Imperialismo

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Imperialismo
Contextualizando o SÉCULO XIX
Homem X Tempo
- século XIX – História passa a ser uma ciência
 História com um fim – teleológico
XIX – Darwin – Evolução do homem
 Leva à EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE 
 Sociedade que evoluem de maneiras diferentes
 Europeus brancos mais evoluídos cuja missão era espalhar evolução para os menos
evoluídos (povos negros e mestiços)
 Dá origem à uma política IMPERIALISTA
 Dominação de povos inferiores por inicialmente os povos brancos
europeus que se julgavam superiores
Homem do século XIX
- desenvolve-se a lógica e os conhecimentos/pensamento sobre o corpo humano
- novas técnicas superiores as do século XVIII
- estabelece o conceito do homem superior: branco, europeu, civilizado, que comportasse os saberes da ciência, que fosse
racional e um herói social
Ciência do século XIX
- novo método científico – observação e dedução lógicas apoiadas
- Positivismo e o progresso ilimitado - homem mudando a história a partir dos conhecimentos adquiridos
- Avanço da medicina:
- psicologia – análise do comportamento humano
- anatomia – análise do corpo humano fisicamente
- invenção da penicilina – controlar o destino ao impedir a morte
- Proliferação de universidades e de congressos internacionais pela Europa
- viajantes europeus trazendo informações à respeito do mundo à fora
Urbanização e formação de nações
- avanço na medicina – aumento das massas – crescimento populacional
 Urbanização – formação das primeiras metrópoles
 Inicio das Nações
Nação = comunidade de indivíduos com uma mesma história que se identificam mutuamente segundo esta.
Tendo em vista que a história é uma invenção do século XIX, essa ciência era encarregada de forjar nações e garantir o
nacionalismo.
Somente através da história que podemos reunir as pessoas
País (território ocupado por uma ação política) X Nação (pessoas unidas por uma história em comum)
Nova Divisão Internacional do Trabalho
- novos Estados buscando a reafirmação de seus nacionalismos – de seu sentimento de nação com o crescimento das
cidades
- 2nda Revolução Industrial – invenção da energia elétrica e do uso do petróleo como combustível
 com luz e petróleo:
- maior vida noturna – mudança no comportamento e no estilo de vida humano
- tempo ditado pela tecnologia humana
- maior urbanização
- novas técnicas – aumento do trabalho – aumento da exploração do trabalho – café
- aumento na produção nas fábricas a noite – aumento de mercadorias
- Aumento no consumo – sociedades consumistas – necessidade de novos mercados consumidores
- Europeus sem matéria prima – necessidade de matéria prima
Europeu sem matéria prima, utilizam a desculpa de que eram mais civilizados (Civilização (brancos) X Barbárie (negros,
asiáticos e latino-americanos) para explorar outros povos e assim conseguir dominar as terras e os povos das sociedades
inferiores, impondo seus costumes, suas técnicas e sua exploração do trabalho.
- O colonialismo e o Neocolonialismo
O colonialismo ocorreu no século XV e XVI com a expansão marítima. Nesses as colônias como o Brasil eram agroexportadoras (exportavam produtos agrícolas para as metrópoles). Essas somente respondiam à metrópole, auxiliando
essa a manter sua economia MERCANTILISTA de acumulo de capitais. As potências da época eram Portugal e Espanha.
Já no século XIX com o Neocolonialismo, não há um sistema de relação entre colônias e metrópoles, mas sim outras
formas de domínio interligadas à economia da época:
Capitalismo Liberal – investir lucros em outros investimentos para que o capital se dinamize entre as sociedades
superiores e as bárbaras.
Estabelece-se então a Economia Mundo – relação internacional entre a economia e a política de países
 Classifica-se dentro dela países:
- Hegemônicos (centros) – Europa  Inglaterra e França
- Periféricos (vendem matéria prima e compram produtos industrializados aos
centros) – África, Ásia e América Latina.
