CUIDADOS PALIATIVOS E DOR NORMA AZZAM GRUNSPUN IV PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM FISIOPATOLOGIA E TERAPÊUTICA DA DOR – 2014 SÃO PAULO, 10 DE SETEMBRO DE 2014 • ESPECIALISTA EM HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA • MESTRE EM ONCOLOGIA • ESPECIALISTA EM DOR E CUIDADOS PALIATIVOS • MEMBRO DA COMISSÃO DE TERMINALIDADE DO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN • MEMBRO DA COMISSÃO DE BIOÉTICA DO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN PALEONTOLOGIA DOS CUIDADOS ESQUELETO NO NORTE DAO VIETINAN, DATADO EM CERCA DE 4000 ANOS: JOVEM DE APROXIMADAMENTE VINTE ANOS DE IDADE COM SEVERA DISABILIDADE, SOBREVIVEU POR DEZ ANOS COM DEPENDÊNCIA TOTAL PARA SE MOVIMENTAR A COMUNIDADE OU FAMILIARES CUIDARAM COM COMPAIXÃO DESTE MEMBRO MOLDADOS POR UMA COMBINAÇÃO DE: VALORES E CRENÇAS CULTURAIS CONHECIMENTOS COLETIVOS APTIDÕES EXPERIÊNCIAS ORGANIZAÇÃO SOCIAL (FAVORECEU NOSSA EVOLUÇÃO?) RECURSOS HISTÓRIA MODERNA EM CUIDADOS PALIATIVOS DESDE 1960 CRIAÇÃO DE HOSPICES CUIDADOS DOMICILIARES CUIDADOS DOMICILIARES PALIATIVOS HOSPITAL DIA HOSPICE AT HOME CECILY SAUNDERS ENFERMEIRA E ASSISTENTE SOCIAL, JORNALISTA INGLESA(1918-2006) UMA DAS FUNDADORAS DO ST. CHRISTOPHER HOSPICE, EM 1967 INDIVÍDUOS COM DOENÇAS INCURÁVEIS FOCO: O PACIENTE E NÃO A DOENÇA A MORTE COM DIGNIDADE CUIDADO A ESTES PACIENTES COMO ATRIBUIÇÃO DE EQUIPE CONCEITO DE HOSPICE CECILY SAUNDERS GÊNESE E EXPRESSÃO DA QUEIXA DOLOROSA CONCEITO AMPLIADO DE DOR ("TOTAL PAIN") ENFATIZA A IMPORTÂNCIA DE SE INTERPRETAR FENÔMENO DOLOROSO NÃO SOMENTE NA SUA DIMENSÃO FÍSICA MAS TAMBÉM NAS SUAS DIMENSÕES EMOCIONAIS, SOCIAIS E ESPIRITUAIS DOR: 5O SINAL VITAL SER ESPIRITUAL SER MENTAL SER EMOCIONAL SER RELIGIOSO INDIVÍDUO SER CULTURAL SER BIOLÓGICO SER FINANCEIRO SER SOCIAL DESABILIDADES SOCIAL BEM ESTAR NAS CRENÇAS E FANTASIAS NUTRICIONAL FINANCEIRO ROTINA AMBIENTE SINTOMAS AFETIVO PERSPECTIVAS SEXUAL BIOLÓGICO FAMILIAR APARÊNCIA FÍSICA DESCONSTRUÇÃO INDIVÍDUO 2002, A OMS (WHO)DEFINIU OS CUIDADOS PALIATIVOS COMO “UMA ABORDAGEM QUE VISA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS DOENTES QUE ENFRENTAM PROBLEMAS DECORRENTES DE UMA DOENÇA INCURÁVEL COM PROGNÓSTICO LIMITADO, E/OU DOENÇA GRAVE (QUE AMEAÇA A VIDA), E SUAS FAMÍLIAS, ATRAVÉS DA PREVENÇÃO E ALÍVIO DO SOFRIMENTO, COM RECURSO A IDENTIFICAÇÃO PRECOCE, AVALIAÇÃO ADEQUADA E TRATAMENTO RIGOROSO DOS PROBLEMAS NÃO SÓ FÍSICOS, COMO A DOR, MAS TAMBÉM DOS PSICOSSOCIAIS E ESPIRITUAIS.” PALLIUM - DERIVA DO LATIM: MANTO MEDICINA PALIATIVA MELHORES RESOLUÇÕES POSSÍVEIS A MORTE : PROCESSO NATURAL NÃO ACELERA NEM ADIA A MORTE OPORTUNIDADE PARA RESOLUÇÃO DE QUESTÕES PESSOAIS INTEGRAR: ASPECTOS PSICOLÓGICOS ASPECTOS ESPIRITUAIS CUIDADOS AO PACIENTE E SUA FAMÍLIA CUIDADOS PALIATIVOS DOENÇA SOFRIMENTO DOR DESCONFORTO CUIDAR ALIVIAR SINTOMAS DOENÇA INSTALADA CONTROLE DA DOENÇA EVOLUÇÃO PARA MORTE INEVITÁVEL CURA ALÍVIO DOS SINTOMAS PRESERVAÇÃO DA VIDA PRESERVAÇÃO DA VIDA ALÍVIO ALÍVIO BENEFICÊNCIA NÃO MALIFICÊNCIA NÃO MALIFICÊNCIA BENEFICÊNCIA PACIENTES ELEGÍVEIS PARA CUIDADOS PALIATIVOS PORTADORES DE DOENÇA COM • DECLÍNIO CLÍNICO • DECLÍNIO DA CAPACIDADE FUNCIONAL • NÃO RESPOSTA AO TRATAMENTO CURATIVO • EVOLUÇÃO AO PROCESSO DE MORTE MEDIDAS CURATIVAS NÃO SÃO POSSIVEIS MEDIDAS CURATIVAS SÃO INAPROPRIADAS ADÁGIO FRANCÊS DO SÉCULO XVI: “CURAR ÀS VEZES, ALIVIAR MUITO FREQUENTEMENTE E CONFORTAR SEMPRE” DOENTES EM FASE AVANÇADA DE DOENÇA EM ADULTOS CÂNCER SIDA SÍNDROMES DEMENCIAIS DOENÇAS NEUROLÓGICAS PROGRESSIVAS SEQUELAS NEUROLÓGICAS INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA (ICC) DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) INSUFICIÊNCIA RENAL OUTRAS SITUAÇÕES INCURÁVEIS E EM PROGRESSÃO DOENTES EM FASE AVANÇADA DE DOENÇAS EM CRIANÇAS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS SEVERAS FIBROSE CÍSTICA PARALISIA CEREBRAL DISTROFIAS MUSCULARES CÂNCER SIDA OUTRAS SITUAÇÕES INCURÁVEIS E EM PROGRESSÃO CUIDADOS NAS DIFERENTES IDADES • FASE FETAL • NEONATOS • INFÂNCIA • PRÉ-ADOLESCÊNCIA • ADOLESCÊNCIA • ADULTO JOVEM • ADULTO • ADULTO DE MEIA IDADE • IDADE AVANÇADA • IDADE MUITO AVANÇADA ENVELHECIMENTO MUDANÇAS NA COMPOSIÇÃO CORPORAL: SÍNDROMES GERIÁTRICAS E FRAGILIDADE • PERDA DE MASSA MUSCULAR • AUMENTO DA GORDURA CORPÓREA • AUMENTO DO TECIDO FIBROSO E PERDA DA ELASTICIDADE • PERDA DE DENSIDADE ÓSSEA • MUDANÇAS ENDÓCRINAS, COGNITIVAS, METABÓLICAS, CIRCULATÓRIAS E IMUNES • ALTERAÇÕES DIGESTIVAS, URINÁRIAS, NEUROLÓGICAS • ALTERAÇÕES TECIDUAIS E CELULARES: MUDANÇA NOS CONTROLE (TURNOVER) CELULAR MUDANÇA DO BALANÇO ENTRE SÍNTESE E DEGRADAÇÃO DIMINUIÇÃO NA EFICIÊNCIA DAS MITOCÔNDRIAS AUMENTO DE DEMANDA ENERGÉTICA PARA O MOVIMENTO AUMENTO DA NECESSIDADE ENERGÉTICA FRENTE A INFLAMAÇÃO CADA UM TEM UMA MANEIRA DE REAGIR À DOR E AO SOFRIMENTO TOLERAR SUPORTAR PERMITIR DOR É SEMPRE SUBJETIVA E PESSOAL EFEITOS COLATERAIS MEDICAÇÕES CONSTIPAÇÃO DIARRÉIA ANOREXIA CAQUEXIA DISPNÉIA NEOPLASIA DOENÇA GRAVE NÁUSEA S VÔMITOS PELE ALTERADA