REESTRUTURAÇÃO DO PPP (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO)

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REESTRUTURAÇÃO DO PPP (PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO)
Adelice Ferreira Silva ¹
RESUMO
O presente trabalho partiu da necessidade de compreender e conhecer melhor o
Projeto Político Pedagógico, tendo em ótica o tema Reestruturação do PPP da
Escola municipal Infantil da ABEG em Porto Nacional-TO. O objetivo deste é fazer
uma abordagem sobre a atuação e a importância do PPP dentro da instituição
escolar, bem como sua intervenção família/escola. Este trabalho foi elaborado a
partir de pesquisa bibliográfica e de campo vinculado a uma abordagem teórica e
prática que venha proporcionar subsídios acerca das questões que norteiam o PPP,
sua aplicabilidade é compreender o seu significado, qual sua relação com a escola e
fazer uma reflexão sobre alguns quesitos que devem orientar esta proposta
pedagógica.
PALAVRAS CHAVE: Prática Pedagógica. Gestão democrática. Realidade Escolar.
ABSTRACT
This work started from the need to understand and learn more about the Pedagogical
Political Project, taking into perspective the issue of PPP School Restructuring
Municipal Children's Abega in Porto Nacional -TO. The objective is to make an
approach on the role and importance of PPP within school as well as its family
intervention / school. This work was compiled from literature and field tied to a
theoretical approach and practice that will provide subsidies to the issues that guide
the PPP, its applicability is to understand its meaning, what is your relationship with
the school and to reflect on some questions that should guide this educational
proposal.
KEYWORDS: Teaching Practice. Democratic management. Reality School
Aluna do Curso de Pós-graduação Escola de Gestores – Pólo de Porto Nacional, To. Atuo na Rede
Pública Municipal de educação na Escola Infantil da ABEG na função de Coordenadora Pedagógica.
II
INTRODUÇÃO
Entende-se que o Projeto Político-Pedagógico é a identidade da escola, um
documento em construção coletiva permanente, que busca metas comuns para a
realidade da escola, procurando solucionar problemas, beneficiar a qualidade da
educação, trazer a comunidade para a escola e efetivar ações que estabeleça o
comprometimento de todos. Permite avaliar o que foi feito, trazendo mudanças,
trabalhar conceitos, tornando-se instrumento propício de transformações.
No presente trabalho pode-se admitir, a exemplo de Veiga (1995):
“O projeto político-pedagógico é a própria organização do trabalho pedagógico da
escola como um todo, sendo construído e vivenciado em todos os seus momentos,
por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.”
O PPP da escola ABEG necessita de reestruturação, apesar de ter sido
elaborado pela equipe escolar e comunidade, o Projeto ainda pode melhorar. A
reformulação do Projeto Político-Pedagógico é uma das metas da escola,
objetivando a maior participação entre pais, funcionários, professores e comunidade
com a construção do conhecimento e o futuro da escola.
O PPP é uma ação pedagógica abrangendo projetos pedagógicos e a
contemplação dos temas transversais, com o objetivo de envolver o conhecimento
historicamente produzido numa reflexão crítica da realidade social, na busca da
cidadania.
Segundo Veiga (1995): “Um projeto político pedagógico, ultrapassa a
dimensão de uma proposta pedagógica. É uma ação intencional, com um sentido
explícito, com um compromisso definido coletivamente.”
A escola ABEG mesmo com tantas dificuldades, oferece uma educação com
qualidade, pois, possibilita aos educandos compreender as relações sociais que os
excluem em seus espaços de contradição, de modo a organizar-se para construir as
bases de uma sociedade mais justa e democrática.
