Curso de linguagem linguagem matemática – Professor Renato Tião Ângulos • Ângulo é a figura formada pela união dos pontos de duas semirretas com origem no mesmo ponto. ^ ^ VA ∪ VB = AVB ou simplesmente V. V A V é o vértice, VA e VB são os lados e α é a medida do ângulo. α V P Q P pertence à região angular convexa. Q pertence à região angular côncava. B • Ângulo raso é o nome dado ao ângulo formado por duas semi-retas colineares e opostas. 180º A VA ∪ VB = AB V ⇔ ^ med (AVB) = 180º ou π rad O ângulo raso divide o plano em duas regiões convexas. B • Ângulo geométrico é aquele que tem uma media entre 0º e 180º. ( 0º< α < 180º ) O conceito de ângulo geométrico é muito importante para evitar confusões em relação ao número de ângulos apresentados por uma mesma figura. Numa contagem de ângulos, só devem ser considerados aqueles que são geométricos, ou seja, não se deve contar ângulos rasos nem ângulos cuja medida seja maior do que 180º. O ângulo raso não é geométrico e, por isso, não deve ser contado para nomear o polígono que o possui. O triângulo, por exemplo, é um polígono que possui uma infinidade de ângulos rasos mas apenas três ângulos geométricos. • Ângulo agudo é aquele que tem uma medida entre 0º e 90º. ( 0º < α < 90º ) • Ângulo reto é aquele que mede 90º. ( α = 90º ) • Ângulo obtuso é aquele que tem uma medida entre 90º e 180º. ( 90º < α < 180º ) C C agudo A B V reto reto obtuso A V B Pares de ângulos • Ângulos adjacentes são aqueles que têm uma semirreta comum. A V α β ^ med ( AVB ) = α B C ^ med ( BVC ) = β ^ ) = α+β med ( AVC • Ângulos complementares são aqueles cujas medidas somam um ângulo reto. ( α+β = 90º ) • Ângulos suplementares são aqueles cujas medidas somam um ângulo raso. ( α+β = 180º ) 1 Curso de linguagem linguagem matemática – Professor Renato Tião Bissetriz de um ângulo É a semi-reta que tem origem no vértice de um ângulo e que o divide em dois ângulos adjacentes de mesma medida. A ^ VS é a bissetriz do ângulo AVB. α/2 V α/2 S ^ med ( AVB ) = α α ^ ^ med ( AVS ) = med ( BVS ) = 2 B Um cruzamento Duas retas concorrentes determinam quatro ângulos geométricos que podem ser todos retos, quando as retas são perpendiculares ou podem ser dois agudos e dois obtusos, quando as retas são oblíquas. α Quatro ângulos, ângulos, mas apenas duas medidas suplementares: suplementares: α+β = 180º s ⇒ 4 ângulos 2 agudos opostos pelo vértice de medida α e 2 obtusos também o.p.v. de medida β r r β α β s s r ⊥ s ⇒ 4 ângulos retos r Dois cruzamentos Duas retas paralelas e uma transversal determinam oito ângulos geométricos que podem ser todos retos, quando a transversal for perpendicular às paralelas, ou podem ser quatro agudos e quatro obtusos, quando a transversal for oblíqua às paralelas. t t β α r α s // r α t ⊥ r ⇒ 8 ângulos retos t Oito ângulos, mas apenas duas medidas suplementares: α+β β = 180º r β β α β r ⇒ 8 ângulos: s // r 4 agudos de medida α e 4 obtusos de medida β t Na figura ao lado, os pares de ângulos correspondentes são: São alternos internos: São alternos externos: aez bew São colaterais internos: cex dey São colaterais externos: xea yeb zec wed aew bez y z r b cey dex c x w a d s // r 2 Curso de linguagem linguagem matemática – Professor Renato Tião Três cruzamentos Três retas concorrentes em três pontos distintos determinam doze ângulos geométricos e um triângulo. B r β α+ γ β α+γ α+β+γ = 180º β β +γ α α β+γ u // AB α γ α+β α +β t γ s A γ Ângulo externo β do α ∆ABC s C Na figura acima, os ângulos indicados com medida α são correspondentes e os indicados com medida β são alternos internos. internos O teorema angular de Tales diz que: a soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo qualquer é 180º. E o teorema do ângulo externo diz que: prolongando-se um dos lados de um triângulo, obtém-se um ângulo externo cuja medida é igual à soma das medidas dos