Deficiência de vitamina B12 Deficiência de vitamina B12 Também chamada de hipocobalaminemia, a deficiência de vitamina B12 é um transtorno nutricional que ocorre pela baixa ingestão ou absorção deficiente do organismo. Acarretam alterações na divisão celular, especialmente da medula óssea e mucosa intestinal, resultando em células anormais e grandes, que podem levar a anemia megaloblástica, alterações neurológicas, hematológicas e epidérmicas. A vitamina B 12 está presente em alimentos de origem animal como carnes, leite, ovos e para absorvê-la o tubo digestivo depende de fatores intrínsecos presentes nas células parietais do estômago e de receptores localizados no íleo. Acomete de 50 a 4.000 pessoas a cada cem mil habitantes, sendo mais comum no sexo feminino, em descendentes de africanos e europeus do que em asiáticos. A deficiência mais comum ocorre na Gastrite Atrófica, uma doença autoimune da mucosa do estômago que é rara antes dos 40 anos e aumenta com a idade, chegando a ocorrer em até 20% dos mais velhos. Fatores de risco da Deficiência de vitamina B12 : - Dieta vegetariana e vegana. - Alcoolismo crônico. - Ausência do fator intrínseco por reação autoimune ou hereditária. - Medicamentosa para tratar a diabetes tipo 2 e para controlar a produção de ácido gástrico podem interferir com a absorção da vitamina B12. - Doenças autoimunes relacionadas ao sistema endócrino. - Doenças inflamatórias do intestino e as que provocam má absorção. - Cirurgias que reduzem as dimensões do estômago, como as gastrectomias totais ou parciais e as cirurgias bariátricas. Sinais e Sintomas: - Perda de apetite, - Fadiga, - Falta de ar, - Dores musculares, - Cefaléia, - Língua sensível, - Sangramento da gengiva, - Alterações digestivas e cardíacas - Dormência e formigamento de mãos e pés, - Depressão, - Confusão mental, - Perda de memória. O diagnóstico é realizado pelo médico após a anamnese e exame físico completo, solicitando ainda exames complementares como: dosagens sanguíneas de B12, ácido metilmalônico, homocisteína e anticorpos contra o fator intrínseco. SAIBA MAIS: - Embora níveis sanguíneos de B12 muito baixos estejam associados à deficiência, é raro encontrá-los. - Resultados na faixa de normalidade não excluem a possibilidade de haver déficit. - Exames falso-negativos e falso-positivos são frequentes. - Anemias causadas por deficiência de vitaminas, no geral, são chamadas de anemias megaloblásticas. - Alguns tipos de anemias causadas por deficiência de vitamina B12 são chamados de anemias perniciosas. - Vegetarianos estritos (veganos que não ingerem leite ou laticínios, ovos e carne) não obtêm B12 da dieta. - Indivíduos que têm anemia por causa de deficiência de vitamina B12 podem não apresentar sintomas. - Se alimentados exclusivamente com leite materno, filhos de mães portadoras de deficiência de B12 podem apresentar a partir dos quatro meses de idade: anemia, hipotrofia cerebral, retardo de desenvolvimento, hipotonia muscular, perda de apetite, irritabilidade, tremores, letargia e coma. - Fontes de vitamina B12: Carnes, fígado, ovos, camarão, mariscos e peixes. - Deficiência de ácido fólico também resulta na anemia megaloblástica, dificultando o diagnóstico de qual deficiência vitamínica seria a responsável por essa anemia. - É possível prevenir a anemia provocada pela falta de vitamina B12 seguindo uma dieta balanceada. - Evite alcool. - Doença de Crohn ou a celíaca podem interferir diretamente na absorção dessa vitamina. O diagnóstico prematuro e o tratamento imediato podem limitar a gravidade e as complicações, procure seu médico. Deficiência de vitamina K Deficiência de vitamina K Vitamina lipossolúvel que se apresenta nas formas químicas de vitamina K1 (Fenaquinona), K2 (Menaquinona) e K3 (Menadiona). Atua no sistema enzimático carboxilase-dependente e está presente na membrana microssomal hepática, responsável pela biossíntese dos fatores de coagulação. A variante K1 é encontrada em vegetais, principalmente em folhas verdes, enquanto que a síntese de K2 ocorre pelas bactérias gram-positivas presentes no trato intestinal. As vitaminas K1 e K2 são absorvidas predominantemente no íleo e exigem à presença de sais biliares e suco pancreático, a K3 não necessita. Sua importância no nosso organismo