- Semi-periféricos (não são atuantes, mas possuem vestígios de seu apogeu) –
Portugal e Espanha
Paris e Londres foram crescendo e concentravam toda a economia do mundo. Eles possuíam bancos que emprestavam
dinheiro aos países periféricos (países banqueiros), que deviam então pagar aos centros
 Paris e Londres monopolizam todas as decisões econômicas do mundo conseqüente disso  Capitalismo
Monopolista
A Nova DIT (Nova Divisão Internacional do Trabalho) ocorreu dentro do capitalismo liberal, mas dentro de um contexto
econômico maior- capitalismo monopolista.
As idéias – o Imperialismo na teoria – o que levou
Etnocentrismo – quando
uma etnia/raça se julga
superior as outras
 Segrega as pessoas
segundo um conceito
que não existe
Nacionalismo – necessidade
de reafirmar-se como nação
Ultra nacionalismo ou
Ufanismo– a história de
meu país é a melhor
Conseqüência
XENOFOBIA –
aversão européia
ao estrangeiro e
a tudo que vem
de foram
Levar a sua política, a sua
civilização aos outros
lugares inferiores: Ásia,
América e África
As justificativas para esse imperialismo
1) Política Científica:
Darwinismo Social - diferente das teorias de Darwin sobre evolução, era uma teoria elaborada
por sociólogos para explicar cientificamente a dominação dizendo que “as sociedade evoluem de acordo com o progresso
material” e com a determinação do meio em que habitam. Esse progresso material poderia ser tanto a industrialização
quanto a urbanização e acaba por hierarquizar as sociedades entre as mais evoluídas (européias) e as menos evoluídas
(as africanas...). As sociedades então para evoluir precisam de matéria prima e mercado consumidor, podendo dominar
outras para fazer isso.
2) século XIX – conflito entre Civilização e Barbárie – brancos superiores a outras raças, precisam levar a civilização
aos outros povos menos evoluídos
3) Explicação de ordem divina
O Fardo do Homem Branco – explicação elaborada por Kipling em que o home branco sendo
etnocêntrico tem um fardo deixado por Deus para entrar em territórios selvagens para levar a civilização a eles.
O imperialismo foi:
Econômico: 2nda Revolução Industrial e necessidade de matéria prima e mercado consumidor
Político: governos dominando outros governos e nacionalismo
Militar: guerras para dominação
Cultural: a imposição de novas culturas, religiões e ciências
Estados Africanos Antes do Imperialismo
- Estados litorâneos voltados para o abastecimento mercantilista – Ashanti, Benin e N’Gola
- subjugação dos vizinhos do interior por meio de tributos
- Exportação de amendoim, óleo de palma, marfim, algodão, outro
- abasteciam o mercado negreiro inglês e americano no século XVI e XVII
Os europeus ao entrara na África não encontraram povos selvagens, mas sim um continente formado 80% por reinos e
impérios organizados com estado e infra-estrutura. Esse então acabou sendo um confronto entre nações que os europeus
com sua visão etnocêntrica, achavam serem bárbaros.
As Disputas – entrando no continente
Inicialmente os europeus tentaram fazer acordos com os Estados africanos para conseguir mais matéria prima para sua
indústria e mercado consumidor para seus produtos.
Mas eles sabiam que haveria resistência com parte dos africanos em relação ao Neocolonialismo (sinônimo de
imperialismo)
Eles então fazem uso da religião
1eiro modo de entrar no continente: Utilização da Religião
Eles utilizam os missionários protestantes – os mórmons – encarregados de levar o protestantismo as outras regiões
selvagens
- Chegam para desconstruir os valores culturais daqueles povos “aculturados” (sem cultura segundo os europeus)
 CHOQUE CULTURAL – ACULTURAÇÃO (deixar sem cultura para impor uma nova)
- desintegração da estrutura social africana a partir dos missionários
Primeiramente então não houve guerra, mas sim aculturação e a conquista de aliados africanos contra os impérios.
