 ou acidose.
5.2 Broncodilatadores
Os β2-agonistas de curta duração são geralmente os broncodilatadores preferidos para tratamento
das exacerbações. Se uma resposta imediata a esses fármacos não ocorre, é recomendada a adição
de um anticolinérgico, como o brometo de ipratrópio.
Os broncodilatadores aqui considerados são os β2 de curta duração (salbutamol, fenoterol e
terbutalino) e o anticolinérgico (brometo de ipratrópio) (Tabela 3). O paciente com DPOC,
principalmente em exacerbações, utiliza melhor a via inalatória por meio dos nebulizadores,
geralmente de ar comprimido, embora os aerossóis dosimetrados também possam ser utilizados. Os
β2 de curta duração por via inalatória são considerados como a medicação broncodilatadora de
escolha para tratamento das agudizações.
Tabela 3 - Broncodilatadores inalatórios mais utilizados no tratamento da exacerbação da DPOC.
Droga
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Dose
Via
Frequência
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Salbutamol (nível 2)
Fenoterol (nível 2)
Terbutalina (nível 2)
Ipratrópio (nível2)
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Spray 100mcg/jato
2-4 jatos
Inalatoria
Solução inalação 5mg/ml
20-40 gotas
Spray 100mcg/jato
2-4 jatos
Solução inalação 5mg/ml
20-40 gotas
Frasco vaporizador 0,5mg/ml
2-3 jatos
Solução inalação 0,25mg/ml
4-10 gotas
Spray 20mcg/jato
2-4 jatos
Solução inalação 0,25mg/ml
20-40 gotas
4-6 vezes/dia
Inalatoria
4-6 vezes/dia
Inalatoria
2-3 vezes/dia
Inalatoria
4-6 vezes/dia
5.3 Antibióticos
Os trabalhos mais atuais têm demonstrado que há uma população específica de portadores de
DPOC exacerbados que é beneficiada pelo uso de antimicrobianos. Essa população corresponde aos
pacientes que apresentam tosse, dispnéia e maior volume e/ou purulência do escarro.
A escolha do antibiótico vai ser influenciada por 4 pontos:

A probabilidade da etiologia bacteriana da exacerbação, baseada na maioria das vezes nos
sintomas clínicos;

A gravidade da doença pulmonar subjacente, a qual está relacionada à probabilidade de
infecção bacteriana e à presença de micro-organismos mais agressivos durante exacerbações
(Tabela 4);

Presença de fatores de risco para recidiva, que indicam a necessidade de uma terapêutica
mais agressiva e

