Imperialismo Contextualizando o SÉCULO XIX Homem X Tempo - século XIX – História passa a ser uma ciência História com um fim – teleológico XIX – Darwin – Evolução do homem Leva à EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE Sociedade que evoluem de maneiras diferentes Europeus brancos mais evoluídos cuja missão era espalhar evolução para os menos evoluídos (povos negros e mestiços) Dá origem à uma política IMPERIALISTA Dominação de povos inferiores por inicialmente os povos brancos europeus que se julgavam superiores Homem do século XIX - desenvolve-se a lógica e os conhecimentos/pensamento sobre o corpo humano - novas técnicas superiores as do século XVIII - estabelece o conceito do homem superior: branco, europeu, civilizado, que comportasse os saberes da ciência, que fosse racional e um herói social Ciência do século XIX - novo método científico – observação e dedução lógicas apoiadas - Positivismo e o progresso ilimitado - homem mudando a história a partir dos conhecimentos adquiridos - Avanço da medicina: - psicologia – análise do comportamento humano - anatomia – análise do corpo humano fisicamente - invenção da penicilina – controlar o destino ao impedir a morte - Proliferação de universidades e de congressos internacionais pela Europa - viajantes europeus trazendo informações à respeito do mundo à fora Urbanização e formação de nações - avanço na medicina – aumento das massas – crescimento populacional Urbanização – formação das primeiras metrópoles Inicio das Nações Nação = comunidade de indivíduos com uma mesma história que se identificam mutuamente segundo esta. Tendo em vista que a história é uma invenção do século XIX, essa ciência era encarregada de forjar nações e garantir o nacionalismo. Somente através da história que podemos reunir as pessoas País (território ocupado por uma ação política) X Nação (pessoas unidas por uma história em comum) Nova Divisão Internacional do Trabalho - novos Estados buscando a reafirmação de seus nacionalismos – de seu sentimento de nação com o crescimento das cidades - 2nda Revolução Industrial – invenção da energia elétrica e do uso do petróleo como combustível com luz e petróleo: - maior vida noturna – mudança no comportamento e no estilo de vida humano - tempo ditado pela tecnologia humana - maior urbanização - novas técnicas – aumento do trabalho – aumento da exploração do trabalho – café - aumento na produção nas fábricas a noite – aumento de mercadorias - Aumento no consumo – sociedades consumistas – necessidade de novos mercados consumidores - Europeus sem matéria prima – necessidade de matéria prima Europeu sem matéria prima, utilizam a desculpa de que eram mais civilizados (Civilização (brancos) X Barbárie (negros, asiáticos e latino-americanos) para explorar outros povos e assim conseguir dominar as terras e os povos das sociedades inferiores, impondo seus costumes, suas técnicas e sua exploração do trabalho. - O colonialismo e o Neocolonialismo O colonialismo ocorreu no século XV e XVI com a expansão marítima. Nesses as colônias como o Brasil eram agroexportadoras (exportavam produtos agrícolas para as metrópoles). Essas somente respondiam à metrópole, auxiliando essa a manter sua economia MERCANTILISTA de acumulo de capitais. As potências da época eram Portugal e Espanha. Já no século XIX com o Neocolonialismo, não há um sistema de relação entre colônias e metrópoles, mas sim outras formas de domínio interligadas à economia da época: Capitalismo Liberal – investir lucros em outros investimentos para que o capital se dinamize entre as sociedades superiores e as bárbaras. Estabelece-se então a Economia Mundo – relação internacional entre a economia e a política de países Classifica-se dentro dela países: - Hegemônicos (centros) – Europa Inglaterra e França - Periféricos (vendem matéria prima e compram produtos industrializados aos centros) – África, Ásia e América Latina. - Semi-periféricos (não são atuantes, mas possuem vestígios de seu apogeu) – Portugal e Espanha Paris e Londres foram crescendo e concentravam toda a economia do mundo. Eles possuíam bancos que emprestavam dinheiro aos países periféricos (países banqueiros), que deviam então pagar aos centros Paris e Londres monopolizam todas as decisões econômicas do mundo conseqüente disso Capitalismo Monopolista A Nova DIT (Nova Divisão Internacional do Trabalho) ocorreu dentro do capitalismo liberal, mas dentro de um contexto econômico maior- capitalismo monopolista. As idéias – o Imperialismo na teoria – o que levou Etnocentrismo – quando uma etnia/raça se julga superior as outras Segrega as pessoas segundo um conceito que não existe Nacionalismo – necessidade de reafirmar-se como nação Ultra nacionalismo ou Ufanismo– a história de meu país é a melhor Conseqüência XENOFOBIA – aversão européia ao estrangeiro e a tudo que vem de foram Levar a sua política, a sua civilização aos outros lugares inferiores: Ásia, América e África As justificativas para esse imperialismo 1) Política Científica: Darwinismo Social - diferente das teorias de Darwin sobre evolução, era uma teoria elaborada por sociólogos para explicar cientificamente a dominação dizendo que “as sociedade evoluem de acordo com o progresso material” e com a determinação do meio em que habitam. Esse progresso material poderia ser tanto a industrialização quanto a urbanização e acaba por hierarquizar as sociedades entre as mais evoluídas (européias) e as menos evoluídas (as africanas...). As sociedades então para evoluir precisam de matéria prima e mercado consumidor, podendo dominar outras para fazer isso. 2) século XIX – conflito entre Civilização e Barbárie – brancos superiores a outras raças, precisam levar a civilização aos outros povos menos evoluídos 3) Explicação de ordem divina O Fardo do Homem Branco – explicação elaborada por Kipling em que o home branco sendo etnocêntrico tem um fardo deixado por Deus para entrar em territórios selvagens para levar a civilização a eles. O imperialismo foi: Econômico: 2nda Revolução Industrial e necessidade de matéria prima e mercado consumidor Político: governos dominando outros governos e nacionalismo Militar: guerras para dominação Cultural: a imposição de novas culturas, religiões e ciências Estados Africanos Antes do Imperialismo - Estados litorâneos voltados para o abastecimento mercantilista – Ashanti, Benin e N’Gola - subjugação dos vizinhos do interior por meio de tributos - Exportação de amendoim, óleo de palma, marfim, algodão, outro - abasteciam o mercado negreiro inglês e americano no século XVI e XVII Os europeus ao entrara na África não encontraram povos selvagens, mas sim um continente formado 80% por reinos e impérios organizados com estado e infra-estrutura. Esse então acabou sendo um confronto entre nações que os europeus com sua visão etnocêntrica, achavam serem bárbaros. As Disputas – entrando no continente Inicialmente os europeus tentaram fazer acordos com os Estados africanos para conseguir mais matéria prima para sua indústria e mercado consumidor para seus produtos. Mas eles sabiam que haveria resistência com parte dos africanos em relação ao Neocolonialismo (sinônimo de imperialismo) Eles então fazem uso da religião 1eiro modo de entrar no continente: Utilização da Religião Eles utilizam os missionários protestantes – os mórmons – encarregados de levar o protestantismo as outras regiões selvagens - Chegam para desconstruir os valores culturais daqueles povos “aculturados” (sem cultura segundo os europeus) CHOQUE CULTURAL – ACULTURAÇÃO (deixar sem cultura para impor uma nova) - desintegração da estrutura social africana a partir dos missionários Primeiramente então não houve guerra, mas sim aculturação e a conquista de aliados africanos contra os impérios. 