Resposta Cristã à afirmação Islâmica de que Maomé foi profetizado na Bíblia O islamismo e o cristianismo são as duas religiões de maior porte no mundo atual. Ambas são as que mais se dedicam a missões. Suas crenças são semelhantes em muitos aspectos. São monoteístas, foram fundados por indivíduos específicos em contextos definidos e historicamente verificáveis, são universais, crêem na existência de anjos, no céu e no inferno, numa ressurreição futura e que Deus se manifesta ao homem por meio de uma revelação (ver matéria: Islamismo – desafio à fé cristã – Defesa da Fé no. 08 – p. 10-23). Todavia, existem também diferenças óbvias entre elas, particularmente em relação à pessoa de Jesus, o caminho da salvação e a escritura ou escrituras de fé. Estas diferenças abrangem as doutrinas mais fundamentais de cada religião. Portanto, mesmo que ambos possam ser igualmente falsos, o islamismo e o cristianismo não podem ser verdadeiros ao mesmo tempo. Toda religião que se iniciou depois do cristianismo tenta mostrar que é compatível com a Bíblia, esforçando-se para demonstrar que a Bíblia se refere a seu fundador ou fé(1). Assim sendo, não é surpresa descobrir que os muçulmanos também afirmem que seu fundador foi profetizado no Antigo e Novo Testamentos. Embora o islamismo não seja o único a afirmar ser validado pela Bíblia, suas afirmações poderiam ser consideradas verdadeiras? Nosso objetivo é examinar as declarações islâmicas para ver se cada uma delas são confiáveis. A razão deve ser evidente por si mesma: é muito fácil fazer declarações a respeito de si mesmo, prová-las, porém, torna-se mais difícil. ANALISANDO OS VERSÍCULOS Há alguns versículos secundários e menos específicos que os muçulmanos declaram ser profecias relacionadas a Maomé. Entretanto, os versículos que a maioria dos muçulmanos citam como os mais explicativos são Deuteronômio 18.15-18 e João 14.16; 15.26 e 16.7. Em Deuteronômio 18: 15-18 lemos: O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis; conforme tudo o que pediste ao Senhor, teu Deus, em Horebe, no dia da congregação, dizendo: Não ouvirei mais a voz do Senhor, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra. Então, o Senhor me disse: Bem falaram naquilo que disseram. Eis que lhes suscitarei um profeta no meio seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar. Estes versículos são tidos universalmente pelos muçulmanos como uma profecia relativa a Maomé(2). Há várias razões porque acreditam que essa passagem não pode ser uma referência a Jesus. Primeira, o Profeta Prometido deveria ser um Profeta Legislador . Jesus não apresentou nenhuma declaração referente a uma nova lei. Segunda, o Profeta Prometido seria suscitado não dentre Israel, mas dentre seus irmãos e Jesus era um israelita. Terceira, a profecia diz: ... porei as minhas palavras na sua boca...Os evangelhos não consistem nas palavras que Deus pôs na boca de Jesus, eles apenas nos contam a história de Jesus, o que ele disse em alguns de seus discursos públicos e o que os seus discípulos disseram ou fizeram em ocasiões diferentes. Quarta, o Prometido deveria ser um profeta. O ponto de vista cristão é que Jesus não era um profeta, mas o filho de Deus(3). Nesse sentido o muçulmano salientará semelhanças entre Maomé e Moisés. Cada um deles surgiu dentre idólatras. Ambos são legisladores. Inicialmente foram rejeitados pelo seu povo e tiveram de se exilar. Retornaram posteriormente para liderar suas nações. Ambos casaram e tiveram filhos. Após a morte de cada um, os seus sucessores conquistaram a Palestina. A conclusão muçulmana é que esta profecia foi cumprida somente por Maomé: se estas palavras não se aplicam a Maomé, elas ainda permanecem sem cumprimento(4). Antes de prosseguir, analisaremos primeiramente estes pontos. A primeira objeção levantada contra esta profecia ter sido cumprida em Jesus foi a de que Jesus não foi um legislador. Os muçulmanos que afirmam isso demonstram apenas falta de compreensão do Novo Testamento. Vejamos o Evangelho de João 13.34 e a Epístola aos Gálatas 6.2: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos ameis a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo. A próxima objeção foi que irmãos deve se referir aos ismaelitas, não aos próprios israelitas. Este argumento pode ser refutado facilmente. Basta verificar como o termo irmãos é usado na Bíblia. Um exemplo irrefutável encontra-se no próprio livro de Deuteronômio 17.15. Moisés instrui os israelitas: porás, certamente, sobre ti como rei aquele que escolher o Senhor, teu Deus, dentre teus irmãos porás rei sobre ti; não poderás pôr homem estranho sobre ti, que não seja de teus irmãos. Ora, alguma vez Israel estabeleceu algum estrangeiro como rei? É claro que não! Escolher um rei dentre teus irmãos refere-se a escolher alguém de uma das doze tribos de Israel. Da mesma forma, o Profeta Prometido de quem se fala no livro de Deuteronômio 18 deveria ser um israelita. Outra objeção à passagem de Deuteronômio 18.15-18 é que supostamente os evangelhos não consistem nas palavras que Deus deu a Jesus, dado extremamente importante à luz do versículo 18. Entretanto, dizer que Jesus não fala o que Deus Pai lhe orienta, revela, novamente, falta de conhecimento do Novo Testamento: Porque eu não tenho falado de mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu falo, falo-o como o Pai mo tem dito (Jo 12.49-50)(5). Percebemos, outra vez, que os muçulmanos têm pouca familiaridade com o Novo Testamento. O próprio Jesus, profetizando sua morte iminente, disse que deveria continuar sua jornada até Jerusalém: Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte para que não suceda que morra um profeta fora de Jerusalém (Lc 13.33)(6). O muçulmano salientará que as muitas semelhanças entre Moisés e Maomé ainda não foram explicadas. É verdade que existem muitas analogias, mas também muitas diferenças. Por exemplo, se Maomé era analfabeto como a maioria dos muçulmanos afirmam, então, ele não era como Moisés que foi instruído em toda a ciência dos egípcios... (At 7.22). Diz-se que Maomé recebeu suas revelações de um anjo. Moisés, porém, recebeu a Lei diretamente de Deus. Maomé não operou sinais ou milagres para corroborar o seu chamado. Moisés, entretanto, executou muitos sinais. Maomé era árabe, Moisés, israelita. Analisando os evangelhos, percebemos que Jesus era diferente de Moisés em alguns aspectos; em outros, muito parecido. Ambos eram israelitas, o que é muito importante à luz do que aprendemos acerca da expressão dentre teus irmãos. Ambos deixaram o Egito para ministrar a seu povo (Mt 2.15; Hb 11.27). Ambos renunciaram grandes riquezas, a fim de melhor se identificar com seu povo (Jo 6.15; 2 Co 8.9; Hb 11.24-26). Dessa maneira, percebemos que tanto Jesus como Maomé tiveram semelhanças com Moisés. Em que sentido, então, este Profeta Prometido seria semelhante a Moisés? A resposta encontra-se em Deuteronômio 34.10-12, porquanto duas características peculiares de Moisés são mencionadas: E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face; nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo Israel. Esta é uma referência direta a Deuteronômio 18.15-18. Referindo-se à profecia anterior, uma característica de Moisés é mencionada aqui: o Senhor conhecia Moisés face a face(7). Maomé nunca teve esse tipo de relacionamento com Deus. Deus é tão transcendente no islamismo que, exceto no caso de Moisés, nunca falou diretamente com o homem. Jesus, o verbo feito carne (Jo 1.14), é o único que teve relacionamento com Deus, assim como Moisés. De fato, o relacionamento de Jesus ultrapassa em muito o de Moisés: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus (Jo 1.1). Pouco precisamos falar sobre a segunda característica de Moisés. Os muitos milagres que tanto Jesus como Moisés operaram são bem conhecidos. O próprio Alcorão testifica que Maomé não operou milagres(8), mas que Jesus operou milagres (9). Finalmente, o próprio Jesus nos diz quem é o Profeta Prometido de Deuteronômio 18.15-18: Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele (Jo 5.46)(10). EVANGELHO DE JOÃO 14.16; 15.26; 16.7 Os muçulmanos afirmam que os versículos referentes ao Consolador vindouro (Parácletos no original grego) são, na verdade, alusões à vinda de Maomé. A razão para tal afirmação está contida no Alcorão, o qual diz que seria enviado um apóstolo depois de Jesus, cujo nome será Ahmad (Alcorão 61.6). Yusuf Ali faz o seguinte comentário sobre este versículo: Ahmad ou Muhammad o Louvado é quase uma tradução da palavra grega Periclytos. No atual evangelho de João, XVI. 16 XV. 26 e XVI. 7, a palavra Confortador na versão inglesa é para a palavra grega Parácletos que significa Advogado, aquele chamado para ajudar um outro, um amigo, bondoso, mais que Confortador. Nossos doutores sustentam que Parácletos é uma leitura corrompida de Periclytos, e que no discurso original de Jesus havia uma profecia de nosso santo profeta Ahmad pelo nome(11). Esse é um dos motivos que leva os muçulmanos a acreditar que todas as nossas Bíblias foram corrompidas e que João realmente usou a palavra Periclytos nesses versículos, ao invés da palavra Parácletos. Ao examinar a afirmação muçulmana de que o texto foi corrompido, a crítica textual deveria analisar criteriosamente a verdadeira evidência textual. Há mais de 24 mil manuscritos do Novo Testamento que datam antes de 350 d.C.