2) Conquista Comercial
 Infiltram-se internamente no mercado, para fazer comércio direto com os próprios mercadores
Conseguem escapar das barreiras alfandegárias impostas pelos estados africanos
 Firmam acordos com empresas para que houvesse entrada de indústrias privadas para fazer acordos com os líderes
dos estados africanos sobre estradas e ferrovias (não era acordo entre estados)
Os africanos com essa ação comercial ficaram mais enfraquecidos. Os europeus partiram então para a ação militar, mas
para isso foi necessário conhecer muito bem o território (limitações territoriais e tribos que seriam dominadas).
Eles fazem uso então de exploradores (viajantes) que tinham o objetivo de conhecer o continente africano e mapear
geograficamente o território. Esses exploradores além de ampliarem as relações comerciais, também vendiam seus
registros aos Estados Europeus.
3) Choque Militar - conquista
4) Ocupação
Tipos de Dominação
Dominação Direta: representante de autoridade imperial governa com plenos poderes legislativos e executivos
Ex: Rainha da Inglaterra destrói o rei do lugar e coloca outro rei no lugar – sérios problemas de legitimidade e conflito
interno. Congo Belga, e Egito.
Dominação Indireta: alianças com autoridades locais subsidiadas pelo império.
Estado africano faz alianças com estados europeus onde pagariam tributos aos segundos para que não perdessem o
poder e pudessem assim modernizar o estado africano (idéia passada)
Dominação com Protetorados: acordos com Estados africanos pré-existentes e conselheiros que atuam na política
nativa. Justificativa: modernização.
Nesse caso eles mandavam conselheiros europeus para ajudar os reis africanos. Esses recebem um pagamento do
governo Europeu para aconselhar o rei africano a levar o país a modernização e forçar a abertura do comércio para a
Europa.
Ex: Índia e Inglaterra
Esses dois últimos eram aplicados com a justificativa de que os europeus eram mais civilizados e buscavam levar a sua
modernização a eles.
Na realidade a Entrada foi...
Mas a entrada no continente foi desorganizada (1880), uma vez que houve várias frentes missionárias, militares e
exploradoras de diferentes países entrando ao mesmo tempo. Aconteceram guerras não só entre europeus e africanos,
mas entre os próprios europeus que lutavam pelo território. (Ex: Conflito entre França e Inglaterra na Libéria)
Decidem então fazer:
A Conferência de Berlin (1884-1885)
Otto Von Bismack – chanceler alemão – buscando promover o liberalismo onde há igualdade para o capital concorrente e
liberdade de comércio, a fim de evitar guerras no continente europeu reúne os países.
- Dividem a África entre as potências imperialistas, segundo a influência no território
As potências eram:
- Grã-Bretanha
- França
- Espanha
- Itália
- Bélgica
- Holanda
- Dinamarca
- Estados Unidos
- Suécia
- Áustria- Hungria
- Império Otomano
Portugal ficou com o território que possuía desde as grandes navegações, que era Angola, Moçambique, a Costa do
Marfim e a Guiné-Bissau. Ele só participou, pois queria uma faixa de território entre Angola e Moçambique, território inglês.
A Inglaterra se recusou a ceder, pois havia lá minas de diamante, e assim Portugal saiu da Conferência.
Muitas das divisões territoriais foram feitas em linhas retas devido ao desconhecimento geográfico da região.
O auge do Império Britânico
Período Vitoriano: Rainha Vitória
- mudanças culturais e na arquitetura
1859 – Imperialismo inicia – domina diretamente a Índia
- perda dos EUA e do Canadá não gera prejuízo uma vez que não possuíam matéria-prima
1876 – imperatriz da Índia
1894-1889 – mais territórios com a Conferência de Berlin
Estudo de Caso:
1) Imperialismo na África do Sul
Sul da áfrica – séc. XV e XVI – ocupado por duas tribos:
- bantos – agricultores
- khoisans – caçadores
Portugueses e Espanhóis não conseguiam dar a volta pelo Cabo das Tormentas pois o mar era muito violento na região
(maremotos causado pelo encontro das águas frias e quentes). Finalmente os portugueses conseguem contornar a região
e ir até a Índia, dando inicio à Expansão Marítima. Mas os portugueses não eram peritos em comércio.
