PRESCRIÇÃO SEGURA DE INIBIDOR DA BOMBA DE PRÓTONS APÓS IMPLEMENTAÇÃO DA MEDICINA HOSPITALAR EM HOSPITAL SECUNDÁRIO BRASILEIRO WAJNER, A.; WALDEMAR, F.S.; FERRANTI, E.; DONELLI, A.; MARTINS, A.S. Introdução: Até 60% dos pacientes hospitalizados recebem inibidores da bomba de prótons (IBP), muitas vezes de forma indiscriminada, sem suporte na literatura. Estes medicamentos, além de efeitos adversos, podem gerar aumento do risco de pneumonias e outras infecções. Sabe-se também, que a formulação parenteral tem indicações específicas para períodos curtos, pelo custo elevado em comparação à forma oral. Em janeiro de 2010, foi implementada a Medicina Hospitalar (MH) em 60 leitos no Hospital Municipal Getúlio Vargas. Foram contratados 6 hospitalistas e um coordenador, todos com formação em clinica médica. Estes realizam a cobertura diurna em dois turnos nos 7 dias da semana e também exercem atividades administrativo-gerenciais. Objetivos: Comparar o consumo e o custo da utilização de IBPs em pacientes internados antes (clínica médica) e após a introdução da MH. Métodos: Comparamos o consumo e custo totais por paciente internado entre novembro e dezembro de 2009, época da clínica médica (P1) com os meses de janeiro à julho de 2010 (MH) (P2). Analisamos também o consumo específico em ampolas e o custo da utilização parenteral nos diferentes períodos. Consumo de Omeprazol (ampolas + comprimidos) 160 R$ 400,00 140 R$ 350,00 120 R$ 300,00 100 R$ 250,00 80 R$ 200,00 60 R$ 150,00 40 R$ 100,00 20 R$ 50,00 0 R$ 0,00 n°de ampolas + cp n°ampolas Consumo de Omeprazol injetável 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 R$ 450,00 R$ 400,00 R$ 350,00 R$ 300,00 R$ 250,00 R$ 200,00 R$ 150,00 R$ 100,00 R$ 50,00 R$ 0,00 AMPOLAS AMPOLAS + CP REAIS REAIS Resultados e Discussão: O consumo e o custo com IBPs (parenteral e via oral) por paciente em P1 foi de 7,1 un/pcte e R$1,65/pcte, comparados com 2,2 un/pcte e R$0,61/pcte em P2, ambas reduções superiores a 60%. O consumo médio mensal e o custo médio mensal com a formulação parenteral em P1 foi de 116 ampolas e R$307 e em P2 foi de 48 ampolas e R$128, reduções de 59%. Foram analisados somente os meses a partir de nov/09 pelo fato da farmácia ter sido reestruturada e organizada em set e out/09 a ponto de conseguir coletar dados seguros. Conclusão: Com a implantação da MH tem sido possível aperfeiçoar os cuidados dos pacientes clínicos hospitalizados. Após seis meses, percebe-se que além desta melhora nos cuidados há redução de custos e avanço no uso racional de medicamentos.