(12). Não existe manuscrito algum que contenha essa citação e apareça a palavra periclytos. A palavra registrada todas as vezes é Parácletos. Não há evidência textual que possa apoiar a alegação de que o texto tenha sido corrompido. A posição muçulmana encontra ainda maiores dificuldades quando lemos cuidadosamente estes versículos para vermos o que Jesus estava dizendo. Poderíamos dizer muitas coisas a respeito de cada versículo. Limitaremos nosso exame às discrepâncias óbvias entre a posição islâmica e o que realmente está sendo dito: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador(13), para que fique convosco para sempre (Jo 14.16). Jesus disse que o Pai vos dará outro Consolador. A quem Jesus estava se dirigindo nesses versículos? Aos árabes ou, mais especificamente, aos ismaelitas? É claro que não. Ele está falando aos crentes judeus. Por conseguinte, o Consolador deveria ser enviado inicialmente a eles, não podendo logicamente referir-se a Maomé. Além do mais, este versículo afirma que o Parácletos, o Consolador estaria convosco para sempre. Como pode, então, referir-se a Maomé? O profeta muçulmano morreu e foi enterrado há mais de 1.300 anos. O evangelho de João diz: o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós (Jo 14.17). Aqui, o Espírito da verdade é um outro título ou sinônimo de Parácleto. Vemos, a partir deste versículo, que o Parácleto estaria em vós. Reconciliar esta declaração com a posição islâmica é impossível. A declaração do Senhor Jesus no Evangelho de João 14.26 desmonta completamente a hipótese islâmica de que Maomé era verdadeiramente aquele profetizado nos versículos, pois eles se referem ao Consolador ou Parácleto: Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. Jesus disse que o Consolador é o Espírito Santo. Esta é a razão pela qual todos os apologistas muçulmanos não citam esse versículo . O Consolador foi dado aos discípulos de Jesus. Maomé não foi seu discípulo. Jesus disse que os seus discípulos conheciam o Consolador: ...vós o conheceis (Jo 14.17) Eles não conheciam Maomé, que nasceu no século sexto depois de Cristo. Jesus disse que o Consolador seria enviado em nome de Jesus. Nenhum muçulmano crê que Maomé tenha sido enviado em nome de Jesus. Jesus disse que o Consolador não falaria de si mesmo (Jo 16.31). Em contrapartida, Maomé constantemente testifica de si mesmo no Alcorão(14). A Bíblia diz claramente que o Consolador iria glorificar a Jesus (Jo 16.14), e Maomé declara substituir Jesus, estando na condição de profeta superior. O Senhor Jesus em Atos 1.4-5, ordenou a seus discípulos: ...que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Estes versículos poderiam honestamente ser aplicados a Maomé, que surgiu 570 anos depois, em Meca na Árabia? À luz do texto bíblico, a interpretação islâmica é impossível. O cumprimento das palavras do Senhor Jesus ocorreu dez dias depois, no dia de Pentecostes (Atos 2.1-4) e não seis séculos depois, a centenas de milhas de Jerusalém. Concluímos, portanto, que não há base bíblica alguma para afirmar que o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 e o Consolador em Jo 14.16; 15.26 e 16.7 sejam profecias relacionadas ao fundador do islamismo, mas, como a própria Bíblia Sagrada declara, o Profeta Prometido em Dt 18.15-18 é o Senhor Jesus (Jo 5.46) e o Consolador (Jo 14.16; 15.26 e 16.7) é a pessoa Bendita do Espírito Santo (Jo 14.26). Notas 1 Por exemplo, Mani, no terceiro século, afirmou ser o Parácleto ou o Consolador de quem Jesus falou em Jo 14.16. Os Baha'is, que se originaram do próprio islamismo, acreditavam do mesmo modo que seu fundador Baha'u'llah fora predito na Bíblia. Os mórmons crêem que Ezequiel profetizou a vinda de uma de suas escrituras: O Livro de Mórmon. 2 Eles acreditam que o Alcorão refere-se a isso na surata 7.157. 3 Hazrat Mirza Bashir-Ud-Din Mahmud Ahmad, Introduction to the Study of the Holy Quran (London: The London mosque, 1949), pp 84-94. Também cf. Ulfat Aziz-Us-Samad, Islam and Christianity (Karachi, Pakistan: Begum Aisha Bauany Wakf, 1974), p. 96. 4 'Abdu 'L-Ahad Dauud, Muhammad in the Bible (Kuala Lumpur: Pustaka Antara, 1979). 5 também cf. Jo 7.16; 8.28 6 Também cf. Mt 13.57; 21.11; Lc 7.16; Jo 4.19; 6.14; 7.40; 9.17. 7 Ver. Ex. 33.11 8 Ver. Alcorão 1.59; 1.90-93; 6.37; 6.109. 9 Ver. Alcorão 5.110. 10 Ainda cf. Lc 24.27. 11 Abdullah Yusuf Ali, op. cit., p. 1540 (Também cf. p. 144). 12 A cópia mais antiga do Evangelho de João é o Papiro 75, datado entre 175-225 D.C. A palavra ali encontrada é Parácletos e não pariclytos, como querem os muçulmanos. 13 A palavra grega Parácletos pode ser traduzida por Confortador, Conselheiro, Advogado ou Ajudante. 14 Ver. Alcorão 33.40. Fonte: Revista Defesa da Fé (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ ) ISLAMISMO Introdução ao Islamismo Uma das quatro religiões monoteístas baseadas nos ensinamentos de Maomé (570-632 d.C.), chamado “O Profeta”, contidos no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islã significa submeter, e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que significa aquele que se submete a Deus. História do Islamismo Maomé nasceu na cidade de Meca, na Arábia Saudita, centro de animismo e idolatria. Como qualquer membro da tribo Quirache, Maomé viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina, quando ele tinha seis anos. Aos 40 anos, Maomé começou sua pregação, quando, segundo a tradição, teve uma visão do anjo Gabriel, que lhe revelou a existência de um Deus único. Khadija, uma viúva rica que se casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Maomé passou a pregar publicamente sua mensagem, encontrando uma crescente oposição. Perseguido em Meca, foi obrigado a emigrar para Medina, no dia 20 de Junho de 622. Esse acontecimento, chamado Hégira (emigração), é o marco inicial do calendário muçulmano até hoje. Maomé faleceu no ano 632. Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados infalíveis. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286 versos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos do profeta). Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos: os Sunitas e os Xiitas. Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada por All-Abbas, seu tio. Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé. O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50% das nações em três continentes. O número de adeptos que professam a religião mundialmente já passa dos 935 milhões. O objetivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite matar e destruir os “infiéis ou incrédulos” da religião. Segundo eles, Alá deixou dois mandamentos importantes: o de subjugar o mundo militarmente e matar os inimigos do Islamismo -- judeus e cristãos. Algumas provas dessa determinação foi o assassinato do presidente do Egito, Anwar Sadat, por ter feito um tratado de paz com Israel e o massacre nas Olimpíadas de Munique em 1972. A guerra no Kuweit, nada mais foi do que uma convocação de Saddam Hussein aos muçulmanos para uma “guerra santa”, também chamada de Jihad, contra os países do Ocidente (U.S.A.) devido à proteção dada a Israel. Vinte e seis países entraram em uma guerra, gastaram bilhões de dólares, levaram o Estados Unidos a uma recessão que se sente até hoje, para combater um homem que estava lutando por razões religiosas. Eles aparentemente perderam a guerra, mas, como resultado, houve 100 atos terroristas cometidos contra a América e Europa no mesmo mês. O “espírito” da liga muçulmana em unificar os países islâmicos e a demonstração do que podem fazer ficou bem patente aos olhos do mundo. Artigos de Fé do Islamismo O Islamismo crê que existe um só Deus verdadeiro, e seu nome é Alá Alá não é um Deus pessoal, santo ou amoroso, pelo contrário, está distante e indiferente mesmo de seus adeptos. Suas ordens expressas no Corão são imperativas, injustas e cruéis. Segundo Maomé, ele é autor do bem e do mal. Num dos anais que descreve as mensagens de Alá para Maomé, ele diz: “Lutem contra os judeus e matem-nos”. Em outra parte diz: “Oh verdadeiros adoradores, não tenha os judeus ou cristãos como vossos amigos. Eles não podem ser confiados, eles são profanos e impuros”. O Islamismo crê erroneamente em anjos Segundo eles, Gabriel foi quem transmitiu as mensagens de Alá para Maomé. É ensinado que os anjos são inferiores aos homens, mas intercedem pelos homens. O Islamismo crê que exista um só livro sagrado dado por Alá, o Corão, escrito em Árabe Os muçulmanos creêm que Alá deu uma série de revelações, incluindo o Antigo e Novo Testamentos, que é chamado de Corão. Segundo eles, as antigas revelações de Alá na Bíblia foram corrompidas pelos cristãos, e, por isso, não são de confiança. O Islamismo crê que Maomé é o último e o mais importante dos profetas Conforme o Islamismo, Alá enviou 124,000 profetas ao mundo, apesar de unicamente trinta estarem relacionados no Corão. Os seis principais foram: · · Profeta Adão, o escolhido de Alá · · Profeta Noé, o pregador de Alá · · Profeta Abraão, o amigo de Alá · · Profeta Moisés, o porta-voz de Alá · · Profeta Jesus, a palavra de Alá · · Profeta Maomé, o apóstolo de Alá Islamismo crê na predestinação do bem e do mal Tudo o que acontece, seja bem ou mal, é predestinado por Alá através de seus decretos imutáveis. O Islamismo crê que haverá o dia da ressurreição e julgamento do bem e do mal Neste grande dia, todos os feitos do homem, sejam bem ou mal, serão colocados na balança. Os muçulmanos que adquiriram suficientes méritos justos e pessoais em favor de Alá irão para o céu; todos os outros irão para o inferno. Cinco Colunas do Islamismo A vida religiosa do muçulmano tem práticas bastante rigorosas, as quais são chamadas de “Colunas da Religião”. Recitação do credo islâmico: Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé, o seu profeta. Preces cotidianas: chamadas de slãts, feitas cinco vezes ao dia, cada vez em uma posição diferente (de pé, ajoelhado, rosto no chão, etc), e virados em direção à Meca. A chamada para a oração é feita por uma corneta, denominada de muezim, desde uma torre chamada de minarete, a qual faz parte de um santuário ou lugar público de adoração conhecido como mesquita. Observação do mês de Ramadã: o qual comemora a primeira revelação do Corão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nascer até o pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso abrem, os do inferno fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados. Pagamento do zakat: imposto anual de 2.5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos pobres. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana. Peregrinação para Meca: ou Hajj, ao lugar do nascimento de Maomé, na época de Eid el Adha (festa islâmica que rememora o dia em que o profeta Abraão aceitou a ordem de sacrificar um carneiro em lugar de seu filho), pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano dotado de condições físicas e econômicas. O Jihad, ou guerra santa: é a batalha por meio da qual se atinge um dos objetivos do islamismo, que é reformar o mundo. Qualquer muçulmano que morra numa guerra defendendo os direitos do islamismo ou de Alá, já tem sua vida eterna garantida. Por esta razão, todos que tomam parte dessa “guerra santa”, não têm medo de morrer ou de passar por nenhum risco. Verdades Bíblicas Deus: Cremos em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, Dt 6.24; Mt 28.19; Mc 12.29. Jesus: Cremos no nascimento virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal de entre os mortos, e em sua ascensão gloriosa aos céus, Is 7.14; Lc 1.26-31; 24.4-7; At 1.9. Espírito Santo: Cremos no Espírito Santo como terceira pessoa da Trindade, como Consolador e o que convence o homem do pecado, justiça e do juízo vindouro. Cremos no batismo no Espírito Santo, que nos é ministrado por Jesus, com a evidência de falar em outras línguas, e na atualidade dos nove dons espirituais, Jl 2.28; At 2.4; 1.8; Mt 3.11; I Co 12.1-12. Homem: Cremos na na criação do ser humano, iguais em méritos e opostos em sexo; perfeitos na sua natureza física, psíquica e espiritual; que responde ao mundo em que vive e ao seu criador através dos seus atributos fisiológicos, naturais e morais, inerentes a sua própria pessoa; e que o pecado o destituiu da posição primática diante de Deus, tornando-o depravado moralmente, morto espiritualmente e condenado a perdição eterna, Gn 1.27; 2.20,24; 3.6; Is 59.2; Rm 5.12; Ef 2.1-3. Bíblia: Cremos na inspiração verbal e divina da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé para a vida e o caráter do cristão, II Tm 3.14-17; II Pe 1.21. Pecado: Cremos na pecaminosidade do homem, que o destituiu da glória de Deus, e que somente através do arrependimento dos seus pecados e a fé na obra expiatória de Jesus o pode restaurar a Deus, Rm 3.23; At 3.19; Rm 10.9. Céu e Inferno: Cremos no juízo vindouro, que condenará os infiéis e terminará a dispensação física do ser humano. Cremos no novo céu, na nova terra, na vida eterna de gozo para os fiéis e na condenação eterna para os infiéis, Mt 25.46; II Pe 3.13; Ap 21.22; 19.20; Dn 12.2; Mc 9.43-48. Salvação: Cremos no perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita, e na eterna justificação da alma, recebida gratuitamente, de Deus, através de Jesus, At 10.43; Rm 10.13; Hb 7.25; 5.9; Jo 3.16. Escrito pelo Rev. Eronides da Silva e postado em: http://www.sepoangol.org/eron.htm, donde copiamos. (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ ) Islamismo Segundo dados estatísticos, o Islamismo é a religião que mais rapidamente ganha adeptos na atualidade. A origem do Islamismo é remontada ao século VII d. C. com as revelações de Alá ao profeta Maomé. A religião reconhece Alá como seu único deus, assim como reconhece em Maomé o legítimo profeta de seu deus. Os textos sagrados islâmicos são: o Alcorão, obra que contém as revelações de Alá a Maomé; o Hadith, contendo os pensamentos e as ações de Maomé; o Sunnah, conjunto de regras de conduta a ser seguido pelos islâmicos. Duas vertentes são reconhecidas no Islamismo : os sunitas (o maior e mais ortodoxo grupo islâmico, constituindo maioria religiosa em países como o Iêmen e a Arábia Saudita, entre muitos outros) reconhecem a sucessão de Maomé por Abu Bakr e pelos três califas que o seguiram; os xiitas reconhecem a sucessão de Maomé por Ali, seu sobrinho. Os símbolos mais importantes para os islâmicos são a família e a mesquita, os elementos centrais da vida dos seguidores do Islamismo. As práticas religiosas são fundamentais, como por exemplo as cinco preces diárias a Alá; há também o dever para com os necessitados de se oferecer uma parte dos bens; durante a data do Ramadan, entre o amanhecer e o entardecer, há a obrigação do jejum; todos os seguidores da religião, pelo menos uma vez em sua vida, devem realizar a peregrinação à cidade de Meca, simbolizando a própria peregrinação de Maomé à esta cidade. Copiado de http://www.gomorra.hpg.ig.com.br/ (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ ) Inferno e Paraíso no Islamismo Queridos irmãos e irmãs, Não há dúvidas de que todo mundo gostaria de ter certeza de para onde vai depois da morte, mesmo que não creia na eternidade. Em Jesus Cristo, temos esta certeza (João 3.16). Na Bíblia, Jesus deu uma descrição bem clara do céu e do inferno, quem vai para lá, por quê alguns irão para o inferno e outros para o céu, e o desejo de Deus de que todo homem e mulher vão para o céu (1 Timóteo 2:3,4). Mas, e o que diz o islamismo? A