Acessar - Marinha do Brasil

Propaganda
A
EVOLUÇÃO
SEGUNDA
E
AS
METADE
DO
PARA
do
SETOR
NAVAL
NA
XIX
SÉCULO
CONSEQÜÊNCIAS
Marinha
NO
TECNOLÓGICA
A
brasil*
ARMANDO
AMORIM
FERREIRA
VIDIGAL
Vice-Almirante (ReP)
SUMÁRIO
Introdução
A
mista:
propulsão
Da
roda
A
Guerra
da
Secessão
A
Guerra
da
Tríplice
Norte-Americana
Aliança
A Guerra
Austro-Prussiana
A
Guerra
da
A
Guerra
Acirra-se
As
A
Os
Tríplice
-
Aliança
A
Batalha
de
Lisa
Continua
Franco-Prussiana
o
duelo
torpedeiras
Guerra
hélice
ao
lições
A Guerra da Crimcia e suas
couraça
com
tubos
x
canhão
axiais
Chile-Peru
Cruzadores
evolução da pólvora
Ação francesa contra chineses
"Jeune
École"
A
A
Estados
A
Guerra
O
Submarino
A
Guerra
x
Unidos
Russo-Japonesa
A guerra de minas
A Batalha do Mar
A
O
N-R.:
Um
O extenso
uso
do negrito
foi
Espanha
de casco duplo
Batalha
Aparecimento
de
do
Amarelo
Tsushima
Dreadnought
para chamar atenção
dos
diversos
tópicos
analisados,
c que
não
mereciam
subtítulo.
KMB4ÜT72000
131
INTRODUÇÃO
armada
com
Argentina.
fim da Guerra do Paraguai (1864-70), a
Ao Marinha
Brasil
do
dúvida, significativa,
era,
sem
do
nenhuma
só sendo superada, em
número de bocas de fogo, pelas Marinhas da
Inglaterra,
nessa
Rússia,
ordem.
Marinha
Estado
Poucos
nacional já
Unidos
anos
não
e
mais
tinha
mais
nas
sombras,
Deus
vasos
de
hoje
guerra
válidos
com
que compor
mais
capaz de medir-se com
nos dê por muitos
nos
que
cercam.
anos
Mas,
de
uma
nossa.
as
paz com
se ela se rom-
per, é no oceano que veremos jogar a sorte de
O enorme
nossa honra. E essa
partida não será decidida
esforço
financeiro
do Império
se
que
envolveu
externas,
pelo azar, mas pela pre-
em
vidência. A nulificação
muito
de
"...
e
no
oceano
da Tríplice Aliança conSolano
rante
lência
os
López,
anos
e
de
a
jogar
du-
sorte
honra"
a In-
E
essa
economia
do
pelo
País, não havendo recur-
previdência.
para
A
não
manutenção
defesa
necessidades
que,
tempo,
ao
de
nossa
portanto,
de
longo
azar,
A
mas
pela
nulificação
Marinha
começo
do
um
de
Missões
Argentina
nem
subcontinente
sensões
entre
com
o
sem
poder
e
sul-americano,
a Argentina
tensões
no
devido às dis-
e o Chile
sobre
a
Naval
a
alização e renovação.
a
das
político,
às verbas para a sua atu-
suicídio
Menos
aumento
agravou
Marinha perdeu acesso
identificadas: nemaquesdas
se
que
ta da Armada de 1893, e,
é,
projeto
da
Proclamação
ainda mais com a Revol-
ser
puderam
e
projeto
l inha poder político, si-
será
de uma Esquadra adequaàs
é,
Marinha
um
República tirou da Ma-
tuação
decidida
a
nossa
Barbosa)
partida
ar-
a
de
(Ruy
deixou
ruinada
portanto,
veremos
que
nossa
começo de suicídio.'"
turbu-
interna, após
dependência,
tão
último
nossos
de
nações
especialmente na Guerra
da
deste
As razões para esta decadência são várias.
guerras
sos
influente
esboça-
um
do Brasil durante os anos
tra
da
República
há pouco
país,/4
Esquadra,
a
pressão militar.
em
e a da
Prensa, de Buenos Aires, opõe a cada
ex-
qualquer
jornal
Chile
confronto
um competidor formidável, deixando, ainda,
Itália,
tarde,
pelo
a do
Um
óbvio como
justificativa
dessa
nulificação
Poder
do
brasileiro, mas tão ou mais importante
que as anteriores, foi o fato de o Brasil não ter
podido
acompanhar
a verdadeira
revolução
Patagôniaeo Estreitode Magalhães, levaram
tecnológica que ocorreu no setor marítimo, na
o Brasil
segunda metade do século XIX. A Revolução
a um
programa de reaparelhamento
naval significativo. Em Cartas da Inglaterra,
Industrial, que teve início na Inglaterra a
partir
Rui Barbosa, em
do
1896, retratou de forma dra-
mática a situação de nossa Marinha, comparando-a,
dentro
da
lógica
da
época,
com
as
final
do
século
XVIII,
só
chegou
aos
navios de guerra na segunda metade do sécuIo XIX,
mas, então,
Marinhas dos demais
países do ABC (Argen-
em
tina-Brasil-Chile):
rapidamente.
profundidade
e
as
mudanças
se
ocorreram
processaram
muito
"Acabo
de ler com tristeza, em um opúscuIo
1.
recente,
o
BARBOSA,
estudo
Ruy.
132
comparativo
Cartas
da
de
Inglaterra,
nossa
p.
Não
resta
dúvida
que
a
rapidez
das
mu-
danças se deveu, em
grande parte, ao desafio
7-8.
RMB4"T/2000
I
d°
Poder
Naval
hegemônico
s,stiu,
ate
que, em
Cnador
mente
Naval
Poder
Esse desafio
per-
nuidade,
parte
não teve conti-
dificuldades
pelas
finan-
1886, a posse na pasta da Marinha
as outras condições necessárias para a manu-
Almirante
Jeune
a França
Théophile
École,
da
afastou
disputa
Aube,
o
definitivasupremacia
pela
tenção
a maioria dos navios, desenvolvidos
o cenário
típico
do
Rio
Prata,
da
eram
de
um
desenvolvimento
auto-sustentável,
em
pacitado,
ver
Apesar de seu
poder de fogo, a Esquadra
brasileira
de 1870 era tecnologicamente retardatária:
em
ceiras do País, mas, também, porque faltavam
intensidade
de
naval.
Para
de guerra - mas esse esforço
decrescente,
do
da
ao
da Inglaterra.
embora
da França
francês
as
como
número
novas
falta
de
e
ca-
pessoal
para absor-
suficiente,
tecnologias,
industrial
dos
insumos
indispensáveis para a industrialização do País
(por exemplo, pelo fato de o Brasil não haver
descoberto carvão em todo o século XIX, que
veio
a lenha como
substituir
com-
principal
'"adequados
para
borda
livre);
Propulsão
'uBar
do
embora alguns
a vapor,
hélice,
Parte
da
erro
ves
apenas
usavam
com
daí decorrentes;
^e'ra,
no
operar
todas
a grande
usada
(pequena
dispusessem
ainda
as
de
a roda
em
maioria era de ma-
era
couraça;
de
boa
canhões
de
montados sobre carretas, atirando, atrade
aberturas
feitas
no
bustível
casco,
projetis
e
era
um
dos
elementos
essenciais
para a fabricação do aço, ficou impossibilitado de industrializar-se).2
Chegava ao fim, definitivamente, a época
desvantagens
levavam
poucos
artilharia
mar
em
uns
que
uma
poucos
tecnologia
operários,
tradicional,
dispondo
de
de
aprendizado
longo mas dependente apenas da prática, e de
simples, ao alcance de qualquer
ferramentas
um, podiam construir os maiores e mais sofis-
s°'idos
não-explosivos.
tecnológica,
a
Com
evolução
sua obsolescência foi, pois, muito
ticados
navios de guerra existentes.
da revolução
tecnológica,
A partir
não
se
condições
de
o país
que
rápida.
industrializasse
A indústria
desde
naval
o
brasileira - importante
colonial,
a Ribeira
com
das
período
aus, em
Salvador, e, já no período imperial,
eom
o Arsenal da Corte
(hoje Arsenal de
arinha),
no Rio de Janeiro, ambos capaci'ados
para a construção até mesmo de naus,
°s niais
poderosos navios de guerra da época
nao
pôde
tecnológicas
acompanhar
as
mudanças
que se sucederam,
e entrou
em
mais
não teria
construir e mesmo de apenas
dra
moderna
brasileira de
e
eficaz.
A
manter Esqua-
famosa
1910, conforme
Esquadra
veremos, é um
exemplo claro de que, mesmo existindo recursos
para
a
aquisição
sofisticados,
trial
capaz
não
de
de
navios
havendo
mantê-los
modernos
uma
nem
e
indus-
base
competência
para operá-los devidamente, eles muito pouco significarão em termos de verdadeiro
Po-
Acelerada
decadência.
É
bem
verdade
que
derNaval.
Urante
a Guerra do Paraguai foi feito um
c°nsiderável
esforço
a aquisição
de
para
tecnologia
moderna - o sucesso mais expresSIV°
foi
a construção
de
dois
navios
Alguns fatos ocorridos na primeira metade do século
eles
foram
XIX
etapas
serão
aqui
iniciais
tiveram
conseqüências
segunda
metade
citados
de
no
porque
processos
setor
que
naval
na
®ncouraçados
e três monitores encouraçados
0 total,
foram
construídos
seis)
que torna-
Possível a Passagem de Humaitá, o acon^a,T1
Clrnento
de maior significação estratégica
Os
Estados
condições
Unidos,
pelo
excepcionais
contrário,
para
uma
descobriu
rápida
nha
desse
estender-se-á
Guerra Mundial
até
a nossa
século;
o
início
-
18)
(1914
da
rese-
Primeira
porque eventos
importantes então decorridos provêm de des-
importantes
reservas
de
carvão
quase
à
flor
da
terra,
criando
industrialização.
HMB4UT/2««0
133
dobramentos tecnológicos verificados anteriormente, enquadrando-se, portanto, no escopo deste trabalho.
imediata, só se tornaram de emprego comum
após 1850. A grande maioria dos navios de
guerra antes desta data era de construção
toda em madeira, com propulsão apenas a
A PROPULSÃO
vela, armadacom canhões de ferro, montados
MISTA: DA RODA
sobre carretas, dispôs~^~"^^^ tos ao longo dos borAO HÉLICE
=
dos do navio e atirando
No início do século XIX, não projetis sólidos, das
As transformações
resultantes do desenvariantes existentes.3
havia diferença sensível na
volvimento tecnológico
Um bom exemplo de
qualidade dos navios das
no setor naval ocorrenavio típico do final da
ram em todas as áreas:
grandes potências e de países primeira metade do séna construção naval, na
culo XIX é o HMS
recém egressos do jugo
Victoria, uma fragata
propulsão dos navios,
colonial
nos seus equipamentos
three-decker, isto é,
e, finalmente, nos seus
com três conveses,
sistemas de armas.
lançadaaomarem 1859
- que até 1867 foi o
Embora os principais
desenvolvimentos só viessem repercutir nos
capitania da frota inglesa do Mediterrâneo;
navios de guerra e nas formas de seu emprego
era um navio construído de madeira, propulna segunda metade do século XIX, eles tivesão exclusivamente a vela, armado com 121
ram origem nas cinco primeiras décadas do
canhões distribuídos nos seus três conveséculo; outros, ainda que tendo aplicação ses; uma bordada desses canhões era capaz
3. Até meados do século XIX, os projetis pouco mudaram, havendo quatro tipos principais:
o tiro sólido, que consistia numa esfera de ferro fundido, do tamanho compatível com o calibre do canhão.
Um tiro desse tipo, no caso de canhões de maior calibre, tinha um alcance de cerca de 4(K) jardas - para calibres
menores o alcance era da ordem de 2(K) jardas - e podia atravessar, quando usado a queima-roupa, 4 a 5 pés
de madeira maciça. Este tipo de tiro apresentava duas variantes: o "tiro com corrcnle". em que duas esteias
sólidas eram ligadas por uma corrente, e o "tiro-harra", cm que duas semi-esferas sólidas eram unidas por uma
barra de ferro soldada nelas; essas duas variantes eram usadas para avariar os mastros dos navios inimigos
c o aparelho de velas.
o tiro de estilhaços, que podia ser de dois lipos diferentes - 0 grape-slun ou 0 liro de metralha,
que consistia
cm diversas camadas de pequenas esferas sólidas de ferro dentro de um saco de lona grossa, amarradas juntas
de modo a formar um cilindro de diâmclro compatível com o canhão; e o case-shot, em que a metralha era
conseguida colocando-se grande número de tiros de mosqucle dentro de uma caixa cilíndrica metálica, de
diâmetro adequado ao calibre do canhão (funcionava como o shrapnet).
o liro iiucmliúrio, também de dois tipos - o hol-shol ou "tiro qucnlc". em
que a esfera de ferro era aquecida
até o rubro anles de ser colocada no canhão (para evitai a detonação prematura da pólvora propelente, o
"carcaça" ou "esqueleto".
projétil era isolado da pólvora por uma camada de palha úmida nu de argila); c a
numa
consistia
estrutura
de
ferro,
assemelhada
às
costelas
de
um
humano,
corpo
cheia de material
que
combustível, de forma e tamanho compatível com o morteiro ou canhão a ser usado
o liro explosivo ou granada explosiva que, a partir de IK.V), passou a ser de uso comum a bordo (pelo menos,
alguns canhões de bordo podiam atirar esse tipo de granada); I esfera de ferro fundido era oca, sendo o espaço
va/io cheio de pólvora; um pavio, uma vez aceso fazia a pólvora explodir. Inicialmente, 0 pavio era aceso
antes de se colocar a granada no canhão, o que, obviamente, era muilo perigoso, razão pela qual a prática
foi abandonada tão logo foi constatado que a detonação da pólvora propelente acendia automaticamente
o pavio; este lipo de tiro era em geral usado em morteiros. O projétil moderno é uma evolução dessa granada
explosiva.
1.14
RMH4"T/2l>00
^
y'
Combate
Banco
do
liberar 3.016
Quanto
o
canhões
Co
peso
-
Nesse
do
No.\sa
Independência
-
Marinha
confronto
p.
(Arg.)
37)
sul-americ
mo,
sendo
o
Poder Naval dominante, o Brasil estabeleceu
libras, ou seja, pou-
o bloqueio do Prata, e a Argentina, de menor
de
todos
Poder
Naval,
lha de
quando uma força naval combi-
turco-egípcia,
da
turco
Grécia,
(Guerra da
decretou
a
de
guerra
assegurando
liberada
corso*
então
mesma
se
que
Cisplatina
termos
tecnológicos
dos
navios
(semelhantemente ao que ocorreria na Primei-
Guerra
tecnológica
só
teria
lugar
alguns
anos
gica da Inglaterra).
os
Es-
da
na Batalha da Jutlândia,
Mundial,
uma vitória tática da Alemanha, mas estratéEmbora as perdas argen-
tinas tenham sido menores que as brasileiras,
revolução
A
às
sil, que conseguiu manter o bloqueiodo Prata
(1825-28) muito pouco diferiam
anglo-franco-turca.
tática
inferiores
da
argentina
na
defrontavam
foram
perdas
vitória
do
ra Guerra
as Esquadras
época,
cujas
uma
brasileiras, foi uma vitóriaestratégica do Bra-
a in-
Independência
Santiago - embora
argentina,
1821-27).
brasileira
Quadra
incêndio
do
Carvalho
importante combate naval da guerra-a Bata-
^°Tiínio
Na
de
os
tiros
da Inglaterra, França e Rússia, destruiu
^écia:
Início
navios a vela ocorreu em 1827, na Baía
^Pendência
ern
Augusto
contra o comércio marítimo brasileiro. O mais
a Enquadra
e
8/4/1827:
grande batalha naval envolvendo
Navarino,
nada
e
3 toneladas.
de
A última
7
Trajano
inglesas de metal, endos
chegava a 6.167
menos
aPenas
libras
total
Santiago,
Almirante
do
(Aquarela
mais
argentinos
o núcleo
tiveram
de
sua
força
naval destruído, ficando ela, pois, a partir daí,
com
o
seu
valor
militar
muito
reduzido.
A
ta'de,
não
Validade
c ^
havendo
dos
países
navios
recém
diferenças
diferença
das
sensível
grandes
na
potências
egressos do jugo colonial,
eram mais quantitativas do que
Qualitativas.
N.R.:
sobre
independência da Cisplatina, com o nome de
República
entre
o
assunto,
ver
"O
corso
nas
costas
do
Oriental
do
Uruguai,
pôs
fim
ao
conflito, com o novo país funcionando como
"algodão
um tampão entre Argentinae Brasil,
Brasil",
dois
RMB
Ia
no
cristais",
trim./2000,
p.
dizer
de
Lorde
53-78.
KMB4uT/2ooo
135
Ponsomby, embaixador inglês e mediador do
dos
acordo
sem
de paz.4
As experiências para dotar os navios com
últimos
os
anos
do
século
embarcações
primeiras
XVIII,
práticas
mas
tas
e
cialmente
aos
rudes,
às
sempre
e graxas.
1807,
desse
os
para
tipo
de
grandes
propulsão,
espe-
navios
linha,
de
tornaria obsoleta, de um só golpe, toda a sua
uma embarcação a vapor que fez a viagem de
Esquadra, a mais poderosa do mundo, o trun-
Nova
fo
Iorque
Unidos,
o
reduzindo
construiu
já
Estados
espaço
A oposição britânica ao vapor fundamen-
generalizada
volta
o
tava-se ainda na consciência de que a adoção
1803, Robert Fulton fez um pequeno barco a
de
homens
óleos
vapor que navegou
no Rio Sena, e, em
fos-
estes
que
tirava
artilharia,
própria
foguistas,
voltas com
em
pequeno rebocador a roda; em
um
e
do convés para com os maquinis-
do pessoal
as
1801, o engenheiro escocês Willian Symington
construiu
à
ainda
primitivos,
poder de fogodo navio; umacerta hostilidade
a usar o va-
no início do século XIX:
por apareceram
inimigos,
bastantes
destinado
a propulsão a vapor vinham sendo feitas desde
canhões
Albany
para
a uma
velocidade
1812, Fulton começou o
projeto
de 4 nós. Em
do primeiro navio de guerra a vapor, a Fragata
Demologos,
USS
um
entre os seus dois cascos
mas
protegida,
a
roda
(a roda ficava
mais
catamarã
o
e era
armada
o
dência
fim
da
dos
Estados
de
nação
do
britânico,
Lorde
Merville,
em
declarou
1828:
"Os
lordes
do Almirantado
sentem
que
é
pouca
sua capacidade, o emprego do navio a vapor,
24
32-
porque
consideram
1815,
por foi
planejada
tinha
com
Segunda
condição
156 pés de cumcanhões
pounder, a fragata só foi completada em
após
a
garantira
o seu dever maior desencorajar, até o limite de
navio
manobrabilidade); ela tinha
primento
com
lhe
que
hegemônica. O Primeiro Lorde do Almiranta-
Guerra
Indepen-
de
a introdução
que
para
dar um
golpe
supremacia naval do império."
va-
do
na
fatal
[trad.nossa]5
de
Entretanto, o desafio naval francês, enca-
Fulton; em
1829 foi destruída por uma expio-
beçado pelo brilhante oficial de artilharia Henri
são
paiol.
Paixhans
no
seu
Unidos
e
a
morte
As limitações do novo sistema de propulsão
eram,
ainda
porém,
muito
revolução
Marinhas de todo o mundo, principalmente a
da
Inglaterra,
navios
de
opunham-se
a vapor,
à
construção
só
aceitando
que
posições.
lançam
o seu
ções
etc.
rebocadores,
dragas,
várias:
a preca-
As razões para isso eram
canhões
avante
mento de carvão, nas viagens maiores, sendo
estações
mento de carvão ao
os;
o
uso
da
existente para
roda
de
o
único
4.
CARDOSO,
MCINTYRE,
136
Donakl
El
&
Império
dei
liATHE,
Brasil y El
Basil
W.
Man
linha
e outro
canhões
impulsionar o navio - tornava
Efraim.
1830
é que em
navio
de
1837 eles
guerra
com
Gorgon,
longitudinal
do
navio,
um
a ré.
tempo
depois,
cm
1839,
explosivas,
aparece-
desenvolvidas
por Paixhans; os navios passaram a dispor de
então
que
atiravam
os
convencionais e de canhões
os navios extremamente vulneráveis ao fogo
5.
primeiro
ram as granadas
reabasteci-
recurso
na
Pouco
longo da rotas dos navi-
a
do
com propulsão mista, a roda, armada com dois
a vapor existentes; a dependência ao forneci-
instalar
Assim
propulsão a vapor, a Chalupa HMS
riedadee pouca confiabilidade das máquinas
necessário
a adoção
o vapor) - levaria o Almirantado a ir revendo
de
as suas
como
antecipava
os franceses, com o Aviso Spliinx, adotaram
tipo de propulsão para as pequenas embarcaauxiliares,
1822,
seria criada com
este
guerra
desde
que,
vapor e das granadas explosivas (desde
As
grandes.
-
granadas explosivas.
Rio de
la
of War-a
Plata,
projetis
sólidos
que atiravam
as
Desde o final do século
pág. 19.
Hislory
of llie
Combat
Vessel,
p.
75-76.
RMB4T/2000
^ VIU
que a França e a Inglaterra faziam
experiências com esse
llP°
de
granadas mas, devido à
at'tude
do
c°ntra
clUe
a
granada
explosiva
-
tornaria
a
consideravam
"pouco
guerra
""
pessoal de Marinha
cavalheiresca"
os desenvolvimentos
'entos.
foram
À medida
que os navios
foram
se
artilharia
onceito
tornando
imunes
da
esse
foi
época,
à
Aviso
pre-
desaparecendo.
propulsão.
Corse,
navio
primeiro
Lançado
em
1842
de
como
a
guerra
navio
utilizar
de
hélice
em
em
passageiros,
sua
foi
1850
incorporado à Marinha francesa, onde serviu por quase 50 anos.
Embora as
primeiras experi^
Superou 12 nós e, aos 29 anos de serviço, navegou 11.000 milhas
er,eias
com o hélice datassem
sem avaria. (Foto: Procecdings)
de 1825,
só em 1842osfranceses 'ançaram
o primeiro navio com hélice, o
O primeiro navio de guerra de certo porte
Aviso
Corse, com
a
usar
o hélice só surgiu em 1844: a Fragata
almista,
que
propulsão
CanÇ°u
12,4 nós de velocidade. No ano seUSS Princeton, com hélice Ericsson.
êU|nte, os
Qttler,
°s
ingleses
de
mista,
propulsão
motores
839
lançaram
todos
a
os
vapor
de
motores
a Escuna HMS
Na Inglaterra ganha força a idéia de que o
a hélice, já com
hélice não deveria ainda ser usado em navios
dois
cilindros
eram
de
apenas
(até
um
de linha,
acreditando-se
eficaz. Para dirimir as
que a roda era mais
"dúvidas",
o Almiranta-
c'ündro).
1845, fez realizar uma série de
provas
do, em
No
eni
Brasil,
construiu,
entre a Escuna Rattler, a hélice, e a Escuna, de
1843, a
primeira embarcação a vapor feita
país, a
Barca Tetis, com deslocamento de
As provas de velocidade, realizadas em di ver-
o Arsenal
da Corte
u toneladas.
Os motores e caldeiras
.
"Aportadas
da Inglaterra.
foram
P°r ação
de um observador
que acionava um
sPositivo;
uma corrente elétrica circulava
a
Va
longo
de cabos
mina explodir
Próximo.
submarinos,
fazen-
quando o navio-al vo esta-
Durante os
de
testes,
distância do
posto
filhas
01 destruído
por uma dessas
um
de
e potência,
Alecto,
navio
a 5
observação
a roda.
sas condições de tempo e de mar, foram todas
prova
pelo navio a hélice, assim
"um
final cabo de guerra".
como
a
Enquanto os ingleses experimentavam, os
Samuel
"minas
t desenvolveu
um sistema de
contr°'adas",
em que as minas eram explodidas
ao
tamanho
vencidas
Em 1843
, as mudanças tecnológicas cheS^am também
às minas marítimas6.
mesmo
franceses inovaram: em 1845, colocavam em
serviço a sua primeira fragata a hélice, a Pamone,
três
sem
o
anos
hélice
dispunha
de
antes
que
suas
para
motor
os
ingleses
fragatas.
horizontal
A
adotasPamone
de 2 cilindros
de 22 HP, usava hélice Ericsson, e era capaz
de desenvolver
7 nós.
desempenhavam
o
Na época,
mesmo
as
papel
fragatas
que,
bem
mais tarde, os cruzadores desempenhariam.
minas.
