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| N° Edição: 2309 | 21.Fev.14 - 20:50 | Atualizado em 23.Fev.14 - 05:17
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Os caminhos do Islã no Brasil
Aumento no número de mesquitas no País, de sheiks
que agora falam português e de brasileiros no topo da
hierarquia de centros islâmicos explica a expansão dos
muçulmanos no Brasil
Rodrigo Cardoso ([email protected])
ÍNDICE DE
Quando decidiu se aproximar da cultura islâmica, o soteropolitano Wilton José de Carvalho não poderia
imaginar que ganharia um lugar de destaque entre os seguidores brasileiros do profeta Maomé – cerca de
1,5 milhão. Católico praticante, Carvalho foi apresentado ao islã por um amigo em 1990. Desde então, já
como Yussuf, ele, o amigo, outros quatro brasileiros e três africanos passaram a se reunir e fazer orações
em uma pequena sala alugada, no centro de Salvador, em uma rua de nome sugestivo: Mesquita. Quatro
anos depois, o grupo se mudou para um imóvel comercial arrematado por um árabe. Nascia o Centro
Cultural Islâmico da Bahia, em 1994. Na instituição, o baiano foi diretor patrimonial, passou pela vicepresidência e é, desde 2010, o primeiro brasileiro a comandá-la. Histórias como a de Yussuf revelam uma
transformação pela qual o islã vem passando no Brasil. Especialistas tratam como fenômeno religioso o
fato de cada vez mais brasileiros ascenderem ao topo da hierarquia de entidades muçulmanas. “Em
algumas cidades, como Salvador e Recife, centros islâmicos que historicamente eram presididos por
muçulmanos de origem árabe hoje têm brasileiros ocupando o posto”, afirma o sheik sírio Jihad Hassan
Hammadeh, que preside o conselho de ética da União Nacional Islâmica (Uni).
http://www.istoe.com.br/reportagens/349181_OS+CAMINHOS+DO+ISLA+NO+BRASIL
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OPINIÃO
A carioca Karina, 28 anos, reverteu-se ao islã aos 14 e nunca mais deixou de usar o véu:
"Não sou forçada a usá-lo"
Yussuf, 53 anos, foi eleito presidente em substituição a um egípcio, que ocupou o cargo por oito anos.
Supervisor da área de telecomunicações, o soteropolitano enverga a veste islâmica Jalabia para posar para
ISTOÉ e conta que dá expediente na entidade de forma voluntária das 9 horas às 18 horas, quando
necessário. O muçulmano hoje trabalha para erguer a primeira mesquita da Bahia. “Abriremos uma conta
em um banco para receber doações. Temos um terreno de mil metros quadrados em vista”, diz. “Eu não
poderia chegar à presidência se não houvesse uma expansão do islã em curso propiciada por muçulmanos
revertidos brasileiros.” Para os adeptos do islã, todos nascem muçulmanos e o retorno a Deus dos que se
afastam é chamado de reversão e não conversão, que, para eles, seria o ato de migrar de denominação
religiosa. Yussuf tem razão. Em aproximadamente dez anos, o número de mesquitas, de acordo com a Uni,
saltou de 70 para 115. Nesse mesmo intervalo, triplicou a quantidade de sheiks que falam português. Não
para por aí. Os brasileiros não só ascenderam ao topo da hierarquia de instituições já estabelecidas como
têm erguido novos espaços religiosos. “No Nordeste, entidades islâmicas estão sendo criadas por
brasileiros cuja adesão à religião não vem de berço”, afirma o antropólogo Paulo Hilu, que dirige o Núcleo
de Estudos do Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (UFF). O islã, religião que aportou no
Brasil pelas mãos de mouriscos (muçulmanos convertidos ao cristianismo) de Portugal no século XVI, vem
deixando de ser uma incógnita na cabeça do brasileiro porque o terreno para seu crescimento nunca esteve
tão fértil. “Há 94 instituições islâmicas aqui, hoje. Em 2002, havia 58 e, em 1983, 33”, diz o pesquisador
Hilu, da UFF.
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Manaus, por exemplo, levantou uma mesquita há três anos apenas. Onde não há possibilidade de erguer
templos, a comunidade dá um jeito de fazer a religião se propagar. Quatro meses atrás, o ex-evangélico
Cesar Mateus Rosalino, hoje muçulmano sob o nome de Kaab Al Qadir, construiu uma mussala (sala de
reuniões) na favela Cultura Física, em Embu das Artes, região metropolitana de São Paulo, onde vive. No
local, que ganhou o nome de mussala Rahmah, Kaab exibe uma barba comprida digna de um muçulmano
padrão e conta que recebe aproximadamente 20 pessoas em algumas reuniões. O local já contou,
inclusive, com a presença de um sheik moçambicano. “A gente lutou para ter um espaço porque não há
condições de os irmãos daqui atravessarem a cidade, três horas de viagem, para ir à mesquita mais
próxima”, diz Kaab, que matriculou o filho em uma escola turca neste ano. Nela, o garoto de 10 anos,
batizado de Bryan Luther King, encara um intensivo sobre estudos islâmicos. “Ele quer ser o primeiro
médico muçulmano”, diz o pai, com orgulho.