Descrição do Inferno no Islamismo No islamismo, o inferno é um lugar de fogo e tormento. Alá preparou-o para ser enchido com os Jinni (maus espíritos) e seres humanos, e ninguém vai escapar. Foi criado tanto para os injustos como para os justos. No Alcorão, no Sura (um capítulo do alcorão) Al Hijr 15.43,44, "o Gehenna [inferno] será a terra prometida de todos eles. Sete portões ele tem, e em cada portão uma porção destinada a eles". Também lemos no Sura Maryam 19.71: "Nenhum de vocês lá está, mas vai descer até ele [inferno], pois para o vosso Senhor é uma coisa decretada, determinada. Então, libertaremos aqueles que temiam a Deus". Ali Ibn Abi Talib (o terceiro Califa) certa vez perguntou: "Você sabe com o que se parecem os portões do Gehenna?" Então ele pôs uma mão sobre a outra indicando que há sete portões, um em cima do outro, Al Baidawi (um comentarista) disse: "Ele tem sete portões através dos quais eles serão admitidos pelo seu grande número. As camadas que eles vão descer conforme a sua graduação, são rspectivamente: Gahanna, o mais alto, é para os monoteístas rebeldes; o segundo, Al Laza [fornalha], é para os judeus; o terceiro é Al Hutama [o esmagado], que é para os cristãos; o quarto é Al-Sa’ir [a fogueira], para os Sabaenos; o quinto, Saqar [calor ardente], é para os adoradores do fogo; o sexto é o inferno, que é para os incrédulos; e o sétimo é a Fossa para os enganadores". A Descrição do Paraíso A Bíblia diz que os cristãos nascidos de novo vão estar no céu com Deus, num estado de santa alegria e adoração dAquele que os salvou do inferno. Um retrato do paraíso que espera os muçulmanos depois que eles saírem do inferno nos foi apresentado pelo Alcorão; por Maomé, o mensageiro de Alá; e pela maioria dos antigos e mais recentes sábios muçulmanos. Este retrato está muito bem apresentado no Sura (um capítulo do Alcorão ) 36.55,56; 37.41-49; 47.15; 55.56; 56.22,23; 56.35-37; e 87.31-33: Uma coisa muito estranha que o paraíso tem são as houris, destinados a satisfazer os prazeres sexuais dos homens. Estas houris são virgens, e as suas relações com os homens jamais afeta a sua virgindade. Não envelhecem mais do que 33 anos de idade. São brancas, olhos grandes e negros e a pele suave e macia. As mulheres que morrem em idade avançada na terra serão recriadas virgens para o deleite dos homens. Estes comentaristas concordam com isto: Al Jalalan (pp. 328, 451-453, 499), Al Baidawi (pp. 710, 711, 781) e Al Zamakhshary (Parte 4, pp. 453, 450462, 690). Em seu livro Legal Opinions (Opiniões Jurídicas), o Xeque Sha ‘rawi (o mais renomado Xeque de todos os países árabes e islâmicos, que tem um programa de televisão no Egito) expôs a sua tese quando escreveu: "O apóstolo de Deus recebeu a seguinte pergunta: ‘Teremos intercurso sexual no paraíso?’ Ele respondeu: ‘Sim, juro por Aquele que tem a minha alma em Sua mão que será um intercurso vigoroso e, logo que o homem se separe dela [a houri], ela voltará a ser imaculada e virgem’". Na página 148, Sha ‘rawi escreveu: "O apóstolo de Deus, Maomé, disse: ‘A cada manhã, cem virgens serão [a porção] de cada homem’". O islamismo é uma religião de lascívia. As mulheres são consideradas no céu como objetos de prazer a serem possuídos pelos homens, do mesmo modo como são hoje abusadas em muitos países muçulmanos. Na página 191, Sha ‘rawi diz que se uma mulher tiver sido casada com mais de um homem, ou por ter ficado viúva, ou por ter-se divorciado, no paraíso ela teria o direito de escolher um deles. Mas, o homem no paraíso tem o direito de ter dúzias de houris. Compare com as palavras de Jesus em Mateus 22.29,30. Ao ser questionado sobre o casamento no céu, ele deixou bem claro: "Vocês estão errados porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus. Na ressurreição, as pessoas não se casam nem são dadas em casamento; mas são como os anjos do céu". O Contrato de Casamento Temporário Sábios muçulmanos, em coleções de comentários chamados "Hadiths", descrevem um "casamento de prazer". O casamento de prazer é simplesmente assinar documentos religiosos no quarto de uma prostituta, ou na recepção com um Imã (oficial religioso), antes de fazer sexo. Assim, não existe pecado, pois os parceiros foram "casados" por uma hora. Maomé legalizou este procedimento, depois o proibiu, voltando a legalizá-lo depois, por isso, a maioria dos seus seguidores e os Califas consideram-no legal. Os muçulmanos xiitas (100 milhões) são acostumados com este procedimento e o praticam em várias partes do mundo. Conforme registrado no Sahih al-Bukhari (um comentário), "Quando estávamos no exército, o apóstolo de Alá veio até nós e disse: ‘Vocês têm direito ao prazer, portanto, desfrutem-no. Se um homem e uma mulher concordarem em se casar temporariamente, esse casamento deverá durar três noites e, se quiserem continuar, eles podem’". Ibn Mas’ud também confirmou isto. (Para mais informações sobre mulheres no Islamismo serão publicadas na próxima edição, nesta série). O retrato do paraíso no Alcorão tem também as seguintes descrições: "De altos tronos eles darão ordens" (83.23); "Adornados naquele lugar com braceletes de ouro e pérolas e as suas roupas serão de seda" (22.23); "Neles haverá frutos, e tâmaras e romãs" (55.68); "e desposarão donzelas com grandes e brilhantes olhos" (52.20); "reprimindo olhares que nenhum homem ou Jinni antes deles jamais tocou" (55.56). Como cristãos podemos nos regozijar porque Jesus breve virá e nós vamos estar com Ele em perfeita santidade como Ele prometeu. Todos nós vamos nos relacionar uns com os outros como irmãos e irmãs num reinado glorioso, considerando e honrando uns aos outros. "Pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" (Romanos 14.17). Dr Salim Almahdy (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ ) Origem do Islã já traz o germe do radicalismo PARIS - O uso pervertido do Islã pelos movimentos islâmicos para justificar o terrorismo, a falta de instâncias religiosas capazes de desautorizar as concepções genocidas da guerra santa defendidas por Osama bin Laden e seus seguidores e a dificuldade de separar a política da religião no mundo muçulmano são os principais entraves à busca de uma solução duradoura, que evite o choque concreto de civilizações. É a opinião do professor Jacques Rollet, da Universidade de Rouen, França, um dos mais reputados especialistas europeus nos estudos da relação entre política e religião. "As civilizações muçulmana e ocidental poderiam viver em permanente harmonia se as correntes moderadas da primeira proclamassem que o islamismo radical é a traição do Islã, integrassem os valores do pluralismo religioso e político e aceitassem que, em democracia, a religião não faz as leis da sociedade", assinalou. Em entrevista concedida ao Estado em Paris, Rollet, baseado na história, fez ver a dificuldade de ser produzido tal pronunciamento sobre a "traição". Isto porque, ponderou, "foi o Islã que tornou possível o fundamentalismo islâmico assim como Lenin viabilizou o totalitarismo de Stalin". Estado - O Islã traria em sua própria essência o fermento da violência? Rollet - Nos seus primórdios, não, porque o Islã pregava o respeito ao próximo, ao pobre. Mas, entre 622 e 632, com as leis ou textos sagrados postos em relevo no Alcorão, em Medina, assistiu-se a uma radicalização e à abordagem da violência pelo Islã. Um desses textos rezava: "Faça a guerra aos que não crêem nem em Deus nem no Juízo Final." Maomé empreendeu então o combate contra os infiéis de Meca e, mais particularmente, contra os judeus e cristãos de Medina que resistiam à conversão ao Islã. O combate ganhou, pois, formas militares. O uso da violência tornou-se ai inelutável. Estado - A jihad, que foi também, inicialmente, um combate espiritual individual visando à perfeição da alma humana, converteu-se depois em guerra santa, tendo como alvo os territórios não- muçulmanos. Como explicar tal evolução? Rollet - O Islã significa conquista desde Maomé, que era um combatente militar, um conquistador. Jesus nunca combateu com armas nas mãos. A diferença é fundamental. Desde seu advento, no século 7.