As m'nas,
com o nome de torpedos, foram inicialmente desenvolvidas no século XVIII pelo
norte-americano
Bushncll, com a sua mina flutuante
que explodia ao se chocar contra o navio-alvo. Esta mina é a
ancestral
das minas modernas, pois só explodia
quando em contato com o alvo. Em 1777, foi usada com
sucesso
pelos norte-americanos contra a frota britânica no Rio Connecticut; ela foi lançada contra a Fragata
av'd
Cerberus,
não
a
acertando,
mas
atingindo
e afundando
uma
escuna
ancorada
nas
suas
proximidades.
KMB4UT/200()
137
Em
dois
1846
são
construídos
canhões
primeiros
e
testados
alma
com
raiada
os
cidade, foi necessário colocar entre o motor e
e
o hélice desse navio uma engrenagem redu-
carregamento pela culatra (o engrazamento
tora,
do
motor (alta velocidade)
projétil
cilíndrico
nas
ranhuras
do
tubo
do
para conciliar o melhor rendimento
com o melhor rendi-
alma tornava complicado o carregamento
pela
mento do hélice (baixa velocidade); com isso
boca, daí a necessidade do carregamento
pela
foi possível usar caldeiras com maior
pressão,
culatra, além, é claro, da maior rapidez de tiro
propiciada
carregamento
pelo
culatra.
pela
dando
mais
como
um
eficiência
todo;
em
ao
sistema
termos
propulsor
Voltaremos a falar sobre isso). Estes canhões,
Agamemnon era um three-decker-navio
produzidos pelo Major Cavalli, oficial da arti-
três
lharia da Sardenha, e pelo Barão Wahrendorf,
mestre
ferreiro
nenhuma
não
sueco,
Marinha
foram
armado
com
91
de
canhões
90 do Napoléon).
(contra
Na América do Sul, em meados do século
adotados
de expressão,
-
conveses
o
estruturais,
apesar
XIX, as tentativas argentinas
para fazerre viver
de terem alcançado excelentes resultados nos
o Vice-Reinado do Prata- a Argentina consi-
testes.
derava-se
por
Os franceses,
aos
ingleses,
mais
uma
lançando
ao
vez, se adiantam
mar,
em
1848,
herdeira
da
oposição do Império do Brasil
mantinham
são,
o
vivas
-
Espanha
as
e
forte
a
a essa preten-
tensões
no
do
sul
primeiro navio de linha a hélice, de propulsão
continente. Em virtude disso, o Brasil
procu-
mista, o Napoléon,
rou
projeto do grande Dupuy
de Lôme; usando apenas o vapor, o Napoléon
alcançou
ano,
três
a
velocidade
anos
lançaram
após
de
14
nós.
os franceses,
Só
os
nesse
usadas
na
por
eles
de
,
guerra
mas,
da Ponta
também
O
de
apoio
legal
minas em caráter defensivo
de iguais" (sic),
Em
seu
1850,
aos
primeiro
com
e não, como era
dois
navio de
anos
os
de
ingleses
linha
atraso
alguns
1850
vapores
e da
nos
-
Saúde7
encomendas
no
na Inglaterra.
de
Rosas,
ditador
ar-
do Uruguai,
unir-se
assumir o poder
"associação
pretendia
à Argentina,
levou
numa
a Argentina e o Brasil
à guerra -conhecida entre nós como a Guerra
caráter ofensivo.
franceses,
Areia*
só
não
gentino, a Oribe que, em oposição ao governo
para
relação
três
colocando
ostensivo
primeira vez, portanto, é usado um campo de
em
Naval,
nacionais
1848 é incorporado o
primeiro
teger o Porto de Kiel da frota holandesa;
pela
até então,
da
so, a roda, construída
Schleswig-Holstein com o
propósito de pro-
usual
Poder
navio de guerra a vapor, a Fragata DomAfon-
foram
emancipação
seu
estaleiros
construídos
exterior - em
As minas
aperfeiçoadas,
são
estaleiros
Os alemães, em 1848, desenvolveram uma
controladas,
1851
e
série de testes na universidade de Kiel visando a melhorar as minas existentes.
o
em
navios com propulsão mista, a roda-em
ingleses
fragatas a hélice.
suas primeiras
fortalecer
construindo
Contra Oribe e Rosas (1851-52). Sob o
ponto
em
lançam
de
o
a hélice, o HMS
vista
naval,
foi
condito
Agamemnon; usando motores de maior velo-
Esquadra
a
o
fato
mais
Passagem
brasileira.
A
de
importante
do
Tonelero
pela
havia
sido
passagem
* N.R.: Sobre os
estaleiros da Ponla da Areia, ver A fábrica da Ponta da Areia, RMH 2" trim./1997, p. 61 a 69.
7. Na Ponta da Areia, foram construídos os Vapores Recife (1849), Pedro II (1850) e Paraense (1851); na Saúde,
o Vapor Golfinho (1851). O desenvolvimento do estaleiro da Ponta da Areia teve início em 1846
quando
Irincu Evangelista de Souza (o futuro Visconde de Mauá) adquiriu o Estabelecimento de Fundição e Companhia
Estaleiros da Ponla da Areia.
e operários
europeus,
72
inclusive
navios,
(N.R.:
Ver
também
Em
1848, o estaleiro contava com cerca de 300 operários,
dando início à construção de
os
"A
vapores
história
grande
números de navios (em
11
incluindo engenheiros
anos
foram construídos
mencionados).
da
construção
naval
no
Brasil"
na
RMH
2"
trim/1998,
pág.
159
e
160.)
RMB4"T/2000
fortificada com 16
peÇasdeartilhariae2mil
hoimens;
para que as
forÇas brasileiras,
94
m^^*\W^*\\\\\A
i, ¦>
I^^l5m <*^F
, y
^H
provenientes da Colônia |L.,.
de Sacramento,
pudessem chegar a Diamante-no Rio Paraná, e daí
atacar as forças de RoSas, seria necessário
transportá-las além de
T°nelero. Os vapores
brasileiros Dom Afon•So- capitania
NAPOLEÃO LEVEL - CARLOS BRACONNOT
de Gren(Fotos SDM)
fe,UmaisoPeí/ro//,o
Rec'fe e o D. Pedro,
chocando duas corvetas e um brigue, estes
Sinope, na guerra entre a Rússia e a Turquia,
res a vela, tiveram êxito nessa
a frota russa -cujos navios, na maioria, eram
e
as
passagem
r°pas brasileiras
armados com canhões Paixhans, ainda de
atacar
e
derrotar,
puderam
etT> Monte Caseros, as tropas de Rosas,
alma lisa, mas já fazendo uso das granadas
pondo fim ao conflito.
explosivas -, sob o comando do Almirante
Com isso, cessaram todas as restrições
Nakhimov, atacou e destruiu um esquadrão
Mue se faziam no Brasi I ao emprego do vapor;
naval turco, sob o comando do OsmanPasha,
111 eertas circunstâncias, ficara comprovado,
cujos navios não dispunham de canhões
a '"dependência em relação ao vento
capazes de atirar as granadas explosivas.
era
,undamental
Apesar de esmagadora superioridade naval
para a Marinha de Guerra. O
Ministro da Marinha, Conselheiro Vieira Tosrussa - que alinhava seis navios de linha,
tia> em
seu relatório de 1852, insiste na necesduas fragatas e três vapores - contra os
'dade do aumento de número de navios a
turcos - que dispunham de sete fragatas, três
*Por para a Esquadra, apoiando a sua argucorvetas e dois vapores - o rápido massacre
cntação na experiência de Tonelero.
dos turcos foi atribuído pelos analistas ao
Em 1852, começam a chegar do exterior os
terrível efeito das granadas explosivas sobre
asi'eiros enviados
os
navios de madeira.
se
pelo governo para
sPecializarem em estaleiros europeus nas
A Batalha da Baía de Sinope não só de0vas tecnologias ligadas à construção milimonstrou a eficácia das granadas explosivas,
ar- Napoleão Levei e Carlos Braconnot eram
mas deixou claro que, dali para frente, impuClvis
trabalhavam
no
nha-se proteger os navios usando couraças.
Arsenal da Corte e
que
"Ue se especializaram,
respectivamente, em
Ofistrução naval e máquinas. Com eles cheWrarn ao Brasil técnicos estrangeiros
A GUERRA DA CRIMEIA E SUAS
para
arjalhar nas oficinas do Arsenal. As conseLIÇÕES
MUericias dessas medidas logo se fariam sen""' conforme veremos.
AGuerra da Criméia(l 854-56) trariaalguns
Em 1853, há o primeiro teste real das
importantes ensinamentos para a guerra no
danadas explosivas. Na Batalha Naval de
mar.
*MB4Or/2000
L
w%4£k- * ^
m
mgm
139
Ela
representou
uma
para
excelente
reavaliação
freqüentes
dos
oportunidade
confrontos,
tão
à época, entre navios e fortalezas
do forte
o
forte
e depois
russo,
de 4 horas
usara
que
de
bombardeio,
contra
as
baterias
flutuantes tanto projetis sólidos como
grana-
de terra; até então, esse confronto era franca-
das
mente favorável às fortalezas,
não só devido
mortos e 130 feridos), enquanto as três embar-
à fragilidade de navios de madeira sem coura-
cações encouraçadas sofreram apenas avari-
explosivas,
ça mesmo em face dos projetis sólidos, mas,
as
também, à pouca eficácia dos canhões navais
ricocheteavam
contra
as
defesas
poderosas
das
fortalezas.
Os franceses foram os primeiros a reagir às
lições
de
Sinope.
Em
1855,
foi
forçado
insignificantes:
os
tiros
na couraça
explodindo
plosivas,
nenhum
produziam
a
se
render
sólidos
do
(45
forte
ex-
e as granadas
contra
dano.
a couraça,
não
daí
não
A
partir
desenvolveram
mais se podia duvidar da eficácia da couraça
um tipo especial de embarcações para enfren"bade terra; conhecidas como
a
para os navios de guerra e ficava claro que
tar os fortes
flutuantes"
terias
do chato,
eram
de fun-
embarcações
para operar em
águas
rasas,
tecnologia
dos
voltaria
se
canhões
e
dos
para
o melhoramento
usados.
projetis
Ficou
só
próxi-
fácil
mas à terra, construídas de madeira mas
pro-
seria
tegidas com couraças de ferro forjado de 4,5
perfurá-la e explodir na parte vulnerável dos
perceber
eficaz
a
que
contra
granada
a
couraça
polegadas de espessura, montadas sobre pia-
navios; para isso, o
projétil
cas
drico e ter ponta (ogiva); com
de
madeira
de
(teca)
18
polegadas
de
explosiva
se
pudesse
deveria ser cilínos canhões de
espessura8; esta couraça fora
planejada para
alma lisa, o projétil ao deixar o tubo alma do
resistir aos canhões
os 68-
canhão
tinha
lisa. Nesse mesmo ano, as
(dando
verdadeiras
de alma
pounder9
típicos
da época,
três Baterias Flutuantes Dévastacion,
Tonnante,
que
dispunham
de
Lave e
propulsão
a
podendo
vapor capaz de deslocá-las a uma velocidade
no alvo;
desde
a
Negro
3
nós,
foram
rebocadas
fragatas
por
de
para
o
Mar
mista,
propulsão
a
garantir
trajetória
muito
instável
cambalhotas),
que
ele
acertaria
não
aonde
se
se
queria e muito mesmo que ele bateria de ponta
de
2
uma
a alma raiada, já testada e aprovada
1846, conforme já vimos, seria a solu-
ção para este
problema.
roda, e, compondo um esquadrão anglo-fran-
Ainda nesse mesmo ano, o bombardeio de
cês com outros navios tradicionais, ti veram a
Sebastapol por um esquadrão inglês, do qual
missão de neutral izar o forte russo de Kinburn,
fazia
na
foz
do
madeira,
Dnieper.
sem
Enquanto
proteção,
de apoio e engajavam
davam
os
navios
apenas
de
fogo
algumas baterias peri-
féricas do forte, os navios com
couraça fica-
ram estacionados a algumas milhares dejardas
parte
o Agamemnon
mesma classe,
a vapor, já
e
outro
navio
da
mostrou o valor da propulsão
que
os
dois
mista, diferentemente
navios
de
propulsão
dos navios a vela,
po-
diam se posicionar convenientemente em relação
aos
pontos
a
serem
atacados,
dando
8. A idéia de empregar couraça nos navios é muito antiga. Já no século XVI, numa
guerra entre a Coréia e o Japão,
"navio
surgiu o primeiro navio, ainda a remo, protegido eom couraça; conhecido como
tartaruga", pelo seu
aspecto exterior, dispunha de um convés em forma de domo, feito de chapas de ferro, às
quais foram soldados
verdadeiros
pelo
9.
inimigo
espigões
era
de
quase
ferro;
o navio
Antes de os canhões serem designados
eram
designados
era
praticamente
invulnerável
às
armas
da
época
e a sua
abordagem
impossível.
pelo calibre, o que só acorreria na segunda metade do século XIX, eles
peso do projétil
que usavam: um canhão inglês 68-pounder era um canhão que atirava
um projétil pesando 68 libras inglesas. Devido à diferença de
padrão de pesos havia uma dificuldade de comparar
canhões de procedências diferentes; por exemplo, um 36-pounder francês atirava
projetis que pesavam,
aproximadamente, 39 libras inglesas; um 4R-pounder sueco, projetis de 45 libras inglesas; um 42 pounder
russo, projetis de cerca de 30 libras inglesas.
140
pelo
RMB4uT/2000
il
J
;
|
'
"
1
I"
/'
Fragata
mais
Amazonas.
eficácia
^'reção
No
do
que
ao
(Aquarela
bombardeio,
do
Almirante
indiferentes
refere
Gonçalves
de
minas,
Marinha,
57)
à
consistiam em tubos de vidro cheios de ácido
sulfúrico;
à guerra
Nossa
Augusto
vento.
se
-
Trajano
um
os
quando
navio,
quebrados
liberavam
o
ácido
p.
pelo
casco
de
que
então
se
rUí>sos
usaram
a
minagem
defensiva
para
misturava
a
Pr°teção
quando
um
navio.
atingidas
pelo
clorato
de
potássio
e açúcar,
gerando calor e chamas suficientes para pro-
dos portos de Sebastopol, Sveaborg
e Kronstadt,
usando minas de contato, isto é,
^Ue explodiam
com
vocar a explosão da mina.
Já
casco
apontamos
que
durante
a
Guerra
da
pro-
Cisplatina os navios argentinos e brasileiros
desenvolvidos por Alfred Nobel,
eram muito semelhantes aos seus contempo-
Os
fusíveis
dessas
minas,
Vavelmente
Canhoneira
Ipiranga.
Primeiro
navio
Corte).
(Aquarela
do
Almirante
de
guerra
Projetado
Trajano
e
a
htílice
construído
Augusto
de
no
Brasil
Napoleào
Levei
construído
por
Carvalho
-
Nossa
de
(Arsenal
Marinha.
-
p
Marinha
53)
da
râneos que lutaram em Navarino. Agora, pelo
contrário, os navios de linha da frota anglofranco-turca na Criméia eram tecnologicamente muito superiores aos navios de Navarino,
embora muito pouco afastados no tempo.
O Brasil procurava compensar o seu atraso tecnológico tanto adquirindo navios no
exterior-em 1852, chega ao Brasil a Fragata
de propulsão mista, a roda, Amazonas; em
1854, recebeda Inglaterra os primeiros navios
a hélice (quatro canhoneiras); em 1856, mais
três - como construindo no Brasil - em 1854
inicia a construção da Canhoneira Ipiranga,
que seria o primeiro navio a hélice construído
no País (projeto de Napoleão Levei, executado no Arsenal da Corte; as máquinas e as
caldeiras, sob a supervisão de Carlos
Braconnot, foram construídas também no
Arsenal) A Ipiranga participaria da Batalha
Naval do Riachuelo.
O agravamento das relações do Brasil
com o Paraguai, conseqüência das di vergências quanto a questões de fronteiras e livre
navegação nos rios da região (houve ruptura
das relações diplomáticas entre os dois paisesem 1853),estimulou maiores invcstimcntos noPoderNaval brasileiro, principalmente
em termos de preparação de mão-de-obra
qualificada.
Os ingleses não tardaram a copiar os
navios encouraçados franceses que tão bom
desempenho haviam tido contra os fortes de
Kinburn, mas logodepois procuraram superalos, lançando ao mar quatro navios com couraça-o 1 IMS Thunderbolt, o Terror, o Aetna
e o Erebus — todos em 1856; embora não se
possa dizer que esses navios fossem de linha,
eles foram os precursores dos modernos navios de guerra, sendo os primeiros navios a
combinar casco de ferro, couraça e propulsão
a vapor.10
Ainda cm 1856 os ingleses desenvolvem
o canhão A rmstrong, com carregamento pela
culatra, alma raiada, capaz dedispararprojetis
cilíndricos com ogiva, providos com cinta de
chumbo para que pudessem engrazar nas
ranhuras do tubo alma. O canhão Armstrong,
que só seria usado a bordo alguns anos mais
tarde (1860), consistia num tubo alma no qual
um número de jaquetas eram vestidas a quentee, após o resfriamento, elas encolhiam e formavam uma unidade sólida com o tubo alma.
Desta forma, o canhão ia tendo sua resistência aumentada, da boca para a culatra. O tubo
alma era raiado internamente no sistema de
múltiplas ranhuras (grande número de ranhuras rasas). O bloco de culatra, uma peça sólida
de ferro forjado, furada e com ranhura, era encaixado a quente na parte oposta à boca; um
rasgo aberto através dela e da jaqueta acima
permitia que uma cunha fosse inserida, fechando esta extremidade do tubo alma; a eunha era mantida no lugar por um parafuso vazado que antes da colocação da cunha permitia o carregamento do canhão. Este sistema
mostrar-se-ia propenso a causar acidentes.
Dois anos mais tarde, a Marinha francesa
adota o sistema de culatra com ranhura interrompida (quatro seções separadas): a alavanca de operação primeiro levava o bloco para
dentro da culatra e depois girava-o 1/8 de
volta, fazendo com que as ranhuras do bloco
engrazassem com as da culatra, ficando 0
bloco assim travado.
Também na Alemanha o carregamento
pela culatra mereceu a atenção dos técnicos,
começando o desenvolvimento do sistema
Krupp, usando, como o Armstrong, um sistema de cunha, mas sem os inconvenientes do
sistema inglês.
Com o fracasso da missão diplomática do
Almirante Pedro Ferreira de Oliveira, enviado
10. O tradicionalismo naval fez com que as Marinhas de (iuerra custassem a adotar o casco de ferro; desde 1832,
o engenheiro inglês Bruncl já lançara mão desle recurso na construção de um grande transatlântico: o Greal
Brilain.
142
RMB4°T/2000
a
Assunção
logo
pelo governo brasileiro,
aPós a
interrupção das relações diplomáticas
entre
inspirou-se no bombardeio do Kinburn
pelas
baterias
os dois países (1853), um novo impulso
Para
a renovação
do Poder
Naval
Os
Gloire,
brasileiro
teve lugar.
Em 1857, é iniciada no Arsenal da
Corte
então
a
construção
o
maior
construído
da
Niterói,
Corveta
navio
de
Brasil;
o
uma
de
primeira
raça,
navios
de
c°m canhões
de alma raiada. Por dificuldades
mente
o
tecnicas
a construção
navio
seria
arrastou-se
até
1863.
sinais
A luz da experiência adquirida
quando da
fissão
c°m
diplomática
exceção
yiajou
de
um
enviada
à
pequeno
vapor
o chefe da missão,
Assunção
em
muitos
alo
de
fortes
nas
como resultado,
1858,
duas
na França
e sete
Corveta
e
Niterói.
propulsão
o
margens
do
canhões
tarem
por Dupuy
mista
só
depois
de Lôme.
a hélice
dispunha
recebeu
de
Eram
(inicial-
mastro
toda
a
de
aparelha-
13,5 nós. A mais significativa mudan-
os
canhões
es-
apesar de
como fragata).
A economia de peso assim conseguida permi-
de 4,7 polegadas de espessura,
fabricada por
Creusot. O armamento do Gloire consistia em
36 canhões de um novo modelo 66-pounder,
a vapor
carregamento pela culatra, alma raiada, atiran-
da
Marinha,
à couraça,
do
todos
de
construídas
todas
Construído
fato
tiu que o navio recebesse uma cinta couraçada
no
respeito
(Aquarela
(pelo
num único convés do navio,
seu tamanho, foi classificado
Rio
são recebidas,
Ministro
(1862).
mista.
a
navios
concentrada numa única fileira de poderosos
canhoneiras
diz
três
que
na Inglaterra,
que
de
todos os navios da
e a hélice,
com pequeno calado para operarem
nos rios
do Prata. Conforme aponta em seu
relatório
para
^amandaré,
no
ao mar o
toneladas,
ça no Gloire estava na sua artilharia, toda ela
que pudessem navegar no Prata
e dispusessem
de couraça em face da existênde
lançam
5.600
classe
propulsão
Gloire
mas
o vapor,
canhoneiras
Paraguai;
uma
de
gem para vela), capaz de desenvolver, só com
-
força naval brasileira não
puderam subir o Rio
Paraguai
calavam
muito-Tamandaré
porque
¦"ecebeu
o encargo de adquirir na Europa
C]a
1859,
fragata
projetadas
dotado
no
francesas.
em
construídos de madeira mas dotados de cou-
até
vapor
a
propulsão
flutuantes
franceses,
no
AMRJ
sob
Almirante
I
;•
do projetis
explosivos,
34 deles
ao longo
da
borda do navio e dois montados em
pivôs. Um
dos três
navios da mesma classe
de ferro, o Couronne,
pia
Trajam
;>s
do
Engenheiro
Augusto
I
ifT—
de
Napoleão
Carvalho
-
tinha casco
1860.
lançado em
Levei;
Nussci
casco
Marinha
de
-
p.
madeira
88)
-3
\
bordos
dos
navios,
como
navios
mais
antigos
do
do
da
vela.
betas
A
época
e torres
ainda
os
períobar-
das
não
havia
chegado, embora, já nessa época (1860) o canhão Armstrong
tivesse sido introduzido a bordo
dos
navios
britânicos.
A insistência das Marinhas
na propulsão mista, mantendo
ainda nos navios toda a apareGloire
fragata
Primeira
(1859).
Rivisla
(Foto:
encouraçada
-
Maritlima
francesa
I hagem para a propulsão a vela,
Itália)
como no Gloire e no
decorria
No
ano
de
1859
tem
início
a construção
dos primeiros navios de linha dotados de aríete
que,
os
breve,
seria uma característica de todos
da
encouraçados
Dupuy
de
Magenta
ao
Lôme,
época;
são
lançados
A
ineficiência
os
época
contra
rizou
o aríete
navios
que,
por
1861
em
o
bastante semelhantes
e o Soferino,
Gloire.
projetados
dos
canhões
encouraçados
se supunha,
podia
da
valoatingir
cunstâncias.
às grandes
cruzeiros
Esses
de
navios
viagens
cos, ficando
muito
Os
ingleses
reagiram
daí o conservadorismo
abrir mão da vela.
pontos
pou-
um dos outros,
dos que não queriam
"Chaminés
para
A ordem
para cima"
hélice
up
("Downjunnel;
numa
a vapor
da propulsão
sagem
ao
os
eram
eram deficientesequebravam freqüentemente,
baixo;
adiante.
onde
e, além disso, as máquinas então disponíveis
screw"), que assinalava
mais
cir-
de
destinados
carvão
afastados
parte não protegida pela couraça. Voltaremos
assunto
eram
áreas
de
os navios inimigos abaixo da linha d'água, na
ao
Warrior,
série
marítimas, com extensos
abrangendo
reabastecimento
para
uma
viagem
a pas-
a vela,
para
tão
francês
freqüente à época, refletia uma situação bas-
do Gloire lançando ao mar, em 1860, o HMS
tante comum: os navios mistos eram essenci-
Warrior, que é o primeiro navio de linha com
almente
ferro.
casco
de
pouco
antes
do
Embora
desafio
fosse
Couronne,
este
lançado
foi
um
incorpo-
rado primeiro. E um navio de propulsão ainda
mista,
mas
principal,
e
a
propulsão
não
apenas
a
vapor
um
é
importava
agora
a
Ministro
à
chos
dotado
mento
mas
com
pela
eles
canhões
boca,
foram
de
alma
montados
sendo
ponto
da
144
carvão
consumido
da
Marinha
viagem
ser
mento
que
autorizava
que a propulsão
foram
que
as estações
sendo
desempenho e confiabilidade,
por
meçou
a mudar.
de
por
navios
de
Entretanto,
fixos,
alinhados
nos
raças comprometeu
os,
tre-
reduzindo
livre
de
o
em
a situação cosó quando o
foi
a estabilidade
a borda
todo
a vapor ganhavam
aumento do peso dos armamentos
dos
os
a vapor
reabasteci-
instaladas
carretas,
ca-
pelos
usada.
medida
A
em
sobre
substituídos
evolução
canhões
o
mundo e as máquinas
Tanto o Gloire como o Warriorcram ainda
com
todo
carrega-
guerra, duas considerações são importantes.
armados
ocasionalmente,
que,
lisa,
nhões de alma raiada.
