SIM_CARLOS ALBERTO MULLER_517_70063

Propaganda
CARLOS ALBERTO MULLER
INTERNAÇÕES DOMICILIARES NAS ESF DO MUNICÍPIO DE ITAQUIRAÍ – MS
ITAQUIRAÍ – MS
2011
CARLOS ALBERTO MULLER
INTERNAÇÕES DOMICILIARES NAS ESF DO MUNICÍPIO DE ITAQUIRAÍ – MS
Projeto de intervenção apresentado à Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito
para conclusão do curso de Pós Graduação à nível
de especialização em Atenção Básica em Saúde da
Família.
Orientadora Especialista: Ethel Ebiner Eckert.
ITAQUIRAÍ – MS
2011
RESUMO
A assistência domiciliaria é uma atividade que está sendo desenvolvida desde 1994 pelo
Programa Saúde da Família (PSF). É uma categoria que pode ser também denominada
atendimento ao cuidado domiciliar e baseia-se na plena interação do profissional com o
paciente, sua família e com o cuidador. Contempla o atendimento, a visita e a internação
domiciliar, exigindo dos profissionais de saúde, e em especial do enfermeiro, conhecer a
dinâmica familiar, bem como sua realidade no contexto biopsicossocial assegurando uma
assistência integral ao contexto paciente/família. O objetivo desta pesquisa foi descrever o
número de internações domiciliares nas ESF do município de Itaquiraí – MS, no período de
janeiro a dezembro de 2010. Para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva e documental
através de levantamentos bibliográfico e de dados dos profissionais enfermeiros responsáveis
das ESF do município de Itaquiraí, onde foram coletadas as informações necessárias para a
análise pretendida, coletando os dados pertinentes ao número de internações domiciliares que
ocorreram nas equipes saúde da família neste período. Observou-se que as internações
domiciliares estão ocorrendo nas equipes saúde da família do município de Itaquiraí, porém,
não sendo mensuráveis seus impacto e vantagens, de acordo com os dados disponibilizados
pelo DATASUS.
Descritores: Internação domiciliar; Cuidadores; Família.
SUMÁRIO
1. JUSTIFICATIVA DO PROJETO ......................................................................................... 5
2. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA ....................................................................................... 7
3. METODOLOGIA...................................................................................................................9
3.1 RESULTADOS.....................................................................................................................9
4. ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO...........................................................................10
5. CONCLUSÃO......................................................................................................................13
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................14
5
1 JUSTIFICATIVA DO PROJETO
A população de Itaquiraí atualmente não está recebendo uma cobertura adequada desta
modalidade de atenção, mesmo este sendo um modelo de assistência em evidência, porém,
nota-se que estudos sobre essa demanda são escassos, muitas vantagens são atribuídas a
internação no domicilio, no município de Itaquiraí temos um grande números de pessoas
idosas, com doenças incapacitantes que dependem do auxílio de outras pessoas por tempo
prolongado sem assistência adequada, encontra-se também pessoas com algum tipo de doença
que a deixam incapazes de realizar suas atividades básicas ocasionando problemas de saúde
maiores provocando assim, internações prolongadas e/ou reinternações. Essas internações não
são notificadas ou alimentadas no sistema de informação, o que envolve uma problemática
que impede que os dados sejam quantificados para avaliarmos o impacto dessa demanda
possibilitando dessa forma, meios de garantir qualidade de vida aos pacientes.
Desta forma, a presente pesquisa permitirá avanços no conhecimento desta temática,
uma vez que não há publicação referente à região estudada.
Faz se necessário restabelecer o reconhecimento do perfil do paciente que precisa da
assistência da equipe interdisciplinar no domicilio na circunstancia da alta hospitalar e então
propor um plano de cuidados assistência ao paciente domiciliar envolvendo as equipes das
Estratégias de Saúde da Família- ESF e o Núcleo de Apoio à Saúde da Família-NASF.
Diante da necessidade de melhorar a assistência integral à saúde da população
implantou-se o Programa de saúde da família (PSF), que hoje denomina-se Estratégia Saúde
da Família (ESF), pois o mesmo não possui características programáticas e sim um caráter
estratégico de mudança do padrão de atenção à saúde da população (GIACOMOZZI;
LACERDA, 2006).