ângulos internos não adjacentes a ele, ou seja, igual à soma das medidas dos ângulos internos dos outros vértices do triângulo. Ângulos de um triângulo O teorema angular de Tales nos garante que a soma das medidas dos três ângulos internos de um triângulo é igual à medida de um ângulo raso: 180º ou π radianos. Mas, além disso, devemos saber que em todo triângulo, o maior lado está oposto ao maior ângulo e o menor lado está oposto ao menor ângulo. Se não houver maior ângulo, então não haverá maior lado e se não houver menor ângulo então não haverá menor lado. Os triângulos são classificados de duas maneiras distintas: ACUTÂNGULO – quando todos os seus ângulos forem agudos. • Quanto às medidas dos ângulos: RETÂNGULO – quando um de seus ângulos for reto. OBTUSÂNGULO – quando um de seus ângulos for obtuso. ESCALENO – quando as três medidas são diferentes. • Quanto às medidas dos lados: ISÓSCELES – quando pelo menos duas das medidas coincidem. EQUILÁTERO – quando todos os lados têm a mesma medida. De acordo com estas classificações, não é possível que um triângulo seja simultaneamente acutângulo e retângulo, por exemplo, mas um triângulo equilátero é também um triângulo isósceles. Acutângulo A α < 90º Retângulo Obtusângulo A γ é reto A α+β < 90º β < 90º α+β = 90º α α α γ > 90º CA e CB são os catetos γ < 90º e AB é a hipotenusa γ β γ β β C B B C B C Note que as três alturas do triângulo acutângulo são internas e encontram-se num mesmo ponto chamado ortocentro do triângulo. No caso do triângulo retângulo, a altura relativa à hipotenusa é a única visível, pois as outras duas coincidem com os próprios catetos então o ortocentro do triângulo retângulo é o vértice do seu ângulo reto. Se um dos catetos for considerado como base então o outro cateto será a altura. Assim a área do triângulo retângulo pode ser obtida tanto da metade do produto dos catetos quanto da metade do produto entra a hipotenusa e a altura relativa. O triângulo mais perigoso de ser estudado é o triângulo obtusângulo, pois apenas uma de suas alturas é interna, as outras duas ficam do lado de fora do triângulo e são representadas pelos segmentos que indicam a distância entre o vértice de um de seus ângulos agudos até a reta suporte do lado oposto. Temos o hábito de indicar as medidas dos lados de um triângulo pelas mesmas letras que designam seus os vértices opostos só que minúsculas, assim: BC = a, AC = b e AB = c. 3 Curso de linguagem linguagem matemática – Professor Renato Tião Quatro cruzamentos Quando dois pares de retas paralelas determinam um paralelogramo temos um total de dezesseis ângulos que podem ser todos retos caso o paralelogramo seja retângulo ou podem ser oito agudos e oito obtusos. u // t t β α α β α α β β β α α β α β α β r Dezesseis Dezesseis ângulos, ângulos, mas apenas duas medidas suplementares. α+β = 180º s // r Os lados opostos de um paralelogramo são paralelos entre si e têm a mesma medida. Além disso, os ângulos internos dos vértices opostos de um paralelogramo também têm a mesma medida. Polígonos convexos eA A N iB iA eN Este polígono convexo possui: B eB C iC iN n vértices: A , B , C , D , E , F , ... , N eC n-ágono iD D eD i V + e V =180º iF eF iE eE E n lados: AB , BC , CD , DE , EF , ... , NA n⋅(n – 3)diagonais: AC , AD , AE , AF , ... , BD , BE , BF , … 2 n ângulos internos: iA , iB , iC , iD , iE , iF , ... , iN F Em todo polígono convexo, a soma das medidas do ângulo interno e do externo de mesmo vértice é 180º. Si + Se = n ⋅ 180º Na verdade, o número de ângulos externos de um polígono convexo é 2n, 2n pois há dois deles em cada vértice, mas como os ângulos externos de um mesmo vértice têm a mesma medida (o.p.v), contamos apenas um em cada vértice para enunciar as formulas a seguir: • A soma de todos os ângulos internos de um polígono convexo é: Si = (n – 2) ⋅180º • A soma de todos os ângulos externos de um polígono convexo é constante: Se 60º 150º • O polígono cujos lados têm todos a mesma medida é chamado EQUILÁTERO. Pentágono equilátero 150º Pentágono equiângulo 108º 108º 108º = 360º 108º 108º • O polígono cujos ângulos internos têm todos a mesma medida é chamado EQUIÂNGULO. • O polígono que é simultaneamente equilátero e equiângulo deve ser chamado polígono REGULAR. 