FINANCEIRO SOCIAL INFECÇÕES DELIRIUM CONSIÊNCIA ALTERADA ASTENIA NEUROPATIA CIRURGIAS ALTERAÇÕES HIDROLETROLÍTICAS IMOBILISMO DESESPERANÇA PROCEDIMENTOS DEPRESSÃO ANSIEDADE • DOR • FADIGA • DISPNÉIA • TOSSE PERSISTENTE • XEROSTOMIA • ANOREXIA • NÁUSEAS E VÔMITOS • CONSTIPAÇÃO • CONFUSÃO MENTAL • INSÔNIA TRATAMENTO DA DOR EM CUIDADOS PALIATIVOS ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR: MAIOR ATENÇÃO, AÇÕES COORDENADAS ENTRE OS DIVERSOS PROFISSIONAIS • MÉDICOS • FISIOTERAPÊUTAS • ENFERMAGEM • PSICÓLOGOS • ASSISTENTES SOCIAIS • FONOAUDIÓLOGOS • RELIGIOSOS • CUIDADORES PRÓPRIO CÂNCER (CAUSA MAIS COMUM)- 46% A 92%: - INVASÃO ÓSSEA TUMORAL - INVASÃO TUMORAL VISCERAL - INVASÃO TUMORAL DO SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO -EXTENSÃO DIRETA ÀS PARTES MOLES -AUMENTO DA PRESSÃO INTRACRANIANA CAUSAS DE DOR EM CUIDADOS PALIATIVOS RELACIONADA AO CÂNCER-12% A 29%: - ESPASMO MUSCULAR - LINFEDEMA - ESCARAS DE DECÚBITO -CONSTIPAÇÃO INTESTINAL, ENTRE OUTRAS CAUSAS DE DOR EM CUIDADOS PALIATIVOS ASSOCIADA AO TRATAMENTO ANTITUMORAL-5% A 20%: -PÓS-OPERATÓRIA: DOR AGUDA, PÓS-TORACOTOMIA, PÓSMASTECTOMIA, PÓS-ESVAZIAMENTO CERVICAL, PÓS-AMPUTAÇÃO (DOR FANTASMA) - PÓS-QUIMIOTERAPIA: MUCOSITE, NEUROPATIA PERIFÉRICA, NEVRALGIA PÓSHERPÉTICA, ESPASMOS VESICAIS, NECROSE DA CABEÇA DO FÊMUR, PSEUDO-REUMATISMO (CORTICOTERAPIA) -PÓS-RADIOTERAPIA: MUCOSITE, ESOFAGITE, RETITE ACTÍNICA, RADIODERMITE, MIELOPATIA ACTÍNICA, FIBROSE ACTÍNICA DE PLEXO BRAQUIAL E LOMBAR CAUSAS DE DOR EM CUIDADOS PALIATIVOS DESORDENS CONCOMITANTES-8% A 22%: - OSTEOARTRITE - FIBROMIALGIA - ESPONDILOARTOSE CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS: CONTROLE DA DOR. – RIO DE JANEIRO: INCA, 2001 TRATAMENTO: ESCADA ANALGÉSICA DESCONSTRUÇÃO DOR EM CUIDADOS PALIATIVOS TRATAR AS PRIORIDADES • TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • HIGIENE, CONFORTO, HIDRATAÇÃO, CURATIVOS • SONDAS E CATETERES • VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E A HIPODERMÓCLISE • CIRURGIA PALIATIVA • QUIMIOTERAPIA PALIATIVA NECESSIDADES EM CUIDADOS PALIATIVOS ACESSO ÀS DROGAS : PACIENTE PODE NECESSITAR DE MAIORES QUANTIDADES E MAIOR NÚMERO DE MEDICAÇÕES INTEGRAR TODOS OS SETORES DE CUIDADOS EM SAÚDE EMERGÊNCIAS UNIDADES DE INTERNAÇÃO UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA(UTI) INTERNAÇÕES DOMICILIARES – “HOMECARE” HOSPICES NECESSIDADES EM CUIDADOS PALIATIVOS SEDAÇÃO PALIATIVA: SEDAR O QUE? AS ÚLTIMAS 48 HORAS ESPIRITUALIDADE A MORTE E O LUTO