Paraparesia Espástica por infecção HTLV

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Paraparesia Espástica por infecção HTLV
Bonfim, AC1; Torres, BC1; Rocha, BM1; Reis, GFB1; Lopes, MAVF1
1Irmandade
Santa Casa da Misericórdia de Santos – SP.
Introdução
A presença do HTLV não necessariamente gera manifestações
patológicas no portador. Paraparesia espástica tropical pelo HTLV
(PET) é uma doença desmielinizante que afeta medula espinal e
a substância branca do cérebro.
Menos de 5% dos portadores
desenvolverão essa condição
Objetivo
Relatar o caso de de paraparesia
espástica tropical por infecção
vírus HTLV-1 e HTLV-2 em adulto no Hospital Santa Casa da Misericórdia de Santos – SP.
Materiais e Métodos
Revisão de prontuário médico,
análise de resultados dos métodos
diagnósticos e revisão da literatura
atual.
Descrição do caso
Mulher, 56 anos internada por
fraqueza e perda progressiva de
força em membros inferiores há
um ano com evolução para franca
paraparesia.
Descrição do caso - cont.
Antecedente de infecção por HTLV-1
diagnosticada há 6 meses da
admissão. Apresentou dificuldade à
deambulação, incontinência urinária e
queixa de infecções urinárias de repetição. Ao exame físico, paraparesia
espástica de membros inferiores mais
acentuada a direita. À Ressonância
Magnética (RM) de coluna lombar
haviam alterações sugestivas de
hemangioma atípico em L1, T4, T8 e
T12, L2-L5,e desidratação discal
difusa. Constatadas alterações do
Reflexo H à Eletroneuromiografia
(ENMG) condizentes a doenças oriundas do sistema nervoso central.
Pesquisa de anticorpos anti-HTLV-1 e
anti-HTLV-2 reagentes no soro (todas
as bandas Western-Blot) e no líquor.
Submetida à profilaxia para estrongiloidíase com Albendazol 400mg/dia
e para então pulsoterapia com Metilprednisolona 1g/dia por 4 dias em
intervalos de 24 horas. O tratamento
de manutenção realizado com Prednisona 50mg/dia. Apresentou resposta
clínica favorável à corticoterapia com
melhora da paraparesia, das funções
esfincterianas e da deambulação;
recebendo alta hospitalar.
Discussão
Paraparesia espástica tropical por
infecção vírus
HTLV- deve ter
diagnóstico e tratamento precoces, é
importante diagnóstico diferencial a
ser lembrado entre doenças do
sistema nervoso central. Apesar de
não possuir elevada taxa de mortalidade, esta entidade ganhou sua
importância clínica nos últimos
anos devido a sua morbidade e o
prejuízo na qualidade de vida do
doente.
Conclusão
O tratamento adequado, com
resultados mais efetivos e menores
reações adversas ainda é obscuro.
Neste relato de caso houve um
desfecho positivo com corticoterapia.
Referências
CHAMPS, Ana Paula Silva et al . Mielopatia
associada ao HTLV-1: análise clínico-epidemiológica
em uma série de casos de 10 anos. Rev. Soc. Bras.
Med. Trop., Uberaba , v. 43, n. 6, p. 668-672, Dec.
2010 .
GONCALVES, Cássia Cristina Alves et al .
Diagnóstico laboratorial da mielopatia associada ao
HTLV-I: métodos para análise do líquido
cefalorraquidiano. J. Bras. Patol. Med. Lab., Rio de
Janeiro , v. 45, n. 2, p. 99-110, Apr. 2009 .
RIBAS, João Gabriel Ramos; MELO, Gustavo Correa
Netto de. Mielopatia associada ao vírus linfotrópico
humanode células T do tipo 1 (HTLV-1). Rev. Soc.
Bras. Med. Trop., Uberaba , v. 35, n. 4, p.
377-384, Aug. 2002 . .
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