Padrões de resistência dos microorganimos aos antibióticos envolvidos nas exacerbações.
A via de administração recomendada é a via oral, mas se for utilizada a via endovenosa, é
recomendada a troca para via oral assim que possível e o tempo mínimo de tratamento é de 7 dias,
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podendo se prolongar para 10 a 14 dias nos casos mais graves. Na Tabela 4 estão as recomendações
do II Consenso Brasileiro para o uso de antibióticos, e suas doses na Tabela 5.
Tabela 4 – Classificação da DPOC com os patógenos causadores das exacerbações e tratamento
antibiótico recomendado
VEF1
Patógenos mais frequentes
Tratamento recomendado
2
> 50% e sem fatores de H. influenzae
Amoxi/clavulanato
1
M. catarrhalis
risco
Cefuroxima
S. pneumoniae
Azitromicina ou claritromicina
C. pneumoniae
M. pneumoniae
> 50% e com fatores de H. influenzae
Os anteriores
1
M. catarrhalis
risco
Quinolonas respiratórias
S. pneumoniae resistente a penicilina
(moxifloxacino ou levofloxacino)
H. influenza
Entre 35 e 50%
Quinolonas respiratórias
2
M. catarrhalis
M. catarrhalis Amoxi/clavulanato
S. pneumoniae resistente a penicilina
Gram-entéricos (K. pneumoniae,
E. coli, Proteus, Enterobacter)
< 35%
H. influenzae
Quinolona respiratória
S. pneumoniae resistente a penicilina Ciprofloxacina
(suspeita
de
3
Gram-entéricos
pseudomonas)
2
P. aeruginosa
Amoxicilina/clavulanato (se há alergia
às quinolonas)
1: Fatores de risco: idade acima de 65 anos, dispneia grave, comorbidade significativa, mais de 4
exacerbações/ano, hospitalização por exacerbação no último ano, uso de corticoide sistêmico nos últimos três
meses, uso de antibióticos nos 15 dias prévios e desnutrição.
2: Outros beta-lactâmicos associados a inibidores de beta-lactamases disponíveis são: ampicilina/sulbactam,
amoxicilina/sulbactam, piperacilina/tazobactam.
3: Às vezes pode ser necessário o tratamento intravenoso em pacientes com suspeita ou confirmação de
infecção por gram-negativos, incluindo pseudomonas. Além da cefepima e ceftazidime, podemos utilizar a
piperacilina/tazobactam ou imipenem ou meropenem.
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Tabela 5. Antibióticos mais utilizados no tratamento da DPOC exacerbada
Droga
Apresentação
Dose
Via
Amoxicilina-clavulanato
Comprimido
500/125mg
Oral
875/125mg
Oral
Frasco
500/125mg
Endovenoso
875/125mg
Endovenoso
Levofloxacino
Comprimido
500-750mg
Oral
frasco
500-750mg
Endovenoso
Moxifloxacino
Comprimido
400mg
Oral
Bolsa 400mg/ 250ml
400mg
Endovenoso
Claritromicina
Comprimido
500mg
Oral
Frasco ampola
500mg
Endovenoso
Azitromicina
Comprimido
500mg
Oral
Ciprofloxacino
Comprimido
500mg
Oral
Frasco 200mg/ 100ml
400mg
Endovenoso
Ceftazidima
Frasco ampola
500mg -2g
Endovenosa
Cefepime
Piperacilina-tazobactam
Imipenem
Meropenem
Frasco ampola
Frasco ampola
Frasco ampola
Frasco ampola
1-2g
4,5g
500mg-1g
500mg-2g
Endovenosa
Endovenosa
Endovenosa
Endovenosa
Frequência
8/8 horas
12/12 horas
8/8 horas
12/12 horas
24/24 horas
24/24 horas
24/24 horas
24/24 horas
12/12 horas
12/12 horas
24/24 horas
12/12 horas
12/12 horas
a cada 8 ou 12
horas
a cada 8 ou 12 horas
8/8 horas
6/6 horas
8/8 horas
5.4 Corticóide
Os corticoides são bastante benéficos no manejo da exacerbação da DPOC. Eles diminuem o
