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Medicina & Bem-estar
| N° Edição: 2139 | 05.Nov.10 - 21:00 | Atualizado em 03.Dez.10 - 05:16
Os erros de medicação nos hospitais
Pesquisas mostram alto índice de casos nos quais os
remédios são dados na hora e dose incorretas e até para
o paciente errado
Rafael Teixeira
PERIGO
Enganos acontecem em relação à quantidade de medicamentos
Uma situação preocupante começa a chamar mais a atenção dos responsáveis pelos cuidados com os
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pacientes dentro dos hospitais. Pesquisas estão demonstrando que, nestes estabelecimentos, é muito alto
o índice de erros na hora de dar a medicação aos doentes, o que coloca a vida desses indivíduos em
risco. No Brasil, o estudo mais recente foi realizado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São
Paulo, campus de Ribeirão Preto. O trabalho foi feito em cinco hospitais públicos e analisou a
administração de cerca de cinco mil doses de medicação. Os cientistas detectaram erros em 30% dos
casos.
AÇÃO
Dennis Quaid faz alertas desde que
suas filhas foram vítimas de erro
A pesquisa mostra que 77,3% dos enganos são relativos ao horário da administração dos medicamentos
– ou seja, dados pelo menos 60 minutos antes ou depois da hora certa. Embora pareça não ter gravidade,
trata-se de um equívoco com consequências sérias. “Antibióticos, por exemplo, não devem ter os seus
horários de administração alterados. Os efeitos podem ser mais graves do que se imagina, porque a
eficácia do remédio é diminuída”, alerta o médico Antônio Carlos Moraes, coordenador clínico do
hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. O estudo verificou ainda que os erros de dosagem correspondem
a 14,4% dos casos, seguidos de trocas na via de administração (6,1%), medicamento não autorizado
(1,7%) e troca de paciente (0,5%).
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CUIDADO
No Copa D’Or, checa-se o remédio
com o código da pulseira do doente
O problema é mundial. Na Inglaterra, um levantamento em 19 hospitais apontou que uma em cada dez
prescrições contém erros, 1,7% deles com grande risco de levar o paciente à morte. “Uma alteração de
miligrama para micrograma, aparentemente banal, dependendo do remédio, pode colocar o doente em
coma, por exemplo”, explica Ivana Siqueira, superintendente de atendimento do Hospital Sírio-Libanês,
em São Paulo.
Nos Estados Unidos, uma vítima famosa do problema foi o ator Dennis Quaid. Na verdade, um sério erro
foi cometido durante a internação de suas filhas, gêmeas, no Cedars-Sinai Hospital, em Los Angeles. As
meninas haviam acabado de nascer e estavam internadas na unidade de terapia intensiva da instituição.
Quando completavam 12 dias de vida, receberam uma dose altíssima de uma droga anticoagulante e por
pouco não perderam a vida. O erro foi de uma enfermeira, que confundiu a embalagem do remédio para
criança com a de adulto. O ator processou a companhia fabricante do medicamento e também o hospital.
Além disso, iniciou uma cruzada contra enganos do mesmo gênero. Ele ajudou a dar força a um
movimento que alerta os profissionais sobre erros que podem ter sido cometidos – The National Alert
Network for Serious Medication Errors System – e acaba de produzir um documentário sobre a questão.
Para minimizar o problema, hospitais de todo o mundo também estão tomando providências, adequandose a normas de vigilância que a classe médica chama de barreiras. No Copa D’Or e no Hospital Israelita
Albert Einstein, este em São Paulo, nenhuma receita médica é escrita à mão – todas são digitadas, para
evitar dificuldades na leitura. No Sírio-Libanês, a prescrição eletrônica é regra em áreas de maior
gravidade, como unidade de terapia intensiva e oncologia. A partir daí, segue-se uma série de checagens
que, no caso do Sírio-Libanês e do Albert Einstein, inclui, por exemplo, a leitura de um código de barras
no recipiente da medicação. O procedimento é feito duas vezes, a última delas dentro do quarto do
paciente, à vista do próprio doente. No Copa D’Or, há a conferência da medicação usando a
identificação da pulseira do paciente. “Essa preocupação começou a ser levada mais em conta nos últimos
anos”, diz Carla Paixão, responsável pelo projeto de controle de erro de medicação do Albert Einstein.
“Mas ainda é impossível alguém afirmar que reduziu o índice de erros a zero.”
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MUDANÇA
Roberto passou a tomar a medicação corretamente
após o nascimento do neto Guilherme
O DESAFIO DE TOMAR O REMÉDIO CERTO EM CASA
Outro desafio na área de saúde é melhorar os índices de adesão ao tratamento, o que inclui tomar os
remédios corretamente em casa. Um trabalho do Hospital Geral de Massachusets (EUA) deu uma ideia
do tamanho do problema: depois de analisarem quase 200 mil prescrições eletrônicas receitadas por
1.217 médicos, os cientistas verificaram que, a cada cinco receitas, uma foi parar na lata do lixo. Os mais
rebeldes foram os pacientes com doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão.
No jogo de forças entre médico e paciente que se forma quando é abordado o assunto, falta razão aos
dois lados. “O paciente decide o que comprar, como usar e inventa suas razões para interromper o uso”,
observa o pesquisador em antropologia médica José Quirino dos Santos, da Universidade Federal de São
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Paulo (Unifesp). “Os pacientes não aderem, alegando que os médicos não explicam de forma clara os
efeitos da doença.Os médicos reclamam que os pacientes não se empenham e que tentam esconder que
não estão seguindo as recomendações”, diz Décio Mion, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para os especialistas, a solução está mais nas mãos dos médicos. “O convencimento depende muito do
carisma do profissional e de sua capacidade de convencimento”, acredita Antônio Carlos Lopes, da
Unifesp. Entender a mente do paciente, embora fundamental, não é nada fácil. Às vezes a motivação para
o tratamento vem de lugares inesperados, como é o caso de Robert Achcar Filho, diagnosticado com
hipertensão desde 2005. Com 64 anos, Robert relutou para seguir à risca as ordens médicas. Só mudou
com a chegada do primeiro neto, Guilherme, em 2008: “Percebi que valia a pena cuidar mais de mim”,
diz. Roberto agora encara a dieta recomendada, parou de fumar, aderiu aos exercícios físicos e toma
todos os remédios.
Rachel Costa
Dr Paulo Freire
SUA O PINIÃO CO MENTÁRIO S
EM 08/11/2010 11:17:08
(3)
O Portal Saúde Direta (www.saudedireta.com.br) possui
ferramentas de auxílio prescricional muito eficientes, com medicamentos, interações medicamentosas
(155 mil pares de interações), e Prontuário Eletrônico de Pacientes (PEP) . Tem 850 protocolos
médicos de acesso livre para os médicos. Gratuito.
Denuncie esse Comentário
Fernando
EM 07/11/2010 21:51:19
Conheço a realidade de hospitais públicos. É muito mais assombroso do que a dos provados. Os
pacientes morrem mesmo. Os sistemas são falhos, inexistência de protocolos, processos, arrogância
médica, inexistência de gestores competentes, descaso mesmo, desorganização.
Denuncie esse Comentário
José Marcolino Silva
EM 07/11/2010 01:30:12
Lamentavelmente, esse tema trazido oportuna e responsávelmente ao público,pela Isto É, é o que se
pode chamar de despreparo profissional somado a certo gráu de irresponsabilidade que, ocorre
tanto em Hospitais particulares como nos estabelecimentos de saúde pública.
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