A assistência domiciliária é uma atividade que está sendo desenvolvida desde 1994
pelo Programa Saúde da Família (BEN et al., 2004). Porém sabe-se que a primeira abordagem
da assistência domiciliar no Brasil foi desenvolvida pelo Serviço de Assistência Médica
Domiciliar e de Urgência (SAMDU), criado em 1949, inicialmente ligado ao Ministério do
Trabalho, incorporado pelo INPS em 1967 (REHEM; TRAD, 2005).
Segundo Giacomozzi; Lacerda (2006), a assistência domiciliar à saúde é uma
categoria da atenção domiciliária que pode ser também denominada atendimento ou cuidado
domiciliar, e baseia-se na plena interação do profissional com o paciente, sua família e com o
cuidador, quando existe. O atendimento domiciliário é realizado por órgãos públicos e
privados, sendo que no setor público uma forma de prestar este serviço especializado é através
6
da ESF. O atendimento domiciliário engloba outras categorias, como atendimento, visita e
internação domiciliária (GIACOMOZZI; LACERDA, 2006).
2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA
7
O domicílio é um local permeado por diversos aspectos culturais de grande
significância para a família e o paciente, quando o profissional entra no meio em que o
paciente reside para aplicar suas ações e interações com a família, tem que ter uma visão
ampla do que está a volta do paciente, não abordando somente a doença, mas também fatores
socioeconômicos, espirituais e culturais, os recursos físicos disponíveis na casa, as condições
de higiene e segurança, o grau de esclarecimento da família. Assim, o domicilio é um local
onde o profissional enfermeiro atuará em uma nova modalidade, em que o paciente/cliente
receberá cuidados e orientações sobre várias ações.
Na internação domiciliária a equipe multiprofissional atuará interdisciplinarmente em
conjunto com a família, pois esta modalidade tem dado suporte, desde a oferta de tecnologia e
de recursos humanos até a de equipamentos, materiais e medicamentos em seu domicílio, para
uma melhoria da qualidade de vida do paciente/cliente (LACERDA; OLINISKI;
GIACOMOZZI, 2004).
Neste sentido, devido a vários fatores é que o serviço de saúde vêm aprimorando a
internação domiciliária demonstrando um retorno às raízes humanistas na atenção à saúde,
pois o paciente é restituído ao seu meio de convívio social e familiar (LACERDA;
OLINISKI; GIACOMOZZI, 2004).
A internação domiciliária, por sua vez, é uma categoria mais específica, que
envolve a utilização de aparato tecnológico em domicílio, de acordo com as
necessidades de cada individuo, sendo caracterizada pela permanência da
equipe de saúde na residência por no mínimo quatro horas diárias, com
acompanhamento contínuo (LACERDA et al., 2006).
Neste contexto, podem-se destacar muitas vantagens atribuídas à internação no
domicilio, como: a redução dos custos da atenção, tanto para a família como para o Estado; a
diminuição do risco de infecção; o aumento do número de leitos disponíveis e recursos
hospitalares; a humanização e o conforto do paciente/cliente; a relação enfermeiro-família no
contexto domiciliário, garantindo maior qualidade de vida (REHEM; TRAD, 2005).
Em um estudo realizado em Cuba, por Navarro et al.1 (1993 apud REHEM; TRAD,
2005), os casos de internação em domicílio foram analisados, identificando-se que 88% dos
casos acompanhados evoluíram de maneira satisfatória, quando pacientes e familiares se
mostraram contentes com esta modalidade de atenção.
Assim, ao se tratar da ID, é relevante considerar o contexto domiciliar, a família e os
1
Navarro FP; Izquierdo DM; Sazes MG & Portilla MCB, 1993. El ingresso em El Hagar, análisis de um ano da
trabajo. Revista aibana enfermeira. 9(2): 81-86.
8
cuidadores familiares, pois cada parte constituinte tem sua especificidade, devendo serem
abordados de maneira diferente (LACERDA; OLINISKI; GIACOMOZZI, 2004).
Um documento preliminar do Ministério da Saúde em relação às diretrizes para a
atenção domiciliar no SUS descreve algumas ações que podem ser realizadas pela internação,
que incluem: procedimentos terapêuticos, educação sanitária, cuidados paliativos e visitas de
monitoramento. Todas essas ações apresentam uma dimensão no cuidado integral ao
paciente/cliente (LACERDA et al., 2006). Desta maneira, a ID deve ser uma modalidade
assistencial inserida nos sistemas locais de saúde do SUS, apresentando abordagem do
espaço/território, partindo do princípio de que o domicílio é o lócus de atuação (BRASIL,
2006).
