Anhanguera Educacional - Centro Universitário Plínio Leite Faculdade de Ciências da Saúde Curso de Farmácia Tecidos vegetais simples: Parênquima, Colênquima e Esclerênquima Meristemas primários e secundários Tecidos de revestimento Protoderme Felogênio ou Câmbio da casca Epiderme Tecidos de preenchimento, Armazenamento, fotossintetizante Merist. Meristema Fundamental Merist. Parênquima Laterais Colênquima (II) Tecidos de sustentação (I) Tecidos de condução Procâmbio Xilema I Floema I Feloderme Periderme Esclerênquima Apicais Suber ou Felema Câmbio vascular Xilema II Floema II Tecidos de preenchimento (Parênquima) Parênquima = do grego parencheo = encher ao lado, derramar • Características Gerais - Tecidos primitivos - Constituídos de células vivas - Aspecto morfológico simples x funções complexas - Tecidos potencialmente meristemáticos - Paredes finas e celulósicas - Desenvolvimento de paredes lignificadas - Células isodiamétricas, podendo assumir vários formatos - Presença de vacúolos - Presença de espaços intercelulares -Idioblastos → células parenquimáticas isoladas, diferindo quanto ao conteúdo ou forma das demais células - Presente em todo corpo da planta - Células vivas na maturidade totipotência Parênquima • Ocorrência * Todos os órgãos da planta: - Córtex e medula do caule - Córtex da raiz - Tecido fundamental do pecíolo e mesófilo das folhas - Componente dos tecidos condutores (xilema e floema) -Peças florais e parte carnosa dos frutos • Classificação dos Parênquimas: 1 - Parênquimas Comuns, Regulares ou de Preenchimento 2 - Parênquimas Clorofilianos ou Clorênquimas 3 - Parênquimas de Reserva Parênquima 1 – Parênquimas Comuns, Regulares ou de Preenchimento • Também denominado parênquima fundamental • Células poliédricas, cilíndricas ou esféricas delimitando espaços intercelulares do tipo meato • Região cortical e medular de caules, raízes e pecíolos • Pode assumir formas especiais de desenvolvimento, conforme a planta, o órgão vegetal ou o ambiente. Cloroplatos, amiloplastos, cristais e substâncias secretadas (idioblatos). Células ou grupo de células que se destacam das demais por seu conteúdo. idios=peculiar blasto=formação Parênquima 2 - Parênquimas Clorofilianos ou Clorênquimas • Conversão da energia luminosa em química → Fotossíntese • Células com grandes vacúolos e cloroplastos periféricos • Localização: mesófilo e caules jovens • Tipos de parênquimas clorofilianos: 2.1 - Paliçádico: - Células mais altas que largas. Semelhante a uma paliçada (tapume de estancas fincadas em terra formando uma cerca). - Encontrado principalmente em mesófilos de folhas - Uma ou mais camadas 2.2- Esponjoso ou lacunoso: - células de formato irregular, conectadas às células adjacentes. -conectadas às células do paliçádico. 2.3- Regular: - formato pouco variável, de aspecto arredondado - conjunto celular de aspecto homogêneo Parênquima 2.4- Plicado ou pregueado: - reentrâncias semelhantes a dobras -função de aumentar a área celular 2.5- Braciforme: - grandes projeções laterais em forma de braços, conectando às células adjacentes, formando lacunas • Células de transferência → transporte de soluto a curtas distâncias 3 - Parênquimas de Reserva A principal função deste tecido é o armazenamento de substâncias. Podem ser encontrados, por exemplo, em órgãos de reserva utilizados na alimentação (frutas, sementes, rizomas, raízes, algumas folhas, dentre outros) Parênquima Existem 3 tipos: 3.1- Parênquima amilífero 3.2- Parênquima aerífero ou aerênquima 3.3- Parênquima aqüífero 3.1- Parênquima amilífero – reserva amido como nos caules da batata (Solanum tuberosum) ou na raiz da batata-doce e da mandioca (Manihot). 3.2- Parênquima aerífero ou aerênquima Aerífero (aerênquima) – possui grande espaço intercelular, onde o ar é armazenado. Muito comum em plantas aquáticas como o aguapé (Eicchornia) e plantas que vivem em regiões alagadas como Lavoisiera francavillana. 