ARTIGO TÉCNICO TOXIDEZ DE EFLUENTES MUNICIPAIS BIOLOGICAMENTE TRATADOS E DESINFETADOS COM HIPOCLORITO E FERRATO DE SÓDIO TOXICITY OF BIOLOGICALLY TREATED EFFLUENTS DISINFECTED BY HYPOCHLORITE AND FERRATE (VI) LUCIANA CARDOSO Doutora em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental-UFRGS; ex-bolsista CNPq Recém-Doutor IPH/UFRGS SÉRGIO JOÃO DE LUCA Doutor em Engenharia Ambiental-North Carolina St University, NCSU, EUA; professor titular no Depto. de Saneamento Ambiental-IPH-UFRGS Recebido: 10/02/03 Aceito: 10/10/03 RESUMO ABSTRACT Um dos principais impactos nos recursos hídricos causados por efluentes biologicamente tratados é a toxidez para a biota aquática. O objetivo deste trabalho foi verificar a toxicidade de efluentes municipais, desinfetados ou não, em peixes. O delineamento experimental contou com efluentes de três Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), três tempos de detenção para a desinfecção, e dois desinfetantes (HOCl e K2FeO4). Experimentos adicionais com diluição, variação de pH (NaOH) e com denitrificação foram também realizados. O organismo alvo dos testes de toxicidade foi o peixe Pimephales promelas (“fathead ninnow”). Toxicidade aguda foi verificada nas amostras brutas de esgotos analisadas, nas tratadas com hipoclorito, nas dos experimentos com NaOH e de denitrificação. Redução no efeito tóxico foi verificada apenas nas amostras de efluente tratado por lodo ativado, empregando o desinfetante íon ferrato (VI) e nos experimentos com diluição, melhorando a qualidade do efluente para a biota aquática. One of the major water resources negative impacts of biologically treated effluents is aquatic organisms toxicity. The main proposed was to verify effluents, either or not disinfected, toxicity in fish. The experimental design employed three distinct biologically treated effluents, three detention disinfection times, and two disinfectants, hypochlorite and ferrate(VI) ions. Aditional tests on the dilution, pH and chemical denitrification effects were perfomed. The bioindicator used was Pimephales promelas (fathead minnow). All the control samples (biologically treated), after disinfection by hypochlorite, with high pH and denitrified samples showed acute toxicity. The effluent quality was increased to aquatic organisms in experiments with dillution and with ferrate(VI) ion, in activated sludge effluent. PALAVRAS-CHAVE: Efluentes biologicamente tratados, desinfecção, hipoclorito, ferrato (VI), toxicidade a peixes, Pimephales promelas. KEYWORDS: Biologically treated effluents, disinfection, hypochlorite, ferrate (VI), fish toxicity, fathead minnow. Materiais tóxicos podem afetar diretamente espécies de interesse ao homem, ou podem afetar indiretamente através de mudanças na sua comunidade biológica, mudanças na sua fonte de alimentos ou outras relações (Warren, 1971). Espécies diferentes de organismos aquáticos não são igualmente susceptíveis para a mesma substância química nem são os organismos igualmente susceptíveis através do ciclo de vida. Além disso, organismos da mesma espécie podem responder diferentemente ao mesmo nível de uma substância tóxica de tempos em tempos, mesmo quando todas as outras variáveis são mantidas constantes (AWWA, APHA,WEF, 1998). Teste de toxicidade aquática é um procedimento no qual as respostas de organismos aquáticos são usadas para detectar ou medir a presença ou efeito de uma ou mais substâncias, resíduos, ou fatores ambientais, isolados ou em combinação. O teste de toxicidade crônica envolve um estímulo que retarda/persiste ou continua por um período de tempo relativamente longo, freqüentemente 1/10 do tempo de vida