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PIONEIRO
Yussuf, 53 anos, é o primeiro brasileiro a presidir o centro islâmico da Bahia
A maior frequência do uso do português no dia a dia de mesquitas, entidades islâmicas e mussalas é, para
Francirosy Ferreira, coordenadora do Grupo de Antropologia em Contextos Islâmicos e Árabes, um dos
principais fatores que impulsionam o avanço da religião. “Há mais líderes falando e ensinando o islã em
português. Isso ajuda no entendimento e divulgação da religião”, afirma a professora de antropologia do
departamento de psicologia social da Universidade de São Paulo (USP). O sheik Jihad, 48 anos, que dá
expediente em São Bernardo do Campo (SP), onde está uma das maiores comunidades islâmicas do
Brasil, é um dos 15 líderes religiosos que falam fluentemente o português. Numa sexta-feira à tarde, depois
de fazer as devidas reverências na mesquita Abu Bakr Assidik cercado por aproximadamente 300
muçulmanos, entre homens e mulheres, crianças e idosos, ele explicou à ISTOÉ que, antigamente, o idioma
era pouco adotado porque os sheiks desembarcavam vindos de um país islâmico já com a vontade de
retornar à sua terra natal. “Isso não os encorajava a se dedicar ao português. Atualmente, a aproximação
ao idioma é maior porque grande parte dos que chegam ao Brasil pretende se estabelecer aqui”, diz ele.
EXPANSÃO
Mesquita lotada em São Paulo (acima) e Kaab, o líder comunitário muçulmano (abaixo)
que inaugurou uma mussala (sala de oração) em uma favela
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O sírio Jihad, um dos 15 sheiks daqui que dominam o português
A realidade, hoje, aponta para uma evolução. Há no País sete sheiks brasileiros. Dez anos atrás, havia
três. Em todos os Estados da federação há alguma mesquita, mussala, sociedade beneficente ou cemitério
islâmico. No Rio de Janeiro, por exemplo, encontra-se uma das comunidades pioneiras em realizar
sermões em português e não em árabe – o islã praticado no Brasil, atualmente, deriva da imigração árabe
do Oriente Médio do fim do século XIX e século XX. Essa movimentação toda pela qual passa o islã teve
como gatilho os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001. A partir de então, a mesma esteira que
trouxe para cá notícias distorcidas sobre os fundamentos islâmicos e o medo semeou nas pessoas uma
grande curiosidade sobre a religião. Muitos foram os brasileiros que saíram da estagnação em busca de
mais informações sobre a cultura muçulmana. Foi o que ocorreu com a socióloga carioca Karina Arroyo,
que estreitou os laços com o islã após os atentados terroristas atraírem os holofotes para a religião.
Aos 14 anos, ela optou pela reversão, passou a frequentar uma comunidade islâmica, fez aulas de árabe e
aprendeu os ensinamentos da religião. Hoje, aos 28 anos, casada com um muçulmano e mãe duas vezes,
ela usa o hijab (o véu) pelas ruas do Rio de Janeiro porque quer ser reconhecida como muçulmana. “Não
sou forçada a usá-lo. A mulher percebe uma valorização feminina ao cobrir o corpo”, afirma Karina. O
uso sem receio dessa peça do vestuário muçulmano tem crescido no País, um reflexo, segundo Francirosy,
da USP, do maior conhecimento da doutrina islâmica e da expansão da religião. “Em 2008, cerca de 60%
das mulheres usavam o véu. Hoje, entre 90% e 95% delas o fazem”, diz a professora. “A cada dez
revertidos, sete são mulheres”, informa o sheik Jihad. “Tem gente que se reverte comigo por telefone, por
WhatsApp.”
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Tais métodos são possíveis porque, para aderir ao islã, a pessoa precisa apenas proferir três vezes a um
interlocutor: “Não há Deus senão Deus e o Profeta Muhammad é seu mensageiro.” Pronto, eis um novo
muçulmano. Daí para a frente vem a prática, como cinco orações diárias, a caridade aos mais
necessitados, o jejum no mês do Ramadã, a peregrinação à cidade saudita de Meca pelo menos uma vez
na vida, se o muçulmano tiver condições físicas e financeiras. Mas aí é uma outra história...
Fotos: Eduardo Zappia; EDSON RUIZ, Gabriela Biló/Futura Press; Rafael Hupsel/Ag. Istoé
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Marcos
SUA O PINIÃO CO MENTÁRIO S
EM 23/02/2014 01:58:55
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Salam (Paz) não vejo o Islam dessa forma que vcs escreveram
aqui, conheçam primeiro depois faças suas criticas,,países em guerra ,,são Paises com governos
ditadores,, esses não são muçulmanos que matam seu provo, no Alcorão diz que devemos amar
nossos irmãos seja ele muçulmano ou cristão.
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ROBERTO
EM 23/02/2014 00:29:35
ONDE TEM ISLÃ, TEM GUERRAS E DIVISÕES, O BRASIL ABRINDO CAMINHO PARA
ESSA RELIGIÃO ESTÁ ABRINDO CAMINHO FUTURO PARA GUERRAS E MORTES.
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Pig Pink Grécia
EM 22/02/2014 22:02:43
O Islã pode ''parecer'' de paz, mas prega a intolerância a quem não for muçulmano, tanto que não
podem se misturar, praticam a Taqyia, que é a mentira para se beneficiar, tipo ''somos da paz'', ''nos
damos com todos''..mentiras, pois onde viram maioria, começa a perseguição, Maomé, uma
fraude..aff
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Pig Pink Grécia
EM 22/02/2014 22:02:41
O Islã pode ''parecer'' de paz, mas prega a intolerância a quem não for muçulmano, tanto que não
podem se misturar, praticam a Taqyia, que é a mentira para se beneficiar, tipo ''somos da paz'', ''nos
damos com todos''..mentiras, pois onde viram maioria, começa a perseguição, Maomé, uma
fraude..aff
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Pig Pink Grécia
EM 22/02/2014 21:58:31
Basta ver o ATRASO em religiões onde predomina o islamismo, claro que não falo economicamente
pois a Arábia jorra ouro e petróleo, falo em atraso de direitos humanos, principalmente entre as
mulheres que mesmo na rica Arábia, não podem dirigir e todos, homens e mulheres, são chicoteados
em público.
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