monitoramento da resistência antimicrobiana de cepas bacterianas

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Anais do XI Fórum da Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
MONITORAMENTO DA RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA DE CEPAS
BACTERIANAS COM IMPORTÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA EM HOSPITAL
VETERINÁRIO
1
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Marisol Alvim Gomez ; Shana de Mattos de Oliveira Coelho & Miliane Moreira Soares de
Souza3
1. Mestrandado Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, e-mail: [email protected]; 2.
Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária, Instituto de Veterinária, UFRRJ, e-mail:
[email protected]; 3. Departamento de Microbiologia e Imunologia Veterinária, Instituto de Veterinária,
UFRRJ, e-mail: [email protected].
Palavras-chave: cão, gato, infecção hospitalar, multirresistência bacteriana, saúde coletiva.
RESUMO
A relação entre animais de companhia e humanos estreitou-se ao longo dos anos, favorecendo a
transmissão de bactérias com potencial zoonótico e elevando o risco à saúde humana. O uso
extensivo e indiscriminado de antimicrobianos em animais de companhia, confere as espécies canina
e felina importância como fontes de disseminação da resistência antimicrobiana. Desta forma, a
multirresistência bacteriana é um desafio da medicina humana e veterinária, sendo crescentes as
infecções nosocomiais causando morbidade e mortalidade, e problemática envolvendo os animais de
estimação como possíveis reservatórios de bactérias contendo genes de resistência de importância
em saúde pública, como espécies de Staphylococcus resistentes à vancomicina e meticilina,
Enterococcus resistentes à vancomicina e enterobactérias produtoras de betalactamases de espectro
estendido (ESBL). O presente trabalho objetiva implantar a cultura de vigilância em ambiente
hospitalar veterinário com intuito de reduzir a contaminação do meio, e, consequentemente, o
aparecimento de infecções nosocomiais que acarretam a morbidade e mortalidade de pacientes, bem
como evitar a transmissão interespecífica de agentes com potencial zoonótico. A amostragem será
composta por espécimes clínicos oriundos de processos infecciosos em animais de companhia,
obtidos junto aos residentes de Diagnóstico Microbiológico Veterinário do Hospital Veterinário (HV) da
UFRRJ, além de “swabs” nasais e retais coletados de cães e gatos aparentemente saudáveis, do
ambiente/instrumental, e das mãos dos tutores e profissionais que atuam no HV. O isolamento
primário será realizado em ágar Sangue de Carneiro a 5%, com incubação a 37ºC por 24horas, em
aero e anaerobiose, e as bactérias isoladas pertencentes aos gêneros Staphylococcus,
Enterococcuse da família Enterobacteriaceae serão caracterizadas fenotipicamente por testes
bioquímicos (MARKEY et al., 2013), genotipicamente pela PCRe pela técnica proteômica através de
espectrofotometria de massa (MALDI-TOF). A detecção fenotípica da resistência antimicrobiana será
realizada por meio de testes específicos para a pesquisa de cepas meticilina e vancomicina
resistentes, em Staphylococcus spp. e Enterococcus spp., e avaliação da produção de
betalactamasesna família Enterobacteriaceae (CLSI, 2012; CLSI VET01-A4, 2013). Quanto à
detecção dos genes de resistência antimicrobiana, será realizada a extração do DNA total bacteriano
seguida da técnica de PCR, para os genes vanA, vanB, mecA, blaZ em Staphylococcus spp., vanA,
vanB em Enterococcus spp. eblaCTX-M, blashv, blaAmpC, blaTEM em enterobactérias.
Posteriormente, será realizada a elaboração dos perfis genéticos e sequenciamento dos genes.
Também será realizado o levantamento dos dados referentes às cepas bacterianas isoladas no setor
de Diagnóstico Microbiológico Veterinário da UFRRJ desde 2013, afim de subsidiar técnicas
moleculares visando caracterizar agentes de difícil identificação fenotípica em nível de espécie.
Quanto à análise estatística, serão utilizados o Teste de Qui-quadrado para avaliar a sensibilidade, a
especificidade e o valor preditivo, e o modelo de regressão logística para verificar associações entre
cepas bacterianas resistentes e fatores de risco, considerando α=5% para ambos os testes.
Agência Financiadora: CNPq e FAPERJ.
CD-ROM, 2016. ISSN 1984-0632.
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