ou mais. “Crônico” seria considerado um termo relativo dependendo da duração da vida do organismo. Um efeito crônico pode ser medido em termos de redução no crescimento, redução na reprodução etc, além da letalidade. No Brasil, estudos sobre a redução de toxicidade em estações de tratamento de despejos líquidos, domésticos e industriais estão sendo iniciados e poucas in- engenharia sanitária e ambiental 26 Vol. 9 - Nº 1 - jan/mar 2004, 26-29 INTRODUÇÃO formações estão disponíveis. Embora existam dados físico-químicos que avaliam a eficiência das estações de tratamento existentes, nada se sabe sobre os efeitos potenciais que a carga poluente remanescente pode causar ao corpo receptor, em termos ecotoxicológicos. Em função dos objetivos de uso das águas destes corpos receptores, é importante que se comece a obter essas informações nas estações em operação, para que se possa avaliar eventuais impactos que um efluente complexo, de baixa biodegradabilidade, embora tratado, pode causar à biota. A caracterização química de um efluente, isoladamente, não indica o potencial tóxico de uma mistura complexa aos organismos aquáticos. Assim, a ausência ou presença de toxicidade nos despejos tratados é avaliada através do uso de organismos vivos (Zagatto et al., 1992). O objetivo deste trabalho foi verificar a possibilidade de interferência dos desinfetantes utilizados no tratamento de esgotos na toxicidade à biota aquática. MATERIAL E MÉTODOS Foram testados efluentes de três ETEs em três tempos de detenção hidráulica, sendo estes distintos para as substâncias utilizadas no processo de desinfecção (hipoclorito e ferrato), conforme tabela 1. As amostras foram coletadas de forma pontual, com uso de caminhãotanque de 12 m3 em cada uma das ETEs para a montagem das diversas etapas dos experimentos. As características de operação cada uma destas ETEs são: ETE Esmeralda/ Reator Anaeróbio tipo UASB– DMAE; ETE Serraria/Lagoas de Estabilização – DMAE; ETE Sapucaia do Sul/Lodos Ativados – CORSAN. Tanto para o sistema de desinfecção por hipocloração (6mg/L e 13 mg/L de HOCl) quanto por ferratação (8 mg/L e 15 mg/L de K2FeO4) duas concentrações foram empregadas. O experimento com hipocloração foi seguido de decloração, sendo o sulfito de sódio adicionado durante a metade do tempo do experimento na amostra (De Luca et al., 2002). Testes adicionais foram efetuados para verificar o efeito isolado do pH, onde NaOH 1M foi adicionado em quantidades equivalentes à concentração existente em soluções de hipoclorito e de ferrato utilizados nos experimentos. Após a realização destes experimentos foi efetuado uma nova bateria com testes de diluição engenharia sanitária e ambiental Tabela 1 - Tempos de detenção (Td) para aos desinfetantes utilizados Desinfetante Td1 Td2 Td3 Hipoclorito /Decloração(min) 220 123 61 Ferrato (min) 92 61 44 (efluente bruto e diluído 2x e 6x), empregando efluentes destas três ETEs e mais de uma quarta ETE (ERQA = ETE Campus da UFRGS/Reator Seqüencial de Batelada – UFRGS/IPH). Por fim, foi efetuado um experimento de desnitrificação química (com diluição 1:3) apenas com efluente da ETE ERQA para verificar se efeito tóxico era resultado da grande presença de amônia no efluente. Os testes de toxicidade foram desenvolvidos no Laboratório de Ecototoxicologia, do Centro de Ecologia da UFRGS, sendo o peixe Pimephales promelas o organismo alvo utilizado. O teste seguiu as normas preconizadas no Standard Methods, 1998, para toxicidade crônica com este tipo de organismo. Os resultados do laudo técnico, quanto ao efeito observado nos peixes, obedecem ao teste estatístico de Fischer, podendo espelhar: Toxicidade