O presente estudo visa identificar o número de internações domiciliares no ESF,
favorecendo conhecer esta realidade, uma vez que o objetivo da internação domiciliar é o de
promover a melhoria da qualidade de vida dos usuários do serviço de saúde, realizado pela
equipe multidisciplinar no domicilio, promovendo a humanização no atendimento, reduzindo
o tempo de internação hospitalar, visando à redução de riscos de infecções hospitalares,
resgatando a relação entre as equipes de saúde, famílias e usuários.
Desta forma, a presente pesquisa permitirá avanços no conhecimento desta temática,
uma vez que não há publicação referente à região estudada.
Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi descrever o número de internações
domiciliares que ocorreram nas Estratégias de Saúde da família da área adstrita do município
de Itaquiraí do Estado do Mato Grosso do Sul no período de janeiro a dezembro de 2010.
3 METODOLOGIA
9
O projeto de intervenção abrange ações que já são desenvolvidas no município de
Itaquiraí, tendo assim, a sensibilização das equipes quanto a capacitação dos profissionais
que atuam nas ESF.
Foi realizada uma pesquisa descritiva e documental, com através de levantamento
bibliográfico e levantamento de dados dos profissionais enfermeiros responsáveis das ESF do
município de Itaquiraí, no que se refere ao número de internações domiciliares que ocorreram
nas equipes saúde da família da área de abrangência do município de Itaquiraí, que
correspondem a seis ESF no período de janeiro a dezembro de 2010.
O DATASUS é um órgão de para captação de dados com âmbito nacional, que tem
como objetivo prover os órgãos do SUS de sistemas de informações e suporte de informática,
necessários ao processo de planejamento, operação e controle do Sistema Único de Saúde,
através da manutenção de base de dados nacionais, apoio e consultoria na implantação de
sistemas, e coordenação das atividades de informática inerentes ao funcionamento integrado
dos mesmos.
Os dados do DATASUS são de domínio público e foram acessados através do
endereço eletrônico http://www.datasus.gov.br. Porém os dados necessários não estão
disponíveis.
3.1 Resultados
Diante do exposto na metodologia, literaturas realizadas levando-se em consideração
que as equipes ESF são atuantes em conhecimento desta nova assistência e modalidade de
internação domiciliar, os profissionais de saúde esperam que os Agentes Comunitários de
Saúde- ACS sejam o elo de ligação entre pacientes e profissionais.
A realização deste tipo de serviço inclui capacidade para se adaptar a situações
inesperadas, tendo a criatividade para transformar seus conhecimentos domiciliares,
estimulando também o trabalho em equipe.
4 ANÁLISE DOS DADOS E DISCUSSÃO
10
Foram 53 o número total de internações domiciliares nas ESF do município de
Itaquiraí, no período de janeiro a dezembro de 2010. Em relação ao número de equipes da
saúde da família implantadas no município de Itaquiraí e o município e a cobertura no
município ser de 98%, os atendimentos domiciliares foram poucos levando se em
consideração que a população é de 18614 habitantes segundo dados do IBGE.
O DATASUS apresenta uma falha no que tange aos dados sobre internação
domiciliária e quanto à causas de internação, pois este, poderia especificar o tipo de doença
que acometeu esses pacientes. Sobretudo, é relevante ressaltar que se esses dados estivessem
disponíveis no DATASUS, seria possível justificar o aumento ou a diminuição desses casos
de internação no município e no Mato Grosso do Sul.
De acordo com Rodrigues, Almeida (2004), a assistência domiciliar surge como
alternativa que beneficia especialmente idosos com doenças incapacitantes, dependentes do
auxílio de terceiros por tempo prolongado e que tendem a permanecer isolados em seus lares,
sem assistência adequada. Além dos idosos, também terão prioridade na assistência domiciliar
os portadores de doenças crônico-degenerativas, agudizadas e clinicamente estáveis; as
pessoas que necessitam de cuidados paliativos; e aquelas com incapacidade funcional
provisória ou permanente, com internações prolongadas ou reinternações, que exijam atenção
constante. Outras prioridades podem ser estabelecidas conforme os programas locais
(BRASIL, 2006).
Conforme os resultados, pode- se constatar que a internação domiciliária esteja
aumentando gradativamente, pois os resultados referentes à evolução satisfatória do paciente
são melhores, quando comparados à internação hospitalar. Tal observação corrobora os
resultados de um estudo realizado em Cuba por Navarro et al., (1993 apud REHEM; TRAD,
2005) em que foram analisados os casos de internação em domicílio, comparando que 88%
dos casos assistidos evoluíram de forma satisfatória e 100% dos pacientes e familiares
mostraram satisfação quanto a esta modalidade de atenção.
