+0,04% Economia [email protected] O ESTADO DO MARANHAO · SÃO LUÍS, 19 de março de 2014 - quarta-feira BOVESPA +2,29% NASDAQ + 1,24% A bolsa encerrou o dia em 46,151 pontos A bolsa fechou com a marca 4.332 pontos Lavouras maranhenses são bem avaliadas pelos técnicos do Rally da Safra No roteiro da expedição, foram colhidas amostras de culturas de milho e soja em fazendas localizadas nos municípios de Balsas, Tasso Fragoso e Riachão Divulgação A equipe 6 do Rally da Safra, um dos principais eventos do agronegócio brasileiro, encontrou, durante passagem na região sul do Maranhão, chuvas regulares, que favoreceram o bom desenvolvimento das lavouras. Este ano, o estado deverá colher 1,8 milhão de toneladas de soja, aumento de 9% sobre a safra passada. A expedição, que está em sua 11ª edição e tem o objetivo de avaliar a produção de soja e milho, teve como roteiro os municípios maranhenses produtores de Balsas, Tasso Fragoso e Riachão. Nas fazendas visitadas foram selecionadas amostras das duas culturas para realização de contagem, pesagem e medição de umidade dos grãos com o objetivo de determinar a produtividade. Os técnicos das equipes também avaliaram a expectativa dos produtores e agentes do setor com relação à safra de grãos, no sentido de identificar tendências em investimentos, endividamento, comercialização, custos de produção, operacionalização das lavouras, infraestrutura de transporte e armazenagem e meio ambiente. Matopiba - O Maranhão esteve no roteiro do Rally que passou pela região do Matopiba. A equipe 6 visitou ainda os municípios de Cristino Castro e Uruçui (PI), Luís Eduardo Magalhães (BA) e Araguaína (TO), que também se destacam na produção de milho e soja. O Rally da Safra teve início em 2004 e é o único levantamento de safra técnico-privado que vai a campo para avaliar as condições das lavouras de soja e milho. Este ano, estão previstos 12 eventos para produtores rurais, com palestras sobre o mercado. De janeiro a março, os técnicos percorrerão 40 mil A commoditie foi vendida a R$ 100,60 DÓLAR -0,34% A moeda americana foi cotada em R$ 2,3420 Panorama econômico EURO - 0,08% A moeda europeia foi cotada em R$ 3,2726 Miriam Leitão Com Valéria Maniero Tão alta, tanto tempo É uma boa frase, a do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que o Brasil não está condenado a uma inflação de 6% e que vai continuar perseguindo os 4,5%. Tudo o que se pode fazer é desejar boa perseguição. Contudo, seu mandato está terminando e, nos 38 meses em que ele está no cargo, seu melhor número foi 4,92%, em junho de 2012. Em 10 meses, estourou o teto. Tombini disse que o país tem enfrentado secas e chuvas. Secas, chuvas, trovoadas e imprevistos sempre acontecem na economia. O ponto é exatamente este: se a inflação estivesse em 4,5%, o espaço de flutuação acomodaria esses e outros choques. Mas com a taxa insistentemente testando o teto, qualquer choque passa a ser um grande problema. O presidente do BC não disse tudo o que sabe sobre a inflação. Como um bom economista, ele sabe que o Brasil está com uma taxa artificial, dado que alguns preços estão com inflação reprimida, principalmente os de energia e combustíveis. Se eles não estivessem controlados artificialmente a taxa acumulada em 12 meses estaria, provavelmente, acima do teto. Até 2015, pelas projeções do BC, o país continuará condenado a ficar bem acima do centro da meta. E não é porque o PIB está crescendo. Pelos dados que Tombini mostrou ontem, o Brasil tem consistentemente crescido menos do que o mundo e muito menos do que os emergentes. Em 2014, ele espera para o Brasil um PIB no mesmo nível do ano passado, 2,3%, enquanto o mundo cresceu 3% em 2013 e crescerá 3,7% em 2014. A grande questão é se o Brasil é um dos países mais vulneráveis ou não, como disse o Fed, banco central americano. Ele mostrou os bons indicadores, que o Brasil tem vários pontos fortes: um volume alto de reservas, de US$ 377 bilhões, e é credor líquido e não um devedor. Mesmo assim, o déficit em transações correntes cresceu rápido demais e essa trajetória é especialmente preocupante num país que tem baixo crescimento. Os maiores problemas econômicos não são decorrentes da atuação do Banco Central, em si. Toda a contabilidade criativa, as metas declinantes e duvidosas do desempenho fiscal, as transferências excessivas para os bancos públicos foram decisões do Ministério da Fazenda. O incentivo ao con- Os pontos-chave 1 acumulada em 12 meses, em junho de 2012 Menor taxa de inflação da atual gestão do BC foi 4,92%, Equipe de técnicos do Rally da Safra percorre lavoura de soja no município maranhense de Tasso Fragoso Mais Organizado pela Agroconsult, o Rally da Safra chega à 11ª edição patrocinado pelo Banco do Brasil - Governo Federal, Bayer, Heringer, Monsanto, Vale e Mitsubishi, com apoio da Fiesp, Aprosoja Brasil, Fundação Agrisus, Impar Consultoria no Agronegócio, BM&FBovespa, Pacifil, Universidade Federal de Viçosa e Esalq-Log. Famasul e Aprosoja-MT. Números 1,8 milhão De toneladas é a estimativa de colheita de soja no Maranhão na safra 2013/2014 Sefaz capacitará contadores e gráficas na sexta Treinamento para novos procedimentos para a emissão da AIDF pela internet será realizado no auditório da secretaria Representantes gráficos, empresas comerciais, industriais, prestadores de serviço de transporte e contadores deverão participar de um treinamento, sexta-feira (21), sobre