O projeto pedagógico não é uma peça burocrática e sim um instrumento de gestão e
de compromisso político e pedagógico coletivo. Não é feito para ser mandado para
alguém ou algum setor, mas sim para ser usado como referência para as lutas da
escola. É um resumo das condições e funcionamento da escola e ao mesmo tempo
um diagnóstico seguido de compromissos aceitos e firmados pela escola consigo
mesma – sob o olhar atento do poder público. (FREITAS et al., 2004, p. 69)
III
Neste estudo, procurou-se enfocar qual a importância do projeto político
pedagógico dentro da Unidade Escolar, pois se julgou importante discutir sobre a
escola em seu cotidiano sendo um lugar de inúmeras e diversificadas práticas.
Sobre essa perspectiva é que a pesquisa toma forma, com a finalidade de
esclarecer as problemáticas a cerca do Projeto Político Pedagógico, seu
planejamento, dificuldades encontradas neste processo, e os reflexos dessas
diferenças, diagnosticando a realidade da educação da Escola Infantil da ABEG, a
fim de buscar futuras intervenções ou reflexões a cerca da mesma.
Através de questionários dirigidos para este fim, observa-se o perfil da
realidade e suas tendências, e de como o Projeto Político Pedagógico pode vir a ser
uma ferramenta de crescimento se usado na prática e não apenas sendo
considerado um documento desnecessário, colocado apenas como uma imposição
feita pela Secretaria Municipal de Educação.
Segundo VASCONCELLOS (2000): “A educação é projeto, e mais do que
isto, encontro de projetos; encontro muitas vezes difícil, conflitante, angustiante
mesmo; todavia altamente provocativo, desafiador, e, porque não dizer, prazeroso,
realizador.”
Sendo o PPP o plano central da escola, um instrumento teórico-metodológico
para intervenção e mudança da realidade sua re-construção deverá permitir o
encontro, a reflexão, a ação sobre a realidade da instituição escolar. Ele é fruto da
interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela coletividade, que
estabelece, através da reflexão, as ações necessárias à construção de uma nova
realidade, antes de tudo, é um trabalho que exige comprometimento de todos os
envolvidos no processo educativo: professores, colaboradores, alunos, pais e
comunidade como um todo.
Segundo Ilma Passos (1995): “O projeto político pedagógico consiste na
organização do trabalho pedagógico da escola, sendo que sua construção parte dos
princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do
magistério.”
O objetivo principal deste estudo foi contemplar o PPP da Escola Infantil da
ABEG na sua totalidade, compreendendo sua gestão democrática, assumindo
envolvimento e responsabilidade entre família, escola e comunidade, constituindo
um caminho de melhoria e de qualidade de ensino. Para isso é necessário que a
escola tenha um projeto político pedagógico que contemple ações que facilitem o
IV
processo de ensino aprendizagem. Neste sentido a revisão constante do PPP é de
fundamental importância, uma vez que o mesmo deve ser norteador das ações da
escola.
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A escola tem como parâmetro melhorar a qualidade do ensino, portanto é
essencial que a Gestão Democrática possui aspecto desafiador para tornar o ensino
em real qualidade, obtendo uma postura inovadora de ensino como ferramenta de
crescimento e de aquisição de eficiência no processo de ensino – aprendizado.
A gestão da escola trata de vários aspectos que envolvem a elaboração e
realização do plano, enfatiza sobretudo, o trabalho coletivo, acentua a importância
de se conhecer a realidade em que a escola está inserida, quem são os alunos,
professores, comunidade, quais suas dificuldades e necessidades.
A esse respeito Neves (1995, p. 98) adverte que:
A autonomia da escola é, pois, um exercício de democratização de um espaço
público: é delegar ao diretor e aos demais agentes pedagógicos a possibilidade de
dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem servem. A autonomia coloca
na escola a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem
repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar escola e família, é capaz de
permitir uma participação realmente efetiva da comunidade, o que caracteriza como
uma categoria eminentemente democrática. Nessa perspectiva, a autonomia
apresenta-se como um norte a ser perseguido, no sentido de construir uma escola
que esteja centrada numa postura democrática.
