ESQUEMA XV-CPV-UFJF-2011 IMPERIALISMO ou NEOCOLONIALISMO ou PARTILHA AFRO/ASIÁTICA Características gerais: - Época: século XIX e inicio do século XX - Principais metrópoles: Inglaterra, França , Alemanha, USA, Japão... -Regiões colonizadas: Ásia, África e América Latina -Etapa do capitalismo: monopolista financeiro -Justificativa ideológica: levar o progresso até os povos -Principais objetivos: mercado consumidor 1-Matérias primas 2 Mão de obra barata 3 Pontos estratégicos 4 Liberação de mão de obra excedente 1_ As regiões colonizadas tinham matéria prima em abundância, diferente das regiões européias, onde a mesma estava esgotada. 2- O salário pago para os trabalhadores das regiões colonizadas seriam muito abaixo do que era pago na Europa, devido ao excesso de mão de obra que os países colonizados tinham. 3- Áreas essenciais para o controle do petróleo por exemplo na Ásia... 4-A economia européia não tinha mais para onde expandir, com isso, muitas pessoas estavam desempregadas, e a opção de um novo mercado, seria interessante para liberar essa mão de obra excedente. O desenvolvimento do capitalismo, na sua fase monopolista capitalista, forçou as potências industrializadas a expandirem os seus mercados. Mas os governos nacionais, atuavam de acordo com os interesses dos grandes grupos econômicos de seus respectivos países. Interessante: vejam como funciona o mercado. Cartéis: acordos entre empresas do mesmo ramo que, embora preservando sua independência, buscam dividir os mercados e fixar os preços. ESQUEMA XV-CPV-UFJF-2011 Trusts: fusão de várias empresas do mesmo ramo, geralmente concorrentes, em uma única, mais poderosa, que passa a controlar a produção e a distribuição das mercadorias. Holdings: empresa de capital, que através da compra de ações controla diversas outras, apesar de manter a autonomia dessas entre si. TIPOS DE NEO-CLONIALISMO A organização das áreas conquistadas variou sensivelmente. Os especialistas normalmente dividem as áreas coloniais, por: 1- Áreas de domínio econômico ou de imperialismo informal: trata-se essencialmente dos países da América Latina, já independentes e controlados apenas do ponto de vista econômico. 2- Áreas de protetorado: a colônia é tratada como se fosse um aliado, mantendo-se seus quadros dirigentes, mas na realidade, esses quadros estão subordinados a uma autoridade européia presente. 3-Áreas de colonização propriamente dita: nestas áreas se faz uma dominação militar, política e econômica e os quadros dirigentes são essencialmente europeus. O IMPERIALISMO NA ÁFRICA Iniciada a partir da segunda metade do século XIX, a efetiva partilha da áfrica atingiu seu ponto máximo na Conferência de Berlim (1884-1885), da qual participaram quatorze países europeus mais Estados Unidos e Rússia. Na África, a preponderância é dos ingleses, que esboçaram o projeto de ir “do Cairo ao Cabo”, projeto bloqueado quando a Alemanha dominou Ruanda-Burundi e Tangancia ( África Oriental) Na África mediterrânea , ou do Norte, os conflitos maiores ficarão por conta das rivalidades franco – britânicas sobre o Egito, que culminou com o estabelecimento do protetorado inglês. Com relação ao Marrocos a disputa envolveu principalmente a Alemanha e a França, dando origem a numerosas crises. ESQUEMA XV-CPV-UFJF-2011 Na África negra, ou sul –saariana, as disputas foram mais acirradas, em virtude da presença e interesses de outras potências. Na África do Sul, a presença maior é dos ingleses e portugueses, estes já de longa data. Os ingleses dominaram a região do Cabo e de Natal. Em seguida, tiveram problemas com os bôers, que habitavam o Transvaal e Orange. Os bôers eram africanos descendentes de holandeses que tentavam impedir que os ingleses