1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO Professor: Deivid Valerio Gaia Unidade: Instituto de Ciências Humanas Departamento: Departamento de História Disciplina: História da Antiguidade Oriental Código: 1660001 Semestre letivo: Primeiro semestre, 2014 Carga horária: 68 horas teóricas Pré-requisitos: Não há 2. EMENTA: História Antiga : conceitos, métodos, fontes e debates. Mesopotâmia e Egito na Antiguidade (3.300 a.C a 395 d.C.) 3. OBJETIVOS : Objetivos gerais: - Métodos e teorias para o estudo da história antiga : debates mais recentes, trabalho com as fontes. - O acadêmico estudará a história do Oriente Próximo antigo, enfocando as chamadas civilizações do “crescente fértil”, com ênfase na Mesopotâmia antiga e no Egito antigo. - A cultura e sociedade do Egito antigo serão estudadas de modo mais aprofundado, com abordagens temáticas que ilustrem tendências dos estudos contemporâneos na área. Objetivos específicos: - O acadêmico deverá apropriar-se de um quadro geral da geografia e cronologia histórica do Oriente Próximo antigo. - O acadêmico deverá familiarizar-se com temas da história do Egito antigo, capacitando-se a fazer reflexões temáticas, por exemplo, sobre temas relacionados à arte, religião, política, imperialismo, economia, gênero, sexualidade, literatura, cultura material, arqueologia, patrimônio cultural. - O acadêmico será introduzido nas temáticas jurídicas e econômicas da Mesopotâmia antiga. – Desenvolver as habilidades de leitura, interpretação, exposição e de trabalho em grupo próprias ao ofício do historiador. – Propiciar ao aluno o domínio dos conteúdos programáticos da disciplina, objetivando, em especial, uma visão na longa duração das sociedades antigas orientais. - Incentivar a reflexão sobre o conhecimento histórico, suas características, teorias e metodologias. 2 - Capacitar o aluno a analisar as fontes originais/derivadas através diferentes corpora : literárias, jurídicas, epigráficas, iconográficas, numismáticas etc. - Capacitar o discente a desenvolver a crítica historiográfica através diferentes vertentes historiográficas sobre determinados aspectos do oriental. 4. do estudo de arqueológicas, da análise de mundo antigo PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS: Metodologia: -Aulas expositivo-dialogadas: reflexão em forma de narrativa, propondo abordagem crítica da problemática de cada unidade, articulando as informações e questões destacadas seletivamente no corpus documental (fontes e bibliografia), indicado como conjunto de leituras recomendadas para o acompanhamento e discussão discente de cada Unidade. - Uso de iconografia e cartografia. - Fichamento de textos. - Leitura e análise de documentos. - Apresentação de seminário temático Avaliação: Serão realizadas, como atividades de avaliação, uma prova escrita (individual e sem consulta valendo 10.0), um trabalho (3.0) e um seminário (apresentação oral e escrita de um tema relativo à Mesopotâmia ou ao Egito Antigo valendo 7.0). Cabe ressaltar, que o sistema de avaliação é continuado, e leva em consideração a participação (o envolvimento nas atividades propostas) e a frequência. 5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I - História Antiga : conceitos, métodos, fontes e debates. - Teoria e metodologia da História Antiga - As formas da História Antiga - A documentação Referências obrigatórias: GUARINELLO, Norberto L. (2013) : História Antiga, São Paulo, Ed. Contexto. GUARINELLO, Norberto L. (2003) : “Uma morfologia da História: as formas da História Antiga”. Politeia: História e Sociedade, v. 3, n. 1, p. 41-62. FINLEY, Moses (1994) : História Antiga. Testemunhos e modelos. São Paulo, Martins Fontes. Unidade II – História da Mesopotâmia Antiga - Cronologia geral e ênfase no estudo do direito na sociedade paleo-babilônica. A escrita cuneiforme. - Aspectos geográficos e panorama cronológico geral do desenvolvimento das culturas do Oriente Próximo. Os modelos explicativos tradicionais (modo-de-produção asiático; hipótese causal hidráulica). O advento da escrita na Antiguidade Oriental: o cuneiforme e os hieróglifos. 