é o de regulação dos processos fisiológicos da coagulação sanguínea, metabolismo ósseo e da biologia vascular. A deficiência de vitamina K em dietas alimentares são raras e desenvolvem-se mais frequentemente após tratamento prolongado com antibióticos. A doença hemorrágica do recém-nascido é a manifestação principal da carência dessa vitamina, onde o fígado do RN é demasiado imaturo para conseguir produzir suficientes fatores de coagulação do sangue, não há bactérias no intestino que produzam vitamina K durante os primeiros dias de vida e o leite materno é uma fonte muito fraca. Fatores de Risco Deficiência de vitamina K : - Síndrome do Intestino Curto, - Doença Intestinal Inflamatória, - Obstrução do duto biliar, - Doença celíaca, - Fibrose cística, - Uso de anticoagulantes - A placenta não deixa passar adequadamente as gorduras nem a vitamina K que é lipossolúvel, - Os lactentes que não receberam injeção da vitamina ao nascer são especialmente susceptíveis a sua carência. Sinais e Sintomas Deficiência de vitamina K: - Equimose, - Epistaxe, - Hematúria, - Sangramento gastrointestinal, - Hemorragia no pós-operatório, - Hemorragia intracraniana, - Hemoptise. O diagnóstico é feito pelo médico através da histórco familiar, exame clínico e atenção para os sintomas associados e história medicamentosa; na tentativa de se excluir outras causas de sangramento como: trombocitopenia, disfunção plaquetária, desordens do colágeno e injúrias não acidentais. O exame de concentração de protrombina, um dos fatores de coagulação que exigem vitamina K, com valor baixo (inferior a 50 % do normal) sugere deficiência, contudo, uma baixa concentração de protrombina pode também ser causada por anticoagulantes ou por lesões do fígado. Em geral, o diagnóstico é confirmado ao aplicar uma injeção de vitamina K para aumentar a concentração de protrombina e se de três a seis horas ocorrer o estancamento da hemorragia, esse processo é denominado teste terapêutico. SAIBA MAIS: - Em adultos, a hipovitaminose K não é comum, pois está largamente distribuída nos alimentos de origem vegetal. Além disso, sua síntese ocorre pela microflora intestinal normal. - Os principais alimentos ricos nessa vitamina são: Couve-de-bruxelas; Brócolis; Couve-flor; Acelga; Espinafre; Alface; Cenoura e Aspargos. - A Deficiência pode ocasionar risco de sangramento descontrolado, calcificação da cartilagem, má formação grave de ossos em desenvolvimento ou depósito de sais de cálcio insolúveis nas paredes das artérias. - A ingestão de quantidades excessivas de óleo mineral também pode impedir a absorção da vitamina. - Sua excreção ocorre 20% pela urina e de 40 a 50% pelas fezes, independente da dose que é consumida. - Concentrações plasmáticas menores ocorrem em indivíduos acima de 30 anos de idade, sendo que seu aumento ocorre após esse período. - Em pessoas acima de 60 anos, em especial no sexo feminino, a concentração é maior do que em pessoas abaixo de 40 anos. - A quantidade recomendada pelo U.S. DRI para um homem de 25 anos é de 120 microgramas/dia. - Não foi estabelecido nenhum limite máximo tolerável. O organismo humano é capaz de armazenar vitamina K, então não há necessidade de sua ingestão diária, em caso de dúvidas procure seu médico. Deficiência de vitamina D Deficiência de vitamina D A vitamina D é obtida a partir de dieta alimentar, suplementos vitamínicos e da exposição à luz solar, que ao incidir sobre a pele, a irradiação ultravioleta converte um precursor em pré-vitamina D, que é rapidamente transformada em D. Na deficiência dessa vitamina os valores do cálcio e fósforo no sangue diminuem, provocando doenças do sistema ósteo-muscular, cérebro, fígado, mama, próstata, intestino, sistema imunológico entre outras. Acomete cerca de um bilhão de pessoas, especialmente nos países com dias frios e escuros durante vários meses consecutivos, sendo que nos Estados Unidos mais de 40% dos indivíduos acima de 70 anos e 50% das crianças negras encontram-se nessa situação. As populações das regiões equatoriais com maior exposição ao sol e que utilizam roupas mais leves apresentam altos níveis da vitamina, enquanto que nos países árabes, Austrália e Índia, em que a população vive com o corpo coberto apesar do calor, cerca de 30% a 50% dos adultos