1652 – A Companhia Holandesa das Índias Orientais adquiri o monopólio dos pontos de abastecimento de navios nos
portos do Cabo de Boa Esperança (das tormentas). Foram criando-se assim pequenas vilas comerciais que ocuparam uma
pequena parte do território.
Naquela época na Holanda estava ocorrendo a Reforma Protestante onde os calvinistas radicais (ir p/ o céu se
acumular riquezas durante a vida) acabaram sendo expulsos para aqueles pontos de abastecimento.
Esses holandeses criaram uma nova identidade, uma nova nação e deixaram de ser holandeses para serem
Afrikaaners que falavam afrikaans (mistura de holandês, francês, inglês, e outras línguas nativas)
Essa colônia de povoamento estabelecida na região ficou chamada de:
Nação Afrikaaner
E quem nascesse lá seria: Bôer (camponês)
Logo se começa a competição por território com os nativos e a EXPLORAÇÃO da mão de obra para adquirir riquezas
materiais.
Esses bôeres começam então a escravizar os bantos e khoisans, estabelecendo uma sociedade extremamente racista e
segregada – isso mais tarde acabou dando origem ao apartheid.
Na Revolução Francesa (1795) alguns franceses fugiram para o sul da África, aonde os ingleses vão até o Cabo
combatê-los. Tendo vencido, os ingleses decidem formar uma colônia de povoamento comercial para fugir do bloqueio
continental.
Mas ao chegarem eles teriam que enfrentar os bôeres que ao verem os ingleses chegarem, migraram para os planaltos do
interior da região, evitando assim uma guerra que perderiam (Grande Trek – 1836-1844). Os bôeres continuam a
escravizar os bantos da região.
Os ingleses estabelecem alianças com os chefes nativos e tributos.
Diante da ameaça inglesa em sua soberania, os boers precisam se organizar politicamente e nos planaltos africanos
fundam a República de Transvaal.
 funda-se um conjunto de leis segregacionistas racial – separação dos boers (brancos e superiores) aos nativos
(negros)
Nativos são animais sem capacidade sociais que nem os brancos
Os ingleses se posicionam contra os boers e sua república e a escravidão
- precisavam de mercado consumidor garantido por uma mão de obra assalariada
 ele se aproximam dos nativos para conseguir essa mão de obra e consumidores, e também aliados contra os boers
Ao mesmo tempo os nativos falam onde estavam as minas da região
Os ingleses então fundam outros territórios onde a escravidão era abolida, e os nativos fogem para os territórios
ingleses
1882 – Ingleses descobrem que dentro de Transvaal havia uma mina de diamante e outro gigante, mas essa era a
república dos boers.
Eles então fundam Johanesburgo, uma cidade logo ao lado de Transvaal, para que aos poucos pudessem se infiltrar e
reconhecer o território inimigo. Isso trouxe conflitos com os últimos.
Guerra Anglo-Boer (1899-1902)
- os boers tinham perdido o apoio dos nativos que se uniram aos ingleses
Eles então utilizam uma estratégia a base da PUNIÇÃO: intimidando que enviariam eles a campos de concentração.
Com essa ameaça, os nativos abandonam os ingleses para apoiar os boers.
1902 – Acordo:
Boers poderiam manter sua religião, sua política, sua organização, e sua política segregacionista.
Ingleses conseguem o monopólio das jazidas e do comércio de ouro e diamante  dominação indireta através de acordos
comerciais
Boers com a política, ingleses com a economia, e negros livres e segregados trabalhando para os ingleses.
1948 – Boers organizam o regime do Apartheid
- negros não tem os mesmo direitos que os branco não só pela sua cor mas também por sua falta de inteligência, e isso foi
determinado pela natureza e por deus.
Negros então não podiam:
- Exercer os mesmos trabalhos
- frequentar os mesmos ambientes
- andar nas mesmas calçadas
- possuíam fichas (passes) que era como que uma ficha criminal onde se restringia o acesso a
certos lugares.
