A pratica do inglês em sala de aula Patricia Lourenço da Costa O ensino de língua estrangeira iniciou-se com objetivo de aproximar a criança de uma língua que cada vez mais se intensifica através dos meios de comunicação e tecnologia e vivenciá-la, já que na infância as crianças possuem maior facilidade de aprender uma nova língua. Pautados em oferecer um ensino de qualidade, há uma preocupação em adequarse os conteúdos dados na aula de inglês a realidade da criança, por isso as aulas trabalham a nova língua de maneira dinâmica e contextualizada, valorizando atividades lúdicas para que o aprendizado seja significativo. Além das atividades lúdicas, as aulas de Língua Inglesa também possibilitam a interação entre os alunos, promovendo vivências de outras culturas e experiências comunicativas de modo a atuar em situações diversas. As aulas buscam desenvolver no aluno, as quatro habilidades necessárias no ensino de línguas (falar, ouvir, escrever e ler), por isso todo material trabalhado em sala de aula é significativo e adequado para cada ano de ensino. As aulas de LE primam pela formação completa do aluno, dessa forma, são realizadas atividades que buscam desenvolver, por meio de musicas, brincadeiras, repetições, seu crescimento diário. Assim, ocorre um trabalho interligado com as habilidades de compreensão e produção oral, a fim de desenvolver na criança os campos lingüísticos, cognitivo e cultural. A questão cultural também esta presente durante as aulas, os alunos aprendem as relações e as diferenças de costumes e tradições entre os países, como as datas comemorativas, muitas delas são celebradas em períodos e de maneiras diferentes. O conteúdo de língua inglesa é ensinado conforme a faixa etária do aluno, do primeiro ao terceiro ano se dá maior importância para a oralidade, os conteúdos são adequados ao universo infantil. No quarto e quinto ano, foca-se também na oralidade, a escrita é presente e os conteúdos são contextualizados. Durante as aulas, o professor é mediador do processo de ensino-aprendizagem, as aulas são expositivas com a participação dos alunos que interagem entre si em momentos discursivos. Envolver os alunos, construir a aprendizagem de maneira lúdica, proporcionar novas vivências e experiências da língua inglesa, nas diversas situações do cotidiano escolar. Permitir que os alunos aprendam a trabalhar juntos e compartilhem suas ideias, além de explorar sua curiosidade e a necessidade de saber e compreender a realidade, por meio de temas relevantes e de uma aprendizagem significativa. Criar condições para que o aluno identifique semelhanças e diferenças entre a língua inglesa e a língua portuguesa. Conhecer as palavras em inglês, apontando para sua diversidade (locais onde vivem, sua alimentação, seus hábitos e outras peculiaridades relativas a cada espécie). Permitir que os alunos trabalhem juntos e compartilhem suas ideias. Algumas sugestões de atividades são as seguintes, Fazer mural da família, com fotos ou recortes (father, mother, sister...), mostrar as diversas estruturas familiares, ressaltar a importância da família e as mudanças no âmbito familiar.Contar historias a partir dos diversos temas que serão estudados, introduzindo palavras em inglês e explorando o lúdico. Assistir filmes com legenda, e pedir que os alunos comentem sobre a historia, em seguida, realizem uma reescrita ou desenhem o que entenderam, retomando as características dos personagens e o enredo. Trabalhar com fotos tiradas nas ruas, de nomes de lugares em que aparecem palavras em inglês, assim como embalagens de produtos, e alertar para o estrangeirismo mostrando sua influencia dessa língua no meio social. Trabalhar a questão alimentar, como comidas saudáveis e não-saudaveis (healthy food /junk food), por meio de construção de cartazes. Partindo do tema comida, pedir para que as crianças tragam de casa, rótulos de produtos para colar num painel para escrever o nome dos alimentos em inglês: (cookie, cake, rice, beans,....). Produzir um mural utilizando embalagens ou recortes com comidas saudáveis e não saudáveis (junk food/healthy food), alertando para a questão da boa alimentação e a pratica da alimentação saudável. Utilizar jogos e brincadeiras lúdicas, musicas, assim como pinturas, dobraduras e mascaras ao trabalhar com os temas estudados, como animals (animais), food (comida), family (família). As avaliações ocorreram de modo processual e contínuo, pautado na oralidade, escrita e participação dos alunos. Sendo que durante as aulas, os alunos foram motivados com as atividades lúdicas e que permitiram a integração e seu envolvimento nas atividades. O fenômeno da globalização do mundo e da consequente necessidade de uma linguagem eficiente de comunicação contribui para a necessidade de se aprender um novo