A Matemática da Energia Solar

Propaganda
“A Questão é Matemática“
Você sabia ?
Que o aquecimento de água através de chuveiros elétricos é responsável por cerca de 7,0% de todo consumo
nacional de energia elétrica, o que significa quase o dobro do que se gasta em todo o país com iluminação
pública?
Que o Brasil é o único país do mundo a utilizar o sistema de chuveiro elétrico como padrão nacional para
aquecimento de água para banhos?
Para cada 1m² de coletor solar instalado evita-se a inundação de 56 m² de terras férteis, na construção de
novas usinas hidrelétricas?
Para cada 1m² de coletor solar instalado, permite-se economizar 55 kg de GLP/ano ou 66 litros de diesel/ano
ou 215 kg de lenha/ano?
Normalmente 4 pessoas gastam 200 litros de água quente por dia ( 50 Litros p/ pessoa), e que são necessários
3 m² de placas de captação de energia solar ou 0,4 kg/dia de GLP ou 4,5 kWh/dia para fazer este
aquecimento.
Necessário por mês
Pessoa
Solar
GLP
Elétrico
m²
kg
kWh
4
3
12
135
40
30
120
1.350
400
300
1.200
13.500
4.000
3.000
12.000
135.000
40.000
30.000
120.000
1.350.000
400.000
300.000
1.200.000
13.500.000
4.000.000 4.000.000 12.000.000 135.000.000
Economia na fonte ao ano
GLP
Diesel
Lenha
kg
litros
kg
165
198
645
1.650
1.980
6.450
16.500
19.800
64.500
165.000
198.000
645.000
1.650.000
1.980.000
6.450.000
16.500.000
19.800.000
64.500.000
165.000.000 198.000.000 645.000.000
Veja no gráfico ao lado uma simples comparação entre o
aquecedor solar de água e outros tipos de aquecimento.
Desta forma o investimento no equipamento de energia solar, terá sido retornado em forma de economia na
conta de energia elétrica em um período que pode variar de 18 a 48 meses para o consumidor final.
Dados complementares:
O risco de um novo racionamento ainda assombra o País, apesar das diversas mudanças promovidas no setor
elétrico nos últimos cinco anos. Recente pesquisa feita pelo Instituto de Economia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ) mostra que é grande a preocupação quanto ao ritmo de crescimento da oferta de
energia no Brasil. Quase 60% das entidades do setor acreditam que o País poderá sofrer nova crise até 2010.
O principal entrave é a questão ambiental. Segundo a pesquisa, 42% dos entrevistados acreditam que a
demora na concessão das licenças pode atrapalhar a ampliação da capacidade instalada do País e que esse
processo tende a elevar o custo da energia. Para eles, o setor precisa de legislação pragmática e objetiva que
permita o andamento das obras.
Segundo relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), há 23 usinas licitadas
(5.157 MW) até 2002 que ainda não iniciaram obras principalmente por atraso no processo ambiental. Dessas,
12 ainda esperam a obtenção da licença prévia e 5 aguardam a licença de instalação.
Há empreendimentos cujo cronograma de construção venceu em 2000, como é o caso da Hidrelétrica de
Cubatão, em Santa Catarina. Conforme a Aneel, o inventário florestal foi indeferido pelo Ibama. A construção
da unidade exige corte de Mata Atlântica, o que é proibido. O contrato de concessão de Cubatão foi assinado
em 1996. O mesmo ocorre com a usina de Santa Isabel (TO/PA), cujo projeto foi considerado inviável. O
processo foi reiniciado, mas ninguém garante que a usina, de 167 MW, saia do papel.
Para evitar esse tipo de problema, o Ministério de Minas e Energia adotou a regra de somente leiloar usinas
que tenham licença prévia aprovada pelos órgãos ambientais. Mas a morosidade das concessões continua. O
presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, garante, porém, que o País está
livre de racionamento até 2010. "Pela primeira vez na história, as distribuidoras estão com 100% da energia
contratada para atender seus mercados."
Mas especialistas alertam que essa garantia é um papel. E, em várias outras ocasiões, contratos não foram
cumpridos no País. A grande preocupação é que uma hidrelétrica demora no mínimo três anos para sair do
papel. Conforme a Aneel, todas as usinas (13 unidades), pequenas ou médias, estão em construção há, pelo
menos, cinco anos. Há unidades que foram concedidas à iniciativa privada em 1993, como é o caso de
Rondon II, em Roraima.
De acordo com especialistas, a situação melhorou bastante desde o racionamento. Mas ainda há muito por
fazer, afirma o consultor Roberto Pereira D'Araujo. Na avaliação dele, alguns fatores têm contribuído para a
reestruturação do setor elétrico: as chuvas ajudaram a recuperar uma parte significativa dos reservatórios
(exceto os do Sul) e as taxas de crescimento do País continuam pífias.
"Teremos tranqüilidade até 2009 se a economia continuar crescendo 3% ao ano", afirma o diretor da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Luiz Gonzaga Bertelli. Na opinião dele,
continuamos dependentes das chuvas. "Na prática, não está acontecendo nada. Apenas estamos criando
papéis", afirma ele. "Há um descompasso grande entre o que o governo fala e o que ocorre no setor. Há um
marasmo nas licenças ambientais e nas agências."
Para o presidente da Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base (Abdib), Paulo Godoy, se
considerarmos os papéis não temos motivos para preocupação até 2010. "Mas as usinas precisam entrar em
operação." A maior crítica do diretor-técnico da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de
Energia Elétrica (Abiape), Cristiano Abijaode, é que o novo modelo excluiu a figura do autoprodutor, que
foram os grandes investidores de geração nos últimos anos. "Hoje, companhias, como Vale do Rio Doce, não
têm o menor interesse em entrar em leilões de hidrelétricas. São R$ 3 bilhões por ano que não estão sendo
aplicados no setor. O País não pode dar-se ao luxo de excluir investidores desta forma."
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo.
Download