Os negros revoltados com essa situação social forma o partido dos negros
 Congresso Nacional
- chefiado pelo madiba: Nélson Mandela
 Movimento de autodeterminação pela África
A 1eira medida deles foi: Atentados terroristas para impor medo à população branca
 Acaba apenas justificando as ações dos brancos e desmoralizando o partido dos negros
O Mandela então foi preso por quase 37 anos e depois foi solto. Com o fim na Guerra Fria e a pressão internacional para o
fim do apartheid ele se tornou presidente.
Sua missão era:
Unir os 4 povos que habitavam a África do Sul
Promovendo a integração racial por meio da igualdade social (cultura) a partir do esporte, discursos, da criação de um
nacionalismo sul-africano que englobasse todos os povos.
Estudo de Caso II: Imperialismo na Índia
No século XV a Índia era produtora de:
-tecidos
- especiarias (cravo, pimenta, noz moscada, e etc.) – importantes para enriquecer e conservar os alimentos das cortes
européias
Nesse século havia uma grande busca por rotas marítimas até a Índia, tendo em vista que a única rota conhecida era
controlada pelos árabes (principalmente em Constantinopole). Os europeus então se lançam ao mar, até que os
portugueses, circunavegando (indo pelo litoral) a África conseguem ir até a Índia e voltar.
No entanto, depois de Vasco da Gama (os portugueses – potência marítima da época – não tinham interesse uma vez que
havia ouro no Brasil) o monopólio da rota passou para a Companhia das Índias Inglesas, que conquistaram o comércio
de especiarias indianas. Essa companhia pertencia ao Estado britânico q seu comércio restringia-se ao litoral uma vez que
no século XVII, a Índia possuía um sistema organizado no interior.
Os indianos não estavam sujeitos à ocupação, eles apenas entregavam os produtos prontos no litoral, sem necessidade
alguma de exploração econômica. A Inglaterra então soube aproveitar o capital adquirido por esse comércio uma vez que
Portugal e Espanha não tinham interesse em fazer o mesmo.
Com esse capital a Inglaterra em 1760, (XVIII) passa pela 1eira Revolução Industrial  capital inglês aumenta
-- se torna uma potência e o capitalismo começa a surgir
- Crise no antigo regime – Portugal e Espanha
Em 1786 a Índia se torna um protetorado britânico – um conselheiro inglês é enviado até a Índia para “aconselhar”o rei
a modernizar a Índia, fazendo comércio com outros países e deixando a infra-estrutura estrangeira entrar.
- Infiltração no governo indiano
A Inglaterra passa então, a ter o domínio político e econômico da Índia, mas mantendo a estrutura política e
cultura antes existente na região.
As coisas se complicam em 1857 – Guerra dos Cipaios
Entendendo:
Os indianos possuíam uma crença de que não se podia matar vacas por causa de sua reencarnação em diferentes vidas.
Logos os hindus descobriram que os ingleses estavam matando vacas para somente pegar a gordura para utilizar como
lubrificante.
Os hindus percebem que essa sua crença sagrada era diferente da cultura trazida pelos ingleses
CHOQUE CULTURAL
 ALTERIDADE - o contato com o outro leva ao
 AUTOCONHECIMENTO,
 A FORMAÇÃO DE UMA IDENTIDADE, nesse caso cultural;
 NACIONALISMO e a necessidade de afirmar esse sentimento
Ao perceberem que seu nacionalismo está sendo controlado por alguém, um movimento é criado
 MOVIMENTO DE AUTODETERMINAÇÃO: percebem sua identidade cultural, a partir dessa percepção procuram
afirmar seu nacionalismo politicamente podendo ou não utilizar o governo.
A guerra dos Cipaios foi então:
- história factual das vacas
- produzida por um choque cultural e de alteridade
Levou  Autodeterminação do povo hindu para afirmar seu nacionalismo a partir do autoconhecimento como uma
identidade cultural
Esse processo ocorre em muitos movimentos de libertação e independência pelo mundo
Os ingleses ganharam a guerra e a imperatriz Vitória estabelece um domínio direto na Índia onde a Índia é uma extensão
do território britânico.