o novo sistema para Pedido de Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF). O evento será realizado no auditório do prédio da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), na Avenida Carlos Cunha, Calhau, das 8h30 às 11h30, com inscrições gratuitas no dia do evento. O objetivo é apresentar o novo sistema e orientar contribuintes e contadores sobre os novos procedimentos para a emissão da Autorização para Impressão de Documentos Fiscais (AIDF) pela internet, por meio da central de autoatendimento - Sefaznet. A informação OURO -1,0816% é do gestor da área de AIDF da Sefaz, David Caldas Dutra, que na oportunidade apresentará o novo sistema, que visa facilitar os procedimentos, dando maior agilidade, confiabilidade e, sobretudo, comodidade. Desde janeiro que estão em vigor os novos procedimentos para solicitação de AIDF, conforme a Resolução Administrativa 31/12 da Sefaz. A obrigação alcança os estabelecimentos do Maranhão e de outros estados que atuam no mercado local de confecção de notas fiscais. Com o novo sistema, tanto o processo de credenciamento gráfico quanto as AIDFs serão feitos via internet por meio da central de atendimento remoto Sefaznet. A Sefaz alerta as empresas que ainda não possuem a senha de acesso a solicitarem-na ao Sefaznet. Mais Informações mais detalhadas podem ser encontradas no Manual AIDF, disponível no Portal da Sefaz, seção serviços/AIDF (portal.sefaz.ma.gov.br/portalsefaz/jsp/principal/principal.jsf) onde, também, pode ser consultada a lista de documentos necessários para o novo sistema de credenciamento gráfico, ou pelo telefone 3217-4517. 9% É o aumento da produção maranhense de soja na atual safra, segundo dados da Conab quilômetros, nos principais polos produtores de soja, em 11 estados, o que representa 95% da área plantada com a oleaginosa no Brasil. Já as equipes de avaliação de milho rodarão cerca de 25 mil quilômetros, em oito estados, o equivalente a 72% da área dessa cultura. A largada da expedição ocorreu dia 16 de janeiro, com a expectativa de registrar uma supersafra de 91,6 milhões de toneladas de soja, ante 82,2 milhões de toneladas na safra anterior, aumento de 11% em relação à temporada 2012/2013. A Agroconsult, responsável pela organização, prevê ampliação de 7% na área plantada, para 29,7 milhões de hectares, na mesma comparação. Conselho Regional de Economia define calendário de atividades Entidade fiscalizará exercício da profissão e fará encontro com candidatos ao governo Para acompanhar e discutir a conjuntura econômica do país e se posicionar sobre grandes temas da atualidade, e também intensificar a fiscalização do exercício da profissão, o Conselho Regional de Economia do Maranhão (Corecon) definiu um calendário de atividades para este ano, com a participação de profissionais da área, estudantes e sociedade em geral. "Queremos contribuir, discutir os rumos da economia brasileira e também desenvolver um trabalho de valorização da categoria, atentos às novas oportunidades que estão surgindo no estado com os novos investimentos", afirmou o presidente do Corecon, Felipe de Holanda. A primeira atividade do ano será realizada de 25 a 27 deste mês, com homenagem ao centenário do maranhense Ignácio Rangel, militante político, integrante de uma geração de pensadores que abordaram o desenvolvimento do Brasil. Os eventos em homenagem a Ignácio Rangel, que ocupou a cadeira no 26 da Academia Maranhense de Letras (AML), serão na UFMA, Assembleia Legislativa e no Corecon. Haverá o lançamento do livro Ignácio Rangel,decifrador do Brasil, com artigos sobre o homenageado. Mais O Corecon também terá participação no XXI Encontro Regional de Estudantes de Economia do Nordeste (Ereco), que acontecerá de 18 a 21 de abril, em São Luís. A expectativa é de que 800 alunos participem do evento. Os 20 anos do Plano Real, seus avanços e desafios, também estarão na pauta de discussões. O tema será debatido em uma das seis sessões previstas para este ano no projeto Conversa com Economistas. Os grandes investimentos no Maranhão também serão discutidos, com ênfase para a questão da logística e a indústria do gás e energia. Encontro - Como parte das atividades do projeto Conversa com Economistas, o Corecon pretende realizar um encontro com candidatos ao Governo do Estado. "Os economistas têm muita contribuição a dar nessa discussão", argumentou Felipe de Holanda. A tradicional Semana do Economista está confirmada para o mês de agosto, com programações em São Luís e Imperatriz. As perspectivas de desenvolvimento econômico do Maranhão é um dos temas já definidos para discussão. Também está previsto o lançamento do livro Ensaios sobre a Economia Maranhense. janeiro de 2010, inflação estourou o teto da meta 2 Desde dez vezes. Passou dois meses acima de 7% 3 país vulnerável a choques de preços agrícolas Falta de compromisso com o centro da meta deixou o sumo de veículos e de gasolina; a segunda temporada da série “campeões nacionais” — a primeira havia sido no governo militar — não foram decisões do Banco Central. O que não pode é o presidente do BC apresentar o Brasil como vítima da incerteza internacional e apontar as sazonalidades normais de preços como uma explicação do fenômeno. Ela está alta porque o governo como um todo deu sucessivos sinais de que o Brasil não estava condenado a cumprir a meta; aceitava-se um pouco mais. Não é acaso uma taxa tão alta, tanto tempo.