MORRER É UM PROCESSO NATURAL DO VIVER BIOÉTICA LEGISLAÇÃO COMO LIDAR COM TRATAMENTOS PARALELOS NÃO CIENTÍFICOS CONSIDERAÇÃO DE QUE A FASE FINAL DA VIDA PODE ENCERRAR MOMENTOS DE RECONCILIAÇÃO E CRESCIMENTO PESSOAL FAVORECIMENTO DE UMA MORTE DIGNA COM O MÍNIMO ESTRESSE POSSÍVEL NO LOCAL DE ESCOLHA DO PACIENTE REALIZAR EVOLUÇÃO EM PRONTUÁRIO DIARIAMENTE REGISTRANDO DEVIDAMENTE AS ORIENTAÇÕES DADAS E CONDUTAS TOMADAS EM CONJUNTO COM O PACIENTE E/OU RESPONSÁVEL ESCLARECENDO AO MESMO E/OU SEU RESPONSÁVEL O DIAGNÓSTICO SUAS POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS BEM COMO SEUS RISCOS E BENEFÍCIOS SE NECESSÁRIO PREENCHER A DECLARAÇÃO DE RECUSA DE SUPORTE AVANÇADO DE VIDA CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA RESOLUÇÃO CFM Nº 1.995, DE 9 DE AGOSTO DE 2012 Diário Oficial da União; Poder Executivo; Brasília, 31 ago. 2012, Seção 1, p.269-270 Dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes. O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2004, e CONSIDERANDO a necessidade, bem como a inexistência de regulamentação sobre diretivas antecipadas de vontade do paciente no contexto da ética médica brasileira; DEFINIÇÃO GREGO: • BIOS: VIDA • ETHOS: RELATIVO À ÉTICA ÉTICA DA VIDA DEDICA-SE "AO ESTUDO SISTEMÁTICO DAS DIMENSÕES MORAIS INCLUINDO VISÃO, DECISÕES, CONDUTAS E POLÍTICAS DAS CIÊNCIAS DA VIDA E DOS CUIDADOS DA SAÚDE, UTILIZANDO UMA EXTENSA VARIEDADE DE METODOLOGIAS ÉTICAS, NUM CONTEXTO INTERDISCIPLINAR” • CENTRO DE BIOÉTICA DO CREMESP , 29/01/2002 PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA: • RESPEITO À AUTONOMIA • NÃO MALEFICÊNCIA • BENEFICÊNCIA • JUSTIÇA APLICAÇÕES DOS PRINCÍPIOS: • NO COMEÇO DA VIDA • DURANTE A VIDA • NA FASE FINAL DA VIDA QUALIDADE DO ATENDIMENTO AUTONOMIA REDUZIDA OU AUSENTE INTEGRIDADE FÍSICA, MENTAL, MORAL, ESPIRITUAL CONCEITO DE MORTE EUTANÁSIA, ORTOTANÁSIA, DISTANÁSIA REGISTRO EM PRONTUÁRIO E DOCUMENTAÇÕES INTERAÇÃO COM FAMILIARES, CUIDADORES E RESPONSÁVEIS LEGAIS CONSENTIMENTO PRÉ INFORMADO TESTAMENTO VITAL: DIRETIVAS ANTECIPADAS DE VONTADE PROPORCIONALDADE TERAPÊUTICA: NÃO MALEFICÊNCIA, A BENEFICÊNCIA IDENTIFICAR AS NECESSIDADES DE CADA PACIENTE DURANTE O TRATAMENTO CONFIDENCIALIDADE E VERACIDADE COMUNICAÇÃO DE NOTÍCIAS: SOBRE DOENÇAS, MÁS NOTÍCIAS ERROS PESQUISA CIENTÍFICA • QUAIS PERGUNTAS DEVEMOS NOS FAZER QUANDO LIDAMOS COM CASOS DE INDIVÍDUOS COM DOENÇAS GRAVES EM ESTÁGIOS AVANÇADOS COM PACIENTES MORIBUNDOS, COM INDIVÍDUOS PORTADORES DE SEQUELAS GRAVES, COM IDOSOS