tem essa deficiência. Os níveis normais de 25 OH Vitamina D na dosagem sanguínea são: - Suficiência: > 30 ng/mL - Insuficiência: 30-20 ng/mL - Deficiência: < 20 ng/mL - Deficiência grave: < 5 ng/mL Sinais e Sintomas Deficiência de vitamina D: - Espasmos musculares; - Crianças com atrasos de desenvolvimento; - Dificuldade de sentar-se e engatinhar; - Fontanelas podem demorar a se fechar; - As crianças entre um e quatro anos têm uma curvatura anormal da coluna vertebral, pernas arqueadas e joelhos para dentro; - Crianças e adolescentes com dores quando andam; - Achatamento dos ossos pélvicos nas adolescentes pode provocar o estreitamento do canal de parto; Nos adultos, a perda de cálcio dos ossos, particularmente da coluna vertebral, pelve e pernas, provoca osteoporose e pode ocasionar fraturas. Clinicamente, a deficiência de vitamina D pode ser assintomática, tem sido relacionada a um aumento de incidência de quedas e diminuição de força muscular. O diagnóstico é realizado pelo médico através de anamnese e exame físico apurado, baseando-se nos sintomas, no aspecto dos ossos nas radiografias e nos baixos valores sanguíneos de cálcio e subprodutos da vitamina D. Outras dosagens que auxiliam no diagnóstico são a elevação de paratormônio, a elevação da fosfatase alcalina e a baixa de fósforo. A determinação da 1,25(OH) D é desnecessária, exceto em casos especiais com disfunção renal, pois quando existe baixa de vitamina D e elevação do PTH, ela tende a ser normal. SAIBA MAIS: - As fontes alimentares são pobres nessa vitamina. - A maior concentração é no óleo de fígado de bacalhau, em quantidades menores pode ser obtida em peixes oleosos (salmão, atum, sardinha), cogumelos, gema de ovo, sucos e cereais enriquecidos artificialmente. - A forma mais fácil e natural de obter Vitamina D é a partir da exposição à luz do Sol. - Apenas 15 minutos por dia de exposição, mesmo que somente nos braços, rosto e mãos, já aumentam a produção de Vitamina D. - Indivíduos que fogem do sol devem fazer reposição com suplementos que ofereçam 800 unidades por dia. - Quando os níveis estão muito baixos é difícil recuperá-lo apenas com o sol, sendo importante a reposição com suplementos. - Efeitos da vitamina D no nosso organismo: aumenta a absorção intestinal de cálcio e fósforo, aumenta a reabsorção de cálcio nos rins e reduz a secreção do Paratormônio. - Regula o sistema autoimune e reduz a incidência de algumas doenças como Diabetes tipo I e Esclerose Múltipla. - Diminui a incidência de Diabetes Mellitus tipo 2, da Hipertensão e do risco cardiovascular (queda da secreção renal de renina). - Redução de alguns tipos de câncer como o de cólon, de mama, de próstata, psoríase, fraqueza e dores musculares. Pessoas que apresentam um risco aumentado para a deficiência de vitamina D como os obesos, afrodescendentes, idosos, e as mulheres grávidas, devem ser rastreados, procure seu médico. Deficiência de Vitamina C Deficiência de vitamina C A vitamina C (ácido ascórbico) é essencial para a formação do tecido conjuntivo, contribui para a absorção do ferro, recuperação de queimaduras e feridas, além de ser antioxidante. A principal doença da deficiência da vitamina C é o Escorbuto, causando sangramento da gengiva, mucosas, provocando minúsculas manchas e feridas na pele, podendo progredir a ponto de causar dificuldade de cicatrização, anemia e má formação óssea. Normalmente o organismo cria um depósito com cerca de 1.500 mg de vitamina C de uma vez e os sintomas de quando está baixo, só aparecem depois que essa reserva fica menor de 300 mg, mas é necessário passar várias semanas sem consumir absolutamente nada de vitamina C para que ocorra essa queda em uma pessoa bem nutrida. Pesquisas nutricionais em países da Ásia, África e América Latina indicam que grande parte da população é desnutrida e consomem muito menos vitamina C, que é considerada essencial, no entanto nenhum país informou que o escorbuto seja um problema de saúde importante. Fatores de risco da deficiência da vitamina C: - Deficiência nutricional, - Gravidez, - Lactação, - Hiperfunção da glândula tiróide (tirotoxicose), - Diversos tipos de inflamação, - Cirurgia, - Queimaduras. Sinais e Sintomas da deficiência da vitamina C: - Equimose, - Sangramento de gengivas, - Hemorragia