Os indianos ricos gostavam da Inglaterra, pois conseguiam:
- comércio direto
- mandar filhos para faculdades e escolas inglesas
- não pagavam impostos
- podiam usufruir do sistema político inglês
No século XX, Mahatma Gandhi foi mandado para a Inglaterra para estudar direito – se tornou um advogado hindu. Ele
mais tarde foi trabalhar na África do Sul, que possuía na época sua política segregacionista. Ao chegar lá, ele com sua pele
escura sofreu muito, e tendo contato com o outro conheceu sua identidade. Ele então começa a elaborar um plano para
resistir ao imperialismo e ao apartheid sul-africano.
 ele forma um movimento pautado na desobediência civil onde desrespeitariam as leis imperialistas
- ele forma um jornal para unir as sociedades e responder às ações do governo
- ele cria uma comunidade daquelas pessoas excluídas, cujo nome significa vilarejo, nação, ou mesmo o mundo
inteiro
Ele buscava a universalidade da igualdade social, encontrando nas diferentes religiões uma única semelhança: o amor
ao próximo.
O movimento de Gandhi então não era de autodeterminação em que lutava pela liberdade de um povo, mas sim um
movimento que buscava a igualdade universal de todos
Ele faz isso inicialmente na África do Sul a partir da divisão igualitária dos trabalhos. Depois de fundar essa comunidade e
estabelecer seus princípios, Gandhi retornou a Índia como um líder esperado por seu povo. Esses estavam dispostos a
fazer qualquer coisa que ele dissesse.
Movimento de Gandhi contra o imperialismo: desobediência civil – boicote de produtos ingleses
Sendo visto como um líder, a população se uniu diante dele, fazendo o protesto contra o poder imperial e a favor da
igualdade. Caso um grupo se recusasse a fazer o protesto, ele entrava em greve de fome até que a população se
movimentasse para fazer o pedido. Assim Gandhi atacou o comércio do império inglês, que dependia imensamente desse
grande número de consumidores.
O maior protesto de Gandhi foi contra a tributação do sal
Sal inglês produzido na Índia – vendido mais caro na própria Índia do que na Inglaterra.
Passeata – Marcha pelo Sal – boicotar o sal
-- 100 mil pessoas percorreram o litoral indiano
- Gandhi chegou a fazer greve de fome
Ingleses mandam cavalaria, mas os 100.000 se deitam no chão. Os cavalos tem medo de coisas no chão assim, e assim
acabaram fazendo com que os ingleses recusassem num protesto pacífico de Gandhi. Os Ingleses são então forçado a
abaixar os tributos no sal.
Em 1947 – A independência da Índia é assinada pela Inglaterra – a partir dos movimentos pacíficos de desobediência
civil de Gandhi e do contexto histórico de pós IIG.M. onde o antigo império não tinha mais dinheiro para bancar a
resistência aos protestos. Ingleses abriram mão do império para se manter.
RELEMBRANDO: O MOVIMENTO DE GANDHI ERA PELA IGUALDADE SOCIAL E NÃO PELA AUTODETERMINAÇÃO
DO POVO HINDU!
Estudo de Caso III: O Imperialismo na China
A china tinha até o século XIX uma política protecionista
 proteger/restringir a economia do país ao comércio interno para que esse se desenvolvesse
O protecionismo é uma política que se opõem ao liberalismo econômico, onde há livre mercado e não há um Estado
restringindo a economia (não há a intervenção de nenhum agente na economia a não ser uma mão invisível)
Os ingleses no séc. XIX falavam que eles estavam levando o modelo econômico liberal e falando que para ser civilizado
precisava-se adotar esse sistema.
A China, desde aquela época, já era um grande interesse para os ingleses pois por ser populosa poderia servir de grande
fonte de mão de obra, de matéria-prima e de mercado consumidor.
Os ingleses precisavam conquistar o mercado chinês com um produto que fosse muito requisitado, e que precisaria
entrar de maneira ilegal (tráfico) uma vez que o sistema econômico chinês era fechado ao comércio externo. Assim eles
passaram a vender o ópio para o mercado consumidor chinês.
Eles cultivavam as flores de papolha na Índia e pela proximidade geográfica, conseguiam vender na Índia.
Em pouco tempo os chineses ficaram dependentes/viciados no comércio de ópio inglês.
