Pisa em Foco

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PISA
EM FOCO
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educação política educação política educação política educação política educação política educação política educação política
A escola que o aluno frequenta
é importante?
• Sistemas educacionais bem-sucedidos são capazes de garantir que todos os alunos
alcancem um alto patamar de sucesso na escola.
• Entre os países da OCDE, cerca de 60% da variação geral de desempenho dos estudantes
em cada país pode-se atribuir a diferenças no grau de sucesso que se pode esperar de
estudantes que frequentam a mesma escola.
• Cerca de 40% da variação no desempenho estudantil, nos países da OCDE, observa-se
entre escolas; mas, nos países de alto desempenho, essas diferenças são geralmente
menores do que nos países que pontuam em torno da média da OCDE.
A pontuação de um país ou economia
nos testes do PISA indica o desempenho
médio dos estudantes daquele país e,
por sua vez, a capacidade daqueles estudantes de participar plenamente da
sociedade e de contribuir significativamente para uma economia global cada
vez mais baseada no conhecimento. Uma análise de dados coletados por meio
do PISA também revela o grau em que os estudantes de um país ou economia
em particular – ou mesmo de uma escola específica – diferem em termos de
proficiência em leitura, matemática e ciência. O desempenho médio varia
consideravelmente entre sistemas educacionais, do mesmo modo que ocorre
com as diferenças ou variações no desempenho estudantil. Em alguns sistemas
educacionais, a maioria dos estudantes possui níveis similares de proficiência;
em outros, o desempenho estudantil varia de forma bem mais ampla.
Um alto desempenho para todos
os estudantes e todas as escolas é possível.
Uma análise dos resultados do PISA mostra que os países e economias podem
atingir elevado desempenho médio sem apresentar grandes disparidades de
desempenho estudantil. Os sistemas educacionais na Coreia do Sul e em Xangai,
na China, por exemplo, não apenas apresentam desempenho acima da média
em leitura, mas também diferenças relativamente pequenas entre as pontuações
dos estudantes com maiores e menores desempenhos. Eles não são os únicos
sistemas educacionais que compartilham desse perfil: em 10 dos 17 países
e economias que possuem desempenho acima da média em leitura, as variações
em desempenho são menores do que a variação média observada entre os países
da OCDE.
PISA EM FOCO 2013/04 (Abril) – © OCDE 2013
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PISA
EM FOCO
Variação interescolar e intraescolar de desempenho
estudantil em leitura
Representada como um percentual
da variação de desempenho estudantil dentre os países da OCDE
Variação total como proporção
da variação média dos países da OCDE
100
Nota: Os países estão classificados em ordem decrescente da
variação total (intra e interescolar) como uma proporção da variação
global de desempenho estudantil dentre os países da OCDE.
Fonte: banco de dados OCDE PISA 2009, Tabela II.5.1.
12http://dx.doi.org/10.1787/888932343627
80
60
40
20
0
20
40
Percentual de variação intraescolar e interescolar
2
As escolas possuem desempenhos
muito diferentes umas das outras...
Os países e economias diferem quanto à origem das
diferenças de desempenho dos estudantes. Será que
as variações resultam de diferenças de desempenho
entre os estudantes que frequentam uma mesma
escola ou entre estudantes de escolas diferentes?
Dentre os países da OCDE, cerca de 60% da
variação global de desempenho dos estudantes pode
ser atribuído a diferenças no grau de sucesso que se
pode esperar de estudantes que frequentam a mesma
escola, enquanto cerca de 40% da variação global
pode ser atribuído a diferenças no desempenho
esperado dos estudantes que frequentam escolas
diferentes. Entre as nações de desempenho elevado,
uma variação considerável entre escolas somente é
observada em três países: Bélgica, Japão e Holanda.
Diferenças entre escolas respondem por somente
8% da variação de desempenho estudantil na
Finlândia, 10% na Noruega e menos de 20%
na Estônia, Islândia e Polônia. Maiores variações
de desempenho entre escolas não necessariamente
implicam maiores desigualdades entre elas; mas
grandes disparidades de desempenho de estudantes
e de escolas podem sinalizar desigualdades
sociais inaceitáveis, caso essas diferenças sejam
relacionadas a características da escola ou do
aluno, tais como situação socioeconômica, origem
imigrante ou idioma falado em casa.