aguda - diferença estatisticamente significativa entre a mortalidade ocorrida na população controle e a da população exposta à amostra testada em 96h de exposição; Efeito agudo - diferença estatisticamente significativa entre a mortalidade ocorrida na população controle e a da população exposta à amostra testada ao longo do período de observação; Toxicidade crônica - diferença estatisticamente significativa entre o crescimento corporal (peso) ocorrido na população controle e a da população exposta à amostra testada; Sem efeito - amostra não tóxica. RESULTADOS Os resultados dos testes de toxicidade expostos na tabela 2 evidenciaram que as amostras brutas de esgotos das três ETEs analisadas apresentavam toxicidade aguda. Toxicidade aguda também foi verificada nos experimentos com 6 e 13 mg/L de hipoclorito, sendo o efeito levemente amenizado (TA>EA) apenas para a ETE Serrar ia no experimento com hipoclorito 6 mg/L. Contudo, as amostras da ETE Sapucaia, no tratamento com ferrato (VI), 27 apresentaram redução no efeito tóxico em ambas concentrações testadas. Isso evidenciou que o ferrato (VI) reagiu com alguma substância ou combinação de substâncias de efeito tóxico, contidas no esgoto, melhorando a qualidade do efluente para a disposição final. Com o objetivo de também verificar o efeito do pH como responsável pela toxicidade apresentada, independentemente do desinfetante utilizado, experimentos com adição de NaOH ao efluente bruto foram efetuados. Toxicidade aguda foi verificada em todos os experimentos com NaOH. A diluição do efluente (2x e 6x) reduziu o efeito de toxicidade em todos os efluentes testados. Porém, no experimento de denitrificação foi verificada toxicidade aguda, mostrando que outro composto que não a amônia (Tabela 3) estava sendo responsável pela toxicidade na amostra. Os valores médios de pH e oxigênio dissolvido (OD), nos experimentos da Tabela 4, mostram que os teores de pH mais elevados realmente foram os obtidos nos experimentos com este objetivo (NaOH). O teor de oxigênio dissolvido médio não foi o fator desencadeador da toxicidade verificada nos experimentos, embora, em alguns poucos efluentes de ETEs, os níveis atingidos de OD no final tivessem sido extremamente baixos. Nestes casos específicos, o fator oxigênio provavelmente tenha sido o responsável pela mortalidade dos peixes nos testes de toxicidade, como p. ex.: a) efluente da ETE Sapucaia nos testes com hipoclorito (4,5 mg OD/L em 6 mg HOCl/L; 5,0 mg OD/L em 13 mg HOCl/L) e b) nos experimentos com NaOH na concentração equivalente a 6mg/L de hipoclorito (4,0 mg OD/L em Sapucaia Td2A e Esmeralda Td3) e a 13 mg/L de hipoclorito (0,5 mg OD/L em Serraria Td3 e 4,0 mgOD/L em Esmeralda Td3). Cumpre lembrar que 0,5 mg/L de OD é letal em exposição prolongada à maioria das espécies e certamente a esse bioindicador. Vol. 9 - Nº 1 - jan/mar 2004, 26-29 ARTIGO TÉCNICO Toxidez de efluentes biologicamente tratados e desinfetados ARTIGO TÉCNICO Cardoso, L. & Luca, S. J. Tabela 2 - Efeito observado nos testes de toxicidade crônica com Pimephales promelas Tipo de experimento Amostras Bruto Diluição 2X 6X HOCl K2FeO4 NaOH 10M 6 mg/L 13 mg/L 8 mg/L 15 mg/L eq. 8mg/L eq. 15 mg/L ETE Serraria Td1 TA S/E S/E EA TA TA TA TA TA ETE Serraria Td3 TA S/E S/E TA TA TA TA TA TA ETE Sapucaia Td2A TA S/E S/E TA TA S/E S/E TA TA ETE Sapucaia Td2B TA S/E S/E TA TA EA S/E TA TA ETE ERQA TA S/E S/E x x x x x x ETE Esmeralda Td1 TA S/E S/E TA TA TA TA TA TA ETE Esmeralda Td3 TA S/E S/E TA TA TA TA TA TA TA= toxicidade aguda (96h); EA= efeito agudo (7d, p≤0,05); S/E= sem efeito (7d, p>0,05); Td1 = 10,8 L/min; Td2A=T2B= 20 L/min; Td3= 40 L/min Tabela 