Neste
da
podia
toneladas e dispunha de couraça de 4,5 poleInicialmente, o navio era
a vela
navios de Cardiff, na Inglaterra, era o próprio
complemento
propulsão a vela. O Warrior deslocava 9.210
gadas de espessura.
navios
usavam o vapor. No B rasi I, por exemplo, que
tal
e das coudos
navi-
modo
que
eles não mais podiam levar, sem risco, o peso
alto
representado
pelos
mastros
e seus
apa-
RMB4T/2000
—m i "i|ii»
"i|ii»
jiJ
'•3B
.
j
O
inglês
ingles
Warrior
(1860).
(I860).
Primeiro
Primciro
navio
de
do
linha
com
casco
de
dc
jWiWv
K
'
K
-jj I"r
L^ * . _ jJ .. »*
ferro
J
i
(,'SNIP)
USNIP)
(Foio
(Folo
re'hos,
ou
suportar
o
momento
mento
provocado
^reo
pela
pressão
de
do
aderna-
vento
so-
velame do navio,
que a vela foi finalmen-
te abandonada.
daremos
P°nto
Um acidente trágico, do
qual
adiante,
final
contribuiu
na propulsão
para
por
um
a vela.
armamento
de
alma
raiada,
canhões
tentes
na
roads
e
hampton
que
se
prolongaria
até
esta
guerra foi rica de ensinamentos
relativos
à guerra no mar, em especial os
^correntes
da Batalha de Hampton Roads
"62),
onde, pela
primeira vez, dois navios
Ct1couraçadosa
vapor sedefrontaram-surtendentemente
eram
para a época os dois navios
exclusivamente acionados a vapor, muito
avunçados
quando comparados com os demai«
navios do
período.
Recuperando uma fragata
que havia sofri0 UtTi
grave i ncêndio, os confederados transf
num navio encouraçado - o
^¦"Tiaram-na
'/gmia
entretanto,
que,
passaria para a hisr'a
com o seu antigo nome Merrimack. O
na vio
era dotado de uma casamata, construída
C(>tn
traves de carvalho revestidas com trilhos
Qa
estrada
de ferro e
placas metálicas; seu
*
Kl
N-R-:
Mais
sobre
essas
ainda
e
de
7
em
na
9
todos
pivô,
e
atirando
para
os
exisex-
granadas
casamata,
existiam
dois
um
atirando
para
polegadas,
outro
apenas
Em 1861 teve início a Guerra de Secessão
,
Unidos,
de
ré;
o
navio
dispunha
de
da linha d'água. A velocidade era muito baixa,
de
Estados
canhões
aríete, de ferro, que se projetava 2
pés abaixo
lissa*
1°s
três
montado
casamata
plosivas;
vante
de
em
passando através de aberturas
canhões
batalhas
consistia
polegadas, de alma lisa, e de um canhão de 6,
batalhas,
ver
em
"Os
3 nós.
2 ou
Por sua vez, a União desenvolveu o Monitor, projeto de Ericsson, verdadeiramente revolucionário; tinha casco de madeira revestido de couraça;
a meia
instalada
uma
torre rotativa, a
primeira a ser instalada
num
navio,
com
dois
nau
canhões
foi
de
11",
à época
o
maior calibre embarcado; o seu convés, exceto
pela torre e por uma capuchana onde se abrigava
responsável
a pessoa
navio,
era
totalmente
pelo
governo
desimpedido;
do
devido
ao peso da torre o navio tinha
pequena borda
livre,
não sendo,
pois,
projetado para operar
em alto-mar mas apenas em águas
protegidas;
sua
velocidade
era da ordem
Inicialmente,
vios
da
União
Chesapeake,
Congress
a
que
de
atacou os na-
bloqueavam
afundando
tiros
de 5 nós.
o Merrimack
a
Fragata
artilharia
e
a
o
Rio
a
vela
Chalupa
Cumberland com o seu aríete; os três navios
encouraçados",
RMB
1" ao
4" trim/1996.
,<VlB4u'l72000
145
A
i
'
--
a
A
GUERRA
DA
SECESSÃO
NORTE-AMERICANA
I
I mf
n
[If
11
Fotos
reproduzidas
^
Virgínia
t-
Monitor - a guarnição
4*
de
1'roceedings
(Merrimack)
Monitor
1
.
""^'
^
*>¦
cm período de descans"
remanescentes
águas
rasas
fugiram,
onde
em
abrigando-se
o Merrimack
não podia
nenhum
quase
armamento,
serem
para
usa-
dos como verdadeiros aríetes contra os navi-
ir.
Na manhã
seguinte, com a chegada do Monitor
os inimigos;
ao
artilharia
em termos de custo-benefício. É
possível que
de 7
Barroso, em Riachuelo, tenha levado em con-
permanecia
ta as experiências bem sucedidas no conflito
local,
entre
iniciou-se
os dois
horas
de
duelo
um
encouraçados;
combate,
a
de
cerca
após
situação
os resultados
mdecisa, um navio não
conseguindo perfurar
a couraça
do outro. A retirada do Merrimack
norte-americano.
Para
em
Norfolk
à
final
um
recusou
todo
o
relatório
mundo,
de
1862,
inclusive
o
no
Ministro
Brasil:
da
no
Marinha,
Almirante Joaquim Raimundo de Lamarefaz
uma análise sobre o futuro desenvolvimento
da força naval brasileira apoiado na evolução
temia-se
sempre o combate:
excelentes
As lições de Hampton Roads repercutiram
batalha.
ponto
pôs
Duas tentativas
posteriores foram feitas pelo
navio confederado
para enfrentar o Monitor,
mas este,
obedecendo instruções do Congresso,
foram
9ue uma avaria mais séria no
tecnológica
Moniíor deixasse
o caminho
seando-se, em especial, na
livre
experiência
para o Merrimack subir
0 Potomac
O
até
As
que as couraças usadas eram
tanto
aos
'isa
chegava
construção
deira sem
ao
fim
os dois lados lançaram mão
da guerra de minas. O inci-
projetis
dente mais dramático ocorcomo
sólidos
às
reu
granadas
quer de alma raiada. Era
que
aos
tanto
por canhões de alma
claro
explosivas,
disparados
quer
O
por
canhões
de
alma
mais
eficazes.
canhões
de
quer
alma
raiada
de
A
chamou
a atenção
reforpelo aríete do Merrimack
Çava a idéia), mormente
do
porque o advento
vapor
facilitava muito as manobras para o
abalroamento.
Durante
bos
os
partidos
quando
curso,
zenas
toda
os
não
encontros
°s maiores
danos
f'oram
lançaram
navios
de
Secessão,
mão
am-
aríete
do
sob
tanto
como
o
Baía
intenso
do
Forte
dos
navios
e,
pararam
luna,
nem
sempre
sendo do navio abalroado.
Monitor
Tecumseh
e estabeleceu-se
com
ia
que
a
os
navios
a desordem
na co-
se embaralhando
e
um
bloqueando a linha de tiro do outro. Ao
grito
"torpedos"
dos vigias de
(até, aproximada1870,
torpedos),
que
as
minas
Farragut
eram
salvou
chamadas
o dia,
de
mandando
todos
cidade
tipo,
o
afundando imediatamente; os demais navios
Houve algumas de-
desse
Mobile
frente da coluna atingiu uma mina, explodiu,
minas:
deste
construídos navios encouraçados, com
RMB4"T/2000
quando
re-
dispunham
do abalroamento.
de
baía,
mente,
a Guerra
coluna,
na
confederados no interior da
ineficácia
a couraça (o afundamento da Chalupa
Cumberland
de
Farragut,
em
a entrada
Morgan
Para a importância do aríete,
atingir
que podia
os navios
abaixo da linha d'água, onde não
chegava
de
navios
fogo,
de armas
empregados
os
forçava
proteção de coura-
ataque
lisa
Ça e que seria necessário de-
dos
esquadrão
com
a
do
quando
Farragut a Mobile, em 1862.
de navios de ma-
senvolversistemas
Hampton
Na Guerra de Secessão
invulneráveis
eram
Projetis sólidos como às
granadas explosivas,
quer disParados
de
ba-
usadas
couraças
demonstrou
¦nvulneráveis
curso,
Roads.
Washington.
combate
em
os navios avançassem apesar das
"Danem-se
os torpedos. Toda a veloadiante".
Desta
forma,
e
graças
deficiente sistema de disparo das minas
das, ele
pôde
forçar
a estratégica
apesar da oposição de uma força
ao
usa-
passagem,
naval
sob a
147
proteção de fortaleza de terra, como já ocor-
dispunha de um cilindro de AP descarregan-
rera na Guerra da Cri méia, e, ainda, existência
do
de campo
reaquecimento entre o cilindro de AP e os de
minado."
Foi também na Guerra de Secessão que o
navio
primeiro
Encouraçado
de
USS
de
guerra
foi
Cairo,
em
dezembro de 1862, por ação de mina.
Conforme
Armstrong
apontamos,
tinha
tica mostraria:
o
cilindros
BP (motor denominado
BP,
de
com
de composto).
Em 1863, é construído na Inglaterra,
para
o
porte,
afundado,
dois
para
a Holanda,
o Navio de Defesa Costeira Rolf
Krake, armado com duas torres com canhões
canhão
problemas que logo a prá-
não existia nada que evitasse
de
8
de
polegadas,
acordo
com
projeto
do
oficial da Marinha inglesa Cowper Coles,
que
é
o
navio
primeiro
de
a
guerra
usar
torre
que o canhão fosse disparado se a culatra não
construído
estivesse adequadamente fechada. Em 1862,
Monitor,
durante o bombardeio de Kagoshima,
pão, por uma força naval inglesa, uma série de
condições para isso). É importante notar
que
"torre"
à época o termo
tinha um significado
acidentes
diferente do atual: significava uma casamata,
do
com
capitânia
retirada
o canhão
HMS
desses
Armstrong
Euryalus,
canhões
de
no Ja-
a bordo
determinou
os
todos
a
navios
ingleses, que, então, retornaram aos canhões
de
carregamento
apesar
boca,
pela
inconvenientes.
Este retrocesso
só
porque
foi
possível
usada
como
a
numa
Tem
nando
possível
das
o
mais
tarde,
a
culatra,
e
para
curtos,
pela
fazer
adiante
havendo
longaria
até
1879,
tor-
boca,
o projétil
veremos,
necessidade
eram
rotativas
montadas
ou
lançada ao mar, em
navio
escolas:
a dos
também evoluía:
a barbeta,
sistema
no
em
topo
barbeta,
em
que
os
plataformas
de
uma
aberta
na
torre
parte
de
cima (sistema preferido pelos franceses).
A vantagem da barbeta sobre a torreta era
que
o
sendo
canhão,
montado
mais
alto,
permitia à guarnição ter uma melhor visada (o
vel
Armstrong.
ao
instalados
único dispositivo
canhão
A propulsão a vapor
duas
defendiam
que
aumentar a velocidade inicial dos
projetis dos
ao
entre
dava
se
encouraçada
a
de
e a dos
que
canhões,
retornaria
do
Monitor,
Marinha britânica, resolvidas as dificuldades
com
convés
negra
fossem
como
no
a pólvora
engrazar nas ranhuras do tubo alma. Somente
muito
rotativa
placa
que defendiam a torre ou torreta, como a do
carregamento
dificuldades
(o
tinha
época
canhões
apesar
não
na
tubos
canhões
apontado,
início uma controvérsia,
que se pro-
nome
dos
já
aberto
(exatamente como no Monitor).
que, sendo de queima rápida, permitia que os
alma
para
conforme
em mar
na qual se abrigava o canhão,
que era montado
seus
tecnológico
pólvora
era
propelente
de
operar
era
apenas
de direção de tiro disponí-
a
luneta)
e
impedia
que
o
é
canhão fosse lavado pela água do mar (devi-
1862, a Escuna francesa
do ao grande peso da torreta, a borda livre do
Actif,com máquina a vapor com dupla expan-
navio
são (cilindro de alta pressão e de baixa
pres-
mente fechada como a torre, a barbeta deixava
são);
a
no
ano
seguinte,
lançado
era
muito
guarnição
do
canhão
Transporte francês Loiret, com uma variante
enfumaçado
do
interior
da máquina de dupla expansão: a sua máquina
vantagens
é
o
Navio-
eram
não
pequena);
livre
da
sendo
do
torre.
a dificuldade
de
total-
ambiente
Suas
des-
carregar
o
11. No período que vai da Guerra de Secessão até a Primeira Guerra Mundial, o maior desenvolvimento das minas
"chifre
foi o de um sistema independente de disparo, conhecido com o
de Herz".
Consistia em frascos de
vidro com solução ácida; quando o vidro se quebrava pela choque com o casco do navio alvo, a solução ácida
liberada tornava-se
o detonador
ser quebrado
14S
da
o eletrólito de
mina.
o vidro,
Este
a sua
foi
uma bateria primária,
um
vida
passo
era
extremamente
produzindo assim
importante
pois,
uma corrente elétrica que acionava
como
a mina
continuava
inerte
até
ilimitada.
RMB4T/2000
canhão
do
pela boca e a exposição da guarnição
canhão
ao
tiro
inimigo,
durante o
recarregamento.
dades
foram
temas
hidráulicos,
sanadas
nhão fosse
rebaixado
couraça
da
barbeta
Ambas as dificul-
com
que
principalmente
dos
a adoção
que
permitiam
sis-
o ca-
da
para trás da proteção
llPos, fazerido-se
a casamata
sua
era
guarnição
de
tanques
de
de
oito
lastro
e
homens;
sistema
de
respiro com dois tubos; era armado com torpedo-lança (spar-torpedo), uma carga expiosiva
colocada
na extremidade
de
uma
lança
(manobrava-se a embarcação de modo que a
carga
recarregando.
quando
A evolução levou à combinação
nós);
dispunha
explosiva
fosse
de
encontro
dos dois
do navio
inimigo, explodindo
montada sobre
algumas
vezes
ao
casco
—
por impacto
por disparo elétrico).
É o pri-
a barbeta,
dando origem ao que foi inicialmen"torre-barbeta",
te chamado
de
e, posterior-
meiro submarino a obter um êxito militar, ten-
niente, simplesmente
torre ou torreta.
Housatonic,
Por outro lado, havia ainda os
que acreditavam
no princípio da bordada, com os ca-
afundou,
nhões
submarino embarcou
alinhados
navio
fedida,
vam
ao
do
(caso
dos
longo
e
Gloire
do
do
bordos
Na
Warrior).
porém, em que os canhões aumenta-
de
tamanho,
de
teve
sistema
ser
afundado
o
navio
o
de
com
toda
a
federalista
guerra
submarino,
também
porém,
sua
tripulação;
afastar do local, com as escotilhas
água e foi a
pique
teriormente julgava-se
cançado
o
se
(an-
que ele tinha sido
explosão);
pela
ao
abertas, o
ataque
foi
al-
feito
com o submarino imerso.
"bateria
modificado,
central",
este
do
na
transformando-se
A
com
os canhões
uma cidadela
encouraçada
ou casamata,
GUERRA
DA
TRÍPLICE
ALIANÇA
de
situados dentro
Na
co-
América
do
Sul,
o
ano
de
1864
fica
locada a
meio-na vio. A bateria central, com
marcado
°s
Al iança (1864-1870), envolvendo, de um lado,
canhões
bordos
do
navios
de
atirando
navio,
pelos
principalmente
foi
muito
propulsão
com
popular
mista,
nesses
que
já
os
navios a aparelhagem
a vela
para a propulsão
impedia
a operação da torre ou da barbeta,
limitando
nhões
o
muito
o
de
arco
tiro
seus
dos
ca-
1865 seria lançado
(apesar disso, só em
1863,
os
franceses
lançam
mar o
ao
Submarino Le Plongeur; ele usava arcomprimido
tanto
para
a
como
propulsão
Argentina,
Brasil
ao
a responsabilidade
das
Brasil
operações
Em
1865,
paraguaios
a
é
para
o
a Esquadra
paraguaia
brasileira,
de
tática
do sub-
marino) e não dispunha de
sistema
qualquer
O projeto
foi
logo
Nos Estados Unidos,
Secessão,
1864,
era
do
os
confederados
o Submarino
que
uma
abandonado.
ainda
caldeira
na Guerra de
construíram
Hunley,
que
nada
cilíndrica
de
em
mais
ferro,
a
afundar
dessa
paraguaios
A
aríete,
força
de
e decidiu
paraguaios,
outro
o
condução
entre
brasileiros
do
e
Riachuelo,
foi
praticamente
e
uma
o
mista
dizi-
das
roda,
não
brasileiro
abalroar
os
a sorte
batalha,
forma
brasileira
a
almirante
da
três
dos
navios
ao
navios
chatas.
era
composta
de
navios de casco de madeira e
propulsão
nove
mis-
ta, enquanto a força
paraguaia compunha-se
também
de
com tampas cônicas em ambas as extremida-
artilhadas;
des; tinha 40
pés de comprimento, sua propul-
apenas
são era a mão
(a velocidade podia chegar a 2,5
sendo
RMB4T/2000
pela
Naval
propulsão
adotou
de armas.
do
mada. Embora a Fragata Amazonas, capitânia
de em manter a
obstáprofundidade (o maior
o desenvolvimento
que
travada
Batalha
de
para
quase
e
exclusivamente
navais.
dispusesse
inicial
Uruguai,
Coube
sistema de mergulho. Tinha
grandedificulda-
culo
e
Paraguai.
uma batalha fluvial de caráter decisivo
já que
primeiro navio com bateria central).
Em
pelo começo da Guerra da Tríplice
o
os
nove
na
navios
verdade,
Taquari
demais
era
rebocando
do
um
navios
lado
navio
chatas
paraguaio
de
guerra,
adaptados.
149
As
canhoneiras
construídas
na
França
e
guerra desestimulou os esforços que se fazi-
na Inglaterra, chegadas ao Brasil como vimos
am; seria necessário uma nova crise
para que,
em
embora precariamente,
185 8, com propulsão mista a hélice, cons-
tituíam o núcleo da Esquadra brasileira, com
os
navios
de
capacidade
do
proteção
maior
de
e
porte
manobra
tráfego
calado
e
menor
reservados
marítimo
ao
para
longo
costas do Brasil, inadequados que eram
operações
A
Batalha
a
do Paraguai
Naval
do
e
Riachuelo,
assegurasse
vitoriosa força
pela
se poderia
siva.
Graças
esperar de
uma
às fortalezas
brasileira
feito
na
de
preparação
no início da década de 50 dava assim
os
melhores
seus
O
Arsenal
frutos.
de
Mato
Grosso,
o
para o esforço de guerra:
Es-
pela
uma canhoneira
um
bloqueio
naval
teve
o
estratégicas
na
situado
acesso
da
em
1863, construiu
a vapor, de rodas; em
fluvial
de
rodas13.
Areia,
em
1865
O
1864,
estaleiro
construiu
da
duas
canhoneiras14.
batalha deci-
Na Europa, prosseguiu arevolução naval-
que os paraguaios
seu
vapor
Ponta
brasi-
fizeram construir nas margens do RioParaguai,
"inexpugnável"
em especial a
Humaitá, a Esquadra
investimento
pessoal
para
embora
representada
leira, não teve as conseqüências
que
das
se retornasse a cons-
1880).12
área próxima ao conflito, também contribuiu
ameaça
paraguaia
na década de
O
a
fluviais.
eliminasse
quadra
trução
militar, com o lançamento, em
1865, do HMS
Belleroplion,
de
navio
primeiro
linha
com
bateria central; sua bateria compreendia dez
barrado
canhões
de
9
polegadas,
além
de
dois
ca-
rio acima, não podendo,
pois, dispor da mais
nhões de 7", montados numa bateria na
popa,
importante
e três canhões de 7", sem proteção, dos
quais
via de acesso logístico,
alagada
gião
onde
as
numa re-
comunicações
terres-
dois poderiam atirar pela proa; o navio dispu-
tres eram extremamente precárias.
A
de
partir
iria
guerra
ser
1865,
o desafio
a causa
desenvolvimento
da
País, especialmente
de
um
nha
criado
novo
construção
pela
surto
de
aríete
e sua
de
polegadas
couraça
de
ferro
tinha
6
espessura.
de
naval
no
A
no Arsenal da Corte:
em
A
-
AUSTRO-PRUSSIANA
GUERRA
BATALHA
DE
USSA
1865, foram lançados ao mar uma canhoneira
a vapor e dois navios encouraçados; em
1866,
A Guerra Austro-Prussiana (1866), embo-
um navio encouraçado e duas bombardeiras;
ra decidida em terra, ensejou a Batalha Naval
em
de
1867,
uma
encouraçados;
encouraçados,
da
Corveta
corveta
em
e
três
monitores
três
monitores
A Esquadra italiana - a Itália era aliada da
início da construção
Prússia -, sob o comando do Almirante Con-
1868,
além
do
Encouraçada
Sete
de
Setembro,
de
com casco de madeira e couraça de 4
polegadas
(só
12. Os
seria
navios
concluída
lançados
ao
em
mar
1874:
o
no Arsenal
fim
Cario
comboio
Lissa,
da
da Corlc
Lissa,
foram:
em
objeto
de
inúmeras
di
Persano,
de
tropas
quando
que
a Canhoneira
escoltava
atacariam
no Mar Adriático,
1865,
discussões.
avistou
Taquari
a
Ilha
um
de
a Esquadra
e os
Encouraçados
Tamandaré e Barroso-, em 66, o Encouraçado Riachuelo c as Bombardeiras Pedro AJbnso c Forte de Coimbra;
cm
67,
a Corveta
Monitores
La/nego.
13. Os
Alguns
navios
Fluvial
Vilal de
Encouraçados
dos
construídos
Oliveira
Piauí,
c os
Ceará
encouraçados
c
e
Monitores
Encouraçados
Santa. Catarina,
dos
monitores
de
no estaleiro
da Ponta da Areia em
Grosso
foram:
cm
Pará,
do
encouraçados
no Arsenal
Mato
além
Rio
pequeno
seriam
1863,
Grande
Vapor
usados
a Canhoneira
e Magoas-,
Levei
cm
e
do
cm
68,
os
Rebocador
Humaitá.
Cuiabá-,
em
64,
o
Vapor
Paraná.
14. Os navios construídos
1865
foram as Canhoneiras Greenlialgli
e Mart ílio
Dias.
ISO
RMB4uT/2000
(
I
BRASILEIROS
CONSTRUÍDOS
NO
BRASIL
\'iuil|^/r,
Mveini''|K<>7•'
-
Alagoas (1867),
1
H
r
moniior-cncourafado
'
4
Sele
de
Setembro
(1874).
fragala
brasileira
texto
(no
liellerophion
(Foto:
Affoiuliilore
152
(1865),
ela
c
(1865).
classificada
como
corveta)
(Foto:
SDM)
inglês
JFS-1898)
italiano
(Foto:
JFS-1898)
RMB4uT/2(>00
austríaca,
Esquadras
canhões
Com
sob o comando do Almirante Von
Tegetthoff,
vindo
eram
para
constituídas
na
de navios
borda, que já
'etos, sendo
a única exceção o navio
ao
mar
em
1866
da
Fragata HMS Pallas, a máquina a vapor de
com
dupla expansão é usada em navios de maior
obso-
porte;
italiano
numa
se tornavam
lançamento
o
as
Ambas
ataque.
o
anteriormente
ela
(1862)
fora
usada
escuna.
No
ano
de
1867,
com
que dispunha de torreta
dois canhões
tame,
de alma raiada de 9,75"
austríaco
bém, de aríete sem dúvida, o mais poderoso
Whitehead desenvolvem o
projeto do primei-
navio
que participou da batalha (recém-saído
do estaleiro
construtor na Inglaterra, o navio
ro torpedo autopropulsado,
não tinha reais
condições para o combate). A
frota austríaca,
numericamente superior, ti-
onar a guerra no mar, como adiante veremos.
nha a maioria de seus
navios com propulsão
comprimido que lhe imprimia uma velocidade
navios
de 6 nós, e dava-lhe um alcance de apenas 300
Affondatore,
a
hélice,
mas
sem
encouraçados
Hcibsburg
vos
Erzherzog
Krupp,
O
torpedo
primeiro
de
de
Praticamente
inúteis
as
couraças
outros cinco
só
de
o
nas
lisa,
Navios
os
de
Esquadra
madeira
ser
fortalezas
topelaculatraeraiados,e56-
a
de
equipadas
artilharia
com
melhor
muito
superior
do
canhões
fossem também na borda, eram de alma raiada.
revolução,
Inferiorizados
atualidade.
do
dessa
uma
de
tática
italiano Re d'Italia
maneira;
granada
da
Palestro,
o
na popa,
aríete.
por
A
ti-
maiores ra-
que
navio.
quase
Uma
não
e
para
ventilação
é
dos
habitáveis
verdadeira
percebida
na
GUERRA
DA
TRÍPLICE
ALIANÇA
CONTINUA
explodiu.