º, em apenas dois ou três séculos o Islã conheceu uma expansão fulminante. Tais sucessos militares confirmaram os muçulmanos mediáveis na mística de que sua religião era a expressão da verdade. A jihad introduzirá e firmará, assim - fenômeno amplificado pelas cruzadas -, a idéia de que o Islã só existirá como tal se obtiver sucessos militares. Nada deve se opor à sua expansão. Isto constitui a essência mesma do Alcorão. A partir daí, pode-se compreender o contexto em que se impôs, bem mais tarde, o islamismo radical. Estado - O que determinou o surgimento do islamismo radical? Rollet - Para começar e situar as coisas, diria que o islamismo é um movimento iniciado nos anos 20 do século passado, no Egito, pelo dignitário Al-Banna, fundador da Fraternidade Muçulmana, movimento no qual se engajou mais tarde seu discípulo Sayid Qutb. O objetivo primordial de sua criação era revitalizar a comunidade muçulmana pela união indissolúvel entre a religião e a política, fazendo dos fiéis militantes do Islã. Em nome dessa união, os islâmicos radicais proclamaram que, se a comunidade muçulmana se defronta com problemas, com a adversidade, por causa dos infiéis - os não-muçulmanos - ela deve superar as dificuldades até mesmo pelo combate militar. Em outras palavras, o islamismo radical surgiu para empreender uma ação de natureza política que tornasse indissociável o vínculo da religião com a política, com a nítida valorização da segunda. Ele traduz uma visão, uma "leitura" radical do Islã. Lembraria que, antes do advento do islamismo radical no século passado, os mulçumanos, durante mais de um milênio limitaram-se a fazer suas preces, a praticar o Islã sem que ninguém ousasse efetuar leituras ou interpretações de qualquer natureza sobre seu exercício. Estado - Que interpretação os radicais deram à jihad (guerra santa)? Rollet - A interpretação segundo a qual, representando o Islã a verdade, devem ser eliminados todos os que a negam ou deixam uma sociedade viver em liberdade, apta a fazer o que ela bem quer. Esse entendimento se tornará bem mais radical ainda com as teses do paquistanês Al-Mawdudi, outro pai fundador do movimento. Ele incitava a comunidade ao combate pelo Islã porque, segundo suas palavras, o mundo estava sendo invadido pelo reino da ignorância, da heresia e da devassidão. Para os islâmicos radicais de hoje, tais maldições são encarnadas pelo Ocidente, pelas suas democracias com suas liberdades - e tudo isso que precisa ser combatido por todas as armas. Estado - Bin Laden não é imã, mulá ou chefe religioso. Que legitimidade teria ele para convocar os muçulmanos à guerra santa e lançar fatwas (sentenças), atribuições reservadas no passado aos doutores da lei sagrada? Rollet - Ele não tem a legitimidade e teria muito menos ainda se fosse xiita, pois nesta segunda vertente do Islã (a primeira é a sunita, à qual pertence Bin Laden e agrupa 90% dos muçulmanos) só os aiatolás possuem tal legitimidade. Mas há de se matizar a resposta. Ele não é desmentido, desautorizado pelo fato de que todo muçulmano, à luz do Alcorão, deve combater o que ele estima ser o mal e os portadores deste. Aí, nos deparamos com uma problemática que desarvora os muçulmanos sunitas moderados e em relação à qual eles são impotentes. Isto porque, na vertente sunita do Islã, não existe, como na vertente xiita, um magistério, uma direção clerical capaz de clarificar definitivamente as coisas. Clarificação que consistiria em dizer que todo apelo à guerra, à violência ou à simples adversidade contra os não-muçulmanos não pode ser feito em nome do Islã. Porém, sem a mediação de uma espécie de Vaticano muçulmano, não vejo como tal iniciativa possa ser tomada mesmo pelo Islã moderado praticado em geral na Europa e na França em particular, por exemplo. Estado - Como analisa os tímidos sinais de abertura vindos do Irã? Rollet - Se houver uma evolução, esta virá efetivamente do Irã, como deixam supor os textos de dois de seus notáveis pensadores e mulás, Soroush e Shabestar. Ambos sustentam que o Islã deve respeitar no Irã a diversidade de posições na sociedade, onde cada um precisa gozar do direito de se exprimir, de dizer o que pensa. A meu ver, tal sinalização no sentido de uma reforma se explica pela existência, no Islã xiita do Irã, de um magistério exercido pelos aiatolás. Mas para que as coisas possam evoluir realmente será necessário que o sistema político iraniano se impregne do espírito de abertura daqueles dois pensadores. Para ser concreto, tudo dependerá da capacidade das forças religiosas e políticas tidas como mais liberais e representadas pelo atual presidente da república, Mohammad Khatami, se imporem perante as correntes conservadoras, sobre o Conselho de Vigilância da Revolução, que, entre outras prerrogativas, pode anular todas as leis votadas pelo Parlamento se estas não lhe convém. Em suma, para haver uma evolução em profundidade, seria indispensável separar a política da religião, e isto nem mesmo Soroush e Shabester ousam ainda a admitir. Além disso, tenho sérias dúvidas de que tal evolução pudesse influenciar o mundo muçulmano sunita, que é majoritário no Islã. Estado - Vaticano do Islã ou magistério à parte, os moderados, em nome do Alcorão, não podem contestar, contradizer as proclamações dos extremistas como Bin Laden? Rollet - Os moderados não podem verdadeiramente contestá-los em nome do Alcorão porque os textos sagrados estabelecidos em Medina quando Maomé era venerado como chefe e chamado "O Profeta" já ordenavam que os inféis deviam ser combatidos militarmente. A força do islamismo radical reside aí, na impossibilidade de o Islã moderado de desmenti- lo sem que o Alcorão seja interpretado de maneira mais aberta e abrangente, o que não foi feito até hoje porque o Alcorão, ao contrário da Bíblia para os cristãos, não se presta a exegeses, pois encerra diretamente a palavra de Deus. Por isso, ele é, no seu conteúdo, materialmente sagrado para um muçulmano. A Bíblia já não alcança tal dimensão sacral, porque ela não é materialmente a palavra de Deus, apenas um testemunho desta. Aliás, dentro da tradição do Islã, o Alcorão só deve ser lido na sua língua original, o árabe, e não deveria em princípio ser traduzido, precisamente por conter, de modo material, a palavra de Deus. Mesmo sabendo ser praticamente nula a liberdade dos estudiosos em relação ao texto, um dos mais notáveis intelectuais muçulmanos radicados na Europa, hoje, Mohamed Arkoun, professor da Sorbonne, bem que gostaria de desenvolver uma hermenêutica do Alcorão, mas verifica as dificuldades para uma tal empresa nas circunstâncias que cercam o Islã no momento. Estado - Em que os movimentos islâmicos radicais nos países muçulmanos ou não se distinguem entre si? Rollet - O movimento inspirado por Al-Banna, Qutb e Al-Mawdudi, é predominante na quase totalidade do mundo muçulmano. De menos violento e intolerante nos países muçulmanos da Ásia e da África, tal movimento radicalizou agora suas posições, incendiando igrejas cristãs e perseguindo os seguidores destas na Indonésia, Cingapura e Sudão, por exemplo. Há um segundo movimento, mais antigo, dito fundamentalista wahabita, criado no século 18 pelo reformador purista saudita Abdul Wahab. De modo geral, o wahabismo se revela mais rigoroso ainda do que o islamismo radical de Al-Mawdudi. Para evitar qualquer desvio ou desequilíbrio na relação indissolúvel da política com a religião, o "wahabismo" impôs a volta aos rigores da sharia (lei sagrada). É por isso que - sem falar da natureza radical dos castigos impostos regularmente aos infiéis e ímpios em praça pública - o culto cristão não pode ser exercido na Arábia Saudita. Não se autoriza ali a construção de templos cristãos. Durante a Guerra do Golfo, como os sauditas não concedem vistos diplomáticos a membros de outras confissões religiosas, os capelães americanos entravam no País como se fossem enfermeiros... Agora, o dado estranho é que os sauditas não se apresentam perante o mundo com sua verdadeira identidade de fundamentalistas radicais. Daí, as ambigüidades, as zonas de sombra que cercam o fenômeno Bin Laden. Estado - Como assim? Rollet - O fato de Bin Laden ter sido destituído da nacionalidade saudita não impediu que de sua rede financeira participassem bancos e instituições sauditas, conforme as revelações da imprensa. Riad o renegou, mas não deixou de financiá-lo, dentro do espírito fundamentalista que forma o exercício do poder político no País. Entretanto, neste momento crucial, em