explorassem o ouro e diamantes em Orange. A GUERRA DOS BÔERS (1889/1902) determinou a vitória inglesa, formandose a União Sul- Africana. OBS: as divisões artificiais ao continente africano ( + ou – 900 etnias) , será um dos responsáveis pelas guerras civis do processo pós-descolonização. O IMPERIALISMO NA ÁSIA A China era o alvo mais cobiçado, sendo repartida em áreas de influência de várias nações. A dominação da China foi efetivada depois da GUERRA DO ÓPIO (1842), quando o governo chinês foi derrotado em guerra pelo exército inglês. Derrotado, o governo chinês foi obrigado a assinar o tratado de nanquim, abrindo seus portos ao comércio externo e cedendo Honk Kong á Inglaterra. Os chineses não aceitaram pacificamente o domínio. Expressão disto são as várias rebeliões, contra o domínio econômico e cultural estrangeiro. A Índia foi colonizada principalmente pela Inglaterra. A principal revolta indiana contra o domínio britânico foi a Revolta dos Cipaios (1859), duramente reprimida pelos ingleses. O Japão governado pelo sistema de XOGUNATO, também foi vítima do imperialismo- devido a tratados desiguais. Os japoneses, no entanto, conseguiram superar os problemas decorrentes do imperialismo e, em 1868, chegaram à REVOLUÇÃO MEIJI, caracterizada pela centralização do poder político no imperador e pelo início da industrialização adotando para tal os Zaibatsu. A partir dessa data tornou-se gradativamente uma potência econômica militar. ESQUEMA XV-CPV-UFJF-2011 Para modernizar o Japão, o imperador Mutsuhito (1868-1889) aboliu a servidão, proclamou a igualdade de todos perante a lei, desenvolveu a instrução pública, reestruturou o exército, instituiu o IENE como moeda básica do sistema monetário japonês, desenvolveu as comunicações, as estradas de ferro, a imprensa, o serviço postal e o telégrafo. Ao mesmo tempo o Estado passou a estimular o desenvolvimento industrial, intervindo diretamente na economia e promovendo investimentos em empresas que depois eram transferidas para a iniciativa privada. A partir dessa estatal, a industrialização do país tomou impulso, levando a formação de grandes conglomerados econômicos (trustes), conhecidos como ZAIBATSU. O país adotou uma CONSTITUIÇÃO, mas a verdadeira autoridade continuou nas mãos do imperador, apoiado por um exército que se modernizava e logo passaria a reivindicar novos territórios para o Japão. O IMPERIALISMO NA AMÉRICA Na América, ao lado do “imperialismo informal” ou dominação dissimulada dos europeus, o que mais se destaca é o início do imperialismo norte-americano. Após a Guerra de Secessão (1861-1865) e a rápida industrialização, os Estados Unidos também se lançam a corrida imperialista, cuja região Mais significativa foi o Caribe, a América Central e o Oceano Pacífico. Os Estados Unidos dominaram o Hawai e as Filipinas, adquiriram o Alaska á Rússia, estabeleceram sua hegemonia sobre Cuba, além de interferirem por diversas vezes na América Central e do Sul. Na América Central estabeleceram uma base privilegiada no Panamá (no contexto do século XX, representa um dos pontos mais significativos mundiais), onde constroem o canal que liga o Atlântico ao Pacífico. A própria independência do Panamá já contara com os benefícios norte-americanos. A Nicarágua, a República Dominicana, o México, a Venezuela, todos eles conheceram intervenções americanas, justificadas pela doutrina do BIG STICK (grande porrete) do presidente Roosevelt. No entanto, foi no governo Taft que a justificativa real do imperialismo foi desmascarada, pois a diplomacia do dólar afirmava categoricamente o direito da nação americana de intervir para assegurar suas mercadorias e mercados nesses países para seus capitalistas, investimentos lucrativos.