Na América do Sul,
prosseguia a Guerra
mente,
No momento em
que, incontestável
a couraça
paus
O
foi afunda-
atingido
movimen-
combustão)
compartimentos
à da austría-
uso
por
e cabrestantes,
(o que permitia
era
na artilharia, os austríacos re-
como,
ragem forçada das caldeiras
época
da
carga
uma
fazer
bordo
enfrentar
da
Encouraçado
a
guindastes,
'haria
solveram
ar
dinamite
usado
elétrica,
de
de
seus
de
para a geração de
zões
embora
de
auxiliares,
Pounder de alma lisa. A arti-
ca;
motor
carga
e
energia
não
brasileira,
podiam
canhões
italiana
arma que, após
um
exemplo,
da
tação
64 -pounder, de carregamen-
frota
Robert
para ac ionamento de máqui-
navios da frota
dispunham
uma
passa
contra
italianas;
Marinha
de
inglês
A partir de 1867 o vapor
tendo
alma
e
18 libras no nariz.
c°mo armamento
principal os
velhos
canhões
na
borda,
56-pounder,
oficial
tinha
transportava
jardas;
os no-
recebido
o
Luppis
uma série de aperfeiçoamentos, iria revoluci-
e
Max
Ferd.ina.nd
ainda não tinham
canhões
seus
couraça;
Johann
supe-
da Tríplice Aliança contra o Paraguai. Apesar
rior ao canhão e se atribuía ao aríete enorme
daesmagadora vitória brasileira em Riachuelo,
valor, impunha-se
que o maior número possí-
a
vel
de
atirar
mostrava-se
canhões
pela
da
decididamente
bateria
proa, já
que
o
principal
navio
que
pudesse
tentava
Esquadra
porque,
não
antes
pôde
prosseguir
do conflito,
rio
acima
os paraguaios
ha-
viam feito construir modernas fortalezas, en-
alcançar o outro com aríete tinha
que avançar
tre
de
Paraguai; numa região alagadiça como aque-
proa para o inimigo e era importante que o
fizesse
com
RMB4°T/2000
os
seus
canhões
atirando.
as
quais
Humaitá,
nas
margens
do
Rio
la, o rio era a única via disponível
para o apoio
153
logístico
das
forças
em
acesso a ele era, pois,
livre
canhão era de
indispensável. Com os
era de 70 mm.
operação
e
o
navios que, em 1865, compunham aEsquadra
a neutralização
brasileira
impossível:
porém,
forme já
foi
das
navios
fortalezas
de madeira,
aqui
apontado,
não
frentar fortalezas
equipadas
com
da
Foi
e
no projeto do seu
da Guerra
con-
Em
en-
a artilharia
de Secessão,
fevereiro
forçada
época.
de
ilustre antecessor
o Monitor.
1868,
a
navios
pelos
foi
passagem
encouraçados
(ironclad) Barroso, Bahia e Tamandaré, cada
assim
Corte
nos outros, o canhão
O projeto desses monitores era totalmente
baseado
era,
podiam
120 mm;
necessário
desenvolvesse
construísse
os
navios
forçar
pudessem
a
o
que
Arsenal
a tecnologia
com
da
um
levando
a
adequada
um
monitor
couraçado,
couraça
da
passagem
contrabordo,
bombordo,
por
respectivamente,
o
Rio Grande, o Alagoas e o Para; as conseqü-
que
Esquadra
ências
rendição
da
da
fortaleza
de
Humaitá
para além de Humaitá, conforme as lições da
pouco depois, em julho, foram quase imedia-
Guerra da Criméia (o bombardeio do forte de
tas:
Kinburn
em
de
janeiro
e de Sebastopol já
comentados)
e,
as
mais
re-
nos
Estados
Os
Unidos
Marinha
dos
projetos
encouraçados
le). Já vimos que a
partir de
a
monitores
e
de
dos
dos
raçados
e
monitores
encouraçados,
conforme
de
Napoleão
foram
de
Levei,
eram
de
máquinas
as
ram
de
cargo
Carlos
Os
eram
sua
um
na
linha
um
de
Carlos
de
circulares
dois
eixos
N.R.:
e
madeira
levaram
era
montado
centro
nacionais,
fotos
(Ver
a
na
do
(menor
a vapor;
em
tinham
esse
e
o
Em
Santa
engenheiro,
de
de
Solano
o
conflito
da
Tríplice
Aliança,
os
paraguaios
lançaram
mão
de
guerra
minas,
sob
inspiração da Guerra da Secessão. Para tanto,
contrataram
um
ex-oficial
da
Marinha
dos
três
ali desenvolvidas consistiam
vedado,
de
cheio
flutuador, com
num recipiente
pólvora,
preso
a
um
um sistema mecânico de dis-
giratória,
paro. As minas eram lançadas rio abaixo contra
de
os
navios
brasileiros.
faces
Para se prevenir contra este tipo de
guerra,
pequeno
o Brasil contratou por sua vez um engenheiro
aos
graças
monitores
Catarina
ver
ferro;
ziu minas no Arsenal de Assunção. As minas
forma
duas
manobrabilidade
Piauí
Sobre
na
com
peso);
de
(os vaus
dispunham
torre
navio,
propulsores.
eram
e ferro
couraça
retangular
e ótima
Ceará,
Braconnot
da
encouraçados
propulsão
canhão
prisma
calado
tropas
a
fo-
Braconnot.
mista de
ferro)
única
de
154
nacionais,
e
construção
monitores
de
sorganizadas mas aguerridas
e
Estados Unidos, Thomas H. Bell,
que produ-
construção
*
e
im-
através do
e
instaladas
projeto
139)
pág.
-
instaladas
projeto
de
Levei,
Tríplice
perseguindo
Durante
cargo
anteriormente,
Napoleão
decidida,
da
López.
construção
apontado
mas já
tropas
território paraguaio, as de-
encou-
dos
aliadas
prosseguiu
placavelmente,
máquinas
as
navios.
projetos
as
Aliança
encouraçados
construiu
eram
1870,
com
um número considerável de
Os
tropas
mais um tempo, até março
(David Farragutt em Mobi-
1865
as
ainda
guerra
centes, da Guerra de Secessão
1869
ocupam a capital inimiga;a
"Diário
-
do
o
Captain
norte-americano
servira
dos:
à
James
Tomb",
que, durante a guerra civil,
Marinha
RM1I
dos
Hamilton
1"
Estados
Tomb*.
trim./2000,
p.
Confedera-
Para
proteção
137-156.
RMB4T/2000
'—¦
-t*^*"<
4SL^mmmmmmmnrlt*itmm*ékm -
/ííi/i/í/ e Tamandaré (IS6S1.
*-^É-ati
'" '*
.
'. I
-o^-l
Monitor encouraçado brasileiro
¦^^B^i^a_M^aa^aa^i^ki
RM B4T/2OO0
"¦¦
Encouraçados brasileiros
ris
Pará (1868).
—^—^4ttaid^
^^^^^^^^^^^^
155
dos
navios
redes
adotou
aos
colocadas
para
o
propósito
de
as minas
lançadas.
com
rios,
Apesar
Poder
sis-
de
Naval
-
a
França
desafiava
o
Poder
francesa
naval
hegemônico da Inglaterra - não teve
ma
e
na
influência
supe-
a incontrastável
Pode-se
guerra.
o
era
Naval
nenhu-
tirar
disso
uma importante 1 ição: para que o Poder Naval
medidas,
dessas
rioridade
a patrulha
encontrar
de Sedan;
na batalha
ele
junto
um
e estabeleceu
tripulados
de escaleres
desviar
derivantes,
proteção,
fundeados,
navios
tema
dos
de
minas
as
contra
durante
o bom-
exercer
possa
todas
as
suas
é
capacidades
que a guerra tenha certa dura-
bardeio de Curuzu pelas forças navais brasi-
indispensável
leiras (1866), o Encouraçado brasileiro Rio de
na Guerra Austroção, conforme já ficara claro
Janeiro foi atingido por uma mina e afundou,
Prussiana, quando a derrota no mar dos itali-
boa parte
com
O
de
em
toda
valor
do
reconhecimento
aumentava
anos,
sua tripulação.
a parte;
dos canhões e dos projetis
com
1868
as
dos
couraças
Prússia,
da
A
sorte
navios
de
da guerra).
Continuavam as experiências com o torpedo
linha
Após
Whitehead.
dc
britânica
neo,em
aríete
ra
com
Para
levou,
conforme já aqui assina-
possa
lado, a esforços para dar
aos
navios
uma clara
que
o
Poder
exercer
de
dentro
tiro
pela
desse
Hércules,
as
proa:
tenha
é
certa
a
dos
guerra
quais
duração
rotativas
de
de
torpeou-
a
Aus-
a Rússia e a
Suécia fizeram o mesmo.
Estava aberta a porta para
1868,
instalados
direito
Alemanha,
a Itália,
tria,
arma-
de oito canhões
o
desses
posteriormente,
a
ça,
que
Mediterrâ-
tros países, como aFran-
é
capacidades
do
comprou
dos;
suas
essa
que
arma
tivesse
adoção geral embora ain-
do com uma bateria centrai
experiências
1870, alnglater-
fabricação
li-
espírito,
lançado ao mar, em
o HMS
Naval
todas
indispensável
nha
algumas
realizadas pela Esquadra
ain-
preocupação
uso
conseqü-
flito (a decisiva Batalha de Sadowa definiu a
da de ferro.
o
teve
a evolução
impunha-se o uso
passaram a ter até 9 polegadas de espessura,
não
ências significativas para o desfecho do con-
de couraças cada vez mais espessas: a partir
de
aliados
couraça
da
quatro
da levasse algum tempo para que ela demons-
plataformas
trasse toda sua eficácia e viesse revolucionar
10 polegadas,
sobre
nos cantos da cidadela avante, per-
no mar.
a arte da guerra
mitindo que eles pudessem cobrir um arco de
tiro
indo da proa até a alheta;
nha ainda
de dois
canhões
o navio dispu-
de 9" e quatro
de
O
ACIRRA-SE
x
COURAÇA
DUELO
CANHÃO
7", metade deles atirando para vante, metade
em
A
importante
Um
para ré.
GUERRA
FRANCO-PRUSSIANA
oficial
e
da
Prussiana, última etapa do processo de unifi-
Durante
caçãoda Alemanha, soba liderançada Prússia
estava
de Bismarck. Foi um conflito exclusivamente
nou;
terrestre,
156
sendo decidido muito rapidamente
os
e
Captain,
O
navio
britânica
construção
doente
pesos
e,
por
que
isso,
foram
tem
era
lugar
de
navio
com
armado
afunda.
Marinha
a
acontecimento
HMS
mista
propulsão
emborca
No ano de 1870 tem lugar a Guerra Franco-
O
1871.
torreta,
projeto
do
Cowper
Coles.
navio,
Coles
do
não
sendo
a supervisiocolocados
a
bordo deixaram de ser controlados, de forma
RMB4T/2000
"*hrt
!
_ I Mf
í—fc
*^_
i
I>*P^i-» _ r-lilnir.
^—"~T^
Dreadnoughl (1875). Encouraçado inglês (Ambas folos: CAB)
~^
"X
<* _Xri_r-Jl Jl_-- /1
K
o deslocamento
que
do
navio,
que
fora
A
pro-
resposta
não
se
fez
tardar:
ainda
em
jetado para 6.963 toneladas., alcançou 7.767,
1871 foi lançado ao màxoHMS Devastation,
e a borda
livre de projeto, que era de 8 Vi pés,
lA
apenas
6
na ocasião
da
para
pés
primeiro navio de linha com propulsão exclu-
caiu
si vãmente a vapor, só dispondo de um peque-
entrega.
Algumas importantes lições foram tiradas desta tragédia:
que
tornava-se
a propulsão
A
—
torreta,
com
seu
im-
plicando no uso de mastros,
vergas e toda a aparelhagem
enorme
canhões
peso,
totalmente
com
a
sinais.
Era
a vante
e
12",
de
com
mostrava-se
conteira ainda manual; sua
incompatível
propulsão
a
couraça atingia
vela
pessura,
necessária para a propulsão
12" de es-
extraordinária
para a época. Essa combinação de grande couraça e
a vela, era incompatível com
o emprego das couraças, cada vez mais pesa-
de torres
das; a torreta, com seu enorme peso, mostra-
vel
a vela.
com
porque
Em
va-se totalmente incompatível com a propulsão
para
torres
de
a ré da superestrutura, com
evidente
mista,
no mastro
dotado
teve
o navio
1871,
lugar
grandes
no
um
não
dispunha
importante
que
só foi
canhões
concerne
de
possívelas.
acontecimento
à
propulsão
(
¦
WMM
¦*
(1872).
_
Ambas
fotos:
Iniinaerer
Encoura^ado
' ''
'
CA"
a
vapor:
o
Temple
tubos
oficial
da
inventa
finos,
F.
du
dois
aquatubalar
de
Em 1875, foi lançado o navio da mesma classe
francesa
Marinha
a caldeira
tornando
as
obsoletas
antigas
caldeiras
flamatubulares. Posteriormente, os
mgleses
Thornycroft
e
Normand desenvolvem
te
tipo
uso
de
caldeiras,
o
francês
outros modelos desassim,
que,
torna
se
de
Em
1872,
lançado
é
da
Devastation,
de
12".
de
como
montados
Popov,
Vice-Almirante
eram
11"
Embora
projetado,
em
só que
esses
barbeta.
seus
canhões
navios
fossem,
plataformas
estáveis,
mes-
mo em condições de mar em
que outros navios jogavam muito, o fundo chato em forma de
"batessem"
muito com o
disco fazia com que
universal.
Thunderer,
de
e
Yarrow
canhões
mas
com
12,5" , operados
mar
ao
mesma
que
hidraulicamente
o
vante
de
canhões
os
HMS
o
classe
c com
mar
e
o
que
seu
convés
estivesse
quase
permanentemente imerso quando em viagem.
O
em
projeto,
virtude
definitivamente
c°nteiraavapor.
desse
foi
problema,
abandonado.
Em mais uma etapa do duelo entre a cou-
No Brasil, é lançada ao mar, no Arsenal da
Corte, em 1873,
a Corveta Trajano, que assi-
raça e o canhão, é lançado ao mar em
HMS
Dreadnought
-
homônimo
1875 o
do
navio
nala o início
de um novo ciclo de construção
que
naval no
País, embora a situação econômica
tarde - o primeiro encouraçado a usar couraça
do
de
País
fizesse
com
menor expressão
que
ele
fosse
de
muito
se
tornaria
14" de espessura.
A Guerra
sob
que a do ciclo anterior,
famoso
três
(Ver
de Secessão
décadas
foto
na pág.
mostrara
mais
157)
que pe-
motivação da Guerra do Paraguai. Dois navi-
quenos navios, embora armados com os tipos
°s encouraçados,
mais
'ançados
década
no
de
madeira,
70;
mista,
de propulsão
ao
mesmo
Arsenal
eram
cruzadores
de muito baixa
foram
da
longo
casco
de
de
velocidade e de pe-
Uma
curiosa
em
teve
tentativa
1873.
características
Para
dar
aos
lugar
na
navios
as
de uma boa plataforma de tiro,
e. ao mesmo
tempo, conciliar um grande des'ocamento
com pequeno calado, nesse ano
0s
russos
lançaram
Encouraçado
de
-
torpedos
o
torpedo-
si va rebocada que era levada a explodir contra
o
costado
do
navio
-
inimigo)15
podia
ter
sucesso contra um na vio maior e melhor arma-
queno valor militar.
Rússia,
primitivos
lança ou o torpedo Harvey (uma carga expio-
ao
o
mar
Navio
Novgorocl,
para defesa costeira
do: pequenas embarcações conhecidas como
"Davids"
(porque se opunham aos grandes
"Golias"
da força federal) realizaram ataques
com
-
êxito
Albermale,
vezes
sendo
vocaram.
inclusive
contra
afundando-o
vítimas
Em
1875,
das
o
navio
USS
— embora
algumas
explosões
que
coube
aos
pro-
noruegueses
de casco circular,
com o formato semelhante
lançar ao mar a Torpedeira
ao de uma frigideira. O navio dispunha de três
costeira,
conjuntos
toneladas, com 55
pés de comprimento, capaz
Pulsores,
de
que
máquinas
lhe
acionando
davam
uma
seis
pro-
velocidade
máximade8,5 nós; sua artilharia compreendia
'5.
O torpedo
Ilarvcy,
uma
invenção do oficial
da
de
uma
pequena
desenvolver
uma
Rap,
para defesa
embarcação
velocidade
de
de 7
15
a 8
nós;
barcos semelhantes foram construídos
para a
Marinha
inglesa
Harvey,
consistia
basicamente
numa
carga
explosiva (à época,
explodir debaixo d'água era chamado de torpedo),
qualquer dispositivo para
que era lançada
pela popa da embarcação atacante presa por um fio; quando rebocada em alta velocidade tendia, a se afastar
da esteira da embarcação atacante formando com ela um ângulo de 45° (um dispositivo semelhante ao usado
na pesca ajudava essa tendência); a carga podia ser preparada para explodir
quando se chocasse contra o casco
do navio alvo ou
acionando-se eletricamente um dispositivo
podia ser preparada para explodir
quando a carga
estivesse em
ao alvo. O torpedo-lança consistia numa carga explosiva
posição conveniente em relação
"lança"
colocada na extremidade de uma longa
presa à proa da embarcação atacante.
KMB4"'1720<>0
159
Suécia, Dinamarca, Áustria e Argentina; embora
o
auto-propulsado
torpedo
já
aprovado, como vimos, em testes
1870,
em
dessa
vos
nenhum
arma;
apenas
dispunham
com
existia nenhum sistema de carregamento ca-
primiti-
paz de carregá-los e operá-los com eficiência,
logo se mostraram inadequados, apresentan-
um
novo
tipo
lançamento
ao
mar
do
ou
Encouraçado
HMS
aço.
do
dispunha
dos
surge
1875,
o
favor
realizados
torpedos.
Em
reduzida a pedaços. Os italianos decidiram a
Os canhões de 17,7", porque na época não
navios
desses
tivesse
Shannon,
se
do uma cadência de tiro muito baixa; mostra-
Cruzador
ram-se menos eficazes que os canhões de 12"
de
2a classe
que,
por isso,
pretendia
pudesse
drão
nos
Encouraçado
que
navio,
de
o
Com
realizar tanto as tarefas do encouraçado, for-
tornaram-se
encouraçados
Duilio
foi
o armamento
de
todo
iniciada
a
pa-
mundo.
o
da
prática
mando na linha de batalha, como as de cruza-
cidadela central e torretas nos cantos opos-
dor, na proteção ou ataque ao tráfego maríti-
tos da cidadela.
mo;
foi
o
navio
primeiro
encouraçado,
além
da
a
ter
cinta-couraça
a
até
linha d'água, esta introduzida para dar proteaos
ção
cais;
novos
motores
6.000
deslocava
de
propulsão
toneladas
e
verti-
atingia
a
14 nós; seu armamento era do
velocidade de
o
crescente
aumento
espessura
da
das couraças, canhões cada vez maiores
ram
sendo
usados
a
Em
bordo.
seria
lançado em
com
quatro
1878, o Dandolo),
canhões
canhão
(cada
de
gigantescos
100
pesando
de
aço de 22",
velocidade máxima de
Para
a
escolha
italianos
realizaram
17,7"
toneladas),
de
de
forjado
ferro
22",
e
fabricada
uma
couraça
Schneider,
montadas
19";
placas
de
lado,
Ambos
ele
os
se
espessura,
antemão
maior resistência
não
testados
couraça de
160
ferro
com
foi
o
de
por
ambas
(teca)
de
que o aço oferecia
foram
10"e
canhão
perfurada
e
esforços
Os
peso.
nesse
sentido
não
Tanto na França (Marselha) como
tardaram.
Inglaterra
(Sheffield)
foi
desenvolvida
a
umaplacade açoera sol-
dada sobre uma de ferro. Os testes realizados
nos
dois
enorme
com
países
sucesso,
esta
de
couraça
modo
elas foram
que se seguiram
foram
nos
que
dez
um
anos
de uso obrigató-
rio, em todas as Marinhas do mundo, para os
encouraçados.
grandes
Em
1876,
foi
lançado
ao
mar
de
ferro
com
forjado,
24"
o
HMS
"sanduíche",
de
espessura,
o
limite a que se podia chegar com couraças de
"sanduíche"
ferro; o tipo
compreendia duas
chapas
de
ferro
de
12",
com
madeira
entre
elas. Deslocando 11.000toneladas,eraomaior
então
navio
até
quatro
canhões
de
construído;
16"
(peso
dispunha
unitário
de
de
80
toneladas), carregamento pela boca; seu com-
por outro
primento era de 320 pés e a boca moldada de
quebradiço.
75 pés. Para determinar as melhores caracte-
perfurados
rísticas para os seus hélices, foram realizados,
mas,
mais
pelos tiros dos canhões de
foram
madeira
que o ferro
mostrava
materiais
então)
Marselha,
e em
desenvolvida
de
os
couraça,
cou-
lhor resistência, poderiam ter menor espessu-
a
uma couraça
até
usual
igual
sobre
entre
aço
desenvolver
Injlexible, ainda com couraça
melhor
Sheffield
de
de
sabia-se
da
(como
em
e desenvolvia
15 nós.
testes
importante
tornou-se
na
armado
dos
raças de outros materiais que, por terem me-
couraça composta:
carregamento pela boca; o navio dispunha de
uma couraça
da),
foi
12.000 toneladas (outro, da mesma classe
a velocidade
a comprometer
passou
navios (havia limites para a potência instala-
fo-
1876
lançado ao mar o Encouraçado italiano Duilio,
de
ças
ra
tipo bateria central.
Com
Como o aumento da espessura das coura-
convés
12"; quando
por
de
em
17,7",
e a de aço
a
foi
William
tanques
Froude,
testes
hidrodinâmicos
de prova e, graças
a isso,
apesar
do seu enorme tamanho, o navio podia desen-
RMB4T/2000
volver
15
nós.
Dispunha
uma concepção
de 60
anti-
tanques
de
e de luz elétrica. Levava a bordo
rolamento
- dois
arrojada!
torpedeiras
pés, com os primeiros tubos de torpedo
submersos.
Devido
à
complexidade,
sua
navio só foi comissionado em
Em
1876,
foi
lançado
o
mar
foz
turcas
HMS
o
Rio
do
Danúbio,
ancoradas;
duas
lanchas,
as
canhoneiras
quando
arma-
das, só eram capazes de desenvolver 5 nós e,
o
como
torpedo
tinha
ser
que
levado
de
encontro ao casco inimigo, elas ficaram muito
tempo
1881.
ao
na
apesar
sob
o
fogo
pesado
disso,
o
ataque
do
foi
inimigo,
um
mas
sucesso:
a
Lightning, uma torpedeira de 19 toneladas,
Canhoneira turca Seife foi a pique sem que a
fabricado
lancha que a atacou tivesse sofrido qualquer
de
pela Thornycroft,
18 nós.
A importância
está no fato
dela
um
número
grande
'hantes
e
com velocidade
dessa embarcação
de modelo
ter servido
de
embarcações
baixa.
para
seme-
construídas pela própria Thornycroft
TORPEDEIRAS
AS
COM
TUBOS
AXIAIS
pela Yarro w, em face do enorme sucesso do
Lightning,
depois que ela recebeu, algum
tempo depois
do lançamento, um dispositivo
de
lançamento
autopropulsado
pela
(como
popa
logo
torpedo
do
veremos,
não
foi,
porém a primeira embarcação a dispor de
tubo
para lançar o torpedo Whitehead).
Novos melhoramentos
dos na construção naval:
ao
mar
o
Encouraçado
navio com
22
foram
introduzi-
em 1876, é lançado
francês
Rédoutable,
Nesse ano, é lançada a Torpedeira francesa
Embarcação
Torpedeira
Na
1
que,
antes
do Lightning, é a primeira embarcação
preparada para
lançar os torpedos
Whitehead,
tubos axiais, situados abaixo da linha d
por
'água,
um avante e outro a ré, entre os dois eixos.
uma embarcação de
por duas
dros, que
máquinas
lhe
101
alternativas
imprimiam
É
toneladas, acionada
uma
de três cilin-
velocidade de
de aço e couraça de aço de
14,25 nós. Embora não tenha sido um suces-
polegadas (como se vê, a couraça compos-
so, devido à sua baixa velocidade, seu
projeto
casco
ta custou
a ser usada); primeiro navio a ter as
cavernas
de aço, conipartinientagem estan-
que,
flue com
navio
duplo
transversais
Em
1877,
e
fundo e anteparas
estanques
de
base
para
anos
mais
tarde,
contra
um
novo
os
tipo
de
navio
conhecido
como
torpedeiros
ou
seria
contratorpedeiro.
longitudinais.
numa das recorrentes
O
guerras
entre russos
e turcos, quatro lanchas russas,
armadas
com torpedos-lança, atacam à noite,
Rédoutable
serviu
(1876).