que se jogam de modo imperativo as cartas da geopolítica do mundo, a Árabia Saudita, como o Pasquistão, se alinhou oficialmente às posições dos EUA para não ser politicamente incomodada. Estado - O que diferencia o islamismo radical do fundamentalismo wahabita? Rollet - Do ponto de vista técnico das ciências políticas, a diferença está em que o islamismo radical se propõe, desde seu advento no século passado, a promover a união indissolúvel da religião com a política, enquanto o fundamentalismo wahabita foi criado dois séculos antes, na Arábia Saudita, para reforçar a prática rigorosa, ao pé da letra, do Islã e a aplicação não menos estrita da sharia (lei sagrada). Abdul Wahab, seu criador, falava então de retorno ao "Islã fundamental". Para tanto, os wahabitas não precisaram empreender uma ação política, visto a força, a hegemonia que exerciam no reino saudita. Hoje, todavia, estamos assistindo no mundo muçulmano à convergência e à aliança tácita entre o islamismo radical e o fundamentalismo wahabita. A ilustração disso é dada pela evolução dos talebans, que, originalmente fundamentalistas wahabitas, se tornaram também islâmicos pela ação política, na acepção legítima do termo. Estado - Quais foram as razões determinantes dessa convergência ou aproximação dos dois movimentos? Rollet - Entre os anos 60 e 80, para aprofundarem a união ou fusão da política com a religião, os islâmicos desencadearam vasta mobilização de caráter político nos países muçulmanos, em particular do Oriente Médio, sob a alegação de que estes não eram suficientemente combativos em relação àquele objetivo. Eles consideravam tais países demasiado moles, conciliantes nas suas relações com o Ocidente, e se referiam mais especificamente ao caso da Arábia Saudita. Na prática, o resultado dessa ação dos islâmicos visando a enquadrar os "países muçulmanos tentados pelo Ocidente" pode ser avaliado - apesar de todas as ambigüidades e zonas de sombra que envolvem os fatos, os testemunhos - pela caução moral e o apoio financeiro indireto dado pela Arábia Saudita ao Taleban. Pode ser calculado de modo mais largo pelo que iria ser revelado depois dos atentados nos EUA, ou seja, a participação direta e indireta de países do Golfo e sobretudo da Arábia Saudita por meio de investimentos, bancos e de instituições diversas, inclusive caritativas, no sistema financeiro de Bin Laden. Estado - O Choque de Civilizações, fundado nas incompatibilidades entre as civilizações islâmica e ocidental, tal como o americano Samuel Huntington analisa em seu livro, lhe parece o quê? Rollet - É evidente que há um choque frontal entre as duas culturas - uma secularizada e democrática, a do Ocidente, e a outra, não secularizada, não democrática, a do mundo muçulmano. Pelo simples fato de os jovens vestirem jeans e beberem coca-cola não se pode dizer que eles sejam ocidentalizados. É uma questão de cultura no sentido apreendido por Tocqueville, ou seja, que compreende tanto os sentimentos, as emoções quanto os costumes. Para que o choque não se efetive materialmente será preciso que os muçulmanos moderados, majoritários numa população de mais de 1 bilhão de pessoas, proclamem, de saída, que o islamismo radical não traduz o Islã mas o trai. Depois, será preciso que os muçulmanos incorporem o pluralismo religioso e político e aceitem que, em democracia, a religião não faz as leis da sociedade. Estado - Afinal, não vai aparecer ninguém entre os dignitários muçulmanos moderados para dizer ao menos que Bin Laden e seus seguidores estão confundindo o Islã com islamismo radical? Rollet - Não será fácil aparecer. Sem dúvida, o islamismo é evidentemente uma visão radical do Islã. Mas pode-se perguntar: esta visão é falsa? Não traduz também o que o Islã pode realmente ser? A questão me remete à análise luminosa do regime soviético feita por Raymond Aron em seu livro Democracia e Totalitarismo e baseada no conceito de Max Weber sobre a casualidade limitada nas ciências sociais. Assim, Aron escrevia que Stalin era o paroxismo pessoal do totalitarismo tornado possível por Lenin. Do mesmo modo, eu acrescentaria, que o islamismo converteu-se em realidade graças à existência do Islã. NAPOLEÃO SABÓIA, Correspondente de O Estado, em Paris. http://tb.bol.com.br (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ ) Como Alcançar os Muçulmanos - Parte 6 Este mês estaremos resumindo os pontos principais sobre como alcançar os muçulmanos para Cristo, revendo o que discutimos nas últimas edições. Um dos pontos mais importantes no compartilhar o evangelho com os muçulmanos é conhecer os ensinamentos tanto da Bíblia como do Alcorão. Você precisa saber o que cada um destes livros fala dos assuntos sobre os quais vocês estão conversando, como o pecado, a salvação, o amor de Deus, o caminho para o céu, a vida eterna, inferno, certeza da salvação, quem intercede por nós, etc. As respostas que o Alcorão dá a estas perguntas são totalmente diferentes das respostas que a Bíblia dá. O islamismo ensina que pecado é simplesmente uma ação e que o homem não tem uma natureza pecaminosa. Portanto, não há nada do que você precise ser salvo. O justo precisa se arrepender e praticar boas ações e os pecados são perdoados. O islamismo também ensina que ninguém pode entrar no céu. O céu é o trono de Deus, e Deus não tem nenhum relacionamento pessoal com os seres humanos. O Jardim, ou Paraíso, é o lugar para onde o homem vai e o único caminho para o Paraíso é a prática de boas obras, a oração, o jejum, dar esmolas aos pobres, visitar Meca (o lugar do nascimento do islamismo), se possível, e recitar o credo islâmico ("Só Alá é Deus e Maomé é o seu Mensageiro"). E, mesmo com tudo isto, a pessoa não tem nenhuma garantia de que vai para o Paraíso. Alá é quem decide se a pessoa vai para o Paraíso ou para o inferno. Os muçulmanos também acreditam que Maomé, o profeta do islamismo, é o único de quem Alá aceita intercessões. Ele pode interceder por qualquer pessoa, mesmo que esta pessoa já tenha morrido. Para alcançar os muçulmanos, você precisa conhecer as perguntas feitas com mais freqüência pelos muçulmanos, e saber as respostas bíblicas. Abaixo apresentamos um exemplo de diálogo para perguntas que um muçulmano pode fazer: P: Você crê que Deus é uma só ou mais de uma pessoa? R: Os cristãos crêem que Deus tem três partes, mas é uma só pessoa, conforme a Bíblia (Mostre a ele 1 João 5.7-8; há maior eficácia se você deixar o seu amigo muçulmano ler ele mesmo). P: Você crê que a Bíblia é igual à original e que não foi adulterada por ninguém? Você não pode provar nada de um livro adulterado. R: A Bíblia não foi adulterada e as minhas provas são . . . (Já tratamos desta pergunta em edição anterior). P: Então, quem é Jesus? R: Ele é a Palavra de Deus, conforme a Bíblia afirma em João 1.1,2 e o próprio Alcorão também afirma na Sura 3.45. Ele é o Espírito de Deus (Sura 4.171). Ele é um mensageiro de Deus (Sura 4.171). P: Jesus é o Filho de Deus? R: Sim, Ele é (Romanos 1.3,4). P: Deus se casou e teve um filho? R: Não (Explique a ele o que significa Filho de Deus, que Jesus é Deus encarnado). P: Deus come, bebe e vai ao banheiro? R: Há uma diferença entre o corpo de Jesus e o Espírito de Deus. No Alcorão, Deus tem todas as características do homem; por exemplo, Deus tem um rosto, Ele pode ver, falar, amar, odiar, sentar-se levantar-se etc., portanto, não é estranho que Deus que tem todas estas características no Alcorão possa revelar-se a Si mesmo como homem em Jesus Cristo. P: Quando Jesus morreu, Deus também morreu? R: (A mesma idéia acima). P: O Novo Testamento aboliu o Velho Testamento e o Alcorão aboliu o Enjil? R: Deus não muda a Sua Palavra. Se Deus é Onisciente, Ele não precisa dar uma ordem e depois mudá-la, pois Ele sabe todas as coisas, nos mínimos detalhes, do princípio ao fim. P: Você pode me dar um exemplo? R: Quando Deus mandou os judeus saírem do Egito, eles eram pequenos em número e teriam de enfrentar muitas nações grandes. Mas Deus lhes disse para não terem medo delas e para não aceitarem nem adorarem os seus ídolos, mas que deviam destrui-los. Quando os judeus se tornaram mais poderosos, Ele lhes disse a mesma coisa. Ele lhes disse isto desde o começo pois queria ensinar-lhes que a vitória é do Senhor e que não depende nem da força nem