Neste contexto, a internação domiciliar fortalece as relações cuidador/usuário,
equipe/usuário, família/usuário, cuidador/família. Portanto, diversas vantagens podem ser
atribuídas à internação domiciliar como a redução dos custos da atenção, tanto para a família
quanto para o Estado, diminuição do número de infecção além de proporcionar uma relação
mais humanizada do profissional de saúde, em especial o enfermeiro com o paciente (SILVA
et al., 2005; REHEM; TRAD, 2005).
11
A internação domiciliar é vista como um modelo descentralizador da ESF, enfatizando
que a mesma não substitui a internação hospitalar tradicional, mas deve ser utilizado com o
objetivo de humanizar, promover e garantir qualidade da assistência e conforto ao paciente
(REHEM; TRAD, 2005; SILVA et al., 2005).
A internação domiciliária envolve a utilização de aparato tecnológico em domicílio, de
acordo com as necessidades de cada indivíduo (GIACOMOZZI; LACERDA; 2006).
Garrard et al. desenvolveram um instrumento em forma de “check list” que estabelece
o reconhecimento do perfil do paciente que precisa da assistência de enfermagem no
domicílio, na circunstância da alta hospitalar. Todavia, não avalia a causa do cuidado no
momento da alta hospitalar. Este instrumento é classificado em três categorias: problemas de
saúde/médica;
problemas
psicossociais/comportamentais
e
educação/coordenação
da
necessidade de cuidados. Se alguns desses itens forem assinalados, significa a indicação do
paciente ao serviço, de AD (REHEM; TRAD, 2005).
Para que a assistência domiciliar seja realizada, um dos critérios básicos é a presença
de um cuidador familiar que se responsabilize pelos cuidados com o paciente e seja também
elo de comunicação entre ele e os profissionais de saúde (LACERDA; OLINISKI;
GIACOMOZZI, 2004).
Portanto ao se referir à internação domiciliar é fundamental considerar o contexto
domiciliar, a família e os cuidados domiciliares, ainda é necessário que a equipe de
enfermagem tenha um perfil básico para a realização deste tipo de serviço, que inclui
capacidade para se adaptar a situações inesperadas; criatividade para transformar seus
conhecimentos domiciliares; saber estabelecer limites para seu trabalho, ou seja, não se
envolver com os problemas da família; saber trabalhar em equipe multiprofissional e ter boa
comunicação
(LACERDA;
OLINISKI;
GIACOMOZZI,
2004;
SCHUTZ;
LEITE;
FIGUEIREDO, 2007).
Essa modalidade de assistência domiciliar é considerada um retorno às raízes
humanista na atenção à saúde, pois o paciente é devolvido ao seu meio de convívio social e
familiar, o que permite uma rápida recuperação (LACERDA; OLINISKI; GIACOMOZZI,
2004).
Araújo et al., (2000) descrevem, em “um estudo sobre saúde da família: cuidado no
domicílio”, alguns relatos em relação à vantagem de manter o cliente em seu próprio ambiente
e da participação integrada dos familiares e clientes nos cuidados de saúde, e totalizaram
41,2% das respostas, seguidos da diminuição dos riscos de infecção, representando 13,9%, e
dos custos do tratamento (10,3%). De acordo com os mesmos autores, a humanização da
12
atenção representa cerca de 2%; a diminuição do nível de ansiedade, 5,8%; o fortalecimento
do vínculo cliente-família-equipe de saúde, (9,5%); totalizando 17,5% das respostas. Tais
resultados demonstram que a visão dos profissionais (médicos e enfermeiros) corrobora os
pressupostos da estratégia de atenção voltada para a saúde.
A família é considerada um suporte para a recuperação do paciente. Neste contexto, o
cuidado realizado pela família é de suma importância, uma vez que é na família que o
paciente encontra amor, carinho, afetividade, liberdade de expor seus sentimentos, segurança
e proteção (AZEVEDO; KANTORSKI, 2003).
Silva et al., (2005) descrevem que, para avançar na organização dos programas de
internação domiciliar (PID), como uma modalidade do SUS, é fundamental que se faça
estudos sobre custos para o sistema e para a família.
