PROJETO KALI - 2016 QUÍMICA – AULA 06 TABELA PERIÓDICA – PARTE 1 Recordar é viver: Modelo Atômico de Rutherford-Bohr: Também conhecido como modelo atômico planetário, ele mostra como os elétrons se comportam ao redor do núcleo, aprimorando o Modelo inicial de Rutherford. Distribuição eletrônica: Método desenvolvido por Linus Pauling para determinar a camada de valência dos elementos. Introdução Desde o início dos estudos sobre a matéria, sempre foi conveniente a tentativa de classificar as substâncias por grupos, de tal forma de juntar sobre a mesma definição os materiais que possuíssem as mesmas propriedades. Devido isso, os primeiros elementos foram separados em três grandes grupos: Metais, semi-metais e ametais (ou não metais) e depois introduzido mais um grupo, os gases nobres. O hidrogênio, por não ter características que defina como participante de algum grupo é colocado à parte e isolado no Grupo do Hidrogênio. Metais São os elementos que apresentam uma cor prateada ou dourada, uma boa condutividade, tanto térmica e elétrica, e altos pontos de fusão e ebulição. Exemplo: Ferro (Fe), Alumínio (Al), Sódio (Na), Ouro (Au). Ametais São elementos caracterizados pela alta eletronegatividade, ou seja, pela tendência de adquirirem elétrons na sua camada de valência, em outras palavras, são os elementos que reagem facilmente com outros elementos. Exemplo: Flúor (F), Oxigênio (O), Nitrogênio(N), Carbono (C). Semi metais São elementos que apresentam características de metais como de ametais. Tais características são muito úteis atualmente, pois esses elementos possuem um papel fundamental na tecnologia. Um exemplo de semi-metal é o Silício (Si), componente principal dos chips utilizados em todos os Gases Nobres São os elementos que são encontrados com menos frequência no planeta. Eles se destacam por não se ligarem com outros elementos nem com eles mesmos. Exemplo: Hélio (He) e Argônio (Ar). Tabela Periódica Com os avanços na área da química, com as descobertas de novos elementos e realização de novos experimentos, foi possível ampliar o conhecimento sobre as propriedades que os elementos químicos possuem. Em 1869, um russo chamado Dmitri Ivanovich Mendeleiev organizou de forma excepcional uma tabela que mostrava os elementos químicos em linhas e colunas, de modo onde os elementos fossem dispostos de forma que, a cada linha, as propriedades químicas dos elementos se repetiam. O critério que Mendeleiev utilizou para ordenar sua tabela foi o aumento da massa atômica dos elementos. Quando uma característica começava a se repetir, criava-se outra linha, e assim por diante, até dispor todos os elementos conhecidos na tabela. E quando havia lacunas na tabela, devido a periodicidade das características, era possível prever quais outras características o elemento desconhecido iria apresentar, assim quando um novo elemento era descoberto, já se sabia qual seria seu lugar na tabela. Tal modelo foi tão bem aceito que atualmente ainda utilizamos a mesma ideia-base de Mendeleiev, no entanto, esta tabela está ordenada pelo aumento do número atômico dos elementos. Figura 1 Entendendo a Tabela Periódica A tabela periódica atual contêm 112 elementos, mas segundo cálculos, ainda é possível a sintetização de mais seis novos elementos. Além de a tabela dispor todos os elementos de forma ordenada pelo crescimento do número atômico dos elementos, ainda é possível observar outros dados importantes sobre os elementos. Em tabelas mais simples, como a mostrada acima, é possível observar o número atômico do elemento, o seu símbolo e o seu nome, no entanto, há tabelas mais sofisticadas que além destes dados, dispõem também dos valores aproximados da massa atômica, e de sua distribuição eletrônica nas camadas eletrônicas (Distribuição eletrônica de Linus Pauling). 2 6 8 Nº Atômico O Oxigênio 15,9994 Símbolo Nome Massa Atômica D I S T R I B U I Ç Ã O Ao lado há um exemplo de um quadro do elemento O (Oxigênio) de uma tabela periódica mais sofisticada Como podemos ver, no centro do quadro, há o símbolo que representa o elemento, e logo abaixo, o seu nome. Acima do símbolo do elemento, contem o número atômico do elemento representado, ou seja, o numero de prótons que o elemento possui (o número atômico é único para cada elemento, não existem átomos de elementos químicos diferentes com o mesmo número atômico). Abaixo do nome do elemento, contem a massa atômica, ou seja, a soma das massas dos prótons e dos nêutrons (A = Z+ n). E por fim, ao lado direito do quadro, é possível ver a distribuição eletrônica de Linus Pauling do elemento. ESTUDO COMPLEMENTAR CARACTERÍSTICAS PERIÓDICAS Como já se diz no nome, a tabela apresenta certas características que são periódicas, ou seja, que se repetem ao longo das linhas. Assim, é possível olhar a tabela e saber como tais características se comportam entre os elementos dispostos nela. Tais características são: eletronegatividade, eletropositividade, raio atômico, afinidade eletrônica, potencial de ionização, densidade atômica, volume atômico, temperatura de fusão e de ebulição. Porém estas quatro últimas, elas não tem um comportamento periódico, mas elas se comportam de forma previsível. O volume atômico cresce nos períodos do centro para as extremidades, as temperaturas de fusão e ebulição crescem de acordo com o raio atômico nas duas primeiras famílias, e decrescem nas demais. Raio Atômico Raio atômico é a distância entre o núcleo do átomo até a parte mais externa da eletrosfera. O raio atômico cresce na família de cima para baixo, e nos períodos cresce da direita para a esquerda. Quanto maior o número atômico de um elemento no período, maiores são as forças exercidas do núcleo na eletrosfera, o que resulta em um raio atômico menor. Eletronegatividade Eletronegatividade é a tendência que um átomo tem em receber um elétron em uma ligação química. A escala de Pauling define que a eletronegatividade cresce na família de baixo para cima, devido à diminuição do raio atômico e do aumento das interações do núcleo com a eletrosfera. E no período, cresce da esquerda para a direita, acompanhando o aumento do número atômico. Eletropositividade Eletropositividade é a tendência que um átomo tem em perder um elétron em uma ligação química. A eletropositividade cresce de forma contrária à eletronegatividade, de cima para baixo. Afinidade Eletrônica Esta grandeza define o quanto de energia é necessário para um átomo receber um novo elétron em sua forma fundamental, ou seja, em seu estado neutro. A afinidade eletrônica tende a variar de forma parecida com a eletronegatividade, aumentando de baixo para cima nas famílias e da esquerda para direita nos períodos. Pp de Ionização Potencial Esta grandeza é o oposto da afinidade eletrônica, portanto ela mede o quanto de energia é necessário para retirar um elétron de um átomo. A energia necessária para retirar o primeiro elétron é menor do que a necessária para a retirada do segundo, e assim por diante. Como estudar esse conteúdo? Veja se você ainda se lembra sobre os assuntos revisados em RECORDAR É VIVER; Veja se os conceitos desenvolvidos sobre a teoria atômica de Rutherford-Bohr, caso haja alguma duvida, pergunte; Veja se estão claros quais componentes que formam um átomo, suas funções, caso haja alguma dúvida, pergunte; Não se preocupe em decorar todos os átomos da tabela, na próxima aula será ensinado um método para lembrar os mais importantes; Para fixar melhor o conteúdo, faça TODOS os exercícios propostos. Bons Estudos! Referências Figura 1: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tabela_periódica