1839 – o imperador chinês preocupado com o comércio com os ingleses proíbe o comércio de ópio.
Alegando um atentado ao liberalismo que promovia o livre comércio entre todos os países do mundo, a Imperatriz Vitória
se posiciona contra o imperador e declara guerra.
I Guerra do Ópio – viciados em ópio os chineses perdem
Como conseqüência da guerra eles foram obrigados a assinar um tratado com os ingleses
Tratado de Nanquim (1842)
Nele a China foi obrigada a:
- adotar o sistema liberal
- abrir 5 portos – comércio livre
- ceder Hong Kong aos ingleses por 100 anos ( próxima ao Pacífico a cidade estava em um ponto
estratégico para conseguir outras regiões como o Japão.)
Supostamente em 1942, a cidade precisaria ser retornada aos chineses, mas isso era em plena IIGM quando os japoneses
atacavam a China. Os ingleses só retornaram a cidade em 1997. Durante toda a Guerra Fria a Inglaterra possuía uma
cidade capitalista dentro de um país comunista.
Mas os chineses só estavam interessados no ópio, não nos outros produtos ingleses, e eles então, continuaram resistentes
ao comércio inglês.
A Inglaterra novamente declarando que o imperador estava contra a economia liberal declara mais duas Guerras do Ópio
(1856 e 1858), ambas das qual vence
Novos tratados são assinados para abrir o comércio e deixar a civilização (cultura) inglesa entrar.
 Abertura de mais 11 portos
 Liberdade de ação para as missões cristãs
- Ingleses protestantes anglicanos chefiados pela Rainha Vitória
- chineses budistas chefiados por Budha
Quem acaba cedendo às missões anglicanas foram os chineses nobres, os mais ricos, que queriam se aproximar dos
ingleses para que o comércio crescesse e eles enriquecessem – industrialização e infra-estrutura. Esses nobres eram
representados pela Inglaterra.
A população pobre permaneceu budista e contra a civilização inglesa. Eles então se reuniram numa sociedade secreta
chamada: Punhos Harmoniosos e Justiceiros, onde lutavam boxe. Lá eles reuniram esse esporte a outras lutas
chinesas.
Essa sociedade teria que, por meio da força física, defender a cultura chinesa (autodeterminação); e com o boxe eles
acreditavam poder enfrentar os ingleses.
Esses boxeadores começaram então a incendiar os estabelecimentos comerciais ingleses na china e batiam nos ingleses.
Mas os ingleses tinham armas de fogo.
1899 – Guerra dos Boxer – movimento de autodeterminação do povo pobre chinês
- boxers massacrados
Mas além das guerras internas houve também as guerras externas.
1894-1895 – Guerra Sino-Japonesa – japoneses invadem o território chinês
Os japoneses tiveram sua industrialização na Era Meiji – equivalente ao séc. XIX – com o apoio americano. Mas eles logo
se livraram da influencia americana. Por causa de sua industrialização os japoneses em 1894, atacam a China em busca
de um mercado consumidor. Com a ajuda da Inglaterra os chineses ganham a guerra (uma vez que os ingleses não
queriam a competição japonesa no território)
Mas mesmo depois dessas guerras – até o séc. XX – a instabilidade social chinesa se manteve, onde a maior parte da
população pobre era explorada pelos nobres e ingleses.
Em meados do séc. XX, após a IIGM, Mao Tse-Tung (1949) lidera uma revolução com a população pobre contra o
domínio imperial inglês e a nobreza chinesa.
Para unificar a população ele utiliza uma mistura do nacionalismo e do socialismo, o MAOÍSMO, reunindo em uma, dois
modelos opostos (nacionalismo promove as nações e a idéia de que são as melhores e o socialismo às abole e acaba com
o etnocentrismo – todos são iguais mundialmente – e o patriotismo).
Reúne a população ao criar ma identidade nacional – para combater a Inglaterra e expulsar seu domínio
Combate a desigualdade social onde a elite explora todos os recursos ao promover a igualdade de todos e onde o Estado
controla os meios de produção.