2) Conquista Comercial Infiltram-se internamente no mercado, para fazer comércio direto com os próprios mercadores Conseguem escapar das barreiras alfandegárias impostas pelos estados africanos Firmam acordos com empresas para que houvesse entrada de indústrias privadas para fazer acordos com os líderes dos estados africanos sobre estradas e ferrovias (não era acordo entre estados) Os africanos com essa ação comercial ficaram mais enfraquecidos. Os europeus partiram então para a ação militar, mas para isso foi necessário conhecer muito bem o território (limitações territoriais e tribos que seriam dominadas). Eles fazem uso então de exploradores (viajantes) que tinham o objetivo de conhecer o continente africano e mapear geograficamente o território. Esses exploradores além de ampliarem as relações comerciais, também vendiam seus registros aos Estados Europeus. 3) Choque Militar - conquista 4) Ocupação Tipos de Dominação Dominação Direta: representante de autoridade imperial governa com plenos poderes legislativos e executivos Ex: Rainha da Inglaterra destrói o rei do lugar e coloca outro rei no lugar – sérios problemas de legitimidade e conflito interno. Congo Belga, e Egito. Dominação Indireta: alianças com autoridades locais subsidiadas pelo império. Estado africano faz alianças com estados europeus onde pagariam tributos aos segundos para que não perdessem o poder e pudessem assim modernizar o estado africano (idéia passada) Dominação com Protetorados: acordos com Estados africanos pré-existentes e conselheiros que atuam na política nativa. Justificativa: modernização. Nesse caso eles mandavam conselheiros europeus para ajudar os reis africanos. Esses recebem um pagamento do governo Europeu para aconselhar o rei africano a levar o país a modernização e forçar a abertura do comércio para a Europa. Ex: Índia e Inglaterra Esses dois últimos eram aplicados com a justificativa de que os europeus eram mais civilizados e buscavam levar a sua modernização a eles. Na realidade a Entrada foi... Mas a entrada no continente foi desorganizada (1880), uma vez que houve várias frentes missionárias, militares e exploradoras de diferentes países entrando ao mesmo tempo. Aconteceram guerras não só entre europeus e africanos, mas entre os próprios europeus que lutavam pelo território. (Ex: Conflito entre França e Inglaterra na Libéria) Decidem então fazer: A Conferência de Berlin (1884-1885) Otto Von Bismack – chanceler alemão – buscando promover o liberalismo onde há igualdade para o capital concorrente e liberdade de comércio, a fim de evitar guerras no continente europeu reúne os países. - Dividem a África entre as potências imperialistas, segundo a influência no território As potências eram: - Grã-Bretanha - França - Espanha - Itália - Bélgica - Holanda - Dinamarca - Estados Unidos - Suécia - Áustria- Hungria - Império Otomano Portugal ficou com o território que possuía desde as grandes navegações, que era Angola, Moçambique, a Costa do Marfim e a Guiné-Bissau. Ele só participou, pois queria uma faixa de território entre Angola e Moçambique, território inglês. A Inglaterra se recusou a ceder, pois havia lá minas de diamante, e assim Portugal saiu da Conferência. Muitas das divisões territoriais foram feitas em linhas retas devido ao desconhecimento geográfico da região. O auge do Império Britânico Período Vitoriano: Rainha Vitória - mudanças culturais e na arquitetura 1859 – Imperialismo inicia – domina diretamente a Índia - perda dos EUA e do Canadá não gera prejuízo uma vez que não possuíam matéria-prima 1876 – imperatriz da Índia 1894-1889 – mais territórios com a Conferência de Berlin Estudo de Caso: 1) Imperialismo na África do Sul Sul da áfrica – séc. XV e XVI – ocupado por duas tribos: - bantos – agricultores - khoisans – caçadores Portugueses e Espanhóis não conseguiam dar a volta pelo Cabo das Tormentas pois o mar era muito violento na região (maremotos causado pelo encontro das águas frias e quentes). Finalmente os portugueses conseguem contornar a região e ir até a Índia, dando inicio à Expansão Marítima. Mas os portugueses não eram peritos em comércio. 