3 - Faixas de valores de nitrogênio amoniacal nos efluentes tratados biologicamente ETE Valor médio (NH3 -N -mg/L) Faixa (NH3 -N -mg/L) RSB/IPH/UFRGS 8,30 4,77- 11,83 Serraria 8,21 5,51 - 12,76 Esmeralda 30,84 2,75 - 68,43 Sapucaia 6,21 0,67 - 21,31 Tabela 4 – Valores médios de pH e oxigênio dissolvido (OD) nas baterias de experimentos dos testes de toxicidade crônica com Pimephales promelas Experimento pH OD (mg/L) Inicial Final Inicial Final bruto (HOCl) 7,2 8,1 7,1 8,0 HOCl 6mg/L 7,3 8,1 7,8 8,1 HOCl 13mg/L 7,3 8,1 7,3 8,0 bruto (K2FeO4) 7,6 7,9 8,5 8,4 K2FeO4 8mg/L 7,4 8,1 8,4 8,4 K2FeO4 15mg/L 7,3 8,0 8,5 8,2 NaOH 6mg/L 8,3 8,5 8,0 7,0 NaOH 13mg/L 9,0 8,6 8,2 6,4 diluição 7,4 7,7 8,3 7,9 denitrificação 7,5 7,6 8,3 7,8 engenharia sanitária e ambiental 28 Vol. 9 - Nº 1 - jan/mar 2004, 26-29 DISCUSSÃO Deve-se ressaltar que o conhecimento da variabilidade do efeito tóxico de um efluente tratado é um aspecto fundamental para que se possa avaliar, ao longo do tempo, o impacto causado por tal despejo em um determinado recurso hídrico (Zagatto et al., 1992). Desta forma, os resultados aqui obtidos atem-se somente às amostras ensaiadas, sem nenhuma variabilidade temporal, já que este fator não era objetivo deste trabalho, mostrando que a toxidez a organismos aquáticos tem que ser avaliada caso a caso. Em estudos realizados com efluentes de diferentes categorias industriais (Burks, 1979; Bertoletti, 1990), foi verificada a existência de baixa correlação entre os níveis das variáveis físico-químicas e os resultados dos testes de toxicidade. Atribuiu-se a toxicidade detectada à presença de outros elementos não analisados quimicamente e, também, às interações dos contaminantes presentes no mesmo (Zagatto et al., 1992). Isso também foi aqui verificado, pois após os resultados dos testes de diluição (2x e 6x) esperavase que grande parte desta toxicidade fosse atribuída à elevada concentração de amônia no efluente Porém, em alguns casos isolados, a baixa concentração de oxigênio foi um fator responsável pela mortalidade dos peixes nos testes, assim como o elevado pH nos testes com NaOH. A estação de tratamento de esgotos Suzano (Sabesp) é uma estação de tratamento secundário, que opera através de sistemas de lodos ativados, recebendo despejos de origem industrial (45%) e doméstica (55%). Esta ETE foi avaliada quanto à eficiência de redução de toxicidade de seus despejos líquidos e foi estimado o impacto que o efluente tratado dessa estação poderia causar ao corpo receptor. Através dos testes com Daphnia similis, verificou-se que, apesar da ETE Suzano reduzir a toxicidade do seu efluente (de 47 a 78%), foi estimado que o efluente tratado, em três campanhas de amostragem, pode causar efeitos tóxicos crônicos à biota do corpo receptor (Zagatto et al., 1992). Neste trabalho, os diferentes sistemas de operação das ETEs não influenciaram na redução da toxicidade nos vários experimentos efetuados. Contudo, na ETE Sapucaia, que opera com lodos ativados, apenas nos experimentos com a utilização do ferrato (VI) como desinfetante, foi verificada a redução do efeito tóxico, sugerindo que alguma forma de limpeza dos compostos ou do sinergismo do efluente foi efetuada. engenharia sanitária e ambiental A toxicidade de uma mistura complexa pode ser entendida como sendo a resposta genérica dos efeitos interativos, aditivos, sinérgicos e antagônicos, dos agentes químicos presentes num dado efluente e só pode ser avaliada e determinada através de testes com organismos vivos (Zagatto et al., 1992). Assim, embora não se tenha o efeito específico verificado no experimento com ferrato (VI), mesmo assim pôde-se verificar