COM DEMÊNCIA AVANÇADA E ASSIM POR DIANTE. • QUEREMOS CUIDAR MAS MUITAS VEZES NÃO SABEMOS EXATAMENTE O QUE DEVEMOS FAZER. QUAL É O CERTO? QUAL É O MAIS INDICADO? A BIOÉTICA TENTA AUXILIAR E DAR UMA LUZ EM SITUAÇÕES QUE SÃO REALMENTE COMPLEXAS. • DEVEMOS SEMPRE PERGUNTAR SE UM DETERMINADO PROCEDIMENTO OU UMA DETERMINADA CONDUTA ESTÁ MESMO INDICADA NAQUELE CASO. • A RESPOSTA MUITAS VEZES PODE SER OBTIDA NUM LIVRO, NUM MANUAL DE CONDUTAS OU MESMO NUM SITE NA INTERNET MAS ESSA RESPOSTA QUE OBTIVEMOS NÃO BASTA E PRECISAMOS IR MAIS ALÉM E INDAGAR SE AQUILO QUE ESTAMOS INDICANDO VAI TRAZER UM REAL BENEFÍCIO PARA AQUELE INDIVÍDUO NAQUELA DETERMINADA SITUAÇÃO • E IR MAIS ALÉM AINDA E INDAGAR QUE MALEFÍCIOS ESSA CONDUTA PODE ACARRETAR • PESAR OS MALEFÍCIOS CONTRA OS BENEFÍCIOS • QUAIS MALEFÍCIOS PODEMOS CAUSAR TENTANDO BENEFÍCIOS DUVIDOSOS? E MESMO DEPOIS DISSO TUDO PONDERADO E DISCUTIDO DEVEMOS NOS VOLTAR PARA O PACIENTE E SABER DE QUE MANEIRA ELE QUER SER CUIDADO? O QUE ELE QUER, OU QUERIA PARA ELE NAQUELA SITUAÇÃO? PACIENTE PORTADOR DE DOENÇA GRAVE, LIMITANTE OU TERMINAL • ELE SABE EXATAMENTE O QUE ELE TEM? • ELE COMPREENDEU EXATAMENTE O QUE ESTÁ SENDO PROPOSTO. • ELE SABE DOS BENEFÍCIOS E DOS MALEFÍCIOS? NEM SEMPRE A CONDUTA INDICADA NO TEXTO É A MELHOR PARA AQUELE PACIENTE NAQUELA SITUAÇÃO NEM SEMPRE O USO DE TECNOLOGIA E RECURSOS AVANÇADOS É A CONDUTA CORRETA OS COMITÊS DE BIOÉTICA FORAM CRIADOS A PARTIR DE UMA SOLICITAÇÃO DE UM JUIZ NOS ESTADOS UNIDOS QUE PARA TOMAR UMA DIFÍCIL DECISÃO COM RELAÇÃO A INTERRUPÇÃO DE MEDIDAS QUE MANTINHAM VIVA UMA PACIENTE EM COMA (KAREN QUINLAM, 1976 ) COM O PASSAR DO TEMPO ESTE TIPO DE COMITÊ FOI PROGRESSIVAMENTE SENDO MAIS UTILIZADO PELOS HOSPITAIS NA MEDIDA EM QUE O AVANÇO TECNOLÓGICO DA MEDICINA E UMA MUDANÇA DA ATITUDE DOS PACIENTES, QUE SE TORNARAM MAIS CONSCIENTES DE SEUS DIREITOS, TROUXERAM PARA OS MÉDICOS PROBLEMAS QUE TRANSCENDIAM SEUS CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E TÉCNICOS KAREN ANN QUINLAN MEMORIAL FOUNDATION KAREN ANN QUINLAN DE 21 ANOS DE IDADE, PAROU DE RESPIRAR SEM MOTIVOS CONHECIDOS E SOFREU LESÃO CEREBRAL IRREVERSÍVEL. ENTROU EM COMA PROFUNDO, MAS CONTINUOU A APRESENTAR ATIVIDADE CEREBRAL MÍNIMA. POR ESSE MOTIVO, NÃO PÔDE SER DECLARADA LEGALMENTE MORTA E ENTÃO FOI MANTIDA VIVA NUM RESPIRADOR. O PAI DE QUINLAN SOLICITOU À CORTE A PERMISSÃO PARA QUE OS SEUS MÉDICOS DESCONECTASSEM OS APARELHOS QUE A MANTINHAM VIVA. http://www.karenannquinlanhospice.org/history/ DESDE O