Camponeses, escribas e sacerdotes: vida de funcionário e relações sociais no Egito Antigo Rosângela das Neves dos S. Conceição1 Resumo: O tema e trabalho propostos são frutos, inicialmente, de uma avaliação realizado em 2014 para a obtenção de nota na disciplina de Laboratório de História antiga e Medieval sob a atuação do Professor Me. Denis Renan Correa. Tal avaliação consistia na produção de elementos que fornecessem suporte para uma aula (ler-se, plano de aula, texto didático e ou jogo didático) e que estivesse concernente com a proposta da disciplina. Posteriormente o jogo foi doado ao Laboratório de Ensino de História do Centro de Artes humanidades e Letras da UFRB, mantendo, no entanto, a motivação por aperfeiçoamento do que seria o material didático, lúdico e destinado ao ensino de História da organização social do Egito Antigo. O Jogo didático de Tabuleiro nomeado Vida de funcionário, visa não apenas entender as estruturas hierárquicas do Antigo Egito, como também compreender qual a função desempenhada por cada um dos “funcionários do rei” em uma reflexão socioeconômica, provando que o Faraó possuía vários títulos, mas quem mantinha suas horarias, construiu e sustentou, de fato a sociedade em todas as suas facetas, foram os homens e mulheres que disponibilizarão suas forças mecânicas e ou intelectuais à manutenção da vida social, não apenas durante o Antigo Império (e o Primeiro Período Intermediário) e Médio Império, bem como, também, durante A existência do Antigo Egito. Tais recortes ilustram apenas a tentativa de esboçar uma periodização, a medida em que, foi observado uma conservação das estruturas sociais, portanto, o jogo enquanto trabalho final independe dessa ruptura no tempo. No que concerne ao referencial espacial, é importante mencionar que, nenhuma obra utilizada pôde através de minúcias indicar de qual parte geográfica do Egito estamos falando, isso é explicado, não apenas pelo mesmo fator que respalda a questão temporal já supracitada como também pela simplificação histórica generalizada do que se trata da composição social egípcia durante a antiguidade. Através desse breve resumo, o trabalho deixa claro que não estamos tentando recriar mais uma história fantasiosa e alegórica do Antigo Egito; O presente trabalho, propõe-se, justamente, a intervir de forma lúdica no ensino-aprendizagem de História da África e ou Antiga (questões a serem debatidas à parte) na intenção de criticar esse misticismo e mostrar que o Antigo Egito não nos deixou apenas símbolos e histórias, mas também História. 1 Graduanda em História pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.