3 Fontes : ANONIMO (1992) : Gilgamesh, rei de Uruk, Tradução de Pedro Tamen, Prefácio de Norberto Luiz Guarinello, São Paulo, Ars Poetica. A Mesopotâmia na Bíblia - BIBLIA DE JERUSALÉM (2008), 5ª. Ed. São Paulo, Paulus. BOUZON, Emanuel (1981) : As Leis de Eshnunna (1825-1787 a.C.). Petrópolis: Vozes. BOUZON, Emanuel (1986) : As Cartas de Hammurabi. Petrópolis, Vozes. BOUZON, Emanuel (1986) : O Código de Hamurabi. Petrópolis, Vozes. BOUZON, Emanuel (2000) : Contrato Pré-Hammuraianos do Reino de Larsa, Porto Alegre, EDIPUCRS. BOUZON, Emanuel (2000) : Uma coleção do Direito Babilônico Pré-Hammurabiana. Leis do Reino de Eshnunna. Petrópolis: Vozes. Referências obrigatórias: BOTERO, Jean (1987) : Mésopotamie, l’écriture, la raison et les dieux, Paris: Gallimard (o texto em língua em francesa será traduzido pelo docente). CARDOSO, Ciro Flamarion (1993) : Sociedades do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1993, p. 29-53. CARDOSO, Ciro Flamarion (1990) : Antiguidade Oriental, Política e Religião. São Paulo: Ed. Contexto. LEICK, Gwendolyn (2003) : Mesopotâmia: a invenção da cidade. Rio de Janeiro, Imago.. Unidade III – História do Egito Antigo - O Egito Antigo: abordagem diacrônica do desenvolvimento político (a sucessão das 31 dinastias na periodização do Antigo, Médio e Novo Império). Sistema político: o estatismo faraônico. Caracterização social e econômica. As manifestações simbólicas: a relação entre arte, religião, política e cultos funerários. - Desenvolvimento diacrônico: Dinástico Primitivo – Reino Antigo – Primeiro Período Intermediário – Reino Médio – Segundo Período Intermediário – Reino Novo (incluindo Período de Amarna) – Terceiro Período Intermediário – Renascença Saíta – Período tardio (da invasão assíria até o período romano e cristão) - Economia, sociedade e política. - Arte, arquitetura, religião e culto funerário. Fontes: O Egito Antigo na Bíblia - BIBLIA DE JERUSALÉM (2008), 5ª. Ed. São Paulo, Paulus. ANONIMO (2005) : O livro dos mortos do antigo Egito, Tradução de Edith de Carvalho Negraes, Prefácio de Luiz Carlos Teixeira de Freitas, São Paulo, Hemus. ARAUJO, Emanuel. Escrito para a eternidade. A literatura no Egito faraônico. Brasília: Editora UNB, 2000. Referências obrigatórias: CARDOSO, Ciro Flamarion (1993) : Sociedades do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática. 4 CARDOSO, Ciro Flamarion (1997) : Antigüidade Oriental : Política e religião. São Paulo, Contexto. DESPLANCQUES, Sophie (2009) : Egito Antigo, Tradução de Paulo Neves, Porto Alegre, L&PM Pocket. DONADONI, Sérgio (org..) (1990) : O homem egípcio. Lisboa, Presença. GRIMAL, Pierre (2012) : História do Egito Antigo, tradução de Elza Marques Lisboa de Freitas, Rio de Janeiro : Forense. JOHNSON, Paul (2010) : Egito Antigo, Tradução de Alberto Pucheu, Rio de Janeiro, Ediouro. 6. CRONOGRAMA MESES Março Abril Maio Junho Julho UNIDADES DESENVOLVIDAS Unidades I Unidade I Unidade II Unidade II e III Unidade III, avaliação e exame 7. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA ANONIMO (1992) : Gilgamesh, rei de Uruk, Tradução de Pedro Tamen, Prefácio de Norberto Luiz Guarinello, São Paulo, Ars Poetica. ANONIMO (2005) : O livro dos mortos do antigo Egito, Tradução de Edith de Carvalho Negraes, Prefácio de Luiz Carlos Teixeira de Freitas, São Paulo, Hemus. ARAÚJO, E. (2000) : Escrita para a eternidade. A literatura no Egito faraônico. Brasília/ São Paulo, EDUNB/Imprensa Oficial do Estado. AUERBACH, E. (1976) : Mimesis. São Paulo, Perspectiva. BAKOS, Margaret M. (2001) : Fatos e mitos do Antigo Egito, Porto Alegre: EDIPUCRS. BAKOS, Margaret & BARRIOS, A .M. (1999) : O povo da Esfinge. Porto Alegre: Editora Universidade. BAKOS, Margareth Marchiori (1996) : O que são os hieróglifos? São Paulo: Brasiliense. BAKOS, Margareth Marchiori. & POZZER, Katia Maria Paim. (1998.) III Jornada de