INÍCIO FICOU CLARO QUE QUESTÕES POR VEZES EXTRAORDINARIAMENTE COMPLEXAS DO PONTO DE VISTA MORAL NÃO PODERIAM SER DISCUTIDAS SOMENTE POR MÉDICOS. ESTA É A RAZÃO PELA QUAL OS COMITÊS DE BIOÉTICA SÃO CONSTITUÍDOS POR UM GRUPO MULTIDISCIPLINAR: MÉDICOS DE DIFERENTES ESPECIALIDADES, ENFERMEIRO, ASSISTENTE SOCIAL, ADVOGADO ( NÃO LIGADO À INSTITUIÇÃO PARA EVITAR EVENTUAL CONFLITO DE INTERESSES), PSICÓLOGO, ETICISTA, REPRESENTANTES DO HOSPITAL, COMUNIDADE (LEIGO) E DE RELIGIÕES E DE AMBOS OS SEXOS DEVEM FAZER PARTE DESTES COMITÊS. SUAS ATRIBUIÇÕES, NORMALMENTE, CONSISTEM EM: A) EDUCAR A COMUNIDADE INTERNA E EXTERNA A RESPEITO A DIMENSÃO MORAL DE EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES LIGADAS À ÁREA DA SAÚDE B) REDIGIR E SUBMETER À APRECIAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DO HOSPITAL NORMAS E DIRETRIZES QUE VISEM A PROTEÇÃO DAS PESSOAS , TANTO PACIENTES COMO PROFISSIONAIS DA SAÚDE E MEMBROS DA COMUNIDADE C) OFERECER CONSULTORIA A TODOS OS PROFISSIONAIS E PACIENTES OU SEUS REPRESENTANTES QUE NECESSITEM QUE UM CONFLITO DE NATUREZA MORAL SEJA EQUACIONADO OU COMO APOIO PSICOLÓGICO QUANDO DE UMA TOMADA DE DECISÃO DIFÍCIL DO PONTO DE VISTA MORAL. NÃO SÃO ATRIBUIÇÕES DE UM COMITÊ DE BIOÉTICA: A) OFERECER APOIO JURÍDICO A QUALQUER DAS PARTES ENVOLVIDAS EM CONFLITO DE ORDEM MORAL OU LEGAL B) DEFINIR NORMAS DE AÇÃO PROFISSIONAL , POR SER UM ÓRGÃO CONSULTIVO, POR EXCELÊNCIA, OU C) ANALISAR PROBLEMAS SÓCIO-ECONÔMICOS DA INSTITUIÇÃO, EMBORA POSSA FAZER SUGESTÕES DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS ESCASSOS, ANALISANDO A MATÉRIA ESTRITAMENTE DO PONTO DE VISTA MORAL. OS CASOS QUE MAIS FREQUENTEMENTE SÃO LEVADOS A CONSIDERAÇÃO DOS COMITÊS DE BIOÉTICA SÃO: A) CONFLITOS DE CONDUTA, QUANDO PELO MENOS DOIS CAMINHOS TÉCNICA E CIENTIFICAMENTE CORRETOS MAS COM REPERCUSSÕES MORAIS DISTINTAS PODEM SER SEGUIDOS B) SUSPENSÃO DE TRATAMENTOS QUE IMPLIQUEM NA MORTE DO PACIENTE, P. EX. RETIRADA DO RESPIRADOR DOS PACIENTES EM COMA IRREVERSÍVEL C) CONFLITOS ENTRE A VONTADE DAS PARTES: PACIENTE, SUA FAMÍLIA E EQUIPE DE SAÚDE D) ORDENS DE NÃO REANIMAR E) MAL FORMAÇÕES CONGÊNITAS : INTERRUPÇÃO DE GRAVIDEZ OU “NÃO INVESTIMENTO” NO PACIENTE F) INTRODUÇÃO OU RETIRADA DE MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS DE TRATAMENTO EM PACIENTES COM PROGNÓSTICO DUVIDOSO POR VARIÁVEIS MÉDICAS G) PROBLEMAS DE CONFIDENCIALIDADE E PRIVACIDADE DE PACIENTES DA INSTITUIÇÃO, PRINCIPALMENTE OS HIV POSITIVOS. METODOLOGIA AO ANALISAR UM