Metabolismo de carboidratos(40`-50`)

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Metabolismo de carboidratos(40’-50’)
Aula transcrita por Maria Gabriela
...a que quebra um a um formando glicose1-fosfato é uma glicogênio fosforilase, porque ela
vai fosforilando... cada glicose que sai ela fosforila. A glicogênio fosforilase é essa que
quebra a unidade lá em cima na ramificação, vai encurtando essa ramificação e vai
fosforilando...Vai chegar um ponto que a glicogênio fosforilase não atua aí ela deixa
algumas unidades e nessas unidades é que entra em ação...está vendo q ta liberando a
glicose um fosfato?Entra em ação a enzima desramificadora aí tranferiu pra cá esse
pedacinho, depois voltou e quebrou, então é a mesma enzima. Bem...Vamos voltar aqui ao
que nós já vimos antes. Ontem eu mostrei um esquema semelhante a esse em que a gente
tinha a ligação do glucagon a seu receptor, mas também pode ser a epinefrina. Então o
glucagon e epinefrina vão estimular o quê?Ontem nós vimos que eles tinham capacidade,
principalmente o Glucagon de paralisar a glicólise, a degradação da glicose. Hoje nós
vamos ver que eles têm a capacidade de estimular a degradação de glicogênio. Então o que
é que ele faz? O mecanismo inicial é exatamente o mesmo que nós vimos na aula de ontem,
ou seja, o glucagon ou a epinefrina ao se ligarem a seu receptor na superfície da célula alfa,
no caso aí, no fígado, né? Nós teríamos a estimulação de proteínas Gs na parte interna
dessas membranas e uma das subunidades da proteína G se aproxima da enzima adenilase
ciclase. Quando isso é feito a adenilase ciclase vai transformar ATP em AMP cíclico. Esse
AMP cíclico tem a capacidade de estimular a degradação do glicogênio, formando glicose1
através da enzima glicogênio fosforilase(que é de quebra) e o próprio AMP cíclico vai
inibir a enzima glicogênio sintase, conseqüentemente o glucagon e a epinefrina têm o poder
de aumentar a degradação de glicogênio e impedir a síntese de glicogênio. Porque os dois
processos não podem existir ao mesmo tempo. Por que não pode? Exatamente porque se eu
estou quebrando glicogênio é porque eu preciso de glicose, como é que eu vou sintetizar
glicogênio ao mesmo tempo? A célula se comporta de forma bastante interessante porque
ela consegue regular os dois processos através de um único composto, o próprio AMP
cíclico, ele faz com que uma enzima seja fosforilada e se torne ativa e a outra seja
fosforilada e se torne inativa. Então veja, a fosforilação, ou seja, a ligação de fosfato a
muitas enzimas vai alterar a atividade delas; em algumas ativando, em outras inibindo. Por
modificação covalente você pode ter atividade aumentada ou diminuída. Nesse caso, as
duas fosforilações nas duas moléculas causam efeitos opostos. Em uma ativa, que é a
fosforilase e na outra sintase inativa. E não precisa usar muita coisa, é o mesmo
mecanismo. Faz a mesma fosforilação. As mesmas enzimas estão sendo usadas para
fosforilar a sintase e a fosforilase, só que os efeitos serão opostos. Bem, a glicose aí vai
seguir a rota que a gente já viu antes, não precisa de muito detalhe. A epinefrina quando se
liga ao receptor beta adrenégico, ela tem o papel de aumentar o AMP cíclico. Mas quando a
epinefrina se liga a um receptor chamado alfa adrenérgico, o composto intermediário muda,
já não é mais o AMP cíclico. Quando nós ligarmos a epinefrina ao receptor alfa
adrenérgico, ela vai ativar uma enzimazinha que está do lado interno da mebrana celular,
fosfolipase C. Esta atua sobre resíduos de lipídios, certo? É um determinado tipo de lípidio
que vai entrar no metabolismo de uma forma bem interessante. Então esse lipídio que será
quebrado pela fosfolipase C, esse(PIP2) fosfatidil inositol pirofosfato por ação da
fosfolipase C tira 3fosfatos, então fica inositol trifosfato e libera o quê? Libera diacil
glicerol. Eu não sei se vocês lembram o que é o diacil glicerol, não tem o triglicérideo? É o
diglicerideo, que a gente também chama de triacil glicerídeo ou triglicerol. Então você tem
glicerol e 3resíduos de ácidos graxos. Quando você libera aí você libera glicerol e dois
resíduos de ác. Graxo, é o diacil glicerol ou diglicerídeo. E libera a inositol trifosfato. Bem,
esses dois compostos vão atuar de forma diferente, veja:o diacil glicerol vai atuar a nível de
que enzima aqui? Da sintase, inibindo ela, paralisa a ação de síntese.E o inositol
trifosfato(IP3) vai atuar a nível do cálcio contido no retículo sarcoplásmatico. Isso aqui é
feito na célula muscular, viu, gente? Então aquele cálcio é estimulado, liberado, vai sair do
retículo, vai se ligar à calmodulina que é a proteína que transporta cálcio e tem efeito
antagônico, ele juntamente com o diacil glicerol vai inibir a sintase, mas em compensação
ele vai estimular a fosfatase. Então a gente terá degradação de fosfato, veja: durante a
contração muscular, a liberação de cálcio pode induzir a quebra do glicose também porque,
a quebra da glicose não, a quebra do glicogênio também porque a gente precisa quebrar a
glicose pra fornecer energia pra contração Então é mais um mecanismo auxiliar que a gente
tem. A epinefrina, diferentemente do glucagon, pode ser liberada também em estresse. O
glucagon não, ele só responde à diminuição de glicose sanguínea.
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