tempo de recuperação, melhoram a função pulmonar (VEF1), melhoram a hipoxemia (PaO2) bem como
podem reduzir o risco de recaída precoce, as falhas no tratamento e a duração de internação. Nas
agudizações que não requeiram internação, usa-se geralmente prednisona, na dose de 30-40mg, uma
vez ao dia, por 7 a 14 dias, com suspensão abrupta, sem necessidade de redução progressiva (Tabela
6). Tratamentos mais prolongados não resultam em maior eficácia e aumentam o risco de efeitos
adversos. Quando há necessidade de internação, é utilizada a via endovenosa, podendo ser usada a
hidrocortisona ou metilprednisolona passando-se posteriormente para apresentação oral. Segundo o II
Consenso Brasileiro, não há estudos que demonstrem a superioridade dos corticóides por via
intravenosa em relação à via oral. Porém em pacientes graves, com dificuldade de deglutição ou
condição clínica que inviabilize a utilização da via oral, recomenda se a utilização da via parenteral.
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Tabela 6 - Corticóides mais utilizados no tratamento da DPOC exacerbada
Droga
Apresentação
Dose
Via
Frequência
Prednisona
Comprimidos 5 e 20mg
20-40mg
Oral
1x/dia
Prednisolona
Comprimidos 5 e 20mg
20-40mg
Oral
1x/dia
Hidrocortisona
Frasco ampola 100 e 500mg
20-50mg/Kg/dose
EV
1-3 x/dia
Metilprednisolona
Frasco ampola 125 e 500mg
0,5-1mg/Kg/dose
EV
1-3x/dia
5.5 Ventilação mecânica
O suporte ventilatório mecânico não-invasivo e invasivo está indicado nas exacerbações da doença
com hipoventilação alveolar com acidemia e, menos freqüentemente, nas exacerbações com
hipoxemia grave não corrigida pela oferta de oxigênio.
Ventilação mecânica não-invasiva (VNI): é um modo ventilatório que não requer a intubação
traqueal, utilizando-se uma máscara facial ou nasal acoplada a um respirador gerador de pressão
positiva (CPAP), específico para ventilação não invasiva, ou a um respirador volumétrico
microprocessado. Diversos estudos têm mostrado que a utilização precoce da VNI reduz a
necessidade de intubação traqueal, o tempo de permanência na UTI, a ocorrência de pneumonia
associada à ventilação mecânica (PAV) e a mortalidade de pacientes com insuficiência respiratória por
exacerbação da DPOC.
Ventilação mecânica invasiva: A indicação de ventilação mecânica é primariamente clínica. Um fator
determinante importante é o nível de consciência do paciente. Se ele encontra-se sonolento e não
consegue colaborar, a intubação traqueal e a ventilação mecânica devem ser precocemente
consideradas. Hipoxemia refratária à suplementação de oxigênio não é habitual na exacerbação da
DPOC, mas se ocorrer também indica esta modalidade ventilatória.
5.6 Indicações de internação em Unidade Terapia Intensiva
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 Hipoxemia persistente ou com sinais de piora (pO2 < 50 mmHg)
 Hipercapnia persistente ou piorando (pCO2 > 60 mmHg)
 Acidose respiratória grave (pH < 7,25)
 Dependência de ventilação mecânica não-invasiva ou necessidade de ventilação invasiva
 Confusão mental grave
 Presença de comorbidades (cardiopatia, diabetes, insuficiência renal, insuficiência hepática)
 Presença de instabilidade hemodinâmica
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6. FLUXOGRAMA
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7. MEDIDA DE QUALIDADE