Encouraçado
emprego
autopropulsado
rio
impulso
francês
(Foto:
à
operacional
deu
tática
JFS
um
naval.
1898)
do
torpedo
novo e extraordináOs
dispositivos
—
I/ncscar
(1865).
Monitor
chileno
^
¦-^
v *• '
' •"•"t • * r-
'' ''
Almirante
Cruzador
—
para
lançamento
quer
os
dos
instalados
axiais
submersos,
quase
todos
os
de
em
quer
tornaram-se
navios
especialmente,
Whitehead,
torpedos
no convés
valorizou
as
sucesso
cações
que
do Lightning,
eram
em
mas,
o capacitaram
as
a lançar
des
modifi-
os
torpedeira,
alojada
no
transportadas
convés
As
superior.
pequenas torpedeiras transportadas nos gran-
pequenas
após
uma
nesse compartimento; duas outras torpedeiras
torpedeiras.
O
JFS-1898)
lançada
ser
podia
tubos
comuns
combate,
Corhranc.
chileno
fotos:
(Ambas
—
novos
encouraçados
pois,
designadas
para
distingui-las
classe,
que
seriam,
algum
torpedeiras
das
operavam
maiores,
de-
tempo
de
2"
classe,
ditas
de
1"
independentemente.
torpedos, deu origem, conformejá tivemos ocasião de sali-
A GUERRA CIIILE PERU
entar, a uma série de torpedeiO
emprego
operacional
ras, de construção inglesa, mas
adquiridas
Marinhas
As
croft
Um incidente no mar, ocordo
pelas
de
todo
dasedesenvolviam
mundo.
Thorny-
13
autopropulsado
novo
um
à
tática
naval
em
pôs
Tendo
ruano
Huescar
atos
de
es-
inglês
HMS
as
Shah\
pe-
se envolvido
pirataria,
interceptado
Inicialmente,
evidência
o Monitor
época.
em
—
lançar
Whitehead.
porque
limitações dos cruzadores da
extraordinário
impulso
Y arrow, 27 toneladas e 17 nós;
torpedos
e
deu
tonela-
14 nós; as
ambos os tipos podiam
dois
rido cm 1877, foi importante
pequenas
o
torpedeiras
deslocavam
torpedo
pelo
foi
ele
Cruzador
apesar da enorme superi-
sas embarcações eram projetadas para serem
oridade
levadas a bordo dos navios de linha, operan-
diz respeito à artilharia-o cruzador dispunha
do a partir deles; o Dtiilio, conformejá foi dito,
de
transportava torpedeiras: ele dispunha de um
16 de 6 polegadas - o encontro
grande compartimento a ré, na altura da linha
clusivo;
d'água, fechado na extremidade posterior por
canhões do Shali, que usavam
pesadas
162
portas
estanques,
através
das
quais
do cruzador
18 canhões,
como
sobre
o monitor
sendo dois de
no que
10 polegadas e
não
foi
con-
devido à baixa velocidade inicial dos
propelente,
seus
pólvora negra
projetis
não
conse-
RMB4T/2000
.
guiram
a
penetrar
forjado
do navio
disparados
Duílio)
ferro
tiros
mais do que um canhão funcionando,
e
canhão,
o
a
era
tendência
três
tentes
e
espessas
mais
vez
cada
o
(veja-se
para
tripulação.
sua
o pavilhão chileno,
arvorando
Depois
de
enfrentou
em
1880 o Monitor peruano Manco Capac numa
resis-
batalha
do
caso
de
quartos
extenso trabalho de reparas o Huescar, agora
cada vez maiores (veja-se o caso do
e para couraças
estava
sem leme e estavam fora de combate cerca de
à queima-roupa. Nesse duelo entre
a couraça
canhões
mesmo
peruano,
de
com
4Vi
de
couraça
Inflexible).
qualquer resultado
sem
um
para
dos
lados.
Sliali
O primeiro êxito em combate de um torpe-
ficou também
marcado porque foi a primeira
vez
Whitehead foi lançado
um
torpedo
que
do autopropulsado não tardaria a chegar. Na
ern combate;
o torpedo lançado pelo cruzador
falhou,
possivelmente porque o navio peruano
pôde se esquivar (mais provavelmente
devido
às deficiências ainda existentes no
Batoum,
torpedo).
sem
O
confronto
o
entre
Huescar
e
o
extremidade mais remota do Mar Negro, em
nha
do
governo
Peru,
representou
um
tentando
torpedeiras
russos
atacar
os
armadas com
nenhum resultado.
mudar;
papel
os
e
turcos;
Almirante Makharof,
turcos
torpedos
e
o
vi-
usando
o torpedo Harvey,
Somente com a che-
gada dos torpedos Whitehead,
O Huescar, de volta mais tarde ao controle
do
enfrentavam-se
comandante russo,
seus
a situação iria
dispositivos
de
relevante
na Guerra do Chile contra o Peru e
lançamento foram colocados em dois barcos
aBolívia(
1879-82), em que o Poder Naval foi
especialmente preparados
para isso;em 1878,
o
eles atacaram e afundaram um vapor turco de
usado
de
maneira
1879,
Em
intensa.
Huescar e o Encouraçado Independência, da
2.000 toneladas
t' ota
distância
peruana, enfrentaram a Chalupa chilena
Esmeralda
e a Chalupa
Pendência
foi
Cavadonga
e
a
levado
encalhar
bombardeado
até
se
lançando os torpedos
apenas
^ar num casco soçobrado e o Huescar afun-
o lançamento
cho - correspondente
com
o resultado
de
1863, atingem o
seu máximo desenvolvimento em 1878, com
transfor-
dou
o Esmeralda;
que, como vimos,
vinham sendo usados desde
pelo
a uma
80 jardas.
Os motores compostos
o Inde-
Cavadonga;
de
ação,
ao mar
dos
Navios
de
Despa-
aos avisos franceses -
foi suspenso
temporariamente o bloqueio de
da Marinha britânica, o íris e o Mercury,
Iquique
atingem
¦no
ano,
pelos chilenos.
o
Huescar
Em outubro do mesfoi
atacado
por
a velocidade recorde
de
Em 1879, mais um acidente
dois
18,5
que
nós.
grave na Ma-
navios chilenos,
o Blanco Escalada eoAImi-
rinha britânica traz conseqüências importan-
''cinte
tes: explode um dos canhões de
Cochrane
heróica,
e,
rendeu-se,
depois
quando
Iris
c
de
uma
batalha
Mercury
(1896).
Navio
12", carrega-
mento pela boca, do HMS Thunderer. Depois
não dispunha de
de
Despacho
inglês
(Foto:
JFS-1898)
de uma nega de fogo, o canhão foi inadverti-
das abaixo da linha d'água do navio praças
damente carregado com um segundo tiro (pro-
de
jetil e carga) e, quando feito o novo disparo,
explodiu.
A análise do acidente indicou
que
esse tipo de acidente só
pôde ocorrer porque
o carregamento
Conforme
Thunderer
do
canhão
era pela
veremos,
contribuiu
o
para
boca.
acidente
os
que
máquinas,
de caldeiras
de
e os paióis
munição - eram
protegidas por um convés de
aço, com espessuras que iam desde 3á" até 6".
Eram
que
do
ingleses
verdade,
mesmo
é que
porém,
nesses
ca-
de compartimentagem
como
estan-
adicional,
proteção
suas
carvoeiras foram colocadas
junto ao costado
do
voltassem a usar o carregamento
pela culatra.
A
dotados
e,
navio.
Os cruzadores encouraçados dispunham
de couraça
lateral,
o que
lhes dava
uma pro-
nhões, continuavam a ocorrer acidentes; isso
teção
só acabaria
destes navios apareceu, conforme menciona-
dos
mais
quando,
canhões,
que
era
de
tarde, o tubo
ferro
alma
forjado,
fosse
feito de aço.
Em
1879,
Resurgam,
é lançado
vapor:
vapor
protegidos.
em
1875,
Encouraçado
HMS
chamados
encouraçados
de
Shannon.
o
Cruzador
Eram
de
também
2a classe.
A tendência para a adoção nos cruzadores
de couraça lateral foi muito
persistente apesar
padre
superfície,
era
que
tanque de água quente;
da
anteriormente,
O primeiro
igreja
na
quando
produzia
do
HMS
a dos
O navio tinha propulsão a
projeto
anglicana Garrett.
o submarino
do
superior
uma
caldeira
descarregado
num
de alguns analistas navais
julgarem que, mais
do
poderosas
que
couraças
e
ca-
grandes
o calor latente assim
nhões, a melhor característica dos cruzadores
armazenado era usado para a propulsão
quan-
era a velocidade superior,
própria dos cruza-
do o submarino
dores protegidos, e maior rapidez de tiro; o li-
cesso,
o navio
ou 5 horas,
nós.
Usava
estava
imerso;
por este pro-
podia operar mergulhado
com
velocidade
tanques
de
lastro
em
que
por
mite da couraça seria aquele
que não sacrifi-
de 3
casse a velocidade ou o raio de ação do navio.
lhe davam
No final da década surgiria uma novaconcep-
torno
uma pequena reserva de flutuabilidade.
gulhava com
total
auxílio de hidroplanos.
fracasso,
provas
tendo
afundado
Mer-
Foi
durante
ção, sobre o qual
um
as
de mar.
No
torpedeira
classe,
A partir de 1880, começam asepopulari-
ano
de
falaremos
1880,
seria
que
a Torpedeira
é
mais adiante.
lançada
a
classificada
russa Batoum.
embarcação de 40 toneladas,
primeira
como
Era
de
1"
uma
100 pés de com-
zar os navios construídos com casco de aço -
pri mento, motor de 500 HP e velocidade de 22
já vimos que o primeiro
nós. Foi construída na Inglaterra
navio com
casco de
aço foi o Rédoutable, lançado ao mar em 1876
- o
que representava
um grande avanço pois
Batalha Itália, concepção de Benedetto Brin
o aço era mais leve, mais resistente e de menor
(como
preço do que o ferro.
dos
o Duilio).
CRUZADORES
grandes
tista
de cruzadores:
cruzadores
de
164
duas
concepções
diferentes
os cruzadores protegidos e os
encouraçados.
optou
torretas,
pela
17,7
a velocidade
manutenção
polegadas
seria
um
e
fator
elevadores
completamente
as
de
bases
das
munição
a
duas
e a base
protegidas por couraças,
constituindoacidadelacentral.Paracompensar esta
do
partes
os
sacrificar
somente
das chaminés eram
Os cruzadores protegidos não dispunham
suas
por
cinta-couraça;
couraça
lateral;
que
de
fundamental para esse tipo de navio, o
proje-
Na década de 80 também estavam em desenvolvimento
Optando
canhões
acreditando
05
pela Yarrow.
Em 1880, é lançado ao mar o Cruzador de
vitais,
situa-
vulnerabilidade,
navio
foi
usado
um
em toda a extensão
sistema
celular
de
RMB4°T/2000
Proteção, que correspondia à divisão do casco em grande número de
pequenos compar«mentos estanques, cheios de carvão ou de
cortiça; a economia de
peso resultante permitlu que atingisse a velocidade de 18 nós,
admirável na época
para um navio desse
Porte. O Itália e o Lepanto, da mesma classe,
lançado em 1883, são os
precursores dos
cruzadores de batalha da era dos
dreadnoughts. Esta arrojada concepção - o
abandono da couraça e a adoção dos canhões gigantes - não iria
persistir, porém,
mesmo na Itália. A maior proteção dada por
couraças mais leves, mas mais resistentes e as
dificuldades operacionais dos grandes canhões iriam contribuir para isso; os canhões
de 12 polegadas caminhavam para se tornar
"padrão".
Em 1881, Schneider introduz o processo
de tempera do aço mergulhando-o em óleo
após o forjamento. As couraças feitas com
este novo aço mostraram-se mais resistentes
aos tiros dos canhões de 17,7 polegadas do
que as couraças compostas. Logo, a França
e a Itália as adotariam
para todos os navios.
Conforme havíamos antecipado, em 1881
a Inglaterra voltou a usar os canhões
Armstrong, de carregamento pela culatra.
Em 1881, é introduzido o projétil de aço
«indido.
A bateria secundária, constituída por canhões de tiro rápido, é instalada, a partir de
1882, a bordo dos encouraçados, de modo
que eles pudessem repelir o ataque das
torpedeiras. São canhões de 6 polegadas, ou
menores, de carregamento pela culatra, grande rapidez de tiro, instalados em grande número ao longo dos bordos do navio.
A EVOLUÇÃO DA PÓLVORA
O aparecimento desses canhões está associado à evolução da pólvora. A pólvora
inicialmente usada como propelente era a
pólvora negra, constituída de grãos pequenos, e cuja principal característica é liberar
toda a energia imediatamente após a ignição.
Como a precisão, o poder de impacto e o
alcance do canhão dependem da velocidade
do projétil ao deixar a boca do canhão (velocidade inicial), foi desenvolvida uma pólvora,
feita com grãos maiores (pelotas) e, mais
tarde, em forma de prismas de seis lados, de
modo a ela queimar mais lentamente, exercendo sua ação sobre o projétil por mais tempo,
e, portanto, imprimindo-lhe maior velocidade
inicial. O tubo alma dos canhões teve que ser
feito mais longo ou, do contrário, não haveria
tempo para que toda a pólvora queimasse
(uma certa quantidade dela em chamas sairia
Cruzadores de batalha italianos Lepanto (1882) e Itália (1880) (Foto: JFS-1898)
do
boca
pela
canhão).
isso,
Com
evidente-
julgando o Almirantado que esse conceito só
válido
mente ficava mais difícil o carregamento pela
era
boca, o que tornava o carregamento pela cu-
torpedeiras
para
pequenas
Marinhas.
projetadas
para
foram
como,
à época,
latra praticamente obrigatório. Acresce que
navios
a alma raiada ia se tornando mandatória, pois,
bloqueio era muito usado,
ela dava maior estabilidade ao projétil na tra-
sumiram considerável importância.
e,
jetória
menos
portanto,
dispersão
bloqueando
Um
(mais
conflito
portos;
As
combater
as torpedeiras
ocorrido
nesse
mesmo
o
as-
ano
acerto), e, com o advento da ogiva, era impres-
contribuiu ainda mais para a valorização das
o
torpedeiras. Para forçar os chineses a aceita-
que, sem al ma raiada, era i mpossível. O engra-
rem as reivindicações da França na Indonésia,
zamento do projétil nas ranhuras do tubo alma
uma força naval francesa, sob o comando do
cindível
o
que
projétil
batesse
de
ponta,
era muito difícil com o carregamento pela boca
impunha-se a alma raiada.
e, assim,
A pólvora de queima mais lenta, resultante
da
redução
mento
da
marrom
da
de
quantidade
salitre
e
enxofre
carvão,
chocolate);
(ou
de
é
com
a
o
e
au-
pólvora
seu
uso
a
velocidade inicial do projétil passou de 1.600
pés/segundo
para
mais
levou à pól-
vora sem fumaça, uma mistura de nitroglicerina e algodão-pólvora,
dões
(cordite)
feita em
desenvolve
que
atacar
a
çar
em
Foochow,
seu
alcançar
para
partes
estreitas
pelos
chineses.
fortificadas
os maiores cruzadores
adequado
franceses
subir
para
o
rio,
do
Como
não tinham
rio,
Coubert
passou o seu pavilhão para o pequeno Vapor
Volta,
de
1.200
toneladas,
cruzadores
canhoneiras
lá para o fim do século,
chineses
acima;
em
passagem
bastante
muito
mais
os
Min
objetivo, os navios franceses teriam que for-
quenos
o uso de menores cargas para um dado alcaniria permitir,
Rio
longos cor-
energia que as pólvoras comuns, permitindo
ce (isso
de
situada
calado
de 2.000.
O próximo desenvolvimento
Almirante André Coubert, foi enviada com a
missão
Foochow,
ficações
e duas
tendo
nas
vencer
que
do rio
cinco
com
couraça,
torpedeiras,
margens
força naval de
e,
sem
rumou
não
só as
mas
petrês
para
forti-
ainda
uma
11 navios de guerra, dos quais
que os canhões de tiro rápido de 6 polegadas
seis tinham mais de 1.000 toneladas -o maior
e maiores tivessem a carga propelente alojada
tinha
em
estojos
menores,
latão;
de
o estojo
em
caso
e o projétil
de
calibres
foram
ligados
canhões
volvi mento
na área
o
tempo
área:
Charles
da
Parsons
a primeira
92
com
com
pés,
ousado.
a
sua
aproximação
Yanou, capitania chinês,
sucesso o
bem
dei-
chinesa;
tornam-se
importantes
A
elementos
Marinhas, como a
Inglaterra,
construtoras
como
a outra
torpedeira,
idêntica
à
CONTRA
primeira,
da Rússia e da França.
166
quanto
das,
patenteia
de algumas das principais
embarcações,
exitoso
xando-oem chamas e lançando a confusão na
FRANCESA
maiores
tão
coberta pelo fogo dos navios maiores, atacou
E a partir de 1884 que as torpedeiras de
das
polegadas.
foi
nesta
Tendo
uma
10
traria
CHINESES
classe
armados
Uma das torpedeiras francesas, de 32 tonela-
frota
1"
nove juncos
que
turbina a vapor.
AÇÃO
de
expressivas
propulsão,
mudanças
de
ataque
O
Em 1884, teve lugar um importantedesen-
além
com canhões de 47, alma lisa, antigos, e dois
numa única peça (munição engastada).
com
1.600 -
vimos,
é
embora
desse
uma
tipo
de
exceção,
destruiu
reduzido
a
Canhoneira
a frota
chinesa
Foo
Sing¦
a destroços,
Coubert desceu o rio; no caminho aniquilando
os
fortes
manobra
de
dos
seus
estreitos
graças
à
hábil
navios.
Em 1885, patenteado por Hadfield, surge
o projétil de aço fundido, com ponta endurecida e corpo de material
macio.
RMB4uT/2000
m°
Em 1885, Nordenfeld, empregando o mes-
encouraçados, afetando a sua estabilidade, o
princípio do Resurgam, constrói, na Sué-
que seria fatal para eles, pois, no entender do
cia um submarino
de 60 toneladas e 64 pés de
comprimento.
era
o
que
A principal diferença entre eles
barco
Profundidade
cais,
de
mantinha
Nordenfeld
acionados
auxiliares
máquinas
por
a
verti-
por meio de dois hélices
a
Vapor,
da
pai
école,
jeune
eram
emborcar (o acidente
com
certamente contribuiu
desse
conceito);
cola,
a
fáceis
Capstain
de
para o fortalecimento
os teorizadores
para
no
guerra
navios
o HMS
mar
seria
da
es-
principalmente
de 6 HP, comandadas por uma válvula
hidrostática atuando
em função da profundi-
voltada contra o tráfego marítimo - a
guerra
de corso - para o que os cruzadores
(e, mais
dade. É o
primeiro submarino a levar o torpedo
tarde, os submarinos e, bem mais tarde ainda,
Whitehead,
os
num
tubo
no
fora
de
lado
do
aviões
embarcados
e
os
baseados
em
casco na
tinha
popa do submarino; o torpedo
terra)
Propulsão
- afinal, à
enfatizar a defesa dos
época,
portos
a vapor.
o
A
JEUNE
eram
bloqueio
ÉCOLE
°a
pasta da Marinha da França, em
a oportunidade
para
das teorias de
jeune
dificuldades
na
prática
da
da
derrota
As
França
1870 e o desgaste provoca-
mais
era
portos
Coerente
na
gestão
com
pasta
construção
suas
da
dos
adequados;
uma
a jeune école
"poeira
mais a
naval".
1886, criou
aplicação
école, por ele criada.
advindas
Para a Prússia em
do
a
de
meios
-
freqüente
A assunção do Almirante Téophile Aube
os
tática
muito
valorizava
idéias,
ao
ainda
Aube,
na
parou
com
Marinha,
encouraçados,
e
sua
a
mandou
construir 14 cruzadores e 34 torpedeiras. Para
alguns
analistas,
por essa razão,
ao ter início
para
a Primeira Guerra Mundial, a Esquadra france-
Porem cheque a hegemonia naval da Inglater-
sa era inferior às Esquadras tanto da Inglater-
ra
ra
pelo
esforço
(sem
inovação
Aube
a
que
sucesso),
vinha
tecnológica,
repensar
a
sendo
através
especial
em
feito
levaram
estratégia
da
o Almirante
naval
do
seu
País; para ele, os grandes encouraçados, cuja
como
to
entre
(na
verdade,
tinha como construí-los
as torpedeiras,
dos
a
França
já
não
c mantê-los), já que
armadas com os novos torpe-
as
linhas
criada
na França
a
com
contar
uma
das
uma escola
reto
das
torpedeiras
espetaculares
passaram
batalha
preparar o pessoal
ameaça significativa a eles: tão
grandequeos
encouraçados
de
para
Conforme
representavam
onde
países
ainda
Esquadras
Como seria de esperar, na
gestão de Aube
foi
uma
autopropulsados,
Alemanha,
oponentes.
missão era compor a linha de batalha, estavam
condenados
da
predom i na va o conceito clássico de confron-
sentado
já
de torpedos
para o emprego cor-
e de
seus
adiantamos,
conseqüências
torpedos.
uma
das
do risco
mais
repre-
pela proliferação das torpedeiras
foi
forte bateria secundária, com canhões de tiro
o aparecimento, em 1886, de um navio espe-
rápido, com o
i mpedir
propósito específico de
cialmente destinado a enfrentar essas
peque-
a aproximação das temíveis torpedeiras (mais
nas
tarde,
surgiram
contratorpedeiros): construído na Inglaterra
os contratorpedeiros, navios
projetados para
para a Espanha, é lançado ao mar o Destructor,
enfrentar estapoussière navale);
navio
como
logo adiante
veremos,
para
Aube,
era também
rápidos,
possível que cruzadores
armados com
do,
os
empregando
novos canhões de tiro rápigranadas
explosivas
carre-
embarcações
de
usados
a bordo - em seqüência,
ver
defeitos,
HMB4üT/20«0
partes
não
protegidas
usando
que,
dois
cilindros de
alta, média e baixa
pressão
podia desenvol-
atingir
as
toneladas
os
motores de tripla expansão,
pela primeira vez
gadas com alto explosivo, fossem capazes de
dos
386
seriam
(hoje
22,5
nós.
razão
Na
prática,
pela
qual
apresentou
não
teve
muito
sucesso.
167
Destructor
(1886),
contratorpedeiro
espanhol
JFS
(Folo:
1886,
Em
defesa
1898)
lançado
é
costeira
especialmente
projetado
duas torpedeiras.
ria,
mas
enorme
o
ao
mar
dinamarquês
para
o
navio
de
Ivar
Hvifeld,
levar
a bordo
A idéia, porém, não vinga-
registro
é
feito
na
prestígio,
mostrar
para
ocasião,
o
dessas
torpedeiras.
As
Preocupados
com
o
aumento
grande
lançam ao mar, em 1887, o HMS Grasshopper,
chamado
catcher,
rior
de
torpedo
gun
boat
école levaram os fran-
ou
torpedo
uma tentativa mais feliz que a ante-
para
desenvolver
um
navio
capaz
de
"contrator-
destruir as torpedeiras, um navio
idéias da jeune
do
número de torpedeiras francesas, os ingleses
pedeiro". Essa classe foi seguida pela classe
ceses, com o apoio de Aube, a desenvolver o
Spcinker (1889)
projeto de um pequeno submarino para ser
velocidade
levado a bordo dos
grandes navios, como se
700
fosse
pouca manobrabil idade fizeram com que eles
pés
Em
uma torpedeira de 2a classe.
é lançado
ao mar o Goubert,
de comprimento,
de apenas
deslocando
1886,
16,5
10 tonela-
das, acionado por motor elétrico, com tripulação de dois homens.
O controle da profundi-
não
e Jason
a 800 toneladas;
tivessem
contra
com
deslocando
de
velocidade e
sua baixa
sucesso
navios
(1892),
abaixo de 20 nós,
as
torpedeiras,
pri ncipalmente quando estas, como era praxe,
faziam
ataques
noturnos.
Uma série de melhoramentos nos projetis
dade a vante e a ré era garantido
por um pên-
surgiu
dulo: qualquer variação em uma delas deslo-
lado (slieatliedprojectilé): o corpo do
projétil,
cava o pêndulo no sentido da ponta mais mer-
feito de material
gulhada e esse movimento acionava uma pe-
capa de material duro; aparecem os primeiros
quena
bomba
rotativa
que,
então,
lastro do tanque da ponta mais
transferia
pesada para a
mais leve, até se igualarem as profundidades.
Apesar de engenhoso,
insatisfatório
quando
o sistema
em
mostrou-se
funcionamento.
em
projetis
1887:
aparece o projétil
encapsu-
macio, é envolvido
por uma
fabricados
de aço-cromo
(França)
tituído pelo aço forjado (Inglaterra).
O material das couraças também evoluiu.
