Filogenia molecular de Illex argentinus (Castellanos, 1960

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56º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 56º Congresso Brasileiro de Genética • 14 a 17 de setembro de 2010
Casa Grande Hotel Resort • Guarujá • SP • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 978-85-89109-06-2
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Filogenia molecular de Illex argentinus (Castellanos,
1960) baseada no gene mitocondrial Citocromo
Oxidase Subunidade I (COI) sugere a presença de
espécies crípticas em águas brasileiras
Sales, JBL1; Haimovici, M2; Sampaio, I1; Schneider, H1
Universidade Federal do Pará, Instituto de Estudos Costeiros, Campus de Bragança, PA
Departamento de Oceanografia, Fundação Universidade de Rio Grande, Cx Postal 474, Rio Grande, RS
[email protected]
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Palavras-chave: COI, Lulas, Illex argentinus, Filogenia molecular, DNA mitocondrial.
Illex argentinus é uma espécie nerítico-oceânica, distribuída ao longo da plataforma continental, do Rio de Janeiro
(22°S) até o extremo sul da América do Sul (54°S). Esta espécie é a principal representante da pesca industrial de
cefalópodes em águas Argentinas e Uruguaias, tendo sua captura aumentada anualmente. Entretanto, assim como
outras espécies de cefalópodes, sua identificação morfológica e bastante difícil, sendo geralmente confundida com
outras espécies como Loligo plei. O presente trabalho avaliou geneticamente Illex argentinus do sul do Brasil, bem como
a posição filogenética da espécie em relação a outros representantes do gênero. Amostras de Illex argetinus foram
coletadas junto às frotas pesqueiras dos estados de Santa Catarina e Rio Grande de do Sul, e o DNA foi extraído com
o método do fenol clorofórmio. Um fragmento parcial de aproximadamente 480 pares de base do gene mitocondrial
COI foi amplificado e seqüenciado. Para complementar a análise, seqüências adicionais de COI foram obtidas junto
ao GenBank para quatro espécies do gênero Illex e de outros representantes da família Ommastrephidae. As análises
filogenéticas foram realizadas no PAUP 4.0b. Os resultados demonstram que Illex argentinus e Illex Illecebrosus
são mais proximamente relacionadas, assim como Illex coidentii e Illex oxygonus. Fato interessante foi constatar
que as seqüências depositadas no GenBank como sendo de Illex argentinus na verdade são de outra espécie do
gênero Todarodes. Com relação à Illex argentinus coletados no sul do Brasil, a divergência genética da maioria foi de
aproximadamente 0.3%. Porém, três amostras, sendo uma de SC e duas do RS, apresentaram divergência genética
de 4.5% a 5.7% em relação às outras amostras de I. argentinus. Para as outras três espécies do gênero Illex, a distância
genética foi de 5.7% (I. argentinus x I. illecebrosus), 6.2% (I. argentinus x I. coindetti) e 8% (I. argentinus x I. oxygonus).
Os resultados da presente análise sugerem a ocorrência em águas brasileiras de outra espécie ainda não descrita
do gênero Illex, sendo desta forma mais um caso de espécies crípticas de cefalópodes no Atlântico ocidental.
Apoio financeiro: Projeto Casadinho (CT-Hidro n. 552126/2005-5/CNPq)
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