CASO, DEVE SEGUIR OS SEGUINTES PASSOS: A) UMA CLARA APRESENTAÇÃO DOS FATOS MÉDICOS ENVOLVIDOS NA SITUAÇÃO B) FORMULAÇÃO DO(S) DILEMA(S) MORAL (MORAIS) E AFASTAR CONFLITOS PESSOAIS OU LEGAIS C) APRECIAR AS IMPLICAÇÕES MÉDICAS/MORAIS DE CADA UM DOS CAMINHOS QUE PODEM SER SEGUIDOS D) DAR OPORTUNIDADE A QUE TODOS OS MEMBROS DO GRUPO SE MANIFESTEM E TENTAR BUSCAR UMA RECOMENDAÇÃO QUE ESPELHE O PARECER CONSENSUAL DO GRUPO E) OFERECER UMA OU MAIS ALTERNATIVAS DE CONDUTA QUE SEJAM ETICAMENTE ACEITÁVEIS E QUE CONTEMPLEM O MELHOR INTERESSE DO PACIENTE. • VERACIDADE • PROPORCIONALIDADE TERAPÊUTICA • EFEITO TERAPÊUTICOS X EFEITOS COLATERAIS • PREVENIR SOFRIMENTO • PRINCÍPIO DO NÃO ABANDONO • TRATAR DOR E OUTROS SINTOMAS PRICÍPIOS EM CUIDADOS PALIATIVOS ALIVIAR SOFRIMENTO: PREVENIR E ALIVIAR A DOR E SINTOMAS RESPEITO A EXPERIÊNCIA DE VIDA E SUPORTE AO PROCESSO DE MORTE PROMOVER O BEM ESTAR RESPEITO À PESSOA E SUAS CRENÇAS RESPEITO À DIGNIDADE RESPEITO À AOS RELACIONAMENTOS RESPEITO ÀS DIFERENÇAS PROMOVER A IGUALDADE PROMOVER A INTEGRIDADE ÉTICA PROFISSIONAL UTILIZAR SISTEMAS ORGANIZACIONAIS PARA SUPORTE DO BOM CUIDADO E PRÁTICA ÉTICA THE HASTING CENTER GUIDELINES FOR DECISION ON LIFE-SUSTAINING TREATMENT AND CARE NEAR THE END OF LIFE NANCY BERLING, BRUCE JENNINGS E SUSAN M. WOLF REVISED AND EXPANDED SECOND EDITION, OXFORD UNIVERSITY PRESS , 2013 SÃO MEDIDAS CUJA ADOÇÃO PODEM PROLONGAR O SOFRIMENTO E MESMO A MORTE, NÃO SENDO EFETIVA PARA CORRIGIR OU MELHORAR AS CONDIÇÕES QUE AMEAÇAM A VIDA. SÃO PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS OU TERAPÊUTICOS INADEQUADOS E INÚTEIS DIANTE DA SITUAÇÃO EVOLUTIVA E IRREVERSÍVEL DA DOENÇA QUE PODEM CAUSAR SOFRIMENTO ACRESCIDO AO DOENTE E À FAMÍLIA TAMBÉM DEFINIDA COMO “QUALQUER TERAPIA QUE NÃO SEJA CAPAZ DE ATINGIR SEUS OBJETIVOS FISIOLÓGICOS, QUE NÃO ATENDA AOS OBJETIVOS DO PACIENTE E DA FAMÍLIA, QUE NÃO AUMENTE A SOBREVIDA E NÃO MELHORE A QUALIDADE DE VIDA DO DOENTE”. ADAPTAÇÃO DO SERVIÇO MÉDICO A MUDANÇAS • MAIOR NÚMERO DE IDOSOS • MAIOR NÚMERO DE DIAS DE HOSPITALIZAÇÃO • MAIORES CUIDADOS • PERFIS SOCIAIS • POLÍTICAS DE SAÚDE N ENGL J MED 2010;363:733-42 IDENTIFYING PATIENTS IN NEED OF A PALLIATIVE CARE ASSESSMENT IN THE HOSPITAL SETTING A CONSENSUS REPORT FROM THE CENTER TO ADVANCE PALLIATIVE CARE David E. Weissman, M.D. and Diane E. Meier, M.D. JOURNAL OF PALLIATIVE MEDICINE Volume 14, Number 1, 2011 IDENTIFICAR PROPÕE A REALIZAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS SIMPLES NA ADMISSÃO DE PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS EM SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIAS , SECUNDÁRIAS E TERCIÁRIAS OBJETIVA MELHORA NAS DIFICULDADES DE MANEJO DE SINTOMAS, NA DINÂMICA FAMILIAR QUANDO HÁ COMPLEXIDADE E NAS DECISÕES SOBRE OS CUIDADOS IDEALMENTE… •CUIDADOS DO DIA-A-DIA DO PACIENTE SERIAMENTE DOENTE DEVE SER MANEJADO POR SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA EM CUIDADOS PALIATIVOS POR EQUIPES MÉDICAS, DE ENFERMAGEM, PSICOLOGIA, NUTRIÇÃO, FISIOTERAPIA, RELIGIOSOS, ASSISTENTES SOCIAIS OU OUTROS PROFISSIONAIS ENVOLVENDO A ROTINA DO DOENTE •SÓ UTILIZAR SERVIÇOS DE ESPECIALIDADE, QUANDO O SERVIÇO PRIMÁRIO NÃO OFERECER SOLUÇÕES •APRIMORAR SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO DAS EQUIPES MULTIDICIPLINARES DA ÁREA DA SAÚDE • MUDANÇAS NO SISTEMA DE TRABALHO: • AVALIAÇÃO BASEADO EM EVIDÊNCIAS • ALGORITMOS DO TRATAMENTO • LISTAS DE CHECAGEM • INICIATIVAS NA MELHORA DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO • EDUCAÇÃO AO PACIENTE, FAMILIARES E CUIDADORES • USO DE LISTAS DE CHECAGEM MOSTRARAM SER EFICIENTES • MELHORA DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO • DIMINUIÇÃO DAS OCORRÊNCIAS DE INFECÇÕES • MELHORA NA COMUNICAÇÃO BIBLIOGRAFIA • HUMANIZAÇÃO E CUIDADOS PALIATIVOS POR LEOCIR PESSINI,LUCIANA BERTACHINI • CUIDADOS PALIATIVOS: DIRETRIZES, HUMANIZAÇÃO E ALÍVIO DE SINTOMAS FRANKLIN SANTANA SANTOS SÃO PAULO: EDITORA ATHENEU, 2011 • HEALTH CARE NEEDS ASSESSMENT: THE EPIDEMIOLOGICALLY BASED NEEDS ASSESSMENT REVIEWS ANDREW STEVENS,JAMES RAFTERY,WESSEX INSTITUTE OF PUBLIC HEALTH MEDICINE RADCLIFFE MEDICAL PRESS 1997 • A PRACTICAL GUIDE TO PALLIATIVE CARE JERRY L. OLD AND DANIEL L. SWAGERTY BY LIPPINCOTT WILLIAMS & WILKINS, 2007 • CUIDADOS PALIATIVOS COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DE RICARDO AYER DE OLIVEIRA CREMESP www.cremesp.org.br e www.bioetica.org.br , 2008 • CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA ERNANI SALTZ E JEANE JUVER SENAC EDITORA, 2008 • CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS- CONTROLE DE SINTOMAS COORDENAÇÃO E EDITORAÇÃO INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER RIO DE JANEIRO: INCA, 2001 CRITÉRIOS DE QUALIDADE PARA OS CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL MARIA GORETTI SALES MACIEL ET AL. ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS - RIO DE JANEIRO : DIAGRAPHIC, 2006 60P. http://www.paliativo.org.br ACADEMIA NACIONAL DE CUIDADOS PALIATIVOS