A gestão democrática constitui como princípio básico que fará a diferença no
processo de desenvolvimento de um ensino de qualidade, sendo capaz de inovar e
dar um rumo para as ações da escola construindo assim, a sua identidade.
É necessário a participação, convidando os pais para dentro da escola, pois
eles são os principais interessados, os melhores fiscais e os maiores aliados na
exigência de uma educação de qualidade. Sendo assim, a escola se caracteriza
como um importante espaço educativo e socializador, complementando o trabalho
desenvolvido pelas famílias, portanto, o ambiente familiar interfere na aprendizagem,
dependendo das vivências.
V
A família cria laços fortes, de afeto mútuo, isso dá à criança base favoráveis e
melhores condições de aprender, pensar e conviver em companhia de outras
pessoas.
De acordo com Cury (2003, p. 55): “Educar é ser um artesão da
personalidade, um poeta da inteligência, um semeador de idéias”.
A comunidade é importante nos incentivos e estímulos, sem a sua ajuda é
impossível alcançarmos os resultados na sua totalidade, exigidos pelas leis de
ensino. Mas quando a comunidade percebe que a escola está bem gerida,
acreditam no trabalho, na filosofia da Unidade Escolar, passam a defender a
proposta, integrando-se ao nosso meio, tendo como foco principal o aluno, suas
necessidades, anseios, desejos e, principalmente, seu desenvolvimento como ser
social, agente transformador da sociedade.
De acordo Freire (1997, p. 119):
Ninguém educa ninguém, assim como ninguém educa sozinho: alguém só aprende
se existir uma pessoa que lhe deseje ensinar. Da mesma forma, alguém só ensinará
se houver um indivíduo predisposto a aprender, e o aprender se tornará prazeroso na
medida em que for significativo.
A educação pode interferir na sociedade podendo contribuir para sua
transformação, como também os problemas da sociedade podem afetar a educação.
A gestão Democrática e Participativa de uma escola representa a interação entre os
diversos segmentos da comunidade escolar, visando o melhor aprendizado e a
formação de cidadãos conscientes, críticos e participativos de seus direitos e
deveres.
A escola encontra-se interligada com o ambiente que cerca o aluno, e seus
funcionários, estabelecendo uma relação de dependência entre os diversos setores
da Comunidade Escolar. Cada setor é responsável pelo bom funcionamento dos
demais, interferindo, quando necessário, em questões que têm como objetivo o
desenvolvimento intelectual, afetivo e social do aluno.
Rosas (2001) afirma que:
(...) estabelecer espaço e tempo para a discussão da política pedagógica, na escola,
objetivando o amadurecimento e a interação dos profissionais, pais e alunos com
vista a desenvolver um projeto político pedagógico e um planejamento participativo,
VI
determinado no calendário escolar ou definido pela comunidade, democraticamente,
garantindo o acesso aos seus direitos, conhecimento e exercício de seus deveres,
fazendo de todos co-participes e co-autores no processo educacional.
Desta forma, a educação da escola ABEG vem desenvolvendo um
aprendizado de forma sistematizada, fortalecendo a relação escola-comunidade,
oferecendo espaços de participação coletiva para instaurar uma forma de
organização do projeto político pedagógico.
Pensando na coletividade que rege a Gestão Escolar nos dias de hoje, cabe
definir uma forma de verificação das práticas desenvolvidas no interior da escola,
implantando mecanismos de avaliação, buscando a participação dos pais,
comunidade e equipe escolar para saber se os nossos objetivos estão sendo
alcançados e se os mesmos estão satisfeitos com os resultados obtidos.
Desse modo, o desafio da reestruturação do projeto político pedagógico da
escola, a partir da gestão democrática, deve ter como meta o desejo de construir
uma escola, que assuma o diálogo, e a participação como princípios básico de sua
proposta de trabalho, que tenha a audácia de assumir o desejo da transformação.
AÇÕES PARTICIPATIVAS DA ESCOLA INFANTIL DA ABEG
A equipe escolar da ABEG se propõe a produzir seus conhecimentos
pedagógicos ás crianças da faixa etária entre 4 a 5 anos de idade, articulando e
aproveitando o cotidiano na sala de aula, baseando-se em questionários, entrevistas
e estudos teóricos na área da educação, juntamente com o agente da comunicação
educadores, alunos e pais para a troca de experiência.
Nesse estudo foram realizados questionários direcionados aos pais de alunos
e equipe escolar abordando questões abertas sobre a participação da comunidade
nas decisões da escola, concepção da questão da autonomia, interação do trabalho
coletivo, a importância desses segmentos no desenvolvimento do projeto político
pedagógico. Através destes mecanismos, pôde-se vivenciar os problemas que a
comunidade local enfrenta e ao mesmo tempo faz-se um alerta para que esta efetive
a sua participação nos rumos que pretende tomar.
Acredita-se que o projeto político pedagógico é um eixo norteador das
atividades e ações da escola, portanto, a partir da reestruturação do projeto político
VII
pedagógico foi necessário efetivar e articular ações pedagógicas administrativas de
acordo com a realidade escolar.
Apresentamos aqui projetos, ações, atividades e práticas pedagógicas que
venham atender as reais necessidades do cotidiano da escola.
No inicio do ano letivo de 2010 foram reunidos toda a equipe escolar para a
re-leitura e apresentação do projeto político pedagógico, onde todos puderam refletir
sobre a atuação do mesmo na prática educativa. Algumas pessoas não tinham
conhecimento do projeto, sendo necessário avaliar as ações positivas e negativas.
Dessa forma, procurou-se realizar algumas intervenções no intuito de
melhorar a aplicabilidade do PPP na instituição escolar.
A acolhida é o momento onde a criança é recebida pelo professor (a) em sala
de aula com atividades que possibilitem o entrosamento e a sua organização em
sala de aula, como desenhos livres, pinturas, brinquedos educativos, músicas ou
cantigas de roda.
O conhecimento da família dos alunos se dá no momento em que os pais
deixam seus filhos na escola e a acolhida do professor. Nesse momento há uma
interação do aluno-professor e professor-aluno e coordenador. Tornando um
ambiente familiar, de conciliação e participação da família e escola. Existem pais
que apenas deixam o filho na escola, havendo pouco comprometimento escolar,
deixando muito a desejar sobre seu contato como pai e educador, dificultando
interação da família na escola.
A escola promove atividades esportivas e culturais como meio de participação
no processo de desenvolvimento social, de valores e atitudes, tais como o grêmio
estudantil e representante de turmas.
A participação da família e da comunidade escolar nas atividades da Escola
Infantil da ABEG se faz através de reuniões, festas, encontros, palestras com os
professores, especialistas e conversas com a equipe pedagógica da escola quando
solicitadas. As reuniões acontecem na sede da própria escola, e são dirigidas pela
direção e coordenadora pedagógica. Nessas reuniões são expostos os problemas,
as conquistas e o desempenho geral das turmas e dos alunos individualmente, como
um balanço geral das atividades. Há a oportunidade de todos se expressarem,
expondo seus pontos de vista e suas idéias. Dessa forma, existe a participação
desses segmentos nas atividades escolares.
VIII
Os trabalhos de intervenção da comunidade escolar são desenvolvidos com
palestras e demonstrações direcionadas a pais, professores e alunos retratando
sobre temas como a dengue, lixo, água, queimadas, reciclagem de lixos,
higienização do corpo, saúde bucal, o meio ambiente e os mais variados temas do
cotidiano. Os alunos participam ativamente desses trabalhos tornando-se crianças
ativas, participativas e responsáveis.
As ações desenvolvidas no decorrer do ano letivo com mini projetos,
construções de painéis, lembrancinhas, danças, festas, jantares e brincadeiras são
trabalhados nas datas comemorativas de cada mês, como carnaval, a páscoa, dia
do índio, dia das mães, dia dos pais, dia das crianças e comemoração das datas
cívicas.
Os passeios são conceituados como aula campo para expor e mostrar em
forma real a vivência de fatos naturais, históricos, religiosos e sócio-cultural. Dessa
maneira os alunos aprendem como é gostoso aprender, intervir e atuar no meio
histórico diminuindo as diferenças sociais e humanas.
Na segunda-feira é o momento de reflexão com Deus com mensagens,
textos, histórias bíblicas, músicas infantis, coral, trabalhando as crianças a sua
oralidade, atenção e reflexões sobre bondade, tendo sua auto estima mais elevada.
Não focaliza a religiosidade, mas trabalha seus valores, formações éticas e crítica. É
o momento mais esperado para os alunos, pois a acolhida é feita com músicas
religiosas que fazem as crianças a entenderem o significado de Deus e irmãos
através da musicalidade.
As sextas-feiras culturais os alunos aprendem a cantar o Hino Nacional
brasileiro e o Hino da cidade de Porto Nacional, elaboram teatros, grupo de danças,
utilizam de fantoches e dramatizações apresentando clássicos infantis. Essa ação
trabalha o psíquico intelectual da criança, o visual, sua concepção da realidade e do
lúdico, sua maneira de criar e formar críticas e idéias, desenvolvendo habilidades e
competências.
A comemoração de aniversário se dá na hora do lanche e a participação é
restrita somente aos alunos daquela determinada sala de aula. O aluno entende que
o seu dia é muito importante para ele e deve ser comemorado junto com seus
colegas e professor. Contribui para o desenvolvimento de uma auto-imagem
positiva.
IX
As pesquisas de ação participativa utilizam o meio ambiente. A criança vai em
busca de investigação de como a planta nasce, cresce, reproduz. Há também
pesquisas em desenhos sobre água e terra e a identificação de algumas espécies
do cerrado. O aluno é capaz de ser articulador de seu próprio conhecimento.
As rodas de conversa é o momento em que se faz necessário chamar a
atenção dos alunos por algum momento, reunindo a sala para conversas específicas
como respeitar uns aos outros, esperarem a sua vez de falar, regras de convivência
em grupo, explicar que não se devem falar palavras de ofensas e os “palavrões”,
ensinar que antes do lanche deve-se lavar as mãos e a importância dos alimentos e
do lanche.
O objetivo da escola e dos educadores não é o de transmitir aos alunos
conhecimentos indispensáveis à compreensão da educação como fator social, mas
despertar nele o interesse e a curiosidade de conhecer a realidade que o cerca,
buscando com o planejamento escolar a construção de novos conhecimentos,
gerando assim possibilidades de aprendizagem significativa e contextualizada.
O Plantão Pedagógico é uma ação bimestral do quais os pais virá buscar o
portfólio (avaliação) e conversar diretamente com os professores. Nesse momento
as dúvidas serão sancionadas e professores estarão abertos a questionamentos e
às sugestões.
Os professores utilizam à Hora Atividade para reunir-se tendo trocas de
experiências dentro das metodologias de ensino aprendizagem. Os professores
analisam os materiais didáticos que irão trabalhar durante a semana, preparam e
planejam suas aulas e material de apoio.
O Conselho de Classe acontece nos fins do bimestre e serve para discutir,
diagnosticar problemas e apontar soluções tanto em relação aos alunos e turmas,
quanto aos docentes.
A visita à biblioteca enriquece e alimenta o conhecimento e diversifica o modo
de aprendizagem e de leitura. Os alunos são incentivados a visitarem
freqüentemente a biblioteca municipal. O ideal seria que a unidade escolar
possuísse uma biblioteca com espaço físico adequado para crianças dessa faixa
etária.
No dia “D” da leitura é um projeto de leitura do qual o professor ler livrinhos e
histórias, parlendas e poesias. As historinhas são traduzidas em desenhos pelos
X
alunos, que irão produzir um livro com suas criatividades. Esse método mostra ao
aluno como é prazeroso se fazer o uso da leitura e o quanto ela é importante.
O trabalho Afro Brasileiro serve para contribuir com a valorização da história e
cultura do afro-brasileiro. São desenvolvidas atividades reflexivas com a finalidade
de sensibilizar os alunos desde cedo sobre a importância da valorização das
diversidades culturais e as diferentes etnias orientando os mesmos a relacionar-se
com respeito, sendo capazes de corrigir posturas, atitudes e palavras que impliquem
desrespeito e discriminação com o próximo. A criança percebe que todos os seres
humanos são diferentes, em virtude de características físicas, raciais e culturais.
Essa pesquisa inicia o aluno no universo da diversidade racial, eliminando assim o
preconceito.
A Escola Infantil da ABEG dispõe de materiais e recursos tecnológicos como
TV, DVD, caixa amplificada, microfone e micro-sistem. Esses recursos servem como
estímulo ao aluno a ter hábitos e técnicas de leitura para enriquecimento cultural e
como alternativa de lazer.
A escola trabalha com propósitos muito claros, em relação á sua equipe de
trabalho, tanto que as datas de aniversários dos funcionários são comemoradas
semestralmente em uma festa coletiva. Quando tem projetos, festas, todos se
envolvem para conseguir obter o sucesso. Prioriza a união da comunidade com a
escola, o esforço coletivo em parcerias com ações previstas no calendário escolar
do município. Com a aprendizagem realizada na escola, os alunos conseguem
estabelecer relações, intenções e propostas referentes à sua aprendizagem.
Sobre a formação dos professores existe a Formação Continuada interna e
externa que busca subsídios e melhorias para os profissionais como cursos extras
que servem de apoio para melhor desenvolver suas atividades na escola.
São constantemente oferecidas em sala de aula aos alunos oportunidades de
dialogo, expressão, integração grupal, experimentação, observação, indagação e
sistematização. Esta mentalidade exige dos gestores uma abertura de comunicação
aberta, transparência e confiabilidade.
Como diz Gadotti (1998, p. 16):
"(...) não se constrói um projeto sem uma direção política, um norte, um rumo (...). O
projeto pedagógico da escola é, assim, sempre um processo inconcluso, uma etapa
em direção a uma finalidade que permanece como horizonte da escola".
XI
Portanto, o projeto da escola é um documento contínuo e transparente, envolvendo
toda a comunidade escolar. Não é definitivo está aberto a mudanças, devendo ser um
instrumento orientador das ações.
XII
CONCLUSÃO
Constatou-se neste estudo a Reestruturação do Projeto Político Pedagógico,
que os mecanismos escolares têm melhorado e conseguido alcançar seus objetivos
no que se refere à participação da comunidade, no desenvolvimento das ações
educacionais e um melhor interesse educacional dos alunos e da equipe escolar.
A instituição teve alguns avanços nos aspectos, tanto metodológico como
administrativo, tornando-se referência no bairro e sendo freqüentada e solicitada
pelos moradores da cidade. O espaço físico ainda precisa ser melhorado e ampliado
para que as crianças possam explorar com mais segurança.
Percebe-se que a escola conseguiu conquistar a confiança dos pais, um dos
elementos responsáveis por esse sucesso e, portanto o projeto político pedagógico
que na medida do possível esta voltada para a realidade do educando inserindo-o
num contexto cultural, social, ético e cognitivo.
Os projetos e ações desenvolvidas, previstas no plano do estudante da
Escola Infantil da ABEG, por seus respectivos responsáveis, apresentam bons êxitos
com resultados satisfatórios no processo educativo.
Ao planejarmos as atividades a serem desenvolvidas durante os semestres
do ano letivo de 2010, tivemos como preocupação básica o de apresentar um
currículo educacional inter