3.3- Parênquima aqüífero Aqüífero – ao contrário do aerênquima, a água não é armazenada nos espaços intercelulares, mas sim nos vacúolos. É freqüente em plantas de deserto como os cactos e plantas de mangue. Esquemas e Figuras de Diversos Tipos de Tecidos Parenquimáticos Parênquima medular. LU = lume celular; EI = espaço intercelular Parênquima paliçádico, parênquima esponjoso e esclereíde colunar. PP = parênquima paliçádico; PE = parênquima esponjoso; ESI = esclereide. Parênquima plicado. DO = dobras da parede celular Colênquima anelar e parênquima clorofiliano. PCL = parênquima clorofiliano Parênquima Tecidos de sustentação (Colênquima) Colênquima = do grego kolla = cola ou substância gelatinosa, reforço, espessamento • Origem: meristema fundamental • Características Gerais - Tecidos simples, com células vivas - Grande capacidade de divisão celular (atividade meristemática) - Presentes apenas em tecidos jovens e em desenvolvimento - Plasticidade e espessamento irregular das paredes primárias - As células do colênquima são ricas em pectina (flexibilidade ao órgão) - Ocorre em regiões marginais, ou seja, sempre na periferia do órgão - Células vivas na maturidade - Apresenta espessamento da parede primária - Espessamento ocorre de forma irregular - Diferentes tipos: angular, lamelar. - Sustentação de plantas ainda jovens • Classificação dos Colênquimas: 1 - Colênquima Angular 2 - Colênquima Lamelar, Tangencial ou em Placa 3 - Colênquima Lacunar 4 - Colênquima Anelar ou Anular 1 - Colênquima Angular • Quando o espessamento ocorre principalmente nos cantos (ângulos) das paredes celulares, onde se encontram 3 ou mais células. • Formação de espaços intercelulares em alguns pontos após dissolução da lamela média → colênquima angular lacunar • Tipo mais comum. 2 - Colênquima Lamelar, Tangencial ou em Placa • Espessamento em todas as paredes tangenciais externas e internas das células • Tipo pouco comum 3 - Colênquima Lacunar • Espessamento nas paredes celulares que delimitam os espaços intercelulares bem desenvolvidos. 4 - Colênquima Anelar ou Anular • Espessamento regular em toda a parede em toda a extensão da parede celular. • Lume celular circular em função da seção transversal. • Tipo bastante freqüente. Colênquima angular do caule de Melastomataceae. PC = parede celular; LU = lume celular. Colênquima lamelar do caule de dente-deleão (Taraxacum - Asteraceae). CO = colênquima; PA = parênquima; Colênquima Tecidos de sustentação (Esclerênquima) Esclerênquima = do grego skleros = duro • Origem: procâmbio, câmbio vascular, epiderme, etc. • Características Gerais - Tecidos simples - Ausência ou ausência de protoplasto vivo na maturidade - Presença de lignina e espessamento secundário uniforme - Adaptadas à função mecânica de sustentação - Células maduras, sem poder meristemático - Células isoladas ou em grupos - Formas variadas → classificação de tipos • Função: - Sustentação de regiões e órgãos das plantas ou sujeitos a movimentos constantes. Esclerênquima • Ocorrência * Tecido mecânico das regiões de crescimento da planta: - Faixas ou calotas ao redor dos tecidos vasculares (proteção e sustentação) - Grandes grupos em cascas ou endocarpos - Mesófilos - Córtex e medula de caules pecíolos -Envoltórios de sementes • Tipos de Esclerênquimas: 1 - Fibras 2 – Esclereides, Escleritos ou Células Pétreas Fibras Esclerênquima 1 – Fibras • Células alongadas, com extremidades afiladas, lume reduzido e paredes secundárias espessas (paredes secundárias ou lignificadas). • Origem: - Procâmbio: fibras do floema e xilema primários - Câmbio vascular: fibras do floema e xilema secundários -Meristema fundamental, parênquimas ou epiderme • Função: elementos das estruturas de sustentação que não mais se alongam. • Distribuição: diversas partes do vegetal - Fibras xilemáticas: formas de feixes ou cordões vasculares -Fibras extraxilemáticas: abaixo da epiderme em folhas e caules • Idioblastos