ISLAMISMO

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 O Alcorão (do árabe al-qur'ãn, leitura) é a coletânea das revelações
divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. É dividido em 114 suras
(capítulos), ordenadas por tamanho. Seus principais ensinamentos
são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade,
generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão
incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do
cristianismo, além de antigas tradições religiosas árabes. O Alcorão
inclui muitas das histórias do Antigo Testamento judaico e cristão,
como a de Adão e Eva. Depois de desobedecer a Deus, Adão viajou
e construiu a primeira Caaba. Após o dilúvio, Abraão, considerado
o primeiro muçulmano, a reconstruiu. Do Novo Testamento, o
Alcorão registra passagens da vida de Jesus Cristo, reverenciado
pelos muçulmanos como um profeta que em sua religião só é
sobrepujado em importância pelo próprio Maomé.
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 Os muçulmanos acreditam na vida após a morte, na
vinda do anti-Cristo e na volta de Jesus Cristo para
vencê-lo, no Juízo Final e na ressurreição final de
todos os mortos. A segunda fonte de doutrina do
Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos
ahadith (ditos e feitos do profeta).
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 A vida religiosa do muçulmano tem práticas
definidas pela Sharia, o caminho que o muçulmano
deve seguir na vida. A Sharia define normas de
conduta, comportamento e alimentação, além dos
chamados pilares da religião. O primeiro pilar é a
shahada ou profissão de fé: Não há outro Deus a não
ser Alá, e Maomé é seu profeta. Esse testemunho é a
chave da entrada do fiel para o Islamismo. O
segundo pilar são as cinco orações diárias
comunitárias (slãts), durante as quais o fiel deve ficar
ajoelhado e curvado em direção a Meca.
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 Às sextas-feiras realiza-se um sermão de um verso
do Alcorão, de conteúdo moral, social ou político. O
terceiro pilar é uma taxa chamada zakat. Único
tributo permanente ditado pelo Alcorão, é pago
anualmente em grãos, gado ou dinheiro. É
empregado no auxílio aos pobres e no resgate de
muçulmanos presos em guerras.
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 O quarto pilar consiste em cumprir o jejum completo
nos dias do mês do Ramadã. O quinto pilar é o hajj
ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo
menos uma vez na vida por todo muçulmano que
tenha condições físicas e econômicas para realizá-la.
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 A esses cinco pilares, a seita khawarij adicionou o
jihad. Traduzido comumente como Guerra Santa,
significa a batalha para reformar o mundo, um dos
objetivos do Islamismo. É permitido o uso dos
exércitos nacionais como meio de difundir os
princípios do islã. Segundo a doutrina muçulmana,
as guerras, porém, não podem visar à expansão
territorial nem a conversão forçada de pessoas. Por
isso, o jihad não é aceito por toda a comunidade
islâmica.
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 Durante todo o nono mês lunar de cada ano, guardase o Ramadã, e, do amanhecer ao pôr-do-sol, o
muçulmano celebra a revelação do Alcorão a Maomé
e comemora sua primeira vitória militar contra Meca.
Enquanto é dia, os fiéis não podem comer, beber,
fumar ou manter relações sexuais, embora trabalhem
normalmente. Mas as restrições não são mantidas
durante as noites, e as ruas se enchem de pessoas
que comemoram alegremente a revelação feita a seu
profeta.
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 A celebração do Eid el Adha lembra a disposição de
Abraão em sacrificar a Alá seu próprio filho, Ismael
(na tradição judaico-cristã o filho seria Isaque). Na
época de Eid el Adha também acontece a
peregrinação a Meca. O Ano-Novo islâmico é
comemorado no Dia de Hégira, o 1º do mês
Muharram. O marco é o ano de 622, quando Maomé
deixa Meca
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 Os lugares mais sagrados do Islamismo são Meca,
cidade onde fica a Caaba, Medina, lugar onde
Maomé construiu a primeira Mesquita (templo), e
Jerusalém, cidade onde o profeta ascendeu aos céus
durante uma viagem noturna em que foi ao paraíso e
se encontrou com Moisés e Jesus Cristo.
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 Meca, a maior cidade da Arábia Saudita,
especificamente a Al Masjid Al-Haram (A Grande
Mesquita), considerada o maior centro de
peregrinação do mundo, com capacidade para
abrigar 2 milhões de pessoas de uma só vez.
 Todos os anos, a cidade saudita recebe milhões de
muçulmanos para um ritual histórico e religioso de
desapego, arrependimento e reflexão.
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