1652 – A Companhia Holandesa das Índias Orientais adquiri o monopólio dos pontos de abastecimento de navios nos portos do Cabo de Boa Esperança (das tormentas). Foram criando-se assim pequenas vilas comerciais que ocuparam uma pequena parte do território. Naquela época na Holanda estava ocorrendo a Reforma Protestante onde os calvinistas radicais (ir p/ o céu se acumular riquezas durante a vida) acabaram sendo expulsos para aqueles pontos de abastecimento. Esses holandeses criaram uma nova identidade, uma nova nação e deixaram de ser holandeses para serem Afrikaaners que falavam afrikaans (mistura de holandês, francês, inglês, e outras línguas nativas) Essa colônia de povoamento estabelecida na região ficou chamada de: Nação Afrikaaner E quem nascesse lá seria: Bôer (camponês) Logo se começa a competição por território com os nativos e a EXPLORAÇÃO da mão de obra para adquirir riquezas materiais. Esses bôeres começam então a escravizar os bantos e khoisans, estabelecendo uma sociedade extremamente racista e segregada – isso mais tarde acabou dando origem ao apartheid. Na Revolução Francesa (1795) alguns franceses fugiram para o sul da África, aonde os ingleses vão até o Cabo combatê-los. Tendo vencido, os ingleses decidem formar uma colônia de povoamento comercial para fugir do bloqueio continental. Mas ao chegarem eles teriam que enfrentar os bôeres que ao verem os ingleses chegarem, migraram para os planaltos do interior da região, evitando assim uma guerra que perderiam (Grande Trek – 1836-1844). Os bôeres continuam a escravizar os bantos da região. Os ingleses estabelecem alianças com os chefes nativos e tributos. Diante da ameaça inglesa em sua soberania, os boers precisam se organizar politicamente e nos planaltos africanos fundam a República de Transvaal. funda-se um conjunto de leis segregacionistas racial – separação dos boers (brancos e superiores) aos nativos (negros) Nativos são animais sem capacidade sociais que nem os brancos Os ingleses se posicionam contra os boers e sua república e a escravidão - precisavam de mercado consumidor garantido por uma mão de obra assalariada ele se aproximam dos nativos para conseguir essa mão de obra e consumidores, e também aliados contra os boers Ao mesmo tempo os nativos falam onde estavam as minas da região Os ingleses então fundam outros territórios onde a escravidão era abolida, e os nativos fogem para os territórios ingleses 1882 – Ingleses descobrem que dentro de Transvaal havia uma mina de diamante e outro gigante, mas essa era a república dos boers. Eles então fundam Johanesburgo, uma cidade logo ao lado de Transvaal, para que aos poucos pudessem se infiltrar e reconhecer o território inimigo. Isso trouxe conflitos com os últimos. Guerra Anglo-Boer (1899-1902) - os boers tinham perdido o apoio dos nativos que se uniram aos ingleses Eles então utilizam uma estratégia a base da PUNIÇÃO: intimidando que enviariam eles a campos de concentração. Com essa ameaça, os nativos abandonam os ingleses para apoiar os boers. 1902 – Acordo: Boers poderiam manter sua religião, sua política, sua organização, e sua política segregacionista. Ingleses conseguem o monopólio das jazidas e do comércio de ouro e diamante dominação indireta através de acordos comerciais Boers com a política, ingleses com a economia, e negros livres e segregados trabalhando para os ingleses. 