nasal frequente, - Anemia ferropriva, - Fadiga, - Apatia, - Perda de apetite, - Depressão, - Ansiedade, - – Cicatrização lenta, Petéquias. O diagnóstico da deficiência da vitamina C é realizado pelo histórico do paciente e através de exames físico e laboratoriais. Os níveis de ácido ascórbico podem ser determinados no plasma ou células brancas do sangue, fornecendo evidências das reservas de vitamina C no organismo. O teste de fragilidade capilar não é conclusivo, mas pode ser muito útil. No Escorbuto infantil os exames radiológicos revelam hemorragias periósteais, que em conjunto com os sinais clínicos estabelecem esse diagnóstico. SAIBA MAIS: - Não fume. - Não consuma álcool em excesso. - Mulheres que tomam contraceptivos orais apresentam níveis mais baixos de vitamina C no sangue. - O escorbuto infantil causa malformações ósseas. - Os alimentos fonte dessa vitamina são ótimos para melhorar as defesas do organismo e ajudar no combate às infecções. - Os principais alimentos fonte de vitamina C são: abacaxi, acerola, goiaba, laranja, limão, tangerina, kiwi, caju, morango, pimentão, rúcula, alho, cebola, repolho, espinafre, tomate, brotos de verduras, agrião e alface. - Essa vitamina é rapidamente destruída quando exposta ao ar e a luz e não deve ser administrada com leite, água com gás, ou qualquer outro meio que possui ph alcalino. - Alimentos podem ser parcialmente ou completamente destruídos por armazenamentos longos ou pela cozedura. A ingestão adequada pode variar de acordo com a fase de vida: - Adolescentes – 75 mg/ dia - Homens adultos – 90 mg/dia - Mulheres adultas – 75 mg/dia - Mulheres grávidas – 80 mg/dia - Amamentação – 120 mg/dia Alguns antidepressivos e diuréticos podem levar a necessidades acrescidas dessa vitamina, procure seu médico. Deficiência de Vitamina A Deficiência de vitamina A A vitamina A participa no crescimento e diferenciação celular, resposta imune e possui importante papel no processo da visão. A deficiencia de vitamina A no organismo pode provocar uma doença conhecida como cegueira noturna, cegueira permanente, o endurecimento dos revestimentos dos pulmões, intestino e do trato urinário, além de aumento da susceptibilidade da pele às infecções. O Retinol (vitamina A) é encontrado principalmente no óleo de fígado de peixe, gema do ovo, manteiga e natas, enquanto que os vegetais de folha verde e os amarelos contêm carotenóides, como o betacaroteno, o qual se converte lentamente em vitamina A no organismo. A deficiência de vitamina A constitui um problema grave de saúde, com alta incidência em regiões como a Ásia, África e América Latina, sendo que o Brasil foi classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela OPAS como área de carência sub-clínica grave. Subestima-se o número de casos de carência sub-clínica dessa vitamina inclusive em países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde a ingestão inadequada de retinol e carotenóides é o principal fator etiológico. Acomete mais de 124 milhões de crianças, causando de 1 a 2 milhões de mortes anualmente entre 1 a 4 anos de idade e é considerada a principal causa de cegueira infantil no mundo. Fatores de risco: - Desnutrição ou carência alimentar, - Síndrome de má absorção, - Ingestão excessiva de alcool, - Uso de laxantes à base de óleo mineral, - Bebês que não passam pelo período de amamentação correm sérios riscos de desenvolver Deficiência de Vitamina A, - Doença celíaca, - Fibrose cística, - Icterícia obstrutiva, - Cirrose, - Giardíase. Sinais e Sintomas: - Cegueira noturna, - Gripes e resfriados constantes, - Acne, - Boca e pele seca, - Unhas rígidas, que se descamam facilmente, - Falta de apetite, - Cefaléia, - Dor nos olhos, - Cabelos sem brilho, - Diminuição da fertilidade, - Perda do olfato. SAIBA MAIS: - A deficiência de vitamina A é frequente em zonas como o Sudeste asiático, onde o arroz sem casca, que carece de vitamina A, é a principal fonte de alimentação. - Seus efeitos são observados principalmente em crianças em idade escolar, associada a outras deficiências nutricionais. - Primeiro sintoma da deficiência de vitamina A é a cegueira noturna. - O agravamento do quadro pode reverter em prejuízo parcial ou total da visão. - Algumas pessoas têm uma anemia leve. - Na deficiência