do número deles. Alá não fez o mesmo quando os muçulmanos eram poucos. No início, Alá não os mandou combater os cristãos ou os judeus, mas deu a Maomé as Suras mais "agradáveis" a respeito dos cristãos e dos judeus. Quando Maomé conseguiu juntar um exército poderoso, Alá aboliu o jeito agradável de lidar com cristãos e judeus, substituindo por um jeito mais duro. P: Você pensa que o Alcorão e a Bíblia têm a mesma origem? R: Certamente que não, pois contém ensinos inteiramente diferentes e contraditórios. Eu sei que a Bíblia verdadeiramente vem de Deus. Mais importante é praticar o amor do Espírito Santo com os muçulmanos. Sem amá-los você não vai conseguir jamais ganhá-los para Cristo. A mensagem que você vai compartilhar com os muçulmanos tem de ser a mensagem de Jesus Cristo, não que ele precisa deixar a sua religião e virar cristão, mas que ao aceitar a Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal ele pode ser livre da punição do inferno e ter a vida eterna. Continuem orando para que os muçulmanos sejam tocados pelo amor do Espírito Santo através de vocês. Dr Salim Almahdy (retorne a http://solascriptura-tt.org/ Seitas/ retorne a http:// solascriptura-tt.org/ ) ''Se tivéssemos feito descer este Alcorão sobre uma montanha, tê-las-ias visto humilhar-se e fender-se, pôr temor a Deus. Tais exemplos propomos aos humanos, para que raciocinem." ( Alcorão Sagrado, 59ª Surata , versículo 21) Al-Qur´an Sagrado O Alcorão é a maior dádiva de Deus à humanidade e a sua sabedoria é de uma espécie única, exposto, em termos breves, o propósito do Livro consiste em ser o receptor das revelações divinas, o qual restaura a eterna verdade de Deus, como guia da humanidade no caminho certo. O Alcorão é a palavra de Deus revelada ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), através do Arcanjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), a qual ultrapassa a imaginação humana para se produzir uma obra desta grandeza. Os contemporâneos de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), foram, sem dúvida, os maiores mestre da língua árabe com motivos para produzir um texto sem rival. Mas eles não poderiam produzir nada como o Alcorão, em conteúdo e estilo, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), não tinha preparação escolar formal, mas não fez segredo disso, o seu maior crédito era que sendo iletrado, viveu entre povo iletrado para ensinar a humanidade inteira, a verdadeira Mensagem de Deus para toda à humanidade. Este é o primeiro fato acerca do Alcorão ou seja a palavra de Deus. O segundo fato acerca deste Livro é a autenticidade do seu conteúdo e a ordem em que estão distribuídas várias matérias, a autenticidade do Alcorão não deixa dúvidas pela sua pureza, originalidade e integridade do seu texto. Investigadores e estudiosos qualificados, muçulmanos e não muçulmanos, concluíram, já que o Alcorão de hoje é o mesmo Livro que Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebeu, ensinou, por ele viveu, e o legou à humanidade há mais de 14 séculos. Algumas observações podem ilustrar a autenticidade do Alcorão: 1º- O Alcorão foi revelado em fragmentos, a palavra Alcorão significa Livro por excelência. Diz Deus no Alcorão: ''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2) A composição do Alcorão e as revelações graduais das suas passagens foram os planos e desejos de Deus, desejos pelos quais Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e os seus companheiros lutaram. Diz Deus no alcorão: ''Os incrédulos dizem: Por que não lhe foi revelado o Alcorão de uma só vez? Saibam que assim procedemos para firmar com ele o teu coração, e o te ditamos em versículos, paulatinamente.'' (25ª Surata, versículo 32) E disse ainda: ''Não movas a língua com respeito ao Alcorão para te apressares para sua revelação. Porque a Nós incumbe a sua compilação e a sua recitação;'' (75ª Surata, versículo 16-17) 2º- Os árabes distinguiram-se pelo seu apurado gosto literário, pelo que conseguiram gozar e apreciar as boas peças de literatura, que o Alcorão lhes facultou. Sentiram-se movidos pelo seu tocante tom e atraídos pela sua extraordinária beleza, encontrando nele a maior satisfação e a mais profunda alegria, ao ponto de memorizar a maior parte do Livro. O seu estilo rítmico continua a ser admirado e acarinhado por todos os muçulmanos e por muitos nãomuçulmanos. 3º- Hoje, muitos muçulmanos, homens e mulheres, fazem a recitação diária de uma parte do Alcorão, em orações e vigílias noturnas. A recitação do Alcorão é para os muçulmanos uma forma elevada de adoração e uma prática diária. 4º- Os árabes admiraram sempre bons poemas, distinguindo-se como autores de boa literatura, foram distinguidos pela sua sensibilizada memória em que a literatura ocupou sempre o lugar de relevo. O Alcorão foi reconhecido por todo povo árabe de gosto literário, como inimitável, por isso, eles apressaram-se a memorizá-lo, mas da mais notável e respeitosa maneira. 5º- Durante a vida do profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), houve escribas notáveis e registradores nomeados para as revelações, quando o Mensageiro de Deus Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), recebia uma revelação um versículo ou uma mensagem de Deus através do Anjo Gabriel (que a Paz esteja com Ele), dava imediatamente instruções aos seus escribas para os registrar sob a sua supervisão. O que era registrado era verificado e autenticado pelo profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele), todas as palavras eram revistas e cada passagem era posta na devida ordem. 6º- Passado algum tempo, as revelações completaram-se e os muçulmanos estavam de posse de registros completos do Alcorão, foram recitados, memorizados, estudados e usados para todos os propósitos diários. Quando uma discrepância surgia, o assunto era levado ao próprio profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), para se decidir se estava de harmonia com o texto, significado e entoação. 7º- Depois da morte de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o Alcorão estava confiado à memória de muitos discípulos e em numerosas tábuas de registro. Mas isso ainda não satisfazia Abu Bakr (que Deus esteja satisfeito com Ele), o primeiro Califa que receou que a morte de alguns memorizadores em batalhas, pudesse trazer sérias confusões acerca do Alcorão. Por isso, ele consultou autoridades especializadas e depois encarregou Zaid Ibn Thabit (que Deus esteja satisfeito com Ele). O escriba chefe das revelações de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), de fazer uma compilação padrão do Livro Sagrado, tal como foi autorizado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), sendo assim ele o fez, sob a supervisão dos companheiros do Profeta, que tinham ouvido e memorizado o Alcorão do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). A versão completa e final foi verificada e aproveitada por todos os muçulmanos que tinham ouvido o Alcorão do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e o guardavam na memória e no coração. Isto aconteceu menos de dois anos após da morte do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), as revelações estavam ainda frescas e vivas na memória dos escribas, memorizadores e outros discípulos mais chegados. 