1948 – Boers organizam o regime do Apartheid - negros não tem os mesmo direitos que os branco não só pela sua cor mas também por sua falta de inteligência, e isso foi determinado pela natureza e por deus. Negros então não podiam: - Exercer os mesmos trabalhos - frequentar os mesmos ambientes - andar nas mesmas calçadas - possuíam fichas (passes) que era como que uma ficha criminal onde se restringia o acesso a certos lugares. Os negros revoltados com essa situação social forma o partido dos negros Congresso Nacional - chefiado pelo madiba: Nélson Mandela Movimento de autodeterminação pela África A 1eira medida deles foi: Atentados terroristas para impor medo à população branca Acaba apenas justificando as ações dos brancos e desmoralizando o partido dos negros O Mandela então foi preso por quase 37 anos e depois foi solto. Com o fim na Guerra Fria e a pressão internacional para o fim do apartheid ele se tornou presidente. Sua missão era: Unir os 4 povos que habitavam a África do Sul Promovendo a integração racial por meio da igualdade social (cultura) a partir do esporte, discursos, da criação de um nacionalismo sul-africano que englobasse todos os povos. Estudo de Caso II: Imperialismo na Índia No século XV a Índia era produtora de: -tecidos - especiarias (cravo, pimenta, noz moscada, e etc.) – importantes para enriquecer e conservar os alimentos das cortes européias Nesse século havia uma grande busca por rotas marítimas até a Índia, tendo em vista que a única rota conhecida era controlada pelos árabes (principalmente em Constantinopole). Os europeus então se lançam ao mar, até que os portugueses, circunavegando (indo pelo litoral) a África conseguem ir até a Índia e voltar. No entanto, depois de Vasco da Gama (os portugueses – potência marítima da época – não tinham interesse uma vez que havia ouro no Brasil) o monopólio da rota passou para a Companhia das Índias Inglesas, que conquistaram o comércio de especiarias indianas. Essa companhia pertencia ao Estado britânico q seu comércio restringia-se ao litoral uma vez que no século XVII, a Índia possuía um sistema organizado no interior. Os indianos não estavam sujeitos à ocupação, eles apenas entregavam os produtos prontos no litoral, sem necessidade alguma de exploração econômica. A Inglaterra então soube aproveitar o capital adquirido por esse comércio uma vez que Portugal e Espanha não tinham interesse em fazer o mesmo. Com esse capital a Inglaterra em 1760, (XVIII) passa pela 1eira Revolução Industrial capital inglês aumenta -- se torna uma potência e o capitalismo começa a surgir - Crise no antigo regime – Portugal e Espanha Em 1786 a Índia se torna um protetorado britânico – um conselheiro inglês é enviado até a Índia para “aconselhar”o rei a modernizar a Índia, fazendo comércio com outros países e deixando a infra-estrutura estrangeira entrar. - Infiltração no governo indiano A Inglaterra passa então, a ter o domínio político e econômico da Índia, mas mantendo a estrutura política e cultura antes existente na região. As coisas se complicam em 1857 – Guerra dos Cipaios Entendendo: Os indianos possuíam uma crença de que não se podia matar vacas por causa de sua reencarnação em diferentes vidas. Logos os hindus descobriram que os ingleses estavam matando vacas para somente pegar a gordura para utilizar como lubrificante. Os hindus percebem que essa sua crença sagrada era diferente da cultura trazida pelos ingleses CHOQUE CULTURAL ALTERIDADE - o contato com o outro leva ao AUTOCONHECIMENTO, A FORMAÇÃO DE UMA IDENTIDADE, nesse caso cultural; NACIONALISMO e a necessidade de afirmar esse sentimento Ao perceberem que seu nacionalismo está sendo controlado por alguém, um movimento é criado MOVIMENTO DE AUTODETERMINAÇÃO: percebem sua identidade cultural, a partir dessa percepção procuram afirmar seu nacionalismo politicamente podendo ou não utilizar o governo. A guerra dos Cipaios foi então: - história factual das vacas - produzida por um choque cultural e de alteridade Levou Autodeterminação do povo hindu para afirmar seu nacionalismo a partir do autoconhecimento como uma identidade cultural Esse processo ocorre em muitos movimentos de libertação e independência pelo mundo Os ingleses ganharam a guerra e a imperatriz Vitória estabelece um domínio direto na Índia onde a Índia é uma extensão do território britânico. Os indianos ricos gostavam da Inglaterra, pois conseguiam: - comércio direto - mandar filhos para faculdades e escolas inglesas - não pagavam impostos - podiam usufruir do sistema político inglês No século XX, Mahatma Gandhi foi mandado para a Inglaterra para estudar direito – se tornou um advogado hindu. Ele mais tarde foi trabalhar na África do Sul, que possuía na época sua política segregacionista. Ao chegar lá, ele com sua pele escura sofreu muito, e tendo contato com o outro conheceu sua identidade. Ele então começa a elaborar um plano para resistir ao imperialismo e ao apartheid sul-africano. ele forma um movimento pautado na desobediência civil onde desrespeitariam as leis imperialistas - ele forma um jornal para unir as sociedades e responder às ações do governo - ele cria uma comunidade daquelas pessoas excluídas, cujo nome significa vilarejo, nação, ou mesmo o mundo inteiro Ele buscava a universalidade da igualdade social, encontrando nas diferentes religiões uma única semelhança: o amor ao próximo. O movimento de Gandhi então não era de autodeterminação em que lutava pela liberdade de um povo, mas sim um movimento que buscava a igualdade universal de todos Ele faz isso inicialmente na África do Sul a partir da divisão igualitária dos trabalhos. Depois de fundar essa comunidade e estabelecer seus princípios, Gandhi retornou a Índia como um líder esperado por seu povo. Esses estavam dispostos a fazer qualquer coisa que ele dissesse. Movimento de Gandhi contra o imperialismo: desobediência civil – boicote de produtos ingleses Sendo visto como um líder, a população se uniu diante dele, fazendo o protesto contra o poder imperial e a favor da igualdade. Caso um grupo se recusasse a fazer o protesto, ele entrava em greve de fome até que a população se movimentasse para fazer o pedido. Assim Gandhi atacou o comércio do império inglês, que dependia imensamente desse grande número de consumidores. O maior protesto de Gandhi foi contra a tributação do sal Sal inglês produzido na Índia – vendido mais caro na própria Índia do que na Inglaterra. Passeata – Marcha pelo Sal – boicotar o sal -- 100 mil pessoas percorreram o litoral indiano - Gandhi chegou a fazer greve de fome Ingleses mandam cavalaria, mas os 100.000 se deitam no chão. Os cavalos tem medo de coisas no chão assim, e assim acabaram fazendo com que os ingleses recusassem num protesto pacífico de Gandhi. Os Ingleses são então forçado a abaixar os tributos no sal. Em 1947 – A independência da Índia é assinada pela Inglaterra – a partir dos movimentos pacíficos de desobediência civil de Gandhi e do contexto histórico de pós IIG.M. onde o antigo império não tinha mais dinheiro para bancar a resistência aos protestos. Ingleses abriram mão do império para se manter. RELEMBRANDO: O MOVIMENTO DE GANDHI ERA PELA IGUALDADE SOCIAL E NÃO PELA AUTODETERMINAÇÃO DO POVO HINDU! Estudo de Caso III: O Imperialismo na China A china tinha até o século XIX uma política protecionista proteger/restringir a economia do país ao comércio interno para que esse se desenvolvesse O protecionismo é uma política que se opõem ao liberalismo econômico, onde há livre mercado e não há um Estado restringindo a economia (não há a intervenção de nenhum agente na economia a não ser uma mão invisível) Os ingleses no séc. XIX falavam que eles estavam levando o modelo econômico liberal e falando que para ser civilizado precisava-se adotar esse sistema. A China, desde aquela época, já era um grande interesse para os ingleses pois por ser populosa poderia servir de grande fonte de mão de obra, de matéria-prima e de mercado consumidor. Os ingleses precisavam conquistar o mercado chinês com um produto que fosse muito requisitado, e que precisaria entrar de maneira ilegal (tráfico) uma vez que o sistema econômico chinês era fechado ao comércio externo. Assim eles passaram a vender o ópio para o mercado consumidor chinês. Eles cultivavam as flores de papolha na Índia e pela proximidade geográfica, conseguiam vender na Índia. Em pouco tempo os chineses ficaram dependentes/viciados no comércio de ópio inglês. 