de vitamina A os valores desta no sangue diminuem até menos de 15 microgramas por 100 ml, o valor normal é de 20 a 50. - Alimentação saudável e equilibrada é essencial para a saúde. - Fontes de vitamina A: Fígado, Cenoura, Batata doce, Manteiga, Espinafre, Abóbora, Melão, Ovos, Damasco, Papaia, Manga, Brócolis, Ervilha, entre outros. - A deficiência de vitamina A tem diagnóstico precoce difícil. - A cirurgia do intestino ou do pâncreas pode desencadear a hipovitaminose. - Casos de deficiência nutricional primária de vitamina A são raros no ocidente O diagnóstico é realizado pelo médico através do historico e pelos achados clínicos, após exame físico, podendo ser solicitado exames complementares como a medição dos níveis séricos de retinol. O tratamento para a carência de vitamina A e alívio dos sintomas baseia-se na administração de suplementação vitamínica e a prevenção se faz com uma alimentação variada, procure um médico. Hipotireoidismo - Dr. Leo Kahn Hipotireoidismo Doença que ocorre quando a glândula tireóide, localizada na região anterior do pescoço, não produz o hormônio tireoidiano em quantidades suficientes. Os hormônios liberados por ela, T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) estimulam o metabolismo, regulando todas as reações necessárias para assegurar os processos bioquímicos dentro do organismo. Cerca de cinco milhões de brasileiros tem hipotireoidismo e a grande maioria ainda não foi diagnosticada. A incidência é quatro vezes maior nas mulheres e aumenta com a idade, principalmente após os 35 anos, sendo que a doença pode ter característica familiar, atingindo vários membros. Nos adultos, a causa mais comum do hipotireoidismo é a tireoidite de Hashimoto, nessa doença, o sistema de defesa do organismo ataca a glândula tireóide causando danos e comprometendo a sua capacidade de produzir hormônios tireoidianos. Pode ser causado também por tratamentos médicos que reduzem a capacidade da tireóide produzir hormônio. Entre os tratamentos que podem ter esse efeito adverso estão o uso de iodo radioativo ou a cirurgia com retirada parcial ou total da tireóide. Outra causa é a presença de alguma doença da hipófise, levando à redução da produção do TSH, o hormônio que estimula o funcionamento da tireóide. Algumas medicações também podem levar à redução da produção ou da ação dos hormônios tireoidianos e, portanto, provocar hipotireoidismo. Há casos, ainda, em que a tireóide não se desenvolve adequadamente e a criança apresenta deficiência de hormônios tireoidianos desde o nascimento; é o chamado hipotireoidismo congênito, que geralmente é diagnosticado por meio do teste do pezinho. O diagnóstico é realizado pela historia clinica e por um simples exame de sangue. Sinais e Sintomas: - Cansaço; - Desânimo e depressão; - Raciocínio lento; - Sensação de frio excessivo; - Ganho de peso, em torno de 3 Kg; - Pele seca e cabelos finos e quebradiços; - Inchaço matinal nas pernas ou ao redor dos olhos; - Pouca sudorese; - Intestino preso; - Irregularidade das menstruações; - Infertilidade; - Batimento lento do coração; - Aumento do colesterol; - Alterações da libido nos homens. SAIBA MAIS: - A ingestão regular do iodo contido no sal de cozinha evita a formação de bócio. - Hormônios tireoidianos não devem ser tomados nos regimes para emagrecer. - Procure adotar uma dieta alimentar equilibrada. É engano imaginar que o hipotireoidismo seja fator responsável pelo ganho de peso, porque as pessoas costumam ter menos fome quando estão com menor produção dos hormônios tireoidianos. - Atividade física regular é indicada nos casos de hipotireoidismo. - Fumar é desaconselhável. PRECAUÇÕES: - A dosagem do TSH/T4/T3 devem ser medida: - Depois dos 40 anos com regularidade; - Mulheres em período pós-parto, ate 6 meses após o parto; - Em pessoas que já tiveram doenças de tireoide anteriormente; - Em pessoas com história familiar de doenças autoimunes da tireoide; - Em pessoas que apresentem outras doenças autoimunes como: diabetes tipo 1, lúpus e artrite reumatoide; - Em pessoas que estiveram em tratamento de radioterapia de cabeça e pescoço; - Em pessoas em uso de lítio ou amiodarona. Procure com o médico endocrinologista a melhor forma de tratamento para seu caso e siga suas orientações à risca.