idioma. Portanto, isso significa crescimento, desenvolvimento e, acima de tudo, melhores condições de acompanhar as rápidas mudanças que vêm ocorrendo nesse novo e tecnológico século. O objetivo das aulas de inglês é oferecer uma educação de qualidade, envolver os alunos nas diversas atividades, construir a aprendizagem de maneira lúdica e proporcionar novas vivências e experiências da língua inglesa, nas diversas situações do cotidiano escolar. Além disso, permitir que os alunos trabalhem juntos e compartilhem suas ideias, assim, explorar no aluno, a curiosidade e a necessidade de saber e compreender, por meio de temas relevantes e de uma aprendizagem significativa. Partindo desse pressuposto, proporcionar a integração entre eles, por meio de atividades dinâmicas que contribuem para o desenvolvimento de um ser humano crítico, autônomo e consciente do seu papel como cidadão do mundo. Portanto, o trabalho que será apresentado traz o tema em questão “A pratica do inglês em sala de aula”, tem o intuito de expor as praticas do ensino de inglês para as series iniciais. Desse modo, apresentar as atividades que deram resultados e que foram importantes para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Com a identificação da cultura como elemento essencial no aprendizado deuma língua estrangeira, a construção de uma competência intercultural pode e deve ser desenvolvida em qualquer metodologia de ensino que pressuponha um ensino aprendizagem contextualizado, no qual se acredita ser necessário que o aprendiz desenvolva cada vez mais sua sensibilidade e compreensão das diferenças. Desta forma, o termo interculturalidade pode ser definido como uma tentativa de denominar processos na sociedade nos quais pessoas com línguas e culturas diferentes interagem e trocam experiências. Considerando as perspectivas sobre cultura e interculturalidade discutidas acima, assume-se que desenvolver competência intercultural na intenção de dominar outro idioma é fator preponderante no processo de ensino/aprendizagem. A aprendizagem de uma língua sempre necessita de um pouco de aprendizagem de cultura.Essas especificidades exigiram que a competência comunicativa estivesse presente, pois o fato do aprendiz apenas compreender e expressar-se no idioma estudado já não bastava, era preciso ultrapassar os limites da comunicação. Assim, adotar a comunicação como expressão criativa trouxe junto com sua finalidade, perspectivas concretas e desafiadoras de se desenvolverem práticas pedagógicas que permitam um diálogo entre diferentes culturas e respeitem as diferenças. No mundo cada vez mais globalizado em que vivemos, o êxito da educação intercultural centraliza a importância que referências históricas e culturais adquirem quando se pretende desenvolver políticas educacionais que contemplem propostas de ensino e aprendizagem relacionadas à diversidade multicultural das sociedades. Desta forma, o aspecto intercultural do ensino da língua inglesa se constitui num processo que envolve não só o domínio do código lingüístico, o aspecto da comunicação ou o fundo cultural isolados, mas o direcionamento para uma abordagem de ensino e de aprendizagem onde a relação língua-cultura contemple a formação de indivíduos de consciência mais crítica, mais humana e mais enriquecedora no contato com culturas distintas. O reconhecimento da diversidade cultural e o objetivo de motivar os alunos a conhecerem novas culturas que permitam visualizar o outro como diferente, dando espaço para manifestações de sentimentos, de afetos, de valores pode trazer para a realidade dos alunos, o desafio de se trabalhar com a interculturalidade, como perspectiva para se construir algo novo e diferente. Esta possibilidade ficou constatada no discurso de alguns professores quando disseram: “eu trabalho dentro da realidade, eu falo de outras culturas em sala, eu faço comparações” porque expressam professores preocupados com o educando, com seus sentimentos e esperanças para além da sala de aula. A partir das respostas dos participantes, é possível observar que a noção de interculturalidade em sala de aula como espaço para se estabelecer inter-relações está implícita no discurso dos professores e no seu trabalho cotidiano, não se constituindo um problema que interfere no processo de ensino ou na comunicação com os alunos. Desta forma, a compreensão do conceito de cultura e de interculturalidade usados neste trabalho como amparos para produzir uma reflexão sobre essas abordagens sustenta o propósito de que novos papéis sejam assumidos pelas escolas, as quais devem responder por um ensino mais relevante e mais competente neste aspecto, além de atualizações mais constantes na prática pedagógica dos seus professores a fim de minimizar os problemas dos alunos que buscam aprender a língua