De acordo com Cordeiro, (1977) relatam que, em um estudo realizado em Liverpool,
verificou
se
que
16,8%
de
pacientes
clínicos
permaneceram
hospitalizados
desnecessariamente, consumindo 50% do total de leitos dia/anuais.
Em um estudo realizado por Mesquita et al., (2005) sobre o programa interdisciplinar
de internação domiciliar, no município de Londrina – PR, o valor monetário repassado por
paciente-dia no sistema de internação domiciliar (SID) é de R$ 18,76. Por exemplo, um
paciente com diagnóstico de pneumonia crônica custaria até 15 vezes mais, se internado em
hospital convencional.
A internação domiciliar é considerada uma modalidade assistencial bastante recente;
todavia, ainda necessita de mais estudos com enfoque nos custos para família (MESQUITA et
al., 2005).
5 CONCLUSÃO
13
Observou-se que as internações domiciliares estão ocorrendo nas equipes saúde da
família do município de Itaquiraí, não sendo possível analisar seu impacto e vantagens, de
acordo com os dados fidedignos que poderiam estar disponibilizados pelo DATASUS.
De modo geral, a internação domiciliar é uma modalidade assistencial que vem
crescendo atualmente, contudo, poucos estudos foram realizados nesta área. Além disto, os
maiores beneficiados em relação à internação domiciliar, com certeza será o cliente e seus
familiares, pois o cuidado passará a ser individualizado, humanizado e com menores riscos
iatrogênicos.
Portanto, os profissionais de saúde, e em especial o enfermeiro, que atuam nesta
modalidade da assistência, devem primeiramente conhecer a dinâmica familiar, bem como sua
realidade no contexto biopsicossocial assegurando uma assistência integral ao paciente/cliente
Sugerem-se estudos futuros nesta temática, que possam facilitar a compreensão da
realidade em que acontecem as internações domiciliares, suas vantagens, desvantagens e
prospectivas.
BIBLIOGRAFIA
14
ARAÚJO, M. R. N. et al. Saúde da Família. R. Bras. Enferm. Brasília, v. 53, n. especial,
p.117-122, dez. 2000.
AZEVEDO, N. A.; KANTORSKI, L. P. A família e o cuidado prestado em domicílio ao
paciente em tratamento quimioterápico. Farm. Saúde Desenv. Curitiba, v. 5, n. 1, p-51-56,
jan, jan./abr. 2003.
BEN, L. W. et al. A percepção da relação sofrimento/prazer no trabalho de auxiliares e
técnicos de enfermagem em internação domiciliária. Cogitare Enferm. Curitiba, v. 9, n. 2, p.
73-81, jul./dez, 2004.
CORDEIRO, H. A. Programa de tratamento Integral de Pacientes Crônicos do Hospital de
Clínicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro I – Etapa Diagnóstica. Rev. Saúde
públ. São Paulo, 11:119-33, 1977.
GIACOMOZZI, C. M.; LACERDA, M. R. A prática da assistência domiciliar dos
profissionais da estratégia de saúde da família. Texto contexto Enferm. Florianópolis, 2006.
out./dez.; 15(4): 645-53.
LACERDA, M. R.; OLINISKI, S. R.; GIACOMOZZI, C. M. Familiares cuidadores
comparando a internação domiciliar e a hospitalar. Farm. Saúde Desenv., Curitiba, v. 6, n. 2,
p. 110-118, maio/agosto, 2004.
MESQUITA, S. R. A.; FERREIRA, M. J.; NEVES, A. P. O programa interdisciplinar de
internação domiciliar de Marília – SP: a visão dos cuidadores. Rev. Nursing. v. 106, n. 9,
março 2007.
REHEM, T. C. M. S. B.; BOMFIM, L. A. Assistência domiciliar em saúde: subsídios para um
projeto de atenção básica brasileira. Ciência & Saúde Coletiva, 10 (sup): 231-242, 2005.
RODRIGUES, M. R.; ALMEIDA, R. T. Papel do responsável pelos cuidados à saúde do
paciente no domicílio – um estudo de caso.
SCHUTZ, V.; LEITE, J. L.; FIGUEIREDO, N. M. A. Como administrar cuidados
domiciliares: O custo e o preço do preparo e do trabalho da enfermagem – uma experiência.
Esc Anna Nery R. Enferm, 2007 jun; 11(2): 358-64.
SILVA, K. L. et al. Internação domiciliar no sistema único de saúde. Rev. Saúde Pública. v.
39, n. 3, São Paulo jun. 2005.
Download