1839 – o imperador chinês preocupado com o comércio com os ingleses proíbe o comércio de ópio. Alegando um atentado ao liberalismo que promovia o livre comércio entre todos os países do mundo, a Imperatriz Vitória se posiciona contra o imperador e declara guerra. I Guerra do Ópio – viciados em ópio os chineses perdem Como conseqüência da guerra eles foram obrigados a assinar um tratado com os ingleses Tratado de Nanquim (1842) Nele a China foi obrigada a: - adotar o sistema liberal - abrir 5 portos – comércio livre - ceder Hong Kong aos ingleses por 100 anos ( próxima ao Pacífico a cidade estava em um ponto estratégico para conseguir outras regiões como o Japão.) Supostamente em 1942, a cidade precisaria ser retornada aos chineses, mas isso era em plena IIGM quando os japoneses atacavam a China. Os ingleses só retornaram a cidade em 1997. Durante toda a Guerra Fria a Inglaterra possuía uma cidade capitalista dentro de um país comunista. Mas os chineses só estavam interessados no ópio, não nos outros produtos ingleses, e eles então, continuaram resistentes ao comércio inglês. A Inglaterra novamente declarando que o imperador estava contra a economia liberal declara mais duas Guerras do Ópio (1856 e 1858), ambas das qual vence Novos tratados são assinados para abrir o comércio e deixar a civilização (cultura) inglesa entrar. Abertura de mais 11 portos Liberdade de ação para as missões cristãs - Ingleses protestantes anglicanos chefiados pela Rainha Vitória - chineses budistas chefiados por Budha Quem acaba cedendo às missões anglicanas foram os chineses nobres, os mais ricos, que queriam se aproximar dos ingleses para que o comércio crescesse e eles enriquecessem – industrialização e infra-estrutura. Esses nobres eram representados pela Inglaterra. A população pobre permaneceu budista e contra a civilização inglesa. Eles então se reuniram numa sociedade secreta chamada: Punhos Harmoniosos e Justiceiros, onde lutavam boxe. Lá eles reuniram esse esporte a outras lutas chinesas. Essa sociedade teria que, por meio da força física, defender a cultura chinesa (autodeterminação); e com o boxe eles acreditavam poder enfrentar os ingleses. Esses boxeadores começaram então a incendiar os estabelecimentos comerciais ingleses na china e batiam nos ingleses. Mas os ingleses tinham armas de fogo. 1899 – Guerra dos Boxer – movimento de autodeterminação do povo pobre chinês - boxers massacrados Mas além das guerras internas houve também as guerras externas. 1894-1895 – Guerra Sino-Japonesa – japoneses invadem o território chinês Os japoneses tiveram sua industrialização na Era Meiji – equivalente ao séc. XIX – com o apoio americano. Mas eles logo se livraram da influencia americana. Por causa de sua industrialização os japoneses em 1894, atacam a China em busca de um mercado consumidor. Com a ajuda da Inglaterra os chineses ganham a guerra (uma vez que os ingleses não queriam a competição japonesa no território) Mas mesmo depois dessas guerras – até o séc. XX – a instabilidade social chinesa se manteve, onde a maior parte da população pobre era explorada pelos nobres e ingleses. Em meados do séc. XX, após a IIGM, Mao Tse-Tung (1949) lidera uma revolução com a população pobre contra o domínio imperial inglês e a nobreza chinesa. Para unificar a população ele utiliza uma mistura do nacionalismo e do socialismo, o MAOÍSMO, reunindo em uma, dois modelos opostos (nacionalismo promove as nações e a idéia de que são as melhores e o socialismo às abole e acaba com o etnocentrismo – todos são iguais mundialmente – e o patriotismo). Reúne a população ao criar ma identidade nacional – para combater a Inglaterra e expulsar seu domínio Combate a desigualdade social onde a elite explora todos os recursos ao promover a igualdade de todos e onde o Estado controla os meios de produção. Com