Ainda
em
1887,
é
aprovado
nos
Ivnr
Estados
Hvifeld
(1886),
?
e
os perfurantes, em que o aço fundido é subs-
navio
dc defesa
costeira
dinamarquês
(Foto:
JFS
1898)
..
¦¦•'¦"•
,
-
'
.
• I
, *
1'
Grasshoppert (1887), Spanker
"contratorpcdciros"
Unidos,
após
fabricada
Schneider;
couraça
sem
série
aço
ela
se
de
a couraça
testes,
niquelado
mostra
de
(5%),
tanto
superior
à
composta como à couraça Schneider
níquel.
tecnologia
lado
uma
de
A
Inglaterra,
dispondo
não
de
niquepara fabricar chapas de aço
na
(5%)
espessura
atrasa-se
desejada,
nesse setor;
só a partir de 1892 ela, vencida a
dificuldade,
adota esta couraça.
O
ano
de
1888
submarinos,
vê o surgimento
dois
represen-
deles
um
sendo
de
Jastm
e
(1889)
ingleses
a
os
(1892),
'** f*
primeiros
JFS-1898)
(Fotos:
mesma
forma
Whitehead.
de
charuto
Sua velocidade
o
que
torpedo
na superfície era
de 7 nós e submerso 5 nós. O
projeto, mais uma
vez, era de Dupuy de Lôme, e foi executado
por
Gustave Zédé. Realizou mais de 2.000 mergulhos com pleno êxito. Era,
porém, uma embarcação
experimental,
não
se
destinando
a ser
usado como embarcação de
guerra.
Ainda em 1888, é lançado ao mar na Inglaterra
o
Cruzador
Dogali,
construído
para
a
Itália. Dotado de convés encouraçado, deslo-
que
tou um
importante passo no desenvolvimen-
cava 2.088 toneladas, sendo o
primeiro navio
to
a
dessa
Com
embarcação.
projeto de
na Espanha
elétrica:
Peral, é construído
Isaac
um submarino
dois
motores
cada, são
alimentados
com
propulsão
de
elétricos,
30
adotar
de
quatro
Em
HP
elétripor 420 células
os
canhões
de
6
de
polegadas
tiro
rápido (e outros de menor calibre). Dispunha
tubos
1888,
de
torpedo.
é lançado
ao mar o Cruzador
dinamarquês Valkyriam,
que transportava a
cas. Motores
auxiliares movimentam as bom-
bordo duas torpedeiras de 2" classe. São os
bas
dinamarqueses insistindo numa solução
de
lastro
e
os
verticais,
hélices
usados,
que,
como no Submarino
Nordenfeld, para contra'e da
de
profundidade. O submarino dispunha
conforme já dissemos,
uma torre ótica,
central do
projetada da parte
casco cerca
de 6 pés, onde ficava o contra-
te, até
•ador, apenas
eram navios destinados ao serviço de contra-
ficava
da torre
quando a parte superior
acima da superfície do mar; através de
vigias de vidro
existentes
controle
P'o).
do
Este
navio
(uma
submarino,
antecessores,
tinha
na torre era feito o
de
espécie
todos
como
grande
periscóos
dificuldade
seus
em
Manter a
profundidade.
O
desenvolvimento
grande passo para
do submarino foi
dado pelos franceses, com o
lançamento
ao mar do Gynmote,
(ver foto na
179)
propulsão por motor elétrico alimentado
embarcação
de
31
tinha
Por bateria. Com 60
pés de comprimento,
HMB4"T/20Ü0
a época
que estamos
tratando
os
cru-
zadores todos eram de
propulsão mista. Como
le
do
tráfego
missões
de
marítimo
mostra
da
(policiamento)
bandeira
mais remotas do mundo,
cavam
em
longos
nas
e
às
regiões
serviços que impli-
cruzeiros
e
permanência
prolongada em áreas afastadas, eles levaram
mais
tempo
que
os
outros
tipos
de
navios a abandonar a vela. Somente em 1889,
foi lançado ao mar o HMS Blake o
primeiro
cruzador sem mastros
para velas.
Para o Brasil, adécada de 80 foi de tensão,
toneladas,
Pág.
com
uma
Embora de certa forma seja surpreenden-
muito
o
não aprovaria.
devido
bre
às divergências
o Território
das
com
a Argentina
Missões;
so-
conseqüente-
169
Acima,
Dogali
(1888).
IXW)
c.
cruzador
abaixo,
italiano:
Hlciiliciin
sem
17»
logo
(IXX9).
Valkxrien
abaixo.
irmão
mastros
para
do
liltikc.
velas.
(1888).
eru/adores
(Foto:
cruzador
ingleses,
dinamarquês
os
(Folos:
JFS
primeiros
CAI!)
RMB4T/2000
mente, apesar das limitações financeiras do
batidas as quilhas de dois monitores, sendo
País, houve um certo estímulo
que o Pernambuco só seria comissionado 20
para a construÇão naval. No Arsenal da Corte, foram
anos mais tarde e o Paraguassu, após 48
construídos dois cruzadores de propulsão
anos! Terminava melancolicamente a luta para
mista, idênticos aos construídos na década
implantar a construção naval no País; só na
de 70; uma canhoneira a vapor -a Iniciadora
administraçãodo Almirante AristidesGuilhem
~"
na pasta da Marinha, já na década de 1930,
que foi o primeiro navio construído no
Brasil com casco deferro;
seria reiniciada a construção naval (o
canhoneiras
quatro
a vapor com casco de aço.16
Paraguassu foi terminado justamente com o
Como todos os países de pequena Maripropósito de preparar o pessoal do Arsenal
nha, o Brasil, nesta década, voltou-se para as
para as novas construções).
torpedeiras e, a sua principal arma, o torpedo
Em 1890, o engenheiro norte-americano
autopropulsado. Foram criadas oficinas de
Harvey patenteou um novo método para o
torpedos, tanto no Arsenal da Corte como no
endurecimento externo das chapas destinade Mato Grosso. As consedas à fabricação de coura^~*^"^^
^¦^¦^¦^¦^^
qüências dessa preocupaças:istoeraconseguido pela
apl icação de carbono, a temÇão puderam ser vistas
Em 1887 é iniciada a
quando da Revolta da Arperaturas muito elevadas,
mada (1893-5) contra construção do Cruzador por longo tempo, em chapas
Floriano Peixoto*. Em 1894,
de aço níquel, seguindo-se
Tamandaré, de 4.537
a Torpedeira Gustavo
a tempera por imersão em
toneladas, até hoje o
Sampaio, das forças que
água. Mais tarde este proapoiavam Floriano, atacou
maior navio de guerra cesso foi aperfeiçoado por
e afundou num ataque noKrupp.
As
couraças
construído no Brasil
turno o Encouraçado, das
fabricadas
com
estas
—
cha^^^^^^^
forças rebeladas,/!quidabã,
pas tinham tal resistência
Que estava fundeado; o navio foi posteriorque as couraças puderam ser feitas com muito
mente retlutuado, reparadoe modernizado.17
menor espessura, o que representava uma
Outras construções foram feitas no Arsegrande economia de peso, com todas as vannaldaCortenofinaldadécadade80:eml887
tagens decorrentes. Navios de tonelagem
é iniciada a construção do Cruzador Tamanmoderada puderam usar couraça sem sacrifídaré, de 4.537 toneladas, até hoje o maior
cio de sua velocidade ou do seu raio de ação.
navio de guerra construído no Brasil; em
O primeiro navio a usar esta couraça foi o
virlude de problemas financeiros e das difíCruzador francês Dupuyde Lôme, lançado ao
eu Idades decorrentes de um atraso tecnomar em 1890. Ele dispunha de uma cinta
lógico que já se fazia sentir, o navio só foi
encouraçada ao longo de todo o casco, de
'ançado ao mar em 90ecompletadoem93,seis
apenas 4 polegadas de espessura, mas de
anos após o início da construção; em 90, são
resistência superior à das couraças anterio•<>¦ Os cruzadores foram o Almirante Barroso e o Primeiro de Março; as canhoneiras, a Carioca, a Camocim.
a Cabedelo e a Cananéia. Foram feitas, também, aquisições no estrangeiro em 1883, o Couraçado Riachuelo;
em 84, cinco pequenas torpedeiras de porto; cm 85, o Encouraçado Aquidabã.
17. No livro de inúmeros autores, The Encyclopidia of Sea Warfare -from the first ironclads to the present
day, página 22, é dito erradamente que o Aquidabã afundou como resultado do ataque. Como o local era
raso, o navio apenas sentou no fundo.
* N.R.:
Ver "Os militares e a política durante a República", RMB todos os números de 1999 e 1" trim/2000.
RMll4"T/2000
171
'
L^.
Aqiiidalxl
(1885),
Minas
cncouraçado
Gerais
(1908),
(Foto:
SDM)
cncouraçado
(Ambas,
quadro
e
Primeiro
e
Bahia
a óleo
de
de
(1908),
Março
cruzador,
(1881),
na
cruzador
DNOG
Balieslcr)
i
I\tr"
0
.
&
v:
.
r>
.
rv-
"Quando
U#
•
tudo
fazer
nan se podi* fazer
o que so deve, devc-sc
tudo o que so
pode"
iV
/
"
Gustavo
(1870),
a
I
I.'.
(1894),
Iniciadora
canhoneira
vapor
SDM)
(Foto:
Sampaio
torpedeira
SDM)
(Foto:
j,
^
"
¦
i
T.
OS
BRASILEIROS
Taniandciré
em
(Foto:
seu
JFS
mesmo
(1887),
projeto
1898)
navio
cruzador,
original.
Abaixo,
após
transformação.
(Foto:
!
SDM)
sua
o
-i_ * —
. k.- c\t
_
^£*i~.
n>
I ...
J\§¦} ésvwfi^íL fâ-in i i p*fi ir íXmTi^J^**;
§
^
¦ ¦ -
Acima. Dupuy cie L/mie (1890), cruzador trances: (Foto: JFS 1898) Abaixo. Pernambuco e Paraguassu
(1X90). monitores brasileiros. O segundo leve sua construção concluída cm 1938 (!) (Folos: SDM)
jf^
S«^p
• *
•
•
I
* fnijiiiIr 1533 BJflMíijiuiatluiuiuilk%-1j
I
,—
1^ II'
JÊSmSM
iii
-1
'¦¦¦^liai ¦/¦¦' JMXUiíJlifi^álÉÉl
"V.
iÍm^ 1 i^rBf BfcwpW^BwSgjft^^
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*^i If*
^^Mmí&~''
,,—
'''
- —
W^W
Wfcfc
**
—-
174
¦
KMIUT/2
res, de
espessura muito maior; a borda inferior
da
cinta
iigava-se
abobadado,
abaixo
de
deste
a
1,5
um
convés
de
polegada
convés,
arrastando
as
cheio
Ção adicional.
era ocupado
de
pés
de carvão,
por
largura,
em
dividida
toque
poita
o
o
tambor
indo
do
ambas
cabo
até o fundo
as
que
une
está
travado por um pino solúvel ou
por um retém
prote-
será
que
tempo
de
estanque,
estrutura
a
que
da chumbada."
lançadas juntas,
são
porque
da couraça
por trás
O espaço
uma
uma
como
até
No sistema hidrostático, a
poita e a mina
praças
de máquinas,
vinha um outro convés à prova
de estilhaços,
sendo o espaço entre os dois
conveses
mina
ao do comprimento
espessura;
protegendo
a
fundo: a mina estará numa profundidade igual
protetor
o
que
pequenos
c°mpartimentos
acionado
navio
um
por
isso dá-se
(com
mineiro
um
dispositivo
certo
tempo
se
possa
de
para
afastar
em
cheios de celulose. Este sis"defesa
tema,
conhecido como de
em profun-
segurança da área); ao se dissolver o
pino (ou
didade",
te sobe
seria
variantes,
Em
em
navios com
1890,
as
atuar o dispositivo de tempo), a mina flutuan-
com
usado,
extensivamente
num
são
flutuantes
minas
à superfície
ao cabo
presa
a liga
que
àpoita;elacarrega um dispositivo hidrostático
couraça.
cabo
piloto
preso
ao
cabo
da
poita;
na
Mantidas à
fixaprofundidade desejada pela
profundidade
Ção
hidrostático foi regulado, ele atua, dando um
do
roina
tamanho
flutuante.
Cesse com
'°cal
Se
certa
do
cabo
Era essencial
ligava
que
a
que
lançada:
profundidade
cabo
liga
poita
a poita
o
liga a mina
que
dispositivo
à poita,
acio-
ficando
a mina na profundidade desejada,
para a qual
se
do
ajustou
Em
a
tinha-se
qual
o
nando o freio do tambor desse cabo,
subtraindo-
mina,
para
tranco no cabo
do
comprimento
à
à
se conhe-
a profundidade
precisão
onde a mina seria
dessa
que
a
o
dispositivo
1891,
hidrostático.
o Congresso
impopular
do Chile
se
volta
Profundidade em
A partir
que ficaria a mina.
de 1890,
nodois
porém, são desenvolvidos
contra
v«s sistemas
que, mais uma vez, as torpedeiras mostram o
nina
dispensam
que
nhecer
lançada
a
para regulara profundidade
a
profundidade
a
mina:
o
Prumo e o sistema
de
necessidade
sistema
onde
local
do
de
será
igual
ser
une
tambor
a
mina
situado
à poita,
dentro
de
desenrolado
da
realizaram,
lar:
à
poita;
dou
pelo peso da chumbada;
Esse
KMH4UT/2000
sistema
era o usado
nas
brasileiras
de
pelo menos,
de
14
navais
do Cor-
George
a vitória,
Montt,
as forças
fiéis a Balmaceda
uma ação espetacu-
armada
polegadas,
Encouraçado
Blanco
com
o
atacou
torpedo
e afun-
Encalada,
de
é o primeiro sucesso
"automóvel"
contra um navio
do
toneladas;
Rudolt
motor
de
conhecido
quando
minas
Presidente
de
guerra bem armado.
Diesel,
em
combustão
com
o
1892,
interna,
inventa
que
de bordo, este
o
ficaria
"motor
diesel";
a propulsão como
para os serviços
0 tambor;
a partir deste ponto, a poita afunda
N.R.:
forças
lograssem
torpedeira,
torpedo
um
esta atinge
o fundo, o seu peso deixa de atuar
eo retém fica
liberado, levando a mola a travar
*
o
3.500
P°de ser travado
mola, que,
por um retém com
entretanto,
é mantido afastado da posição de
travamento
uma
Whitehead
tambor
o
as
comando
navais que permaneceram
Profundidade em
ficar; lançaque a mina deve
Se a mina
e a poita juntas e à medida em que
e'as vão
mergulhando vai sendo pago o cabo
^e
o
mar e, ao fim,
deve
ditatorial
mantivessem sempre a iniciativa das ações no
de
hidrostático.
da chumbada
Embora
sob
gresso,
poita imediatamente após o lançamento; o
comprimento
valor.
seu
co-
No sistema de chumbada, esta é liberada
da
e
Balmaceda, dando inícioa umaguerra civil em
da
chumbada
o
motor teria,
tanto
para
auxiliares
no futuro,
enorme
popularidade.
-
MD
- da
década
de
1930.
175
Em 1892, os franceses desenvolvem o
A BATALHA DO RIO YALU
aço cromo-níquel que teria largo emprego
e se mostraria muito adequado para uso nas
O ano de 1894 ficou marcado por um
couraças.
combate naval - a Batalha do Rio Yalu - que
O primeiro navio realmente eficaz no
daria margem para grandes discussões sobre
combate aos torpedeiros foi lançado ao mar
o duelo perene entre a couraça e o canhão, a
em 1893, o HMS Havock; suplantando as
defesa e o ataque. A batalha, envolvendo as
limitações dos seus antecessores - o
Esquadras chinesa e japonesa, travou-se no
Destructor e o Grasshopper - foi verdadeiestuário do Rio Yalu; a Esquadra chinesa
ramente o primeiro contratorpedeiro. Protinha como núcleo dois encouraçados de
duzido pela Yarrow era, realmente, uma
fabricação alemã, lançados ao mar 12 anos
torpedeira de grande porte, deslocando 240
antes, e dispunha de alguns cruzadores; a
toneladas; com seus motores de tríplice
Esquadra japonesa, em termos de comparaexpansão, desenvolvia 27 nós; seu armação de poderes combatentes a mais fraca, era
mento compreendia uma bateria de tiro
formada por um "esquadrão voador", de crurápido - um canhão de 3 polegadas, um 12zadores protegidos, relativamente novos e
sobretudo rápidos (daí o seu nome), disponpounder e três 6-pounder - e três tubos
de torpedo.
do de um grande número de canhões de tiro
Em 1893, os franceses lançam ao mar
rápido de 6 e de 4,7 polegadas. A Esquadra
o
Submarino
chinesa tentou
Gustave Zédé
usar a mesma táticausadaemLissa
(ver foto pág. 179)
que, com razão,
por Tegetthoff,
assinala o nasciitproandoàEsquamento do submadia inimiga com a
rino moderno.
intenção
de
O inglês Havock (1893), primeiro contratorpedeiro eficaz
Deslocava 266
abalroar os seus
(Foto: JFS-1898)
toneladas Dispunavios.
nha de propulA vitória japosão elétrica alimentada por baterias, o que
nesa deve ser atribuída principalmente à inlhe permitia desenvolver, quando mergulhacompetência dos chineses e aos defeitos
do, a velocidade de 9,5 nós; na superfície,
apresentados pela sua munição, que se consua velocidade máxima era de 12 nós; seu
trapunham ao alto estado de eficiência e disraio de ação era de 75 milhas marítimas à
ciplina dos japoneses; os navios japoneses
velocidade de 5 nós. Seu comprimento era
usaram a sua superioridade para impedir que
de 148 pés. Levava a bordo três torpedos:
os chineses pudessem usar os seus torpedos
um no tubo de popa e dois como
com sucesso, e alcançaram a vitória; os chisobrcssalentes. O Gustave Zédé foi o
neses derrotados retiraram-se para a Baía de
responsável pelo primeiro lançamento de
Wei-Hai-Wei.
torpedo feito de um submarino. Após uma
Em torno desta batalha estabeleceu-se
série de modificações - aperfeiçoamento na
uma grande polêmica envolvendo couraça,
bateria e adição de novos hidroplanos que
velocidade dos navios, número e tamanho
melhoraram o controle de profundidade a
dos canhões. Os defensores do conceito de
vante e a ré - tornou-se um sucesso, tendo
que era me I hor uma força de navios de boa verealizado mais de 2.500 mergulhos.
locidade, fraca proteção e de muitoscanhões,
176
RMB4"T72000
I
I
y
~
'-*"
"—•
"—-""
'•"
¦
Majestic
ainda
(1895).
inglês
encouraçado
duas
razão, pois, ela
japonesa dava-lhes
"esquadrão
tinha sido
voaobtida graças ao
por
d°r"
tindo
tinha
(que
Por
todas
essas
características).
CAB)
(Foto:
Posteriormente,
que de pequeno calibre, afirmavam que
a vitória
'
vezes
Wei-Hai-Wei
os
os
afundando
o sucesso
de
atacaram
japoneses
navios
chineses
cinco
Coubert
em
na
deles,
Baía
repe-
Foochow.
couraça
Em 1895, é 1 ançado ao mar o Encouraçado
o fato de que os inúmeros peque-
HMS Majestic, o primeiro de uma classe que
causado
se tornou pioneira no uso da torreta barbeta
qualquer avaria significativa nos dois velhos
(como vimos, mais tarde o nome foi simplifi-
encouraçados,
cado para torreta).
outro
aPontavam
nos
lado,
canhões
os
da
defensores
não
japoneses
tinham
só tendo conseguido
afundar
Urr> dos
dois cruzadores encouraçados chine-
torreta
Ses;
vante e outra
argumentavam,
ainda,
que
capitania
o
com
dois
O navio dispunha de uma
canhões
igual
de
12
polegadas
a ré; o armamento
a
secun-
Japonês, sem couraça, ficou fora de combate
dário todo em casamatas encouraçadas. Esta
aPesar
dos
classe de navios representa o mais avançado
um
estágio
de
grandes
^°s
só
recebido
ter
canhões
impactos
atravessou
foi
três
chineses,
impactos
sendo
de
um
projétil
casco
do
navio
que
sólido,
que
çados
do
antes
desenvolvimento
do
aparecimento
dos
do
encourarevolucio-
causar
nário Dreadnoughf, esses navios, bem como
Maiores danos,
e o outro, que não tinha carga
explosiva,
desmanchou-se contra o navio,
outros semelhantes, por essa razão
passaram
revelando
dreadnought.
o
lastro
o seu
sem
de cimento.
Como acontece com
a
ser
conhecidos
como
encouraçados
pré-
Os projetis têm, em 1895, desenvol vimen-
as polêquase todas
micas, os
dois lados tinham suas razões, mas
tos
o
que parece verdadeiro, sem sombra de qual-
capa de aço-cromo envolvendo um núcleo de
quer dúvida, é
Rio Yal u é um
que a Batalha do
teste
despouco significativo para a solução
Unidos um
projétil semiperfurantecom carga
sas
importantes:
material
surge
o
projétil
macio; é desenvolvido
com
uma
nos Estados
a batalha foi decidida pelas
questões:
'áticas
equivocadas do almirante chinês e o
explosiva com capacidade de 5% (mais tarde
total
raças
despreparo
v'os,
aliados
Ção usada,
°ês
a
ainda
RiMB4"T/2000
guarnições
à qualidade
situação
'ndicado.
das
mais
era
de
seus
na-
duvidosa da muni-
quando
oposta,
do
lado japo-
conforme
já
foi
aumentada
para 6,5%), capaz de perfurar cou-
Harvey
de
espessura
igual
a
2/3
do
calibre do
projétil.
Quando duas
linhas de batalha se enfren-
tavam, a distância de combate era determinada não só pelo alcance dos canhões mas pela
177
qualidade do sistema de direção de tiro disponível.
Em
1896,
na França,
os exercícios
a ser feitos
batalha passaram
de
na distância de
5.500jardas, o que só se tornou possível pelo
aumento
do
alcance
dos
canhões,
evidente-
dial,
preconizado
ção de tiro,
dos
sistemas
primeiros
simples
ainda
mas
mais
dos do que existia anteriormente:
envolvendo
dire-
avança-
um arranjo
telêmetros
pequenos
de
e visores
telescópicos.
E
um
Turbinia, é lançado ao mar em
navio
pequeno
44
deslocando
das, capaz de desenvolver com
1897.
tonela-
34 nós de velocidade.
tros crescentes)
Navi-
os de guerra teriam de esperar um pouco mais
esse
por
com
uma componente
para
operar
dois
em
notável
A primeira
sistema.
e, como
iriam
que
exigir
a
Poder Marítimo,
naval
forte o bastante
oceanos.
No Pacífico, o Comodoro George Dewey
destruiu
a
Manila,
frota
espanhola
em
fundeada
do que resultou a tomada das Filipi-
nas pelos norte-americanos; no Atlântico, ao
longo
de
Cuba,
o
va deixar
Almirante
Sampson
des-
a frota espanhola que tenta-
Santiago,
cuja
era
queda
iminente
(como de fato ocorreu logo após o combate),
"independência"
o que levou à
de Cuba.
Com o desenvolvimento do telégrafo sem
a sua turbina
Parsons composta (diversas rodas de diâme-
por
Mahan,
truiu totalmente
O primeiro navio a ter propulsão a turbina,
o HMS
responsabilidades,
criação de um considerável
mente, mas, principalmente, graças ao desenvolvimento
novas
com
transmitir em 1899,
para um
fio, foi possível
navio à distância de 56 milhas, as notícias do
que o navio
dia, permitindo
editasse
um
pe-
queno jornal.
transmissão
com
o telégrafo
sem fio foi feita em 1897 da estação Needles,
O SUBMARINO
DE
CASCO
DUPLO
montada por Marconi na Ilha de Wight (Inglafeita a comunicação
terra); foi
com
um
rebocador
situado
18
milhas
de
Em 1898, surge uma importante contribuipara
marino
francês
uma
Narval,
embarcação
o aperfeiçoamento
dos
torpedos:
o
Os
dele
antecessores
e
do
Gustave
Zéclé
podiam ser classificados como submersíveis,
austríaco Orby inventa um equipamento para
isto é, embarcações que, eventualmente,
aumentar
diam
do
a precisão
giroseópio
torpedo,
para o controle
usando
um
da sua direção.
mergulhar,
assinalam
o
GUERRA
ESTADOS
A
UNIDOS
Guerra
Espanha
em
dos
(1898)
destaque
guerra
dade
O
destinadas
envolve
o Poder
representou
Unidos
dois
Naval.
com
oceanos
Para
a
e põe
Mahan,
para os
Estados Unidos.de um Poder Naval bastante
expressivo
de
modo
a se poder
projetar
nos
dois oceanos que o banham. Embora as batalhas
navais ocorridas
ensinamentos
sobre
não trouxessem
táticas
navais,
novos
a guerra
mostrou que surgia uma nova potência mun178
a um
raciocínio
todos
os
dos
submarinos,
a navegar
submarino
podois
de
imersas.
propulsão
seus
semelhante,
predecessores
designando-se
como
submer-
síveis.