estrangeira como estratégia de desenvolvimento pessoal, cultural e profissional. Surge, então, a necessidade de preparação dos alunos para a comunicação intercultural que hoje, face à globalização, é tão importante por implicar não só em aprender a língua, mas em ter acesso aos meios de comunicação, às informações da Internet, à busca de dados sobre a cultura do país cuja língua aprende e, o mais importante, o reconhecimento dos outros como indivíduos iguais a eles, apesar de apresentarem idéias diferentes e nem por isso serem considerados inferiores ou superiores, favorecendo, assim, vivências enriquecedoras. O diálogo intercultural implica o reconhecimento mútuo das incompletudes culturais de cada uma das culturas em presença. Portanto, a aprendizagem de uma língua necessita sempre da aprendizagem de cultura, uma vez que a cultura sempre está por trás da comunicação, dando sentido ao que está a nossa volta. O trabalho de renovação dos métodos e técnicas de aprendizagem da língua inglesa foi amadurecendo e modificando seu foco até chegar aos dias atuais. Com a visão de que o ensino e a aprendizagem estão centrados em seus aspectos comunicativos e significativos, voltados à preparação do aluno em lidar com situações de comunicação com o mundo real e em perfeita interação com os aspectos culturais envolvidos nesse processo. Portanto, o objetivo da comunicação em língua inglesa está na busca da competência comunicativa intercultural como forma de possibilitar aos indivíduos uma postura crítica diante do fato de ela ser largamente utilizada na rápida movimentação do homem pelas várias partes do mundo. Assim como podemos perceber, a cultura construída pelos indivíduos influenciará a maneira como eles se comunicam com o outro e como eles se percebem no mundo, uma vez que os enriquecem com uma grande variedade de valores, normas, regras e comportamentos que os irá guiar tanto em suas percepções quanto em suas concepções. Desta forma, conhecimento sobre cultura pode ser visto como o compartilhamento de crenças e valores acumulados durante o processo de formação dos indivíduos e construção de sua identidade sócio-cultural fortalecendo suas concepções de mundo, onde a comunicação eficaz e a competência intercultural são determinantes. Essas especificidades exigiram que a competência comunicativa estivesse presente, pois o fato do aprendiz apenas compreender e expressar-se no idioma estudado já não bastava, era preciso ultrapassar os limites da comunicação. Assim, adotar a comunicação como expressão criativa trouxe junto com sua finalidade, perspectivas concretas e desafiadoras de se desenvolverem práticas pedagógicas que permitam um diálogo entre diferentes culturas e respeitem as diferenças. Este fato determinou certa urgência em se definir projetos pedagógicos e materiais didáticos cujo objetivo, além de focar o estudo da cultura dos povos falantes da íngua-alvo, esteja voltado para a formação da consciência cultural e crítica do aprendiz. A partir dos princípios da abordagem comunicativa, em que a língua passou a ser vista como integrante do processo das interações sociais, era necessário que o indivíduo aprendiz adquirisse conhecimento gramatical, lexical e de uso social, construindo seus próprios conhecimentos e produzindo uma comunicação mais eficiente. Neste caminho, recursos metodológicos e atividades interativas podem ser utilizada pelos professores em sala de aula e, desta forma, explorar as potencialidades, a capacidade de expressão, a produção lingüística, a competência comunicativa e cultural de seus aprendizes, unindo o que acontece em classe com o que se passa no mundo em que vive. Dentro de uma perspectiva reflexiva da prática pedagógica, mostrou-se importante reavaliar a forma como as escolas, principalmente as de idiomas, estão trabalhando com a abordagem comunicativa intercultural da língua inglesa em sala de aula. Dentro desta visão foram aplicadas, nas duas escolas, duas pesquisas exploratórias: a primeira, de abordagem quantitativa, realizada com dezenove professores, contendo onze perguntas sobre a importância da interculturalidade no ensino da língua inglesa, sua experiência com a língua e a sala de aula e os recursos utilizados na prática pedagógica. A segunda, de abordagem qualitativa, feita com cento e oitenta e seis alunos, dos mais variados níveis de ensino e idades, com o objetivo de responderem sobre como o ensino da língua inglesa, sob perspectivas interculturais, é desenvolvido em sala de aula e como eles se identificam com esta proposta. Dentro da análise das respostas dos professores, observou-se que os aspectos culturais da língua são vistos como importantes no ensino/aprendizagem e devem fazer parte do dia a dia do trabalho docente. Porém, demonstraram não possuir esclarecimentos