a resposta sobre a biota aquática. A toxicidade de efluentes de esgoto de sete estações de tratamento foi avaliada antes e após a desinfecção. Para efluentes não tóxicos, o efluente desinfectado foi também não tóxico. Para efluentes tóxicos, a desinfecção usualmente resultou em um aumento da toxicidade, com uma tendência geral de cloração/decloração > ozonização > irradiação ultravioleta (UV). Além do resultado obtido com ferrato (VI), anteriormente citado, o uso de hipoclorito (6mg/L) na desinfecção do efluente na ETE Serraria (Td3) reduziu o efeito tóxico, sendo um caso isolado. A composição e a qualidade de efluentes líquidos, principalmente de estações de tratamento que recebem despejos domésticos e industriais, pode variar muito ao longo do tempo devido a alterações na quantidade e qualidade dos efluentes e, também, devido a variações na eficiência do sistema de tratamento. Essas variações se refletem na toxicidade do despejo como um todo (USEPA, 1985 apud Zagatto et al., 1992). Por isso, cabe mais uma vez ressaltar que os resultados aqui obtidos não podem ser extrapolados e nem generalizados para outros sistemas. Apenas serviram para mostrar que realmente é difícil identificar a causa da toxicidade de um efluente, mas que resultados inesperados de remoção de toxidez por desinfetantes, como os obtidos com o ferrato (VI), devem ser melhores analisados e pesquisados. CONCLUSÕES Os testes realizados com efluentes biologicamente tratados mostraram que as amostras de lodos ativados, de sistema de lagoa de estabilização e de UASB apresentaram toxidez aguda. Diluições de duas e seis vezes removeram a toxidez aguda e crônica. Portanto, para reuso (pensando em água de processo industrial, água para o gado ou dessedentação de animais e água pra aqüicultura), sem desinfecção e sem controle de OD e pH, os efluentes precisam ser adequados. 29 Altos valores de pH podem ser ocasionados por desinfetantes. Baixos valores de OD podem provir nos efluentes. Em ambas as situações, houve efeito agudo sobre o peixe bioindicador. Os desinfetantes, hipoclorito e ferrrato (VI) de sódio, não removeram a toxidez aguda, exceto para a amostra de lodos ativados pelo ferrato (VI). A remoção de amônia, por denitrificação química, não reduziu a toxidez, mostrando que, além da amônia, outras substâncias ou combinações estavam contribuindo para a toxidez aos peixes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AWWA, APHA, WEF, 1998. The Standard Methods, Washington, DC. BURKS, S.I. Toxicity of petroleum refinery wastewaters relative to types of treatment systems. U.S. Environmental Protection Agency. Contract nº 68-03-1679, 1979. 190p. BERTOLETTI, E. Toxicidade e concentração de agentes tóxicos em efluentes industriais. Ciência e Cultura, v. 42, n. 3/4, p 271-7. 1990. DE LUCA, S.J., et al. Desinfecção de Efluentes Tratados Com o Íon Ferrato (VI). Revista Engenharia Sanitária e Ambiental, v. 7, n. 3 - JulSet., p. 103-108. 2002. FROESE, K.L. & KINDZIERSKI, W.B. Health effects associated with wastewater treatment, disposal, and reuse. Water Environment Research, v. 70, n. 4, p. 962-7. 1998. WARREN, C.E. Biology and water pollution control. McGraw Hill, 1971. C. 14, p. 214224. ZAGATTO, P.A., et al. de. Avaliação de toxicidade em sistema de tratamento biológico de afluentes líquidos. Revista SABESP, n. 166, p. 1-6. 1992. Endereço para correspondência: Sérgio João de Luca IPH/FRGS Rua Marques de Pombal, 327/901 CEP: 90540-001 Porto Alegre - RS Tel.: (51) 3316-6680 Fax: (51) 3316-6565 E-mail: [email protected] Vol. 9 - Nº 1 - jan/mar 2004, 26-29 ARTIGO TÉCNICO Toxidez de efluentes biologicamente tratados e desinfetados