ATENÇÃO: O material a seguir é parte de uma das aulas da apostila de MÓDULO 3 que por sua vez, faz parte do CURSO de ELETROELETRÔNICA ANALÓGICA -DIGITAL que vai do MÓDULO 1 ao 4. A partir da amostra da aula, terá uma idéia de onde o treinamento de eletroeletrônica poderá lhe levar. Você poderá adquirir o arquivo digital da apostila completa (16 aulas), ou ainda na forma impressa que será enviada por por correio. Entre na nova loja virtual CTA Eletrônica e veja como: www.lojacta.com.br Além de ter a apostila e estuda-la, torne-se aluno e assim poderá tirar dúvidas de cada uma das questões dos blocos atrelados a cada uma das aulas da apostila, receber as respostas por e-mail, fazer parte do ranking de módulos e após a conclusão do módulo com prova final, participar do ranking geral e poder ser chamado por empresas do ramo de eletroeletrônica. Saiba mais como se tornar um aluno acessando nossa página de cursos: www.ctaeletronica.com.br/web/curso.asp APOSTILA ELETRÔNICA GERAL CONFIGURAÇÕES E CLASSES DE AMPLIFICADORES DE SINAL AULA 1 Os amplificadores de sinal Classe A Configurações emissor, coletor e base comuns A inversão de fase da base para o coletor O ganho de tensão e ganho de corrente Defeitos com amplificadores classe A AMPLIFICADORES DE SINAL Classes de Amplificação As classes de amplificação, diferenciam-se quanto ao método de operação, eficiência, linearidade e capacidade de potência de saída. Os amplificadores podem ser classificados em: Classe A - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante os 360 graus do sinal de entrada (ciclo completo). Classe B - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante apenas 180 graus do sinal de entrada (apenas um semi-ciclo) Classe AB - situam-se entre os amplificadores de Classe A e os de Classe B, de forma que o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante mais do que 180 graus do sinal de entrada, mas não na sua totalidade. Classe C - o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) conduz durante menos do que 180 graus do sinal de entrada. Classe D - operam modulando o sinal de entrada na forma de pulsos (PWM, "pulse width modulation" ou modução por largura de pulso), controlando o dispositivo eletrônico de saída (válvula ou transistor) através de dois níveis de tensão, os quais fazem com que o dispositivo conduza ou entre em corte Classe F - alta eficiência (idealmente 100%) e alta potência de saída. Usado principalmente para aplicações de RF e microondas. CLASSE A O amplificador classe A (de sinal) começou a ser estudado na apostila de módulo 2, onde tivemos um breve resumo. +12V +12V R1 1kW R3 10kW 7V 1,1V Q1 R4 1kW figura 1 ELETRÔNICA MÓDULO - 3 R2 100W 0,5V Nos amplificadores classe A, o transistor amplificador de sinal está polarizado de maneira constante, sendo a variação de sinal totalmente amplificada pelo transistor (com semiciclo positivo e negativo). A figura 1, mostra um amplificador classe A, onde o transistor está previamente polarizado (meia polarização) e pronto para que a tensão do coletor varie para o semiciclo positivo e negativo, sem chegar ao corte (chave aberta) ou saturação (chave fechada) do transistor. figura 2 +12V R3 10kW C1 +12V +11V R1 1kW +7V +1,5V +1,1V +3V +0,7V Q1 +0,4V 0V -0,4V R4 1kW R2 100W +0,9V +0,5V +0,1V Podemos ver nesta figura que o transistor Q1 está em meia polarização e sua resistência equivalente de coletor-emissor deverá ser pouco maior (1,5 vez) a resistência de coletor, formando um circuito “série” com R1 (resistor de coletor), resistência interna C-E de Q1 e R2 (resistência de emissor). Mesmo quando não existe sinal a ser amplificado, o transistor Q1 permanece polarizado e com isso este tipo de amplificador consome constante energia; apesar disto, é muito utilizado como amplificador de sinal (quando os resistores ao seu redor são de alto valor). Apesar deste inconveniente (sempre estar polarizado, e claro, consumindo pequena corrente), o amplificador classe A tem uma grande vantagem, centrada na sua pré polarização, que é a de amplificar todo o ciclo sem causar distorção no sinal; torna-se ideal para a função de pré amplificação, onde devemos ter um alto ganho em tensão, mas sem distorções, já que o sinal captado é de baixa amplitude e qualquer distorção poderia descaracterizar completamente o sinal. Na figura 2, temos um pré amplificador classe A, AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO 5 APOSTILA ELETRÔNICA GERAL 6 MÓDULO - 3 AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO ELETRÔNICA APOSTILA