a Revolução Chinesa Mao Tse-Tung assume o poder e se mantém lá até depois da Guerra Fria. Ele estabelece: - uma política fechada, extremamente controlada pelo Estado - uma economia de mercado – hibridismo - política socialista fechada mas que negocia com outros países Após a Revolução Chinesa em 1949 a Inglaterra perde seu domínio na China, e após a IIGM o império inglês desmorona ao perder suas ultimas colônias. Surge uma nova potência: Estudo de Caso IV: Imperialismo dos Estados Unidos Como eles se tornaram uma potência: A partir de uma cultura política que cresceu durante a IIGM Cultura política: é definida a partir da construção histórica simbólica de elementos que inconscientemente formam a imagem de um país/nação. Exemplos de elementos de culturas política são a maneira como se vota em partidos ou pessoas, a imagem de animais como a águia, que são associados ao país, ou mesmo de cidades como NY e SP. A cultura política é a fundadora do imaginário coletivo. Ela é sempre resgatada pelo discurso, principalmente em época de crise Ninguém sabe ao certo o porquê desse padrão acontecer Os Estados Unidos possui em sua cultura política a idéia de que são superiores, e essa cultura política foi estabelecida em 1776 com a Independência dos EUA (a primeira do continente) primeiro povo a se libertar do domínio político são os melhores: guardam em seu destino a LIBERDADE e possuem a missão de levá-la á outros povos. Em 1823 praticamente todos os países da América estavam independentes. Estando independentes a 47 anos, o presidente James Monroe, acreditavam que os Estados Unidos precisava ensinar aos outros povos o que era liberdade e mostrar como se livrar de tudo que era europeu (velho) uma vez que os EUA possuíam o novo. Estabelece-se uma nova organização social: a de levar a civilização a o novo aos outros povos incivilizados essa era a MISSÃO CIVILIZATÓRIA DOS EUA. A Doutrina Monroe – “A América é para os americanos”, que visava a não influência européia no continente após a queda de Napoleão, era a justificativa para essa missão de levar a civilização aos inferiores. A América é para os norte-americanos Mas os americanos possuíam um destino: O Destino Manifesto – um destino escrito por Deus Eles, as 13 colônias do leste, foram escolhidas por Deus para expandir para o Oeste levando a civilização àqueles povos bárbaros indígenas. “Os EUA devem controlar TODA a América do Norte” Eles então, para seguir o seu destino, precisavam acabar com os indígenas que ocupavam aquelas terras. Genocídio dos Indígenas – matando eles de fome exterminação dos búfalos – fonte de alimento dos indígenas – indígenas fogem para regiões menos férteis e para o norte EXPANSÃO PARA O OESTE FOI FEITA A PARTIR DA DESAPROPRIAÇÄO DAS TERRAS INDÍGENAS Eles precisavam então, ocupar as terra e chamaram para isso, colonos europeus (que saiam de lá por guerra, doenças ou mesmo perseguição religiosa) para povoar o oeste Gera o loteamento de terras à régua 1845-1848 Guerra Americana-Mexicana. Assinatura do Tratado Guadalupe Hidalgo México perde 40% de seu território para os americanos – Califórnia e Texas regiões ricas em petróleo – México perde suas maiores fontes de riqueza aumento da industrialização americana 1853 – Compra de Gadsden – atuais Arizona e Luisiana Os EUA foram então conquistando o território a partir de guerras com os mexicanos, compras de territórios europeus (franceses, espanhóis e russos) e ocupação do território indígena. Após conquistaram todo o território de leste a oeste: 1901 – O Presidente Roosevelt, após a Doutrina Monroe, criou o Big Stick – para justificar o domínio imperialista no Caribe Eles conquistam o território por meio do apoio às independências dessas ilhas da Espanha. Lá eles estabelecem espécies de protetorados com influência econômica, política e militar Principalmente em Porto Rico e Cuba grandes fornecedoras de produtos tropicais – Repúblicas da Banana