isolados • Fibras gelatinosas ou mucilaginosas; grande capacidade de absorver água • Fibras de interesse econômico: linho (Linum usitatissimum), cânhamo (Cannabis sativa) e rami (Boehmeria nivea) 2 – Esclereídes, Escleritos ou Células Pétreas • Isoladas ou em grupos esparsos. • Esclereides isoladas = idioblastos esclereidais • Paredes celulares espessas, muito lignificadas, ramificadas ou não • Localização: Epiderme, sistema fundamental e sistema vascular • Classificação das esclereídes: - Esclereídes fibriformes: forma de fibra, ramificada ou não - Esclereídes colunares: forma de colunas, com pequenas ramificações - Osteoesclereídes: tipo de esclereide colunar, em forma de osso - Astroesclereídes: células ramificadas, em forma de estrelas - Tricoesclereídes: semelhantes a tricomas ou pêlos ramificados - Macroesclereídes ou células de Malpighi: camada paliçádica - Branquiesclereídes: células curtas e isodiamétricas (bem comum) Esquemas e Figuras dos Tipos de Esclerênquimas Resumo dos Tipos de Esclerênquima Fibras . Longas com extremidades afiladas .pouco hidratadas, duras e mais elásticas do que plásticas; . raras pontuações; .grau de lignificação variável; .lúmem reduzido .normalmente próximas ao feixe vascular .xilemáticas e extraxilemáticas Esclereides .isolados ou facilmente individualizados; . células curtas com parede secundária espessa e lignificada; . numerosas pontuações, geralmente simples; . importantes taxonômica e farmacognosticamente. .Braquiesclereídes, astroesclereídes, osteoesclereídes, macroesclereídes, tricoesclereídes Astroesclereides em aerênquima de Nymphoides, estrela de agua (Dicot.): esquema e cortes do caule fotografados com microscópio óptico y MEB FIBRAS Células esclerificadas longas com extremidades afiladas Lume reduzido e parede secundária espessada, em geral sem protoplasto na maturidade Elemento de sustentação das estruturas vegetais que param de se alongar As fibras de esclerenquima às vezes se encontram formando bainha ao redor dos feixes vasculares Quando fazem parte do xilema ou do floema são denominadas fibras xilemáticas ou floemáticas Grupo de fibras esclerenquimáticas da folha de Syngonantus caracensis (Eriocaulaceae). LU = lume celular; ES = esclerênquima Folha de Velloziaceae, observando-se fibras ao redor do feixe vascular e parênquima clorofiliano. FI = fibras Células pétreas ou braquiesclereídes Braquiesclereídes em polpa do fruto de pêra Astroesclereídes com forma estrelada em pecíolo de Nymphea. Tecidos de sustentação • • Colênquima - células vivas na maturidade - apresenta espessamento parede primária da Esclerênquima - células mortas na maturidade -apresenta espessamento parede secundária da - espessamento ocorre de forma irregular - espessamento ocorre de forma regular - diferentes tipo: angular, lamelar... - - sustentação de plantas ainda jovens - sustentação de plantas adultas tipos celulares: esclereídes fibras e esclerênquima • • • Colênquima: é um tecido de sustentação da planta formado por células vivas, geralmente alongadas e com paredes ricas em celulose, pectina e outras substâncias. Não contém lignina. Encontrado em orgãos vegetais em crescimento ativo Ontogênese: meristema fundamental Localiza-se, geralmente, abaixo da epiderme logo Em caules pode formar uma camada contínua ao redor da circunferência do eixo Margeando as nervuras das folhas Polpa de frutos maduros Esclerênquima • tecido de sustentação da planta formado por células mortas, com parede celular espessada em função principalmente pelo depósito de lignina. Esta lignificação impermeabiliza as paredes celulares e as células morrem. • - São dois tipos de células: escleritos (forma variada); fibras (células delgadas e alongadas). Localização no caule Braquiesclereides na bainha da folha carnosa, flor de nácar, (Dicot.) Vista x 100 Musa textilis (Monocotiledônea) Fibras extraídas de folha de Saseviera sp., (Monocotiledônea). Esclerênquima