ELETRÔNICA GERAL ELETRÔNICA MÓDULO - 3 AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO 7 APOSTILA ELETRÔNICA GERAL MÓDULO - 3 consequentemente sua corrente circulante para fazer com que o transistor conduza mais ou menos de acordo com o semiciclo do sinal, alterando assim a corrente coletor-emissor e portanto o sinal amplificado poderá ser “retirado” do transistor tanto pelo coletor como pelo emissor. Apesar disto, a “entrada” deverá sempre ser feita pelo emissor ou pela base. Note que há um capacitor trazendo um “sinal” para a base do transistor; sinal este, que nada mais é do que uma variação de tensão. Esta variação, irá sair da tensão média da base que é de 1,1V indo até 1,5V e após, novamente caindo para 1,1V. Após, aparecerá o semiciclo negativo do sinal que de 1,1V cai até 0,7V (sinal com 0,4Vpp). Quando a tensão de base está passando de 1,1V para 1,5V, há um aumento de tensão na base, o que produzirá um aumento da corrente entre baseemissor do transistor, produzindo maior corrente coletor-emissor (diminuindo a resistência coletoremissor). Com a diminuição da resistência, haverá maior queda de tensão em R2, que passa de 0,5V que estava anteriormente (0,6V a menos que a base), para uma tensão de 0,9V (base está com 1,5V). Com a queda de 0,9V sobre R2, sendo ele de 100 ohms, devemos ter 10 vezes mais queda de tensão em R1, que apresenta o valor de 1k, caindo a tensão para 3V - a tensão de emissor subiu 0,4V e proporcionalmente a tensão de coletor caiu 4V. Quando a tensão de base está passando de 1,1V para 0,7V, há uma diminuição da tensão na base, o que produzirá uma diminuição da corrente entre base-emissor do transistor, produzindo menor corrente coletor-emissor (aumentando a resistência coletor-emissor). Com o aumento da resistência, haverá menor queda de tensão em R2, que passa de 0,5V que estava anteriormente (0,6V a menos que a base), para uma tensão de 0,1V (base está com 0,7V). Com a queda de 0,1V sobre R2, sendo ele de 100 ohms, devemos ter 10 vezes mais queda de tensão em R1, que apresenta o valor de 1k, subindo a tensão para 11V (1V de queda sobre R1) a tensão de emissor caiu 0,4V e proporcionalmente a tensão de coletor subiu 4V, passando de 7V para 11V. Esta configuração é a mais usada para amplificadores classe A. figura 7 EMISSOR COMUM Nesta configuração, que pode ser vista na figura 6, podemos observar que o sinal está “entrando” na base, sendo “retirado” no coletor do transistor, apresentando o emissor o mesmo sinal da base, mas sem utilização prática, a não ser o terminal comum entre a entrada e a saída de sinais; daí o nome de emissor comum. +12V figura 6 +12V +11V +7V R3 10kW R1 1kW +3V +1,5V +1,1V OUT +0,7V IN Q1 R4 1kW CONFIGURAÇÃO EMISSOR COMUM PARA TRANSISTOR NPN R2 100W Nesta configuração o sinal aplicado na base, produzirá maior ou menor polarização para o transistor e consequente variação da resistência interna do transistor, que gerará variações de tensão no coletor, mas com fase invertida da base para o coletor, ou seja, enquanto a tensão na base sobe, criando maior corrente entre base e emissor, a resistência interna coletor-emissor diminuirá e assim a tensão de coletor cairá (fig 6). Devemos lembrar que o ganho em corrente dependerá do ganho do transistor chamado de Beta (b) que será a multiplicação da corrente base-emissor por um valor que resultará na corrente de coletor-emissor; já o ganho em tensão dependerá da relação de valores entre os resistores de coletor (R1) e do resistor de emissor (R2). Quanto menor o valor do resistor de emissor em relação ao de coletor, maior será o ganho de tensão do coletor em relação à base. Detalhes da amplificação de um sinal: podemos ver que de acordo com os resistores de base do transistor, teremos uma tensão de base de 1,1V. Uma pequena corrente fluirá via base e emissor do transistor, gerando polarização para ele, ficando o coletor com uma resistência pouco maior que o valor do resistor de coletor (1k). Assim, dizemos que a tensão de coletor ficará em torno de 7V. 8 +12V R4 1 kW +12V R2 100W CONFIGURAÇÃO EMISSOR COMUM PARA TRANSISTOR PNP IN Q2 +11,3V R3 10kW +10,9V +10,5V R1 1kW OUT +9V +5V +1V Podemos também ter configuração de emissor comum para transistores PNP com as mesmas características do NPN, como podemos ver na figura 7. Note que se a tensão na base cai, aumenta a corrente de emissor-base e com isso, aumenta também a corrente emissor-coletor (diminui a AMPLIFICADORES A, B, C, AB - OSCILADORES - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E RECEPÇÃO ELETRÔNICA