108º 108º 108º 108º 108º Pentágono regular 4 Curso de linguagem linguagem matemática – Professor Renato Tião O triângulo é o único polígono que se for equilátero também será equiângulo, por isso podemos chamar o triângulo regular de triângulo equilátero. O quadrilátero equilátero é o losango. losango. O quadrilátero equiângulo é o retângulo. retângulo O quadrilátero regular é o quadrado. 60º 60º 60º Alguns polígonos são inscritíveis e outros são circunscritíves em circunferências. F E G C Heptágono inscrito Circunferência circunscrita B O centro O determinado pelas mediatrizes dos lados é chamado de circuncentro. O A D B Pentágono circunscrito Circunferência inscrita I A O centro I é determinado pelas bissetrizes dos ângulos internos do polígono. Ele é chamado de incentro. C D E Todo triângulo é inscritível e circunscritível. Já, os losangos são apenas circunscritíves e os retângulos apenas inscritíveis, a não ser que estejamos diante de um quadrado . B A A I O A I C C B B O D C D “ Todo polígono regular é inscritível e circunscritível em circunferências de mesmo centro ” (n – 2) 2)⋅⋅180º n α A O raio do círculo circunscrito é também o raio do polígono, ao passo que o raio do círculo inscrito é o apótema do polígono. Cada ângulo interno do polígono regular de n lados mede: E F D I≡O B Cada ângulo externo do polígono de n lados regular mede: 360º 360º n C Na figura, α representa a medida do ângulo central do polígono regular, que coincide com a medida do ângulo externo em qualquer polígono regular. Nomenclatura dos polígonos convexos: n = 3 Triângulo n = 7 Heptágono n = 11 Undecágono n = 4 Quadrilátero n = 8 Octógono n = 12 Dodecágono n = 5 Pentágono n = 9 Eneágono n = 13 Tridecágono n = 6 Hexágono n =10 Decágono n = 14 Tetradecágono n = 15 Pentadecágono n = 20 20 Icoságono 5 Curso de linguagem linguagem matemática – Professor Renato Tião Ângulos na circunferência • Ângulo central é aquele que possui como vértice o centro de uma circunferência. B V≡O α ^ med( AVB ) = med( AB ) = α A medida do ângulo é igual a medida do arco da circunferência determinado por este ângulo não importa qual seja o raio desta circunferência desde que seu centro coincida com o vértice do ângulo. Se α = 80º, 80º então tanto o ângulo quanto o arco da figura α A • Ângulo inscrito é aquele cujo vértice é um ponto pertencente à circunferência. B V β ^ med( AVB ) = 1 ⋅ med( AB ) = β 2 A medida do ângulo inscrito é igual à metade da medida do arco da circunferência determinado por ele. Não importa qual seja o A posição do seu vértice V, desde que ele esteja situado no contorno da circunferência que contêm o arco. 2β A • Arco capaz é o lugar geométrico dos pontos do semiplano que observam um segmento sob um mesmo ângulo. V1 B x V2 ^ x x x V4 ^ ^ Se dois pontos A e B determinam um arco de circunferência. Para todo ponto V deste arco, a medida do ângulo oposto ao lado AB no triângulo AVB será a mesma. x V3 ^ med(AV1B ) = med(AV2B ) = med(AV3B ) = med(AV4B ) = … A V5 Outras posições relativas entre ângulos e arcos Sejam A, B, C e D pontos de uma circunferência, ordenados no sentido horário, que determinam arcos AB e CD com medidas diferentes e V o ponto de intersecção das retas determinadas pelas extremidades destes arcos. 1º caso: V é ponto do interior da circunferência. V = AC ∩ BD A D x α V V = AD ∩ BC A ^ med( AVB ) = x β med( AB ) = α C B 2º caso: V é ponto exterior à circunferência: x= D C med( CD ) = β α+β 2 V x β α B x= α–β 2