8º- Durante o califado de Uthman, cerca de quinze anos depois da morte de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), ficou completa a compilação de várias revelações recebidas pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), num Livro, o Alcorão. Seguidamente, fez-se a primeira difusão de várias cópias do Alcorão, em diversos territórios, muitos dos habitantes nunca tinham visto ou ouvido o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), por razões geográficas e fatores regionais, conheciam alguns textos do Alcorão com elevadas distorções de acentuação. Diferenças de recitação e entoação começaram a surgir e a causar discussões entre os muçulmanos, Uthman (que Deus esteja satisfeito com Ele), o segundo Califa atuou rapidamente para resolver esta situação, depois de mútuas consultas com todas as autoridades especializadas, foi constituída uma comissão de quatro escribas da época da revelação, que atuaram junto ao Profeta Muhammad estejam sobre ele), na compilação do Livro Sagrado. (que a Paz e a Bênção de Deus Todos os textos em uso foram recolhidos e substituídos por uma cópia padrão que passou a ser usada de acordo com a acentuação e dialeto árabe Coraixita, o mesmo e verdadeiro dialeto com acentuação do próprio Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Esse dialeto foi adotado porque era o melhor de todos os dialetos e o único no qual o Alcorão foi revelado, E a partir desta época, a mesma versão-padrão tem sido usado por milhões de muçulmanos em todas as partes do mundo, sem a mais pequena alteração em palavras ou ordem ou de quaisquer sinais de pontuação. Por estas observações, os investigadores sérios concluem que o Alcorão se mantém hoje, tal qual, como quando a sua revelação e assim se conservará para sempre, nunca lhe foi acrescentado nada; nunca houve nele qualquer omissão ou corrupção, a sua história é tão clara como o dia; a sua autenticidade é indiscutível, e não resta dúvida alguma de sua completa preservação. O Alcorão está cheio de sabedoria sem exemplo; com respeito à sua origem, características e dimensões, a sabedoria do Alcorão deriva da sabedoria de seu autor que não poderia ter sido outro senão Deus Louvado Seja, o Todo Poderoso. Também deriva da compulsória força do Livro de Deus que é inimitável, o qual é um desafio a todos os homens de letras e de conhecimentos, as soluções práticas que oferece para os problemas humanos e os nobres objetivos que contém para o ser humano, marcam a sabedoria do Alcorão como sendo de natureza e características especiais. Dinamismo Uma das maiores características da sabedoria do Alcorão é que não é estática ou do tipo que não consinta qualquer inovação, é uma espécie de sabedoria que provoca a mente e acelera o coração, nesta sabedoria misturam-se o dinamismo e a movimentada força atestada pela evidência histórica, tal como no próprio Alcorão. Quando o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), lançou primeiramente o chamamento de Deus, a sua única força foi o Alcorão e a sua única sabedoria foi a sabedoria do Alcorão, o dinamismo penetrante do Alcorão é tremendamente irresistível. Há numerosos exemplos que mostram que as mais dinâmicas personalidades e os mais concludentes argumentos não puderam atingir o realismo da sabedoria dinâmica do Alcorão, Deus fala do Alcorão como uma ''Ruh'', ou espírito de vida, e como uma luz com as quais os servos de Deus são guiados para o caminho da justiça. Deus diz no Alcorão: ''E também te inspiramos com um Espírito, por ordem Nossa, antes do que conhecias o que era o Livro, nem a fé; porém, fizemos dele uma Luz, mediante a qual guiamos quem Nos apraz dentre Nossos servos. E tu certamente te orientas para uma senda reta. A senda de Deus, a quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. Acaso, não retornarão a Deus todas as coisas?'' (42ª Surata, versículos 52-53) As palavras ''Ruh'' e ''Sad'', que significam que o Alcorão origina a vida, estimula a alma, irradia a luz que ilumina os corações dos tementes a Deus, este é o gênero de dinamismo espiritual do qual nos fala o Alcorão. Praticabilidade Outra característica significativa do Alcorão é a sua praticabilidade, não condescente com opensamento ambicioso, nem faz com que os ensinamentos demandem o impossível ou futuem num mar de rosas de ideais que não se podem atingir. O Alcorão aceita o ser humano pelo que ele é e exorta-o a tornar-se o que ele pode ser, isto não torna o ser humano como uma criatura sem esperança, condenada desde a nascença até a morte e afogado em pecados desde o berço até o túmulo, mas considera-o como um ser honrado e dignificado. A praticabilidade dos ensinamentos do Alcorão está estabelecida pelos exemplos do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele),e os muçulmanos através dos anos, essa característica do Alcorão faz com que os seus ensinamentos estejam ligados ao bem estar do homem e são baseados nas possibilidades ao seu alcance. Moderação A terceira característica do Alcorão é a moderação ou harmonia entre o Divino e o humano, o espiritual e o material, o individual e o coletivo, o Alcorão dá a devida atenção a todos os fatosda vida e a todas as necessidades do homem, de forma a ajudá-lo a realizar os nobres objetivos do seu ser. Diz Deus no Alcorão: ''E, deste modo ó muçulmanos, constituímo-vos em uma nação de centro, para que sejais testemunhas da humanidade, assim como o Mensageiro o será para vós. Nós não estabelecemos a quibla que tu ó Muhammad seguias, senão para distinguir aqueles que seguem o mensageiro, daqueles que desertam, ainda que tal mudança seja penosa, salvo para os que Deus orienta. E Deus jamais anularia vossa obra, porque é Compassivo e Misericordiosíssimo para com a humanidade.'' (2ª Surata, versículo 143) E disse ainda: ''Sois a melhor nação que surgiu na humanidade porque recomendais o bem , proibis o ilícito e credes em Deus.'' (3ª Surata, versículo 110) A sabedoria do Alcorão funciona em três dimensões principais: interiormente, exteriormente e superiormente. Interiormente, penetra nos mais recônditos cantos do coração e dirige-se às mais longínquas profundezas do pensamento, está ligado à salutar cultura interior do indivíduo. Está penetração interior é diferente e afastase profundamente de qualquer outro sistema legal ou ético, porque o Alcorão fala em nome de Deus e refere-se a todos os assuntos. A função exterior do Alcorão alberga todos os passos da vida e cobre os princípios de todo o campo das relações humanas, desde os casos mais pessoais às complexas relações internacionais. O Alcorão atinge áreas desconhecidas para qualquer sistema jurídico ou código de ética, isso faz com que a presença de Deus recaia em todos os negócios, e as reconheça como primeira origem de direção e a última meta de todas as transações, é um guia espiritual do homem, o seu sistema legislativo, o seu código de ética e acima de tudo o caminho da sua vida. Na sua superior função de guardião, o Alcorão se assenta no Supremo Poder de Deus, tudo o que foi, ou é, ou que será, deve ser canalizado através deste foco da presença de Deus no Universo, o homem é meramente um depositário do vasto domínio de Deus e o único fim da sua criação é adorar a Deus. Isto não é pretexto para separação ou para uma passiva retirada da vida, é um convite aberto ao ser humano para ser a verdadeira encarnação na terra das excelentes qualidades de Deus. Quando o Alcorão na sua superior atenção foca Deus, abrem-se diante do homem novos horizontes de meditação, eleva-se a padrões sem exemplo de alta moralidade, e familiariza-se com caminho eterno da paz e da bondade, realizando Deus só como a última de atingir pelo homem, é a revolução contra as tendências populares no pensamento humano e as doutrinas religiosas, uma revolução cujos objetivos é livrar o pensamento da dúvida, libertar a alma do pecado e emancipar a consciência da subjugação. Em todas as suas dimensões a sabedoria do Islam é concludente, não condena ninguém, nem tortura a carne, nem faz com que ela abandone a alma, não pretende humanizar Deus e nem divinizar o ser humano, está tudo cuidadosamente colocado aonde pertence no esquema total da criação. Há uma relação proporcional entre ações e recompensas, entre meios e fins, a sabedoria do Alcorão não é neutra e clama verdade no pensamento, piedade nas ações, unidade de propósitos e boa vontade nas intenções, este é sem dúvida o Livro, com seu rumo correto. Diz Deus no Alcorão: ''Eis o Livro que é indubitavelmente a orientação dos tementes a Deus;'' (2ª Surata, versículo 2) E disse ainda: ''Alef, Lam, Ra. Um Livro que te temos revelado para que retires os humanos das trevas e os transportes para a Luz, com a anuência de seu Senhor, e os encaminhes até à senda reta do Poderoso, Laudabilíssimo.'' (14ª Surata, versículo1) ''Ó humanos, já vos chegou uma prova convincente de vosso Senhor e vos enviamos uma translúcida Luz.'' (4ª Surata, versículo 174) ''Não meditam, acaso, no Alcorão? Se fosse de outra origem, senão de Deus, haveria nele muitas discrepâncias.'' (4ª Surata, versículo 82) ''Este é o Livro (o Alcorão) veraz por excelência. A falsidade não se aproxima dele nem pela frente, nem por traz, porque é a revelação do Prudente, Laudabilíssimo.'' (Alcorão Sagrado 41ª Surata, versículos 41 e 42)