13h55 Cristiano Mendes Gomes - XVIII Congresso Mineiro de

Propaganda
Bexiga Hiperativa
Refratária
Dr. Cristiano Mendes Gomes
Setor de Disfunções Miccionais - Divisão de Urologia
Hospital das Clínicas da FMUSP
[email protected]
Conflitos de interesses
• De acordo com a Resolução 1595/2000 do
Conselho Federal de Medicina e RDC
96/2008 da ANVISA declaro que tenho os
seguintes conflitos de interesse:
• Astellas
Participante de Advisory Board; palestrante
• Medtronic
Palestrante, proctor
• AMS
Palestrante, proctor
O que é hiperatividade refratária ?
• Falha quando:
Submetido a tratamento conservador, inclusive farmacológico
Terapia comportamental e reabilitação do assoalho pélvico
por três meses
Uso de ao menos uma medicação oral (anticolinérgicos) por
dois meses
Persistência dos sintomas apesar de adequada terapia
comportamental e farmacológica (por no mínimo um mês na
dose máxima tolerada)
R Dmochowski, SUFU
Algorítmo de tratamento da AUA/SUFU para BH
Seguimento de
eficácia e ef
colaterais
Objetivos
alcançados
Tratamento farmacológico Padrão
Considerar modificação da dose ou agente
farmacológico no caso de efeitos adversos
ou outros fatos que impeçam tratamento
Objetivos do tratamento não alcançados após
duração adequada; paciente deseja outro
tratamento e/ou tratamento adicional é em seu
melhor interesse
Reavalie ou encaminhe; considerar
urocultura, diário miccional, questionário
de sintomas ou outros exames
diagnósticos
Sinais/sintomas
consistentes com BH;
Objetivos do
tratamento não
alcançados após
duração adequada;
paciente deseja outro
tratamento e/ou
tratamento adicional é
em seu melhor
interesse
Em casos muito
raros,
considerar
ampliação ou
derivação
Considerar em pacientes selecionados e
bem esclarecidos com sintomas
moderados a severos
•Injeção de onabotulinumtoxinA no detrusor
Padrão
(pacientes aceitam CIL)
OU
•PTNS (estim. perif. do nervo Tibial)
Recomendação
(pacientes aptos a fazer múltiplos retornos)
OU
• Neuromodulação sacral
Recomendação
Adaptado de: Gormley EA et al.. Diagnosis and treatment of overactive bladder (non-neurogenic) in adults: AUA/SUFU guideline amendment. J Urol. 2015;193(5):1572-80.
O que é neuromodulação?
• Modalidade de tratamento baseada na modulação da
inervação de diferentes órgãos com o objetivo de
influenciar/modificar seu comportamento
Bexiga
Assoalho pélvico
Esfíncter uretral ou anal
Intestino
Controle vesical
Eferentes
Aferentes
•Na fase de enchimento, o
detrusor relaxa e o esfíncter
contrai.
•Sinais aferentes caminham da
bexiga para centros superiores
•Na fase miccional, estimulação
eferente leva à contração
vesical e relaxamento do
esfíncter
Implante do eletrodo - Técnica
• Decúbito ventral
• Anestesia local
Parâmetros anatômicos
Implante do eletrodo - Técnica
• 2 cm acima do forâme
• Ângulo de 60o
NMS: Efeitos adversos
• Dor no local do
implante
• Migração do eletrodo
• Infecção
• Mudanças indesejadas
da função
vesical/intestinal
•
•
•
•
•
Formigamento
Lesão de nervo
Sensações indesejadas
Problemas técnicos
TROCA DE BATERIA
•
•
•
Objetivo: avaliar se NMS é superior a tratamento medicamentoso em pacientes
com BH previamente tratados com ao menos um medicamento (mas ainda com
opções)
Desfecho primário de sucesso: Melhora ≥ 50% na média de perdas/dia ou
micções/dia ou retorno ao normal (<8 micções/dia)
Outras avaliações:
–
–
–
QV (ICIQ-OABqol),
Função sexual (Female LUTS-Sex)