Prescrição de antibiótico para os pacientes que apresentem os três sintomas cardinais de
exacerbação: piora da dispnéia, piora da tosse e mudança ou piora de aspecto de
expectoração.

Uso de ventilação não invasiva em dois níveis de pressão para os pacientes que preencham os
seguintes critérios de gravidade.
o Acidose respiratória: PaCO2 > 45mmHg e pH < 7,35
o Dispnéia ou sinais de desconforto respiratório em repouso
8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. From the Global Strategy for the Diagnosis, Management and Prevention of COPD, Global
Initiative
for
Chronic
Obstructive
Lung
Disease
(GOLD)
2014.
Available
from:
http://www.goldcopd.org/.
2. Menezes AM, Jardim JR, Perez-Padilla R et al. Prevalence of chronic obstructive pulmonary
disease and associated factors: the PLATINO Study in São Paulo, Brazil. Cad Saude Publica.
2005;21(5):1565-73.
3. Rennard SI. Chronic obstructive pulmonary disease: Definition, clinical manifestations,
diagnosis, and staging. Up to date acessed on December 2014.
4. Quon BS, Gan WQ, Sin DD. Contemporary management of acute exacerbations of COPD: a
systematic review and meta analysis. Chest 2008; 133: 756-66.
5. Llor C, Moragas A, Hernández S, et al. Efficacy of antibiotic therapy for acute exacerbations of
mild to moderate chronic obstructive pulmonary disease. Am J Respir Crit Care Med 2012;
186:716.
6. Rothberg MB, Pekow PS, Lahti M, et al. Antibiotic therapy and treatment failure in patients
hospitalized for acute exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. JAMA 2010;
303:2035.
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
3
Data Criação
Data Revisão
DI.ASS.MEDI.42.3
02/04/2013
06/04/2015
Elaborador
Revisor
Parecerista
Aprovado por
Sandra Cristina P. L.
Shiramizo
Carlos Eduardo Fonseca
Pires
Data Aprovação
06/04/2015
Código Legado
Código do Documento
DOCUMENTO OFICIAL
Antonio Silva B.
Neto | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
Tipo Documental
ProtocoloAssistencial
Título Documento
Exacerbação da DPOC - Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
7. Stoller JK. Management of exacerbations of chronic obstructive pulmonary disease. Up to date
acessed on December 2014.
8. Plant PK, Owen JL, Elliott MW. Early use of non-invasive ventilation for acute exacerbations of
chronic obstructive pulmonary disease on general respiratory wards: a multicenter randomized
controlled trial. Lancet 2000; 355: 1931-5.
9. ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO
Autores: Celso Guido Lellis Vieira Jr, Marcelo Hiato Kuwakino, Marcelo Franken, Zied Rasslan, Sylvia
Massue Iria Waksman, Flávio Rocha Brito Marques e Ricardo Borges Magaldi.
Revisores: Cristiano Rabelo Nogueira, Francisco Jose Nigro Mazon, Tarso Augusto Duenhas AccorsI,
Ricardo Henrique de Oliveira Braga Teixeira, Sylvia Massue Iria Waksman, Zied Rasslan, Luis Felipe
Lopes Prada, Rafael Medeiros Carraro, Mauro Iervolino.
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
3
Data Criação
Data Revisão
DI.ASS.MEDI.42.3
02/04/2013
06/04/2015
Elaborador
Revisor
Parecerista
Aprovado por
Sandra Cristina P. L.
Shiramizo
Carlos Eduardo Fonseca
Pires
Data Aprovação
06/04/2015
Código Legado
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DOCUMENTO OFICIAL
Antonio Silva B.
Neto | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
Tipo Documental
ProtocoloAssistencial
Título Documento
Exacerbação da DPOC - Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
EXACERBAÇÃO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
ORIENTAÇÕES PÓS ALTA HOSPITALAR
Informações sobre a doença
A exacerbação, também conhecida como agudização ou crise de DPOC, é um quadro de
instalação rápida, caracterizada pela piora dos sintomas além das variações habituais diárias. Há um
aumento da tosse, da quantidade de escarro, que se torna amarelado ou esverdeado, e o surgimento
ou piora da falta de ar habitual.
O diagnóstico é realizado pela história clínica, exame físico e eventualmente o médico irá
solicitar alguns exames laboratoriais e de imagem, afim de fazer o diagnóstico diferencial de outras
doenças que podem mimetizar este quadro.
Sobre o tratamento
É recomendado o uso de broncodilatadores de forma regular e em caso de piora da falta de ar (dispneia)
pode-se ainda fazer o uso do broncodilatador de alívio. O corticóide oral e o antibiótico também estão indicados
devendo seguir orientação medica (receita) nos casos de exacerbação infecciosa. Quando houver queda da
oxigenação está indicado o uso oxigênio para suplementação.
Instruções para a casa
 Agende uma consulta/ retorno com seu medico (pneumologista).
 Evite fumar.
 Vacine-se para Influenza (anual) e Pneumococo (a cada 5 anos), seguindo orientação médica.
Retorne com seu médico ou ao pronto atendimento se:




Tiver tosse persistente ou piora da falta de ar apesar do uso de broncodilatadores
Tosse com aumento da expectoração de cor amarelada e/ou esverdeada
Prostração acentuada
Piora dos sintomas.
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ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
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3
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Data Revisão
DI.ASS.MEDI.42.3
02/04/2013
06/04/2015
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Sandra Cristina P. L.
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Carlos Eduardo Fonseca
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06/04/2015
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Antonio Silva B.
Neto | Oscar
Fernando Pavao
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Tipo Documental
ProtocoloAssistencial
Título Documento
Exacerbação da DPOC - Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
Sandra Cristina P. L. Shiramizo (02/04/2013 02:27:32 PM) - Protocolo de avaliação e manejo na exacerbação de
DPOC
Carlos Eduardo Fonseca Pires (31/03/2015 11:46:18 AM) - Diretriz revisada e reformatada.
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02/04/2013
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Shiramizo
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06/04/2015
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Antonio Silva B.
Neto | Oscar
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