A grande inovação trazida pelo Narval era
a
uma excelente oportuni-
para demonstrar a importância,
do
surgimento
esses
que
nuclear, muitos anos mais tarde daria margem
x ESPANHA
Estados
enquanto
aparecimento
embarcações
A
de
200 toneladas projetada por Maxime Labeuf.
distância.
ção
É lançado ao mar, no ano de 1899, o Sub-
por este meio
a
o
casco
duplo:
um
casco
interno,
ou
casco
resistente, em forma de charuto, que abrigava
todos os equipamentos
vitais; o casco exter-
no, de chapa mais fina, tinha o formato semelhante
ao de
uma
torpedeira.
Os
tanques
de
lastro ficavam entre os dois cascos, dando ao
submarino
um
coeficiente
de
flutuabilidade
de 42% (os anteriores tinham um coeficiente
RMB4ÜT/2000
Acima,
/.c
Guslave
Zede
(1895)
alirar
Abaixo,
Narrai
(1899),
velocidade
(ver
torpedos
de
12/8
'
pág.
nós.
176).
alvo
em
(Folos
toneladas;
30
(1888).
«M ' **~^'
_
^J -
Gynmotc
alto.
No
o
200
em
primeiro
~**~
toneladas,
movimento
a
ficar
o
submarino
primeiro
submerso
por
12
horas
Pmccedings)
&
I
• • Lv£JI
RMI14"T/2000
a
c;
Jl
consecutivas
ji
L
*
*
'is>-
llenri
de
apenas
2
ou
eram
torpedeira.
Narval
tubos
O
externos
Na
3%).
características
de
IV
cncouraçado
(1899),
superfície,
semelhantes
dispunha
às de
de
(Foto:
suas
tempo
para
uma
mais tarde reduzido para
a
por bateria, que lhe davam
de
A
uma
casco
velocidade máxima mergulhado de 6,5 nós, a
como
na
superfície
compreendia
um
por uma
caldeira
aquatubular
a óleo
moderno,
do
Narval,
exceto
os
submarinos
vos",
lhe dava um raio de ação de 500
de
a ser considerados
passaram
"ofensivos"
(ou de ataque, na nomenmoderna),
enquanto os de casco
projetados
para
operar
dentro
do
espírito
da jeune
sin-
em
abrigadas (defesa de portos), como
(o
pela
vela.
duplo
gelo,
motor servia também para carregar as baterias), o que
submarino
partir
clatura
motor de tríplice expansão, de 250 HP, al i mentado
um
chaminé por ante a ré da
embora a propulsão
em imersão fosse feita com motores elétricos
propulsão
minutos;
12 minutos.
e um verdadeiro periscópio. Sua aparência era
Uma outra grande inovação do Narval era
alimentados
isso era de cerca de 21
Foi o primeiro submarino a ter vela (torreta)
quatro
torpedos.
o sistema de propulsão:
JFS-1B98)
francês
águas
"defensi-
école.
Dois anos após o lançamentodo Turbinia,
milhas marítimas a 6,5 nós e uma velocidade
é
máxima de lOnós.
guerra a usar turbinas para a propulsão, o
Agrandelimitaçãodo Narval era a necessidade
esperar
de,
até
antes
de
que
todo
poder
mergulhar,
o vapor
fosse
HMS
Emmaiutele
(1904),
irmão
expelido
do
Regina
em
1899,
o
primeiro
navio
de
Viper, um contratorpedeiro que atingiu
a velocidade recorde de 36,6 nós. Para obter
ter de
essa
da caldeira e que ela esfriasse; inicial mente, o
Vittorio
lançado,
velocidade
o
navio
foi
construído
com
uma estrutura muito leve, com a chapa lateral
Eleita
(1904),
cncouraçados
j
4
italianos
(Folo:
CAli)
do costado
Pessura;
com
apesar
alta-tensão,
S'l
fato
0,5
de
es-
aço
de
polegada
com
construído
operações
para
em
acidente
O
alto-mar.
Cobra, idêntico ao Viper exceto
de
desenvolver
Velocidade trutor
de
seu casco era extremamente frá-
com o
HMS
Pelo
apenas
nó
1
saía do estaleiro
quando
de
menos
a
cons-
para receber o seu armamento, o navio
Partiu-se
reação
e
-
afundou
enorme
uma
causou
na Inglaterra contra a turbina e as altas
velocidades
repercuque ela proporcionava,
hndo
conceito
desenvolvido
Bertin:
o
cruiser"),
cruzador
último:
nem, por serem
nhar
as
de
1899,
Encouraçado
é
mar
ao
o
pequeno
típicas
cruzadores
já
deste
para desempe-
dos
cruzadores,
de
encouraçados,
dizendo
que
inadequados tanto
para lutar como
para fugir.
Os
lançado
do
rítimo. Já o Almirante Fisher fizera
pouco caso
conservadorismo.
Em
qual
ao
tratamos.
fazer escolta e
proteger/atacar o tráfego ma-
a
manifestação
oposição
muito lentos,
funções
fim
esta
em
do
dos para tomar o seu lugar na linha de batalha
eles eram
mais
usado
"battleship-
ou
mesmo os maiores não eram adequa-
lançamento
pôs
por Émile
Era uma tentativa de corrigir o defeito
cIUe o
Dreadnouglit
nome
encouraçado
dos
do
na França
Encouraçado-Cruzador
croiseur"
("cuirassé
o
noutros
países e, assim, retardando
Uso da
turbina e o dos contratorpedeiros, até
um
do
couraçados-cruzadores
sacrificando
que,
partes
eram
navios
da proteção da cou-
francês Henri IV,ác9.000 tone-
raça, podiam levar canhões de
grande calibre
projetado por Émile Bertin, e que foi o
Primeiro navio a usar uma "antepara elásti-
(em geral, de 12 polegadas) econseguiam uma
Ca",
encouraçados
'adas,
isto é,
uma
antepara
longitudinal
curva
Para absorver o choque de explosões submar,nas,
causadas,
por
exemplo,
choque
pelo
velocidade
este
sistema
Rue
deu
notável
de
aos
'argura
de
antitorpédico,
proteção
seus
de
resistir
a
o
os
Sendo
menor
boca
-
limitada
2
nós
acima
esse
conceito.
O Regina Elena deslocava
12.500 tonela-
das e desenvolvia uma velocidade de 22 nós;
era
armado com
dois
canhões
de
ingleses
devido
à
na Ingla-
em
1904,
dois
o Tsukuba,
de
desses
cruzadores,
13.000
toneladas,
polegadas em torretas duplas,
12 de 6",
12 de 3"; sua cinta couraça
a
polegadas
Plosões
esses
submarinas.
navios,
seu
marítimas
encouraçados
navios
razões
nas
4
E a
partir da década dei 900 que as caldeicarvão come-
Çam a ser substituídas
a óleo. Os
por caldeiras
contratorpedeiros
lanRiver,
ingleses classe
1903 a 1905, são os primeiros
a usar essas
caldeiras,
embora,
pelas
já apontadas, voltassem a usar máqui-
alternativas
no
lugar
Com o lançamento em
'taliano
da
turbina.
1901
do Cruzador
um
Regina Elena, é
posto em prática
RMB4"T/2000
o lkoma
e
velocidade
de 21 nós, armados com
quatro canhões de 12
4" e
Çadosaomarde
12 polega-
seguiram o exemplo italiano, lançando ao mar,
- não
em propodiam adotar a defesa
fundidade,
ficando mais vulneráveis às ex-
que queimavam
dos
outra
explosões
'erra!
ras
da
Nenhuma
das e 12 canhões de 8. Somente os
japoneses
navios
dos diques secos existentes
de
sua época.
uma
linha
de
navios
como a Primeira Guerra Mundial
demonstrar.
dotados
desenvolveram
alemães
capacidade
submarinas,
""ia
os
da
Marinha, além da italianae da
japonesa, adotou
c°m uma
mina ou a explosão de um torpedo.
Posteriormente,
cerca
projeto,
de
com
não
espessura.
toda
12 de
variava de 7
Na
verdade,
a engenhosidade
passavam
de
do
pequenos
pvé-dreadnought.
O telégrafo sem fio, em
1901, passa a ter
um alcance de 200 milhas; o contínuo aumento desse alcance desde então tornou
possível
o uso comercial
desse equipamento,
tornan-
do rotineiras as comunicações entre navios e
entre
esses
e as
estações
de
terra.
Em
1914,
quando do inícioda Primeira Guerra Mundial,
o uso do telégrafo era
generalizado
(foi atra-
181
vés
do
telégrafo
sem
fio
os
que
navios
ale-
mães foram informados do início das hostilidades,
imediatamente
procurando
neutros
escapar
para
internados;
porém,
à
as
sendo,
navais
britâni-
"a//
do
big-gun
ship",
navio
do
com
só
canhões.
grandes
Para Fisher,
porém, isso não era o bastan-
portos
destruição,
forças
to
te:
que o navio
para
tância ideal
escolher
pudesse
a dis-
de combate ele deveria ter supe-
cas, espalhadas por todo mundo, foram infor-
rioridade
madas da existência do estado de
guerra com
nentes e a capacidade de manter esta veloci-
a Alemanha
dade por longos períodos de tempo. Eviden-
Em
através
do
projétil
com
perfurante
capacidade,
espessura
capaz
igual
de
ao
No
início
instalados
muito
combate,
se
no
direção
de
à
tiro
a
tornou-se
calibre,
tendo,
a
tempo
salva
fosse
canhões
pelo
de
mas,
que
tiro)
fosse
modo
que
não
dada
virtude
das
condições,
ganho
mudanças
o
menor.
podiam
e o espaço
aumentar
de
a
inúteis
Assim,
ser
o número
de
dois
feita
do
é o pioneiro em
podia
a
opo-
da
navios,
no
Diferentemente
a máquina alternativa
podia ter um curso do
embolo
e,
muito
longo
assim,
desenvolver
grandes potências com baixa rotação, as limitações
de
espaço
de
um
navio
de
guerra
obrigavam a que as máquinas trabalhassem a
rotações
muito
desgaste
e
as
altas;
nessas
eram
quebras
dos
e freqüentes,
ços
induzidos
pois,
mudança
pela
de
enormes
a cada
condições,
muito
o choque
de
revolução
esfordo
direção
do
o
acentua-
e os
êmbolos,
haste
eixo,
e
eram
causa de freqüentes avarias e, é claro,
provocavam
um
desgaste
acentuado
das
partes
móveis da máquina.
A
turbina
a
vapor,
com
de
quada
a
problemas,
esses
senvolvimento
das
era
altas
todas
as
suas
a resposta
ade-
permitindo
potências
o
de-
necessá-
riascomelevadíssimograudeconfiabilidade,
alvo.
sem as freqüentes quebras de máquinas,
prin-
ser
cipalmente quando era necessário desenvolver, por um tempo razoável, a
potência máxima
do
navio.
canhões
e o peso
para
A
GUERRA
RUSSO-JAPONESA
canhões.
advogar as
vanta-
Enquanto
esses
conceitos
iam
se
conso-
lidando, acontece, eni 1904, a Guerra Russo-
gens de um encouraçado armado apenas com
Japonesa
grandes canhões de mesmo calibre: o concei-
enorme, em todo o mundo.
182
seus
portanto,
aos
bordo.
rotativas,
Obrilhanteprojetista naval italiano Vittorio
Cuniberti
dar
móveis
canhões
aproveitado
grandes
que
e,
potência
partes
distâncias,
esses
os
por não haver limite para a altura da máquina,
e,
em
poderia
os
sua
de
navios
salvas
dispensados
deixado
quatro
elevada,
maiores
da
disponível
conectoras,
que
visível
rumo
espaço
o
ainda
por
as
limite
movimento
(velocidade
os
o
mesmo
d'água
combate
praticamente
calibre
menores
entre
armas
projetis
fosse
tiro
entre
eficazmente
tornando
seus
mar
de
muito
Nessas
de
no
a razão
disso,
as
de
a coluna
distância
variasse
travado
todas
menos
pelo
de
canhões
causa
era preciso
que
cair
de
fossem
portanto,
isto
à dificuldade
suficientemente
a
vimos,
sistemas
por
os
de
3.000 e 5.000
tiros
que
de vôo;
ao
projétil
também,
dos
alcance
usuais
dos
sobre
do que ocorria com um navio mercante, onde,
canhões
um
também,
salva
modo
uma
projétil,
Conforme já
necessário
numa
velocidade
grandes
entre
calibres;
usadas
de
distâncias
espotagem
diferentes
mesmo
os
precariedade
de
fazer
de
às
máximo.
couraças
tinham
que oscilavam
devia
do
do
velocidade
temente, a máquina alternati vajá tinha atingi-
de
semiperfurante.
navios
superior
um
polegadas
perfurar
do século,
nos
2,5
calibre
evolução do projétil
jardas
telégrafo).
1903, os ingleses desenvolveram
de
(1904-05),
cuja
repercussão
seria
RMB4QT/2000
O
ataque
das
torpedeiras
ram
japonesas
os
tiros
dos
inúmeros
canhões
de
tiro
rápido da frota russa, sem, contudo, sofrerem
A
teve
guerra
início
com
um
ataque
de
maiores
danos.
O
fracasso
surpresa- sem a formalidade
de uma declara-
em que todas
Ção de guerra, como ocorreria cerca de quatro
deveu-se,
especialmente,
décadas mais tarde no
ataque a Pearl Harbour
torpedos
então
~
deslanchado
contra
por dez torpedeiros japoneses
Esquadra
a
russa
Arthur, em fevereiro
estava
em
regime
fundeada
de 1904.
normal
em
Port
A frota russa
de
apenas
porto,
maior
co
alvo).
relevante
surpresa,
exceto
antitorpédica
uma
por
e de
dois
rede
ataque
de
navios
de
proteção
a
noite
piquetes,
e
dois
cerca
destróieres
de 20
usados
milhas
noutra
ocasião,
dos
ainda
(fracasso
40
quando
medida
sua
influência
ao
largo
a qualidade
seria
na evolução
Combate
o desenvolvimento
que
melhorasse
cada
da tática
do
dos tor-
vez
mais
naval.
Porto
Arthur
selecionados
Para manter uma busca com holofotes durante
A
tecnológico
pedos,
um
ineficácia
existentes
ocorreria
Precauções
contra
à
operação,
favoráveis,
torpedeiras japonesas não acertaram um úni-
com o vapor disponível
para as auxiliares, sem
especiais
desta
as condições eram
como
o lado
para
do
mar.
Na manhã seguinte a este ataque, o Almirante Togo, comandante das forças navais do
Japão,
levou
a
Esquadra
japonesa
os
para
acessos de Port Arthur, esperando encontrar
As
torpedeiras
construídas em
Yarrow;
eram
das
de
e
30 nós,
torpedos
um
sido
de
cerca
de
capazes de se deslocar a uma
velocidade de até
tubos
navios
pequenos
300 toneladas,
tinham
japonesas
1899 pela Thornycrofte pela
armados
Whitehead
canhão
de
12-pounder
com dois
18
e
polega-
cinco
6-
a frota
das
russa
ainda
torpedeiras.
desarvorada
Não
teve
ataque
pelo
sucesso,
porém.
As duas Esquadras passaram, em rumos opostos,
à
distância
de
canhoneando-se.
des
danos
defeitos
cerca
recíprocos
dos
de
7.000
jardas,
Era de se esperar
que gran-
navios
ocorressem,
mas
pre-dreadnought
os
torna-
Pounder, todos de tiro rápido. As torpedeiras
ram-se evidentes: as baterias com canhões de
haviam
exatamente para
calibres
a causa da
espotagem
sido desenvolvidas
este tipo
de ataque
e foram
insta-
'ação de
um grande número de canhões de tiro
rápido nos
grandes navios de 1 inha, conforme
já vimos.
O
feito
ataque
os
muito
das
e,
torpedeiras
a despeito
devido
japoneses
japonesas
de
certa
à
foi
confusão
escuridão
e
a
interferência dos navios
piquete, de cujaexis-
bido
ação
ata-
sos
caram
os encouraçados
e os cruzadores
rus-
deles,
muito
de
os
torpedos
torpedeiras
o
700
a
e
o
um
ataque
apanhadas
e
torpedos
distâncias
1.600 jardas;
a
alvo,
exceto
acertou
pelos
só três
avariando
cruzador
japonesas,
RMB4"T/2000
19
estacionários,
de
atingiram
encouraçados
atirando
perto,
alvos
variavam
foram
de
Após
tiro
o
russos;
a divisão
três
holofotes
dois
as
que
fogo
dos
difícil
a
primitivos
tornavam
o
tiro
desengajamento,
concentrado,
por isso; também
suspeitava,
'iderou
direção
errático.
o seu
não
lue
tornaram
precariedade
os
sofreram
uma
série de impactos, mas nenhum ficou fora de
a força japonesa
contra
de
a
próximos do inimigo, e, portanto, tinham rece-
'ência
sos
e
cruzadores russos, que tinham sido os navios
a noite
entre
sistemas
diferentes
foram
o
atingidos
Pobieda,
maioria dos tiros
dária
dos
perfuradas
danos
foram
e,
em
mortos e
quatro
-
vezes
mas
provinha da bateria
pequenos;
totalizaram 21
-
vezes
navios japoneses,
foram
japonês,
15
os encouraçados
inúmeras
-
101
a
secun-
as couraças
perdas
um
como
conseqüência,
as
rus-
não
os
russas
feridos. Do lado
encouraçados
foram
atingi-
torpedos,
dos
e
- mas os danos sofridos foram
grosso calibre
recebe-
o
Mikasa
três
vezes
por
projetis
de
183
apenas superficiais e as baixas ainda menores
A guerra de minas
as
russas.
que
As Esquadras oponentes eram assim
A Guerra Russo-Japonesa foi plena de
constituídas:
ensinamentos no que se refere à guerra de
-a linha de batalha japonesa era liderada
minas. As minas foram amplamente usadas
seis
encouraçados,
constituíam
a
por
que
pelos dois contendores e com muita eficácia.
Primeira Divisão, com o Mikasa como
Os campos minados foram usados mesmo em
capitania, todos típicos encouraçados da era
mar aberto, com o propósitode influenciar as
cada
um
com
manobras da Esquadra inimiga, o que, ganhacapré-dreadnought,
quatro
nhões de 12 polegadas, montados em duas
ria uma enorme dimensão na Primeira Guerra
torres barbetas, e 14 canhões de 6 polegadas
Mundial.
montados em casamatas ao longo dos bordos
Em abril de 1904, a Esquadra russa condos navios; seguia-se um esquadrão homotinuava concentrada em Port Arthur, mas
agora protegida contra incursões japonesas
gêneo de cruzadores encouraçados, cinco
navios ao todo, com quatro canhões de 8 em
por vários campos minados defensivos, com
barbetas duplas
minas controlae 12 ou 14 cadas. Osjaponenhõesdeópoleses por sua vez
lançaram um
gadas; na retacampo minado
guarda, um esofensivo ao lonquadrãodequatro cruzadores
go da entrada
três
do porto: tenprotegidos,
dos quais com
(ando ocultar
dois canhões de
esta operação,
8 e dez de 4,7 porealizaram simullegadas de tiro
taneamente um
rápido, e o quarnovo ataque
to com quatro Mikasa (1904), encouraçado japonê !, aqui visto transformado em torpédico, a ticanhões de 6 e monumento nacional na cidade de Yokosuka (Foto: Proceedings) tulo diversiooitode4,7polenário, mas sem
êxito. No dia seguinte, um esquadrão de
gadas de tiro rápido.
-a linha de batalha russa, desfalcada dos
cruzadores japoneses deslocou-se até a
dois encouraçados e do cruzador avariados
entrada da baía, procurando atrair as forças
no ataque a torpedo feito anteriormente, forrussas para um combate que, na aparência,
mou com cinco encouraçados, liderados pelo
seria fácil para elas (que ignoravam a
capitania Petropavlovsk, com armamento
presença, logo além do alcance visual, do
semelhante ao dos encouraçados japoneses,
grosso das forças japonesas e, pensavam
e um esquadrão misto de cruzadores, que
os japoneses, também, a existência dos
comprecndiaoCruzador Encouraçado Bayan,
campos minados). O Almirante Makharov
com dois canhões de 8 e oito de 6 polegadas,
aceitou o desafio dos cruzadores e saiu em
e três cruzadores protegidos, cada um com
sua perseguição, evitando os campos
oito ou doze canhões de 6 polegadas de tiro
minados; ao perceber, porém, a aproximarápido e dois cruzadores ligeiros com cação das demais forças japonesas procurou
nhões de 4,7" de tiro rápido.
voltar para o porto, mas uma hábil manobra
184
RMB4T/2000
¦^
,';U4\
¦¦
1'
Pclropavlov.sk
Pelropavlov.sk
Japonesa
levou-o
binado,
com
Capitânia
homens
sua
severamente
0
troco.
dos
na
rota
em
fim
Sern
russos
mas
de
japoneses
'¦mpas).
de
foram
Perderam
um
luatro
os
guando
encouraçado,
e
um
navio
operando
dois
em
minas
as
lados
áreas
por
Os
um
russos
cruzador,
RMB4"T/2000
próprios
amiga
autiga
do
e
a
Mar
moderna)
Amarelo
As idéias de Cumiberti e Fisher iam assim
sendo
confirmadas
me-
uma
vimos
no
fevereiro, e o seriam
em
alto-mar
teste
real
de batalha,
no ataque a Port
entre
ainda mais
as
duas
Arthur em
no combate
Esquadras,
em
agosto de 1904, no que seria conhecido como
a
Batalha
do
claramente
Mar
Amarelo,
demonstrado
ficou
quando
o
que
tiro
dos
ca-
nhões de 12 polegadas, nas distâncias em
que
só eles
o
que
alcançar,
podiam
fogo
nhões
nas
alcance
de
era
indiscriminado
distâncias
todos.
mais
de
menores,
Também
eficaz
todos
do
os
ca-
dentro
do
ficou
claro
que,
numa batalha envolvendo navios com couraça,
o
único
era
o
de
canhão
12",
provocassem
sem
que
que
dano
resultados
produzia
os
canhões
menores
significativo.
Logo no começo da ação, o Mikasa, atingido por dois tiros de canhões
de
das,
e
sofreu
extensivos
os
baixas;
quando
tiveram
oportunidade
danos
usar
muitas
mais
japoneses,
de
12 polegateve
todos
tarde,
os
seus
canhões de mais de 6 polegadas contra a frota
russa,
esta
diversas
praticamente
horas
nada
de canhoneio,
sofreu.
com
Após
o Mikasa
(o
Yenisei,
repetidamente
campo
minado
baixas crescendo sempre, e a batalha parecia
'ançado
pelos
ação
encouraçados,
mineiro
um
(os
deixadas
destróieres,
dois
ser
varrer
embarcações
duas
japoneses,
e
os
o
conseguis-
bóias
impressionantes.
cruzadores,
torpedeira
as
o
em
indicar
ambos
destróieres
n°res;
lugar
de
tentaram
que
e
o Japão
teve
bateram
para
de
perdas
minas
d°is
antes
cruzadores
Pelos
As
para
Os
bate-
afundou
reparos,
japoneses
mudaram
inimiga.
primeiro
fazer
o
campo
Yashima
regressando
minada,
três
e
quando
Os
um
patrulha
o
abandonado.
a área
efetuavam
minas:
de
após
movimentos
que
Hatsuse
Segundo,
a
foi
deram
Amur,
lançar
da
Batalha
600
com
russos
os
dos
japoneses
A
Marinha
conforme
Mineiro
conseguiu
A
(Folo:
o
Poblieda
e o
tarde,
Navio
Encouraçados
ram
afundou,
observação
navios
binado
campo
conseqüências:
tripulação,
mais
O
bloqueio,
o
russo
danificado.
mês
minuciosa
encouraçado
cncoura^ado
atravessar
trágicas
Petropalovsk
da
Um
a
(1900),
japoneses).
chegar
a termo
atingido,
com
seus
o que
danos
seria
uma
e
suas
vitória
185
1
.
-emmm BfHfc*^áJ*T
.
I
^—pmf^
t
'"5? ''
¦?-'¦ ,, ^:*m^\ Ç^^t_\v *
¦
:'^i7 •.-
IX- cima para baixo,
llalsuse e Yashiina,
encouraçados japoneses.
(Fotos: CAB)
Ttarevkh (1901) e
Osslybia (1899).
encouraçados russos
(Fotos: ,-t Marinha anliü"
e (/ moderna)
í
¦ríÁ
IV».. 18f.-RMl'4""'
V^
*"
mmWi^mTr " i^^mmm^L*"T*Q^^^t^K^^^^^^~^S^LC^y r ^s^ff-^^aasBffl^sMsl^^B.
russa,
a
explosão
Polegadas
duas
de
de
granadas
mudou
russo,
no capitânia
três
12
cruzadores
viagem
a situ-
aÇão: com
o navio fora de controle, estabele-
seguiria
cendo-se
voltaram
então,
a confusão
linha
na
russa
foi,
que
Tzarevitch
a
Witheft,
russo
bordo
destróieres,
rota
do
Cabo.
a se reunir
então
morreu atingido por uma granada.