Média da OCDE 42%
135
147
106
154
77
148
144
114
104
112
94
131
116
120
124
91
116
79
114
105
102
98
95
94
89
81
108
83
110
95
113
87
100
81
115
84
94
80
96
67
105
105
86
72
101
113
122
87
74
66
93
94
112
86
51
88
92
80
74
106
60
81
96
86
Média OCDE 65 %
Argentina
Trinidad e Tobago
Itália
Catar
Turquia
Bulgária
Israel
Panamá
Alemanha
Peru
Hungria
Dubai (EAU)
Áustria
Bélgica
Luxemburgo
Holanda
Japão
Chile
Uruguai
Grécia
Brasil
República Tcheca
Eslovênia
Romênia
Croácia
Sérvia
EUA
México
Cingapura
Jordânia
Quirguistão
Colômbia
Montenegro
Hong Kong-China
Albânia
Tunísia
Eslováquia
Liechtenstein
Cazaquistão
Macau-China
Irlanda
Reino Unido
Taiwan
Coreia
Suíça
Austrália
Nova Zelândia
Portugal
Xangai-China
Azerbaijão
Rússia
Canadá
Suécia
Lituânia
Indonésia
Espanha
Polônia
Estônia
Letônia
Islândia
Tailândia
Dinamarca
Noruega
Finlândia
Variação interescolar
Variação intraescolar
PISA EM FOCO 2013/04 (Abril) – © OCDE 2013
60
80 100
PISA
EM FOCO
Mudanças no desempenho global em leitura e na variação de desempenho estudantil entre 2000 e 2009
Mudança de variação e de pontuação em leitura
-5000
Mudança na variação de desempenho estudantil entre 2000 e 2009
Desempenho diminuiu
Variação diminuiu
Desempenho aumentou
Variação diminuiu
Letônia
-4000
Alemanha
-3000
Dinamarca
Noruega
Liechtenstein
Romênia
-2000
Estados Unidos
Suíça
Polônia
Portugal
Chile
Nova Zelândia
Bélgica
Canadá Rússia
República Tcheca
Hungria
Tailândia
Austrália
Grécia
Finlândia
Argentina
México
Hong Kong-China
Irlanda
Espanha
Israel
Islândia
Itália
Suécia
Brasil
Coreia
-1000
0
1000
Indonésia
Albânia
Peru
2000
Bulgária
Japão
3000
Desempenho diminuiu
Variação aumentou
Desempenho aumentou
Variação aumentou
4000
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
Diferença de pontuação em leitura no PISA entre 2000 e 2009
Nota: Países em que tanto a mudança em variação quanto a mudança de pontuação em leitura são estatisticamente significantes estão identificados em tom mais escuro.
Fonte: banco de dados OCDE PISA 2009, Tabelas V.2.1 e V.4.1.
12http://dx.doi.org/10.1787/888932360005
...e algumas políticas educacionais ampliam essas diferenças.
Diferenças de desempenho entre escolas podem resultar de muitos fatores.
Por exemplo, na Alemanha, grandes diferenças no desempenho esperado dos
estudantes que frequentam escolas diferentes estão relacionadas às políticas
dos sistemas educacionais de selecionar os estudantes para diferentes objetivos
educacionais, geralmente de caráter vocacional ou acadêmico, com base nas notas
dos alunos. Na Itália, variações no desempenho esperado dos alunos que frequentam
escolas distintas são geralmente associadas a diferenças nos perfis das comunidades a
que as escolas atendem. Tais diferenças incluem contrastes socioeconômicos entre estudantes que
frequentam escolas urbanas e aqueles que frequentam escolas rurais e/ou distinções entre as políticas
dos sistemas educacionais federais ou regionais. A variação também pode estar relacionada
a características do sistema escolar que são mais difíceis de serem quantificadas,
tais como diferenças na qualidade ou na efetividade da instrução fornecida.
PISA EM FOCO 2013/04 (Abril) – © OCDE 2013
PISA
EM FOCO
Melhorar o desempenho de um país é algo que
se pode alcançar melhorando o desempenho de
todos os estudantes.
O PISA também investiga como as variações de
desempenho dos estudantes têm evoluído ao longo
do tempo. Dentre os países da OCDE, a variação
média no desempenho dos estudantes em leitura
reduziu-se em 3% entre 2000 e 2009, dado que
a maioria dos países que obtiveram uma melhora
de desempenho durante este período conseguiu
isso aumentando o desempenho dos estudantes
com fraco aproveitamento. Dentre os países cujo
desempenho médio em leitura mudou entre 2000
e 2009, Chile, Alemanha, Hungria, Indonésia,
Letônia, Liechtenstein, Polônia e Portugal registraram
crescimentos acentuados no desempenho médio
e diminuições substanciais na variação de
desempenho dos alunos. Coreia do Sul e Brasil
obtiveram crescimento tanto em desempenho médio
quanto em variação global de desempenho.
Na Suécia, o desempenho médio diminuiu
nesse período, ao passo que a variação
no desempenho dos estudantes
aumentou. Já na República Tcheca, os
níveis de ambos, desempenho médio e
variação global, diminuíram. As
proporções relativas de variação entre
e dentro das escolas permaneceram
similares para a maioria dos países
entre 2000 e 2009. Dos países
que obtiveram melhoras de
desempenho durante o período,
somente a Polônia registrou
um decréscimo expressivo
na variação entre escolas,
enquanto a Suécia registrou
um grande aumento.
Para concluir: O desempenho global de um país ou economia no PISA é apenas uma
medida da efetividade de seu sistema educacional. O grau de variação de desempenho
do aluno entre e dentro das escolas fornece uma indicação muito mais clara da
medida em que o sistema educacional é bem-sucedido em oferecer uma educação
de qualidade para todos os seus estudantes. Os resultados do PISA mostram que alto
desempenho ou melhorias rápidas podem ser atingidos sem a ampliação do hiato
de desempenho que separa os estudantes de maior e de menor rendimento.
Para mais informações:
Entre em contato com: Pablo Zoido ([email protected])
Veja: OECD (2010), Resultados do PISA 2009, Superando o Ambiente Socioeconômico: Equidade em Oportunidades de
Aprendizagem e Resultados (Volume II), Publicação da OCDE.
Visite:
www.pisa.oecd.org
www.oecd.org/pisa/infocus
No próximo mês:
O que faz com que as escolas urbanas
sejam diferentes?
A qualidade da tradução para o Português e sua fidelidade ao texto original são de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira – Inep, Brasil. Disponível em: www.inep.gov.br.
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PISA EM FOCO 2013/04 (Abril) – © OCDE 2013
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