o cérebro e o alimento

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Instituto de Educação — infantil e juvenil
Inverno, 2014. Londrina, _____ de ___________________.
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Edição 15
MMXIV
Grupo c
O CÉREBRO E O ALIMENTO
New York Times explica a ciência (sinistra) por trás do vício em Doritos
Esse artigo no jornal americano New York Times talvez o assuste um pouco. Eles revelam
qual é o segredo por trás de uma das variedades mais viciantes do salgadinho Doritos, o de Queijo
Nacho.
A matéria explica como cada um dos elementos do Doritos, do barulho que ele faz quando
se quebra na sua boca até a pressão exata que seu maxilar precisa impôr ao salgadinho pra que ele
se quebre, a maneira como derrete na língua e o pozinho que fica nos dedos, é milimetricamente
calculado para que você seja incapaz de parar de comer e seu cérebro permaneça insaciado,
mesmo diante de um pacote que você acabou de esvaziar.
Deu água na boca só de falar, né? Pois é.
Quando um alimento derrete na boca – mais ou menos como faz o algodão-doce ou outros
salgadinhos – o cérebro acredita que aquelas calorias “derreteram” junto. Isso retarda a sensação
de saciedade. O pozinho laranja aumenta a quantidade de salgadinho que vai entrar em contato
com a sua língua e saliva, porque significa uma maior superfície de contato. Ácidos lático e cítrico
estimulam a produção de saliva, o que mantém seu apetite alto. E o sabor é minuciosamente
calculado para ser esquecido. Isso mesmo: apesar de todo o poder contido nele, a fórmula do
Doritos, de tão equilibrada, inibe o que cientistas de alimentos chamam de “saciedade específica
sensorial”, que designa aquela coisa enjoativa que deixa cheio só de pensar em continuar
comendo. Com Doritos, você não vai sentir isso, porque seu cérebro se esquece da sensação
provocada pelo sabor do salgadinho específico. Você nunca vai enjoar.
Para coroar, de acordo com o jornal, o cientista Steven A. Witherly, autor do livro “Por que
humanos gostam de junk food” explica que a fórmula para maximizar o prazer contido em comer
salgadinhos basta que metade das calorias dele sejam compostos de gordura. E o Doritos segue
isso à risca, o que afeta diretamente a área do cérebro ligada ao prazer.
O inventor dos Doritos imaginou esse petisco em 1964 como um tesouro do marketing
capaz de oferecer uma variedade infinita de novos sabores. Mas nenhuma das formulações
superaria a de queijo nacho, cujo sabor pôs Doritos no panteão da fama dos alimentos
industrializados. Visitei o cientista de alimentos Steven A. Witherly em seu laboratório para
conhecer a psicobiologia do que torna tão atraentes os Doritos de queijo nacho.
Sensação de gordura
Steven Witherly afirma que, para maximizar o prazer, a meta é
oferecer metade das calorias em gordura – exatamente o que fazem os
Doritos de queijo nacho. A gordura não é percebida como sabor básico,
como doce ou amargo, mas como uma sensação na boca com todo o
poder do açúcar e do sal. Na comida, ela é detectada pelo nervo
trigêmeo, que transmite o sinal diretamente ao centro de prazer do
cérebro.
Ouro em pó
A mistura de ingredientes do queijo nacho passa por uma das
moagens mais finas da indústria alimentícia, que cria um pó capaz de
preencher cada cantinho do petisco. Isso maximiza a quantidade que
entrará em contato com a saliva. Intencional ou não, um dos
subprodutos é o pó que fica nos dedos.
Lamber dos dedos o pó puro, sem o
biscoito para diluir o impacto, envia
ao cérebro uma explosão ainda
maior de sabor.
Queijo
Aqui o fabricante vai de primeira classe e usa queijo romano, um
ingrediente caro e rico em realçadores de sabor próprios.
Os pontos brancos das
fatias do queijo romano
são concentrações de
aminoácidos que dão um
sabor mais rico.
.
Alho
Há também o alho em pó, com o poderoso sabor
salgado chamado umami. A “longa permanência”
de sabores como o do alho cria um aroma
duradouro que estimula a memória
Sal
Não é à toa que o sal aparece
três vezes na lista de
ingredientes. Ele se dissolve na
saliva e dispara os receptores
de sal da língua, que enviam
sinais para despertar o centro
do prazer no cérebro e nos estimular a comer
mais.
Um pacote de 55 g de
Doritos contém quase
um quinto da ingestão
máxima diária de sódio
recomendada para
adultos pela
Organização Mundial
da Saúde.
Glutamato e amigos
Sozinho, o glutamato de sódio tem pouco sabor. Mas, quando provamos esse pó branco
misturado ao sal, quase sentimos o cérebro começar a fritar. Apesar da alegação de que
provoca efeitos colaterais, o glutamato ainda é amplamente usado nos alimentos
industrializados porque potencializa outros sabores. Os salgadinhos de queijo nacho também
têm dois ingredientes que realçam ainda mais o sabor: o inosinato dissódico e o guanilato
dissódico, da família dos nucleotídeos. Quando provamos essa dupla com o glutamato e o sal,
o Sr. Witherly joga a cabeça para trás e grita: “Uau! Àgua!”
A Coca-Cola tem um sabor semelhante:
ambíguo e fácil de esquecer.
Sabor fácil de esquecer
A fórmula dos Doritos de queijo nacho equilibra tão
bem os sabores fortes que nenhum deles permanece
na mente depois que comemos um Dorito. Isso
evidencia a “saciedade sensorial específica”, como
dizem os cientistas de alimentos, ou seja, a sensação de
saciedade causada por um sabor dominante. Você
comeria um saco inteiro de petiscos de alecrim? Com
Doritos, você sempre quer mais.
Umedecendo a boca
Os ácidos láticos e cítrico fazem a saliva fluir, o que provoca o impulso de comer. Outro
ingrediente, o leitelho, fornece ainda mais ácido láctico.
Comer com os olhos
A pesquisa demonstrou que os consumidores são
atraídos por cores vivas. Os Doritos Têm três corantes
artificiais: dois tons de amarelo e um vermelho.
PROPOSTA:
Resuma cada um dos parágrafos e boxes do texto.
Não se esqueça de escrever o número dos parágrafos e os subtítulos.
Obs: Não copie trechos do texto. Escreva o seu entendimento sobre os parágrafos.
Na conclusão, escreva um parágrafo com os seus próprios comentários sobre o texto lido.
Ao terminar, releia o seu resumo todo, pois ele deve apresentar continuidade do texto, e
não frases isoladas.
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