Com a Revolução Chinesa Mao Tse-Tung assume o poder e se mantém lá até depois da Guerra Fria.
Ele estabelece:
- uma política fechada, extremamente controlada pelo Estado
- uma economia de mercado – hibridismo
- política socialista fechada mas que negocia com outros países
Após a Revolução Chinesa em 1949 a Inglaterra perde seu domínio na China, e após a IIGM o império inglês desmorona
ao perder suas ultimas colônias.
Surge uma nova potência:
Estudo de Caso IV: Imperialismo dos Estados Unidos
Como eles se tornaram uma potência:
A partir de uma cultura política que cresceu durante a IIGM
Cultura política: é definida a partir da construção histórica simbólica de elementos que inconscientemente formam a
imagem de um país/nação.
Exemplos de elementos de culturas política são a maneira como se vota em partidos ou pessoas, a imagem de animais
como a águia, que são associados ao país, ou mesmo de cidades como NY e SP.
A cultura política é a fundadora do imaginário coletivo.
 Ela é sempre resgatada pelo discurso, principalmente em época de crise
 Ninguém sabe ao certo o porquê desse padrão acontecer
Os Estados Unidos possui em sua cultura política a idéia de que são superiores, e essa cultura política foi estabelecida em
1776 com a Independência dos EUA (a primeira do continente)
 primeiro povo a se libertar do domínio político
 são os melhores: guardam em seu destino a LIBERDADE e possuem a missão de levá-la á outros povos.
Em 1823 praticamente todos os países da América estavam independentes. Estando independentes a 47 anos, o
presidente James Monroe, acreditavam que os Estados Unidos precisava ensinar aos outros povos o que era liberdade e
mostrar como se livrar de tudo que era europeu (velho) uma vez que os EUA possuíam o novo.
Estabelece-se uma nova organização social: a de levar a civilização a o novo aos outros povos incivilizados  essa
era a MISSÃO CIVILIZATÓRIA DOS EUA.
A Doutrina Monroe – “A América é para os americanos”, que visava a não influência européia no continente após a
queda de Napoleão, era a justificativa para essa missão de levar a civilização aos inferiores.
 A América é para os norte-americanos
Mas os americanos possuíam um destino:
O Destino Manifesto – um destino escrito por Deus
Eles, as 13 colônias do leste, foram escolhidas por Deus para expandir para o Oeste levando a civilização àqueles povos
bárbaros indígenas. “Os EUA devem controlar TODA a América do Norte”
Eles então, para seguir o seu destino, precisavam acabar com os indígenas que ocupavam aquelas terras.
 Genocídio dos Indígenas – matando eles de fome
 exterminação dos búfalos – fonte de alimento dos indígenas – indígenas fogem para regiões menos férteis e
para o norte
EXPANSÃO PARA O OESTE FOI FEITA A PARTIR DA DESAPROPRIAÇÄO DAS TERRAS INDÍGENAS
Eles precisavam então, ocupar as terra e chamaram para isso, colonos europeus (que saiam de lá por guerra, doenças ou
mesmo perseguição religiosa) para povoar o oeste
 Gera o loteamento de terras à régua
1845-1848  Guerra Americana-Mexicana. Assinatura do Tratado Guadalupe Hidalgo
México perde 40% de seu território para os americanos – Califórnia e Texas
 regiões ricas em petróleo – México perde suas maiores fontes de riqueza
 aumento da industrialização americana
1853 – Compra de Gadsden – atuais Arizona e Luisiana
Os EUA foram então conquistando o território a partir de guerras com os mexicanos, compras de territórios europeus
(franceses, espanhóis e russos) e ocupação do território indígena.
Após conquistaram todo o território de leste a oeste:
1901 – O Presidente Roosevelt, após a Doutrina Monroe, criou o Big Stick –
 para justificar o domínio imperialista no Caribe
Eles conquistam o território por meio do apoio às independências dessas ilhas da Espanha. Lá eles estabelecem espécies
de protetorados com influência econômica, política e militar  Principalmente em Porto Rico e Cuba
 grandes fornecedoras de produtos tropicais – Repúblicas da Banana
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