Estudos do Oriente Antigo. Línguas, Escritas e Imaginário. Coleção História 20. Porto Alegre: EDIPUCRS. BETTENSON, Henry (org.) (1967) : Documentos da Igreja Cristã. São Paulo, Aste. BIBLIA DE JERUSALÉM (2008), 5ª. Ed. São Paulo, Paulus. BOUZON, Emanuel (1981) : As Leis de Eshnunna (1825-1787 a.C.). Petrópolis: Vozes. BOUZON, Emanuel (1986) : As Cartas de Hammurabi. Petrópolis, Vozes. BOUZON, Emanuel (1986) : O Código de Hamurabi. Petrópolis, Vozes. BOUZON, Emanuel (2000) : Contrato Pré-Hammuraianos do Reino de Larsa, Porto Alegre, EDIPUCRS. BOUZON, Emanuel (2000) : Uma coleção do Direito Babilônico Pré-Hammurabiana. Leis do Reino de Eshnunna. Petrópolis: Vozes. 5 BOTERO, Jean (1987) : Mésopotamie, l’écriture, la raison et les dieux, Paris: Gallimard. BUDGE, E. A Wallis (1994) : A religião egípcia, Tradução de Octavio Mendes Cajado, São Paulo, Cultrix/Pensamento. CANDIDO, Antônio (1976) : Literatura e sociedade, São Paulo, Nacional. CANFORA, Luciano: A biblioteca desaparecida: histórias da biblioteca de Alexandria. São Paulo, Companhia das Letras, 1989 CARDOSO, Ciro Flamarion (1982) : Egito Antigo, São Paulo, Brasiliense. CARDOSO, Ciro Flamarion (1984) : Trabalho compulsório na Antigüidade. Rio de Janeiro, Graal. CARDOSO, Ciro Flamarion (1993) : Sociedades do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática. CARDOSO, Ciro Flamarion (1997) : Antigüidade Oriental : Política e religião. São Paulo, Contexto. CARDOSO, Ciro Flamarion (1994) : Sete olhares sobre a Antigüidade. Brasília: EDUNB. CARDOSO, Ciro Flamarion e VAINFAS, Ronaldo (orgs.) (1997) : Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia, Rio de Janeiro, Elsevier DESPLANCQUES, Sophie (2009) : Egito Antigo, Tradução de Paulo Neves, Porto Alegre, L&PM Pocket. DONADONI, Sérgio (org..) (1990) : O homem egípcio. Lisboa, Presença. ECO, Umberto (1976) : A leitura do texto literário. Lisboa, Presença. ELIADE, Mircea (1983) : História das crenças e das idéias religiosas. Rio de Janeiro, Zahar. FINLEY, Moses (1994) : História Antiga. Testemunhos e modelos. São Paulo, Martins Fontes. FINLEY, Moses (1986) : A economia antiga. Porto, Afrontamento. GARELLI, P. (1982) : O Oriente Próximo asiático; das origens às invasões dos povos do mar. São Paulo: Edusp. GRIMAL, Pierre (2012) : História do Egito Antigo, tradução de Elza Marques Lisboa de Freitas, Rio de Janeiro : Forense. GUARINELLO, Norberto L. (2003) : “Uma morfologia da História: as formas da História Antiga”. Politeia: História e Sociedade, v. 3, n. 1, p. 41-62. JOHNSON, Paul (2010) : Egito Antigo, Tradução de Alberto Pucheu, Rio de Janeiro, Ediouro. JAQC, C (2001) : O mundo mágico do Egito Antigo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil. KUHRT, Amélie (2000) : El Oriente Próximo en la Antiguedade (c. 3000 – 330 a.C). Vol. 1. Traducción castellana de Teófilo de Lozoya, Barcelona, Editorial Critica. KUHRT, Amélie. El Oriente Próximo en la Antiguedade (c. 3000 – 330 a.C). Vol. 1. Traducción castellana de Teófilo de Lozoya, Barcelona, Editorial Critica, 2000, p.7-29. LEICK, Gwendolyn (2003) : Mesopotâmia: a invenção da cidade. Rio de Janeiro, Imago. MANNICHE, Lise (1990) : A vida sexual no Antigo Egito, Tradução de Arno Volge, Rio de Janeiro, Imago. MARX, Karl : Formações Econômicas Pré-Capitalistas. Rio de Janeiro: Paz e Terra, s.d. MELLA, Frederico Arborio (S/D) : Dos Sumérios a Babel. São Paulo: Hemus. MELLA, Frederico Arborio(1981) : O Egito dos Faraós. São Paulo: Hemus. 6 MONTET, Pierre (1989) : O Egito no tempo de Ramsés, tradução de Célia Euvaldo, São Paulo, Companhia das Letras. PINSK, Jaime (1991) : 100 textos de História Antiga. São Paulo, Contexto. POLANYI, K (2000) : A Grande Transformação: as origens da nossa época.. Rio de Janeiro: Campus. VERCOUTTER, Jean (1986) : O Egito Antigo. Rio de Janeiro, Difel. VERCOUTTER, Jean (2002) : Em busca do Egito esquecido. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva. TRAUCNECKER, C. (1995) : Os deuses do Egito. Brasília: EDUNB.