Sintomas depressivos (Beck)
Siegel et al – InSite Trial (6 meses)
• 147 pacientes randomizados (70 NMS e 77 medicamentoso)
– 93% mulheres; idade média de 58 anos
•
•
•
•
NMS: procedimento em estágios (14 dias)
70 pts random. para NMS: 59 fase 1 => 51 (86%) fase 2
Melhora na QV superior na NMS (P < 0.001)
Mulheres tratadas com NMS tiveram melhora superior na função sexual
e sintomas depressivos
NMS
Medicamentoso
P (valor)
Sucesso BH (ITT – 70 pts)
61%
42%
0.020
Sucesso BH* (59 pts)
76%
49%
0.002
Continência total
39%
21%
0.060
QV
0.001
Siegel et al – InSite Trial (6 meses)
• NMS – Eventos adversos: 30.5%
–
–
–
–
Estímulo desconfortável: 0.2% (6/59)
Dor no local do implante: 8.5% (5/59)
Deslocamento do eletrodo: 3.4% (2/59)
Infecçao no local do implante: 3.4% (2/59)
• Entre os 51 que receberam a NMS, 2 (3.9%) necessitaram cirurgia (6 meses)
• Medicamentoso - Eventos adversos: 27.3%,
– Constipação: 9.1%
– Toxicidade medicamentosa: 6.5%
– Boca seca: 5.2%
Overactive bladder
Botulinum toxin
BTX-A
Overactive bladder
Botulinum toxin
BTX-A
Toxina botulínica na HD idiopática
• Taxas de continência variam de 29% a 87%
TXBTXB-A em HD Idiopática
• Duração dos efeitos: 6-9 meses
• Reaplicações: 6 a 12 meses
12
Khan et al, J Urol, 2009
Toxina botulínica na HD idiopática
• Injeções repetidas: eficácia no médio prazo
Khan et al, J Urol, 2009
Toxina botulínica na HD idiopática
• Abandono do tratamento no médio prazo
268 pts received BTX-A for OAB
137 followed up for 36 months,
80 for 60 months
3 meses
50% neurogenic
40% 30% idiopathic
6 meses
Mohee et al, BJU International , 2012
Toxina botulínica na HD idiopática
• Abandono do tratamento no médio prazo
Mohee et al, BJU International , 2012
Sacral Neuromodulation versus OnabotulinumtoxinA for
Refractory Overactive Bladder
Amundsen et al, AUA 2016, San Diego, USA
• ROSETTA trial — Refractory OAB: Sacral Neuromodulation vs Botulinum
Toxin Assessment
• Estudo em andamento: resultado de 6 meses
• Compara injeção de 200 U onabotulinumtoxinA vs NMS
• 386 mulheres com BH randomizadas
– 369 tratadas => 364 avaliadas após 6 meses
– Idade média 63 anos; > 80% muito incontinentes
• NMS em dois tempos
• Sucesso clínico: redução ≥50% nos episódios de urge-incontinência
(diário de 3 dias): 83% vs 84%
– 1 mês após injeção de TXB-A
– Durante a fase de teste na NMS
Sacral Neuromodulation versus OnabotulinumtoxinA for
Refractory Overactive Bladder
Amundsen et al, AUA 2016
• Após 6 meses, TXB-A proporcionou:
– Maior na redução dos episódios de urge-incontinência/dia : –3.9 vs –3.3
perdas/dia na NMS (P = 0.01)
– Mais pacientes com resposta completa: 20% vs 4%; P < 0.0001
– Mais pacientes com ≥ 75% de melhora 46% vs 26%; P = 0.0002
– Maior redução dos escores de sintomas de BH –46.71 vs –38.5; P = 0.002
– Maior satisfação com o tratamento (P = 0.01); P = .0009
Sacral Neuromodulation versus OnabotulinumtoxinA for
Refractory Overactive Bladder
Amundsen et al, AUA 2016
• Eventos adversos (6 meses):
• Maior incidência de infecções urinárias após TXB-A: 35% vs 11%; P <
.0001
• Cateterismo intermitente necessário em 8% após 1 mês, 4% após 3 e
2% após 6 meses
• 3% dos pacientes em NMS necessitaram revisão ou remoção
• Importante: dose aprovada da TXB-A é 100 U
• Seguimento mais longo poderá favorecer NMS
• (TXB-A requer reaplicações)
Obrigado!
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