As
forças
ram-se
Janeiro de 1905, Port Arthur estava nas-mãos
Os
com
juntos
os
de
no
russas
ponto
japoneses
Tsushima
rem,
de
ainda
1905,
Ponesa
estava,
ao
a
boreste;
todos
seus
po-
os
canhões
navios
numa
ja-
a Esqua-
do
Só
da
navios
três
russos
sobreviveram
dade
12", atiran-
puderam
determinou
alcançar
o
navio
de
apoio,
ela
navios
Almirante
esta Esquadra
foi
navios
que
Esquadra";
Pe'os
'8-
três
por
de
Port
Arthur,
45
navios,
sob
o
havia
R.MB4"T/2000
do
os
segun-
foi
perdido
russa.
comando
navios
falecido
A
6.000
os
de
do
de
dois
a sorte
o
pôde
japoneses
os
líderes
das
duas
seu
divisões
fogo
russas
-
o Suvaroff, com o pavi lhão de Rojdestvensky,
e o Osslyabia ,comopavilhãodeFalkersam18;
afundou; o Suvaroff com o leme ava-
riado deixou a linha, estabelecendo-se a confusão
nas forças russas e teve
início o verda-
deiro
massacre dessas forças.
Num combate
que durou cerca de 20 minutos, um a um foram
sendo
fora
postos
os
encouraçados russos.
de
dia
de
combate
os
O Suvaroffdurou até o
"trem
Almirante
linha da
dias
contra
de
jardas
depois
foi destacada uma força, composta
Falkersam
e pela
logo, o Osslyabia estava em chamas e
pouco
via-
incluindo
chamaríamos
conhecimento
navios
em
selado
hoje
menores
guinar
seus
ele
com
pudesse
reabastecida
Rojdestvensky sair com a sua for-
constituída
pôde
concentraram
Amarelo já tinha
russos
dos
que
ainda
distância,
gem por navios carvoeiros ingleses
(colliers).
Somente
em outubro de 1904, quando a Bado Rio
Togo,
davezcortaro"T"daforça
japonês
ao longo de todo o percurso não havia
base onde
velocidade
de
linha
batalha.
para vir de sua base em Kronstadt até à
uma única
canhões
poucos
de
navios
Vladivostock.
Nenhum
fica-
Tão grande era a superiori-
e
18.000milhasmarí-
Falkersam
os
rus-
que podiam atirar pela proa.
Báltico
"ha de
Tsushima, onde encontraria o seu fim.
Ça,
os
dos
Esquadra
teve de
fazer uma viagem de
dos
usassem
contra
nas
a
A frota russa do Báltico
•alha
japoneses
bordada
esses
que
Procurar
superior
pôde Togo cortar
ao uso ape-
alcance,
Como
a
graças
limitados
próximo ao limite do seu
tunas
de
enquanto
dos canhões
de
cercade
Ilha
da
vam
de
vinda
resultado
sul
sos,
Estreitos
e> ainda
desta vez, foi o tiro
do
encontra-
e japonesas
mais
por vir. Em maio
aniquilou
russa
batalha
decisiva
a
nos
Tsushima,
dra
e
grande
destino
o"T"dos russos-uma manobra que permitia
que
A
grupos
Madagascar,
Tsushima; os russos em duas colunas tinham
japoneses.
Batalha
dois
na Ilha de
velocidade dos japoneses,
A
seguir
para
a força principal
Vladivostock.
do
Como conseqüência dessa batalha, a Ia de
dos
a
rumando
obrigada a uma retirada ignominiosa. O
Almirante
e
via Suez, enquanto
força,
antes,
mas
seguinte,
destróier que,
pelos
Rojdestivensky
foi
quando
Rojdestvensky,
que
se
abandonado
transferiu
pouco depois,
foi
para
por
um
aprisionado
japoneses.
não
queria
que
os
demais
navios
tomassem
fato.
187
"'J
_ -TT
TrT
1T
t
T
ilr
'r
'T
1]
^
-o:
-a:
t
i
Dreadnought
Só
três
navios
russos
alcançar
puderam
o
(1906).
revolucionario
sobreviveram
-
Vladivostock
navios
pequenos
tros
que
e foram
não
internados;
afundaram
reparados
Marinha
comum
chegaram
e
mais
era
dois
portos
aprisionados,
incorporados
(prática
da
seis
tinha
que
Marinha
CAB
concretização
e
USNIP)
das
de
expectativas
CunibertieFisheremTsushimalogo tiveram
conseqüências
práticas.
O
APARECIMENTO
DO
DREADNOUGIIT
à
1906, os
Em
sido
vela).
a
(Folos:
neu-
encouraçados
foram
tarde
japonesa
na
a
ingles
A
e
dois
destróieres e o Cruzador Ligeiro Almaz\
cncoura^ado
ingleses
lançaram
ao mar o
Encouraçado 11MS Dreadnougth, um navio
Nenhum navio de linha
japonês foi perdido; apenas três torpedeiras foram afundadas.
tão
revolucionário
que
os
navios
Sofreram avarias de diferentes
graus três cru-
encouraçados antes dele seriam conhecidos
"pré-dreadnoughts"
como
e os que o suce-
zadores
deram como dreadnoughts.
e seis
destróieres.
É incontestável
foi
tão decisiva quanto
Em
1904
Submarinos
Cigone-,
são
navios
a
usar
combustão
pesados.
são
a de Trafalgar.
lançados
ao
franceses
navios
flutuabilidade
188
que a vitória de Tsushina
de
de
29%;
os
interna
são
novos
que
vio
mar
os
Aigrette
e
175
os
toneladas,
primeiros
motores
queimam
todos
de
óleos
os ensinamentos
de
18.000
canhões de
um
toneladas,
12 polegadas
encouraçado
canhões
desse
não
Ele incorporava
recentes:
um
com
em
mais
de
torres
quatro
duplas,
uma bateria segundária - cuja
principal
lidade
era
repelir
o
nadez
(na era precedente,
teria
calibre),
era
armado
ataque
das
e
fina-
torpedeiras
cada vez mais temidas à medida
que se aperfeiçoava
o torpedo - constituída
de canhões
RMB4uT/2000
12-pounder
(liais
e de
tarde
Polegadas);
de
de
de
polegadas
dispunha
torpedo
lados
as
3
substituídos
18
de
ainda
de
cinco
-
polegadas
Em
rápido
tiro
canhões
por
de
quatro eixos,
23.000
HP,
Ca
de
seus
1906
foi
que
o
nós.
em dois dreadnoughts.20
sentavam
face
um
enorme
ao nível
preparo
profissional
verdade
sob
aPresentar
avaria,
qualquer
savel
na época
das
de
17,5
um
nós,
feito
que
impen-
derno:
de
Tsushima
P°rtantes
Depois de um
que
•"enovação
da
frota
razões
Plano
longo
o
Brasil
um
Poder
consentâneo
Naval
naval,
a
para
Isto
sua
se devia
as
o
suas
^a*s
(o
Taubaté
apoio
à
um
os
natural
à demanda
do
País
dois
em
caldeiras
a
constituí-
conforme
como no de
indústria
de
falta
de
recursos,
construir,
possível
tanto
no
Plano
de
1904
1906, o estaleiro de Jacuacanga,
apoio
de
o
nem
se
do Rio Branco, chanceler no
período de
para
operação,
apoio
à
foi
previsto
para
ao
força
De lamentar, porém, éque,
não
jovem
dois
e dez
expressão
uma
de
também,
protegidos
am
(Barão do Rio Branco)
para aten-
encouraçados,
contratorpedeiros
devido
pela
lançados
usavam
mundial.
do
mas,
usa-
os contratorpe-
ingleses
já
do
na Amazônia
criada
automobilística)
e cruzadores já
cruzadores
política
relativamente ao café e a exploração
^a borracha
^arão
deiros
instrumento
externa
à melhoria
Compromisso
mo-
encou-
com
aspirações,
verdadeiro
implanta-
das condições
financeiras
do
a propulsão
va a turbina;
Júliode Noronha, foi
V£rbas
É
navios
óleo. E inegável,
porém, que
vado e foram alocadas as
Çao.
os
o que havia de mais
1903
de
aPro
der
desenvolver
Naval de 1904, do Al-
mirante
importante
na
apontadas,
de
pessoal.
aspectos
raçados
?
E
perí-
se investisse
e o nível
o
à época, a maioria dos encou-
im-
desdobramentos.
od° sem
Pelas
teve
todo
raçados era com máquina alternativa
quando,
Também no Brasil, a Batalha
nucleada
tecnológico,
do País
de
exemplo,
por
realizado,
1910,
desafio
alguns
não representavam
sem
alternativas.
máquinas
de
Marinha,
Esses navios repre-
industrial
§em de 17.000 milhas marítimas, numa excepmantida
lições
efetivamente
dando origem à Esquadra de
quando o Dreadnought realizou uma via-
velocidade
as
da
Alexandrino de Alencar, fez modificações no
propulsão ficou demonstrada na práti-
c'onal
vista
Ministro
Plano anterior, estabelecendo o Plano Naval
A confiabilidade das turbinas como sisteHa de
em
novo
nos
acionando
21
desenvolvia
tendo
o
tubos
quatro
e um a ré, abai xo da 1 i nha d' água. Graças
turbinas
1906,
Tsushima,
4
manutenção
investiu
na
desses
preparação
manutenção
e
navios,
do
pessoal
reparo
dessa
1902
a 1912 ,
que, com sua visão esclarecida,
defendia
a importância de o Brasil desenvol-
frota.
aPoio
'9.
A
à
um
verdadeiro
instrumento
base
de
Laurindo
Pitta
das
sólida
frustração.
verbas
da
mal
para
mantidos,
esses
servido como uma
a construção
de
uma
nova
Marinha, logo se transformariam em fator de
de
política externa do País.19
defesa
conduzidos,
navios, ao invés de terem
Ver um
Poder Naval consentâneocom as suas
asPirações,
Mal
Marinha
no
Congresso
A defasagem
Nacional
tecnológica
foram
importantes
entre
a
para
a
sua
aprovação.
A
nova
velocidade
cruzadores
a turbina,
e
armados
Esquadra
21
nós,
protegidos,
armados
com
os
compreendia
armados
de
o Bahia
canhões
dreadnouglils,
de
de
101,6
Minas
Gerais
mm (12 polegadas)
de 305
e o Rio Grande
com dez canhões
dois
dois
12 canhões
do Sul, de
3.150
dez contratorpedeiros,
mm
e
dois
tubos
São
Paulo,
14 canhões
toneladas,
120 mm;
(4")
e
e
de
velocidade
de
19.500
120 mm
de
de 560 toneladas,
27
toneladas,
(4,5");
nós,
dois
propulsão
velocidade
28 nós
lança-torpedos.
RMB43T/2000
189
e o parque industrial do País seria
"poderosa"
Esquadrajá não
Esquadra
outra torreta, de tal forma que apenas algumas
fatal e, logo, esta
torres
podiam
tinha um expressivo valor militar (embora isso
navio;
além
não
fosse
mente
na
considerado
ela tinha
época,
uma capacidade
ficavam
provável-
acompanharam
os
ingleses,
italianos
os
que
bordos
do
o navio,
todo
por
havia
máquinas.
Com
novo
o
sistema,
todo o armamento principal ficava na linha de
não
e japoneses
espalhados
de
praças
Tsushima,
dois
pelos
muita dificuldade para um projeto bom para as
dissuasória
considerável).
Após
atirar
disso, como as torres e os paióis
do
centro
no
navio,
assim,
podendo,
todos
os
desenvolvimento de encouraçados-cruzado-
canhões
res, definiram a configuração dos seus cruza-
arco de 160° a partir da proa ou da popa. Antes
dores de batalha, lançando ao mar, em 1907, os
da
HMS
Inflexible,
Indomitable
Invincible,
e
disparar
adoção
das
por
um
navios de 17.250toneladas,
a
graças
onando
eixos
quatro
Mal
eram
oito canhões
4 polegadas
armados
de
de
12 e
tiro
conduzidos,
leve.
de couraça
Sem
dúvida,
Esquadra
rápido
invés
de
Tsushima
nhões
alta
em
grande
terem
dade
foi
o
sopro
torre
de
do
superior
servação
uma
base
para
a
construção
nova
Marinha,
uma
de
da
torreta,
substituin-
das
projetados
paredes
laterais da torreta.
catransformariam
em
de
As tor-
fator
retas
couraça
ob-
superi-
parte
do-a por visores com tela,
se
logo
da
remode
a janela
sólida
or
navios
resolvida
vendo-se
servido
número,
e
da
parte
na torre inferior; a difieulao
1910,
lateral
(grandes
velocidade
de
eram
que incorporavam as lições
de
janela
as
da
navios,
esses
com
como
dotados
na
uma
ne-
prejudicava a observação
16 de
(bateria secundária);
disparo
mal
do
mantidos,
navio;
tinham
observação,
turbina
Parsons de 41.000 HP, aci-
como
problema:
superior
num
foi
superpostas
torretas
—
^—
capazes de desenvolver 25
nós,
qualquer
torretas
resolver
cessário
bordo,
frustração
superpostas
ram-se
todos
Q
leve).
"
os
navios
aCJVento
Embora as experiências
des
com radiotclefonia datas-
torna-
prática comum em
canhões,
de
Jqj
cujo
linha.
granalcan-
sem do início do século XX, somentecni 1907
ce era de 10 ou mais m i lhas, tornou necessário
foi feita experimentalmente uma transmissão
o aperfeiçoamento dos sistemas de direção
rádio
de tiro para que o tiro a estas grandes distân-
de música e voz, recebida
de
diversas
navios
que
nas estações
no
estavam
partir daí, seu desenvolvimento
mar.
A
ca, dos Estados
Unidos:
foi
veio,
nessa épo-
adotado
um sis-
pies:
os navios
vante;
através
até
os
cos
- sistema conhecido
por sobre a outra
distâncias
superfiring.
O propósito
dessa
inovação
era
na
colocados
tema de torretas superpostas, uma atirando
como
ser eficaz.
pudesse
As primeiras medidas tomadas foram sim-
foi rápido.
Uma importante contribuição para o projeto da artilharia dos navios
cias
tadas
nos
foram
de
dotados
mais
parte
uma
canhões,
(alcances)
visores
alta
rede
eram
de
de telêmetros
mastro
do
tubos
acústi-
transmitidas
que deveriam
individuais
de
de
as
ser ajuscada
ca-
eliminaro problema, existente após a adoção
nhão; o oficial de controle de fogo, na posição
da torreta, de alguns canhões terem o seu arco
elevada,
dava
de tiro reduzido pela obstrução causada pela
canhões,
de
superestrutura
190
do
navio
ou
até
mesmo
por
a
ordem
modo
que
de
o
fogo
tiro
para
fosse
todos
simultâ-
neo, ou seja, por salva; estudando as colunas
RMB4"T/2000
Invinrible
^
água formadas
cruzador
(1903).
de
pelos projetis, o controlador
batalha
inglês
Proceedings)
(Foto:
ção generalizada
dos
dreadnoughts.
Assim,
Passava as correções simultâneas
para a ajustagem
da distância. Posteriormente, o sistema
Encouraçado Danton,
f°i eletri
ficado: uma luneta ou alça diretora era
de seis, acionados a turbina, com armamento
'nstalada
no topo
Movimentada
Wcamente
ruindo
os
do
mastro;
quando
ela era
das;
indicadores
esses
dos canhões,
per-
que todos atirassem na mesma marca-
Os telêmetros
mais
ram-se
foram
acurados;
nesta
área
os
dreadnought
é
tornan-
não
Modo
'¦nha
usava
de
o
primeiro
triplas (um total
triplas com canhões de
tendência
0s cada
Sernpre
a°
12
de
do
all-big-gun
sliip,
a
passou a ser a construção de navi-
vez
armados
maiores,
com
mar, em
ne'adas,
1909,
armado
Polegadas,
em
se Jean
Bart,
o HMS
um
com
torres
Orion,
navio
dez
navios
os quatro
cuja construção
da cias-
teve início em
1911; são navios de 23.120 toneladas,
de
duplas
dupla
HP, desenvolviam
dos
superpostas
na
central, e dotado de couraça lateral de 12
Polegadas.
e
con-
velocidade de 21-22
nós.
praticamente
do
mesmo
desloca-
mento, mas armados com dez canhões de 13,4
polegadas. Sem dúvida, a postura oficial francesa
não
podia
estar
mais
distante
da jeune
école.
Com
a
quase
generalização
do
uso
das
turbinas, cujo maior rendimento é em alta velo-
obrigatória,
13,5
e a ré,
cada
três super-dreadnoughts da classe
pelos
Bretagne,
cidade,
de
em
Um ano mais tarde, esses navios foram segui-
22.500
to-
a vante
superpostas
não-superposta
vés; acionados
por turbinas Parsons de 28.000
o primeiro
canhões
duplas
torreta
canhões
de maior calibre. Os i ngleses lançaram
SuPer-dreadnouglit,
' 'nha
superpostas
torretas
advento
pré-
1910e
proa do navio e três na linha de popa.
o
navios
armados com 12 canhões de 12
polegadas, em
que só três canhões podiam disparar na
Com
típicos
sistema
usando
lançado
as
são
polega-
da construção,
destaca-
Polegadas). O navio de 20.500 toneladas ain^a
início
um
italiano, o DanteAlighieri, pri-
torretas
quatro
ainda
12 de 9,4
12 e
do
alemães
Meiro navio
a usar torretas
c'e
de
da data
navios
primeiro de uma série
dreadnought. Logo após vieram os verdadei-
torretas
1909,
canhões
apesar
ros dreadnoughts,
melhorados,
estereoscópio.
Em
de quatro
para visar o alvo, acionava ele-
Ção e com a mesma elevação.
do-se
em 1909, tem início na França a construção do
a
engrenagem
já
o
que
rcdutora
melhor
tornou-se
rendimento
do
héliceéem baixa rotação. Assim, em 1911, são
lançados
os
Contratorpedeiros
Badger e Beaver,
com
na
a
turbina
de
AP
engrenagem
título
ingleses
redutora
experimental.
Em
Os conceitos dajeune école,
que predominavam
na França desde a
gestão de Aube na
também
Pasta da Marinha,
perderam força com a ado-
usam a engrenagem redutora única
para todas
1914,
são
lançados
ingleses,
os,
Contratorpedeiros,
Leonidas
e Lucifer,
que já
RMB4"t/2000
191
•W
Acima,
e
o
O ri ou
Couberl,
(1909),
irmão
o
do
Jean
inglês;
supcr-dreadnoiiglil
primeiro
Bati
(1910),
ambos
Abaixo:
encouraçados
Vergniaud
franceses
iJrJw
'
I
*•
''
I
|
t
I
^
I
(1909).
(Todas
as
irmão
fotos:
do
DíiiiIi"1-
Prorcedings)
I
Kentucky
(1898), encouraçado
americano
(Foto: CAB)
S3
nJ
W1'-
Hr
Ao
^SP^SSkI^^ss^^
BfTu.
w^ni''
lado:
Geórgia
cncouraçado
-? fr~J*''!
(1904).
americano
secundária
Notar
com
o
convés
torretas
superpostas
(Foto:
CAB)
^¦EL5%SnD«
TORRETAS
SUPERPOSTAS
-I
'
w
Micliigan
('908),
S
com
torretas
(principais)
superpostas.
Encouraçado
americano
(Foto:
CAB)
1'
IS
Jbc*'
'
*
do
principal
principal
e
I1
•j
•i
HIB
Badger
(1911).
contratorpedeiro
inglês
\
^
o
A-i^UjSU^I
\
m
B=^gg2£^yfagj|0
(Times
Ilistory
of lhe
War
vol.
11,
pág.
5)
as turbinas (engrenagem helicoidal dupla com
dos
dentes com perfil envolvente). O sistema mos-
usada em todos os encouraçados americanos
trou
ser
livre
de
vibrações
e
um
apresentou
favoráveis,
-
construídos
a propulsão
após
1915
turboelétrica,
(turboelétrica).
Os
nível de ruído aceitável, além de que a durabi-
americanos só adotariam a turbina com engre-
lidade dos dentes
nagem redutora em
da engrenagem
superou
as
As
melhores expectativas. Uma outra importante
vantagens
várias:
1937.
da
propulsão
turboelétrica
vantagem do sistema de engrenagem redutora
são
é a pequena perda de transmissão associada a
res elétricos) podem ser controladas de qual-
este
sistema,
além
de
que
ele
é
muito
mais
quer
países,
a única
exceção
(queda do vácuo
dos Estados
como
Unidos que adotaram, com os mesmo resulta-
Daiiie
Alighiere
(1909),
encouraçado
navio;
é
propulsoras
possível
usar
(moto-
toda
a
é impossível numa propulsão clássica a vapor
A solução passou a ser adotada por todos
com
do
máquinas
potência quando dando máquina atrás, o que
barato para fabricar e para instalar.
os
parte
as
italiano,
o
primeiro
as
a
turbinas
usar
no condensador
principal);
que
tones
acionam
triplas
(Foto:
os
geradores
CAI!)
y
^
r*'J I
'*
feWfiSSJufrtjB
vra"—'jVi"r*w" ''
v
r
KyfiLitV
1
I
1
-———.—.—
^
^
!vir
1'
^
New
norte-americano
cncouraçado
Uampshire,
sinais
e'étricos
operam
Possível
usar
suPeraquecido,
^ento
de
temperaturas
é
vapor
navio
primeiro
a
receber
c
transmitir
1915
em
mentos
acompanhados
meio
por
de
radiogoniômetros.
Em dezembro de 1912, o Submarino grego
do que resulta melhor rendi-
Dolphin realiza dois ataques com torpedos
a planta.
para
A importante
tr'ca,
constante,
velocidade
a
altas
(antigo),
radiotelcgráficos,
a
limitação da propulsão elé-
navios de guerra turcos, sem sucesso, porém (o
de
pri meiro ataque torpédico realizado por subma-
especialmente
no
caso
de
navios
guerra, é a vulnerabilidade dos circuitos elé-
rino que teve êxito só ocorreu em
tr]cos
o Submarino alemão U-21 afundou o Cruzador
disjuntores,
(chaves,
Provocado
Jutlândia,
s°s
ingleses
1912,
desde
"avios,
através
transmissoras
conhecida.
navio
com
diver-
efeito).
Era
Sa
de
marcação
ou
duas
terra
cuja
sinais
mais
a
posição
radiogoniômetro,
o
rádio
estações
nesse
britânico.
A sua difusão
en-
batalha
Jutlândia
(1916)
histórica
-
todos
teve
^CLASSIFICAÇÃO
^CIÊNCIA
Sistemas
a
os
PARA
Batalha
seus
da
movi-
ÍNDICE
longas
ondas
em
alcance:
1914,
Marconi
por
enviadas
de
significati-
em
mensagens
de
uma
Cliften,
que
pu-
anos
ao
longo
da
da
costa
Sicília,
a mais
de
1.750 milhas de distância.
O primeiro navio a receber um equipamento
de
radiotelefonia,
transmitir
como
Hampshire,
zaria anos
em
lhe
que
receber,
1915.0
permitia
foi
o
USS
tanto
New
seu uso só generali-
mais tarde.
APrimeira Guerra Mundial (1914-8) marca,
indubitavelmente, o início de uma outra etapa
no
desenvolvimento
portanto,
do
contexto
do
Poder
deste
Naval,
fora,
trabalho.
REMISSIVO:
& TECNOLOGI A> / Desenvolvimento de equipamentos /; Sistemas de propulsão;
de artilharia;
RMB4UT/2000
-
de
um avanço
deram ser ouvidas por navios de guerra itali-
fosse
que se deslocava para enfrentar a ingle-
numa
de
foram
tao foi
rápida, inclusive
para a área militar, até
¦^esmo
no setor de inteligência: a Esquadra
alemã
termos
Irlanda,
ano instalado experimentalmente num
mercante
vo em
telefone
representou
desenvolque vinha sendo
de
de
rádio
O
Marconi
montada
da
1914, quando
HMS Pathfinder, de 3.000 toneladas).
estação
a patente
adquire
1904 para identificar a posição de
Provenientes
¦ttesmo
da
de-
de
Marconi
UlTi equipamento
v'do
Batalha
esse
sofrendo
choque
ao
Mundial,
(a
Guerra
vulnerabilidade,
essa
navios
Em
explosões
por
na Primeira
•^onstrou
etc.)
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História
1.
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1%
tomo
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a história
para
Buenos
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Educação
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dezembro
Impressões
Porto
sobre o Poder Naval do Brasil na década de
London,
Spring
Hamlyn,
Books,
1968,
1974,
303
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RMB4"T/2000
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Peter.
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Books,
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1977,
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1978,
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Encyclopedia
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Karl
Von
Clciusenwitz
Clausenwitz
RMB4"T/2000
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