RESISTÊNCIA DE ENTEROCOCCUS ssp À VANCOMICINA

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III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Data: 23 a 25 DE OUTUBRO DE 2014
RESISTÊNCIA DE ENTEROCOCCUS ssp À VANCOMICINA
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CARLTON, Natália Zselics ; SATO, Jaqueline Akemi ; COSTA, Valter Luiz
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Estudante do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo – [email protected]
Estudante do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo, São Paulo, SP.
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Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo
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Palavras-chaves: Enterococcus. Resistência à Vancomicina. Bactérias resistentes. VRE.
Introdução
As infecções hospitalares são consideradas como um problema de saúde pública, pois
podem ser causadas por bactérias multirresistentes, o que limita as opções terapêuticas. O
Enterococcus ssp é um cocos gram-positivo, saprófita, habitantes normal do trato gastrointestinal,
facultativo anaeróbio, com predominância no Brasil das espécies E. faecalis (90%) e E. faecium
(10%). O gênero Enterococcus tem uma resistência intrínseca a vários antimicrobianos e uma
progressiva resistência adquirida a antimicrobianos utilizados para infecções enterocócica. O
enterococus resistente à vancomicina (VRE) é o patógeno emergente causador da infecção hospitalar
e normalmente presente em unidades de transplante, unidades oncológicas, unidades de terapia
intensiva e acometem pacientes debilitados e com mortalidade de até 70% por bacteremia.
Vancomicina é um antimicrobiano ativo contra aeróbios e anaeróbios gram-positivos, sua ação
consiste em inibir a síntese da parede celular bacteriana, o que leva a lesão da membrana
citoplasmática, com uma ação bactericida, entretanto para o Enterococcus é bacteriostática com a
necessidade de concentrações elevadas para o efeito lítico. Esse medicamento é amplamente
utilizado em hospitais, portanto informações sobre o aumento da resistência bacteriana a esse
fármaco é de extrema valia no auxilio de programa de controle de infecções.
Objetivo
Verificar a quantidade efetiva de Vancomicina necessária para eliminar bactérias patógenas
resistentes em diferentes cepas de Enterococcus ssp isoladas de pacientes e comparar os resultados
obtidos com a concentração de Vancomicina utilizada na prática médica para tratamento de infecções
resistentes à Enterococcus.
Materiais e Método
Foram utilizadas 33 cepas de Enterococcus ssp doadas pelo Laboratório de Controle de
Qualidade da empresa Probac do Brasil – Produtos Bacteriológicos. As cepas são elaboradas a partir
de pool de bactérias descartadas de laboratórios de alguns hospitais da cidade de São Paulo, não
sendo possível a identificação da sua origem e, portanto, desnecessária a submissão deste trabalho
ao Comitê de Ética em Pesquisa (COEP). A identificação das espécies foi realizada através de teste
em painel com antimicrobiano e o meio de cultura desidratados com metodologia especial e
reidratados com a suspensão bacteriana.
As bactérias foram cultivadas em meio ágar sangue e a determinação da Concentração Inibitória
Mínima (CIM) foram realizados com a incubação em concentrações crescentes de Vancomicina de
0,125; 0,25; 0,5; 1; 2; 4; 8; 16; 32; 64 µg/mL.
Resultados e Discussão
Os resultados preliminares deste estudo demonstram que a Vancomicina inibiu o crescimento
bacteriano em 3 cepas analisadas a partir da concentração de 0,5 µg/mL. Em 30 cepas o crescimento
bacteriano não houve inibição mesmo na presença da maior concentração de Vancomicina (64
µg/mL).
Realização
III SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
Data: 23 a 25 DE OUTUBRO DE 2014
Conclusão
A resistência à Vancomicina é caracterizada quando a concentração é menor do que 15
mcg/mL não são capazes de inibir o crescimento bacteriano. A partir desses dados, pode-se observar
que 90,90% das cepas são resistentes a Vancomicina.
Referências Bibliográficas
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th
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