Disciplina de Bioquímica ( DB-105 ) Aula Teórica 03/06/2002 Tópico 17 - Integração e Regulação Hormonal do Metabolismo dos Mamíferos Nos mamíferos há uma divisão de trabalho metabólico entre tecidos especializados e órgãos. A coordenação das diversas atividades metabólicas do organismo é acompanhada por sinais hormonais. O fígado é o órgão central na distribuição e processamento dos nutrientes. Os açúcares e os a.a., produzidos na digestão, atravessam o epitélio intestinal e entram no sangue, que os transporta para o fígado. Alguns TAG derivados dos lipídios digeridos também vão para o fígado, onde os ácidos graxos são usados numa variedade de processos. A glicose-6-fosfato é o intermediário chave no metabolismo dos carboidratos. Ela pode ser polimerizada em glicogênio, defosforilada até glicose sanguínea, ou convertida em ácidos graxos via acetil-CoA. Ela pode sofrer degradação pela glicólise e o ciclo do ácido cítrico, produzindo a energia do ATP ou pela via das pentose fosfato produzindo pentoses e NADPH. Os aminoácidos são usados para sintetizar as proteínas do fígado e do plasma ou os seus esqueletos carbônicos podem ser convertidos em glicose e glicogênio pela gliconeogênese; a amônia formada por sua deaminação é convertida em uréia. Os ácidos graxos podem ser convertidos pelo fígado em outros TAG, colesterol ou lipoproteínas plasmáticas para transporte e armazenamento no tecido adiposo. Eles também podem ser oxidados para produzir ATP ou formarem corpos cetônicos. O músculo esquelético é especializado em produzir ATP para o trabalho mecânico. Durante atividade muscular extenuante, o glicogênio é o combustível final Epinefrina e é fermentado em lactato, fornecendo o ATP. Durante a x moléculas recuperação, o lactato é reconvertido (através da Complexo epinefrina-receptor gliconeogênese) a glicogênio e glicose no fígado. O músculo x moléculas cardíaco obtém todo seu ATP da fosforilação oxidativa. O cérebro usa apenas glicose e -hidroxibutirato (jejum e Hepatócito desnutrição) como combustíveis. O sangue une todos os órgãos, transportando nutrientes, produtos residuais e sinais AMP-cíclico hormonais entre eles. adenil 40x moléculas ciclase Os hormônios são mensageiros químicos (peptídeos, Proteína quinase A aminas ou esteróides) secretados por certos tecidos no sangue, ativa Proteína servindo para regular a atividade de outros tecidos. A quinase A 10x moléculas inativa concentração de glicose no sangue é hormonalmente regulada. Quinase da Flutuações na glicose sanguínea devido à captação na dieta ou Quinase da fosforilase b fosforilase bGlicogênio hepático exercício vigorosoLipídios são hepáticos contrabalançadas por uma variedade de ativa inativa alterações desencadeadas por hormônios. A adrenalina 100x moléculas prepara o organismo para aumentar a sua atividade mobilizando Glicogênio Glicogênio fosforilase b fosforilase a ativa a glicose sanguínea a partir do glicogênio e outros precursores. inativa A glicose sanguínea de glucagon, que 1.000x moléculas Glicose sangüínea Ácidosbaixa graxos no leva à liberação Lipoproteínas Glicose-6-fosfato no fígado Proteínas hepáticas plasmáticas fígado estimula a liberação de glicose a partir do glicogênio hepático e Nucleotídeos, hormônios e Proteínas porfirinas Glicose 1-fosfato Proteínas no fígado e nos músculos Glicogênio desloca o metabolismo energético tissulares Ácidos graxos Glicose sangüínea alta plasmáticas 10.000x moléculas no sangue para ácidos graxos, poupando a glicoselivres para uso pelo cérebro. A glicose sanguínea alta estimula aAminoácidos liberação de insulina, que Via da Vaso sangüíneo Aminoácidos pentose no sangue aumenta a captação de glicose pelos tecidos e favorece o no fígado fosfato Glicose Pâncreas Glicólise -oxidação armazenamento de TAG e glicogênio. Os hormônios agem através de um pequeno número de 10.000x moléculas Nucleotídeos Glicose sangüínea Aminoácidos Triacilgliceróis, Uréia mecanismos fundamentalmente semelhantes. A adrenalina Insulina no músculo fosfolipídios Glicose sangüínea baixa Glicogênio Hormônios Glicose liga-se -adrenérgicos específicos na superfície Sais biliares no músculo esteróides a receptores Ribose-5-fosfato ciclo da uréia Piruvato externa dos hepatócitos e miócitos. Uma proteína de ligação ao GTP estimulatória (Gs) medeia entre o Glucagon Piruvatos e Alanina Ácidos Colesterolplasmática. Quando o receptor receptor adrenérgico e a adenilato ciclase na face interna da membrana intermediários Gliconeogênese Graxos do ciclo do adrenérgicoColesterol está ácido ocupado, a adenilato ciclase é ativada e converte o ATP em cAMP (o segundo cítrico Lipídios mensageiro), que então ativa a proteína quinase dependente de cAMP. Esta proteína quinase fosforila e Acetil-CoA Corpos Acetil-CoA inativa, que numa ativaÁcidos a fosforilase b quinase etapa subsequente fosforila e ativa a glicogênio fosforilase. A cetônicos no graxos sangue o cAMP em AMP. O glucagon age por um mecanismo fosfodiesterase termina o sinal convertendo Glicogênio Glicogênio semelhante, exceto que o glucagon atua primariamente no fígado. Esta cascata de eventos, onde uma única Acetil-CoA molécula de hormônio ativa um catalisador que por sua vez ativa leva a Glicose Glicose outro catalisador e assim por diante, uma grande amplificação do sinal; esta é uma característica de todos os sistemas ativados por hormônio. Piruvato Ciclo do ácido cítrico Glicogênio Piruvato -1- Glicose Ciclo do Ácido Cítrico Músculo: Insulina estimula a captação e o consumo de glicose Ciclo do ácido cítrico Glicose Fosforilação Fosforilação oxidativaoxidativa Fígado: Glucagon estimula a síntese e a Fosforilação exportação de oxidativa glicose