específicos sobre o que é cultura e quais aspectos devem ser observados no trabalho de sala de aula, posto que a maioria desenvolve atividades contemplando mais os aspectos tradicionais, transmitidos de geração para geração, em detrimento daqueles que permitem mais reflexão e identificação dos diferentes grupos sociais através de seus aspectos intrínsecos. Pode-se observar também, que os professores não possuem clareza entre o que entendem por método e por recurso usado em sala, permitindo-nos afirmar que a metodologia e a prática realizada em sala é advinda de sua experiência pessoal, do que aprendeu na faculdade ou dos treinamentos oferecidos pelas escolas. Estas constatações, acrescentadas à falta de tempo ou de conhecimento sobre abordagens pedagógicas contemporâneas ou a falta de experiência fora do país ou mesmo de atualização profissional, sinalizam para a perspectiva de que os aspectos interculturais estão sendo esquecidos no desenrolar do trabalho pedagógico ,apesar do discurso ser outro. O enfoque intercultural proposto na pesquisa permitiu que se compreendesse melhor a posição dos alunos enquanto agentes de aprendizagem que, em suas respostas à pesquisa, demonstraram a necessidade de participação mais ativa deste processo, em sala de aula e fora dela em atividades extraclasse. Em ambas as escolas, eles deixaram claro que precisam de encaminhamentos mais específicos de como buscar esse conhecimento, para que possam selecionar e interpretar melhor as informações que recebem em sala, na escola, em casa e na mídia, a fim de se tornarem capazes de estabelecer relações que visem à formação intercultural e suas implicações como parte da aprendizagem da língua inglesa. Nesse caminho aspectos divergentes, sobre o ensino intercultural em sala de aula, também foram observados. Na busca por ressaltar a importância da reflexão intercultural no ensino/aprendizagem da língua inglesa, os resultados apresentados pelos professores e alunos das duas escolas focalizadas na pesquisa demonstraram que todos os envolvidos compreendem a prática pedagógica focada na interculturalidade, além de importante ser imprescindível, apesar de expressarem certa insegurança sobre as diferentes formas de como estabelecer essas relações na construção do fazer cotidiano e nos conceitos de método e recursos, além da evidência de não estarem conseguindo dar conta das questões referentes à diversidade cultural no campo da educação. Ao finalizar este trabalho, cheguei a conclusão que refletir criticamente sobre a prática profissional produz mudanças que vão nos condicionando ao progresso. Mas é preciso reconhecer onde estamos e onde queremos chegar mudando. Mudança exige reflexão sobre as práticas. Por isso que, em se tratando do ensino e aprendizagem, mudanças no processo exigem uma tomada de consciência sobre o real para se buscar o ideal. Como um peso negativo recai sobre o ensino das línguas estrangeiras, que são apontadas como desnecessárias, irrelevantes do ponto de vista educacional, para a formação do aprendiz, é preciso, ao contrário do que se pensa, atenção especial e refletir sobre os recursos materiais e humanos adequados, que revelem a sua verdadeira finalidade. Como educadores, devemos mostrar que a LE é útil, transforma, faz progredir quem dela se apropria, nos insere no mundo. Ela nos dá base para analisar, compreender, aceitar e participar da vida do outro.Por fim, o processo, ao que tudo indica, parece estar sendo mal conduzido, negando política e/ou ideologicamente aos participantes a sua verdadeira finalidade, que é preparar para conhecer outras maneiras de ser, agir, pensar e sentir. A LE é apenas um meio através do qual se possibilitará a intervenção no mundo. Por isso, precisamos acertar os passos, pensar e agir corretamente e com ética compartilhar o que tem sido ocultado a quem de direito. O ensino e a aprendizagem da língua inglesa deve ainda ser momento que proporcione oportunidade para explorar diferentes visões, desenvolvendo uma perspectiva multicultural crítica. Não apenas a do aprendiz, mas também a do professor, proporcionando o crescimento de ambos. Desse modo, a língua inglesa deve ser apenas o meio através do qual se pode criar e desenvolver pontos de vistas relacionados à esperança, à paz, à cidadania, aos direitos humanos, a condutas, a valores, crenças, tornando o processo prazeroso e significativo para os participantes. Desse modo, é que na sala de aula de língua inglesa, o professor, na posição de intelectual transformador, compartilhando conhecimento, privilegiando a diversidade, o diálogo, a esperança, a paz, atitudes, crenças, capazes de conduzir os aprendizes ao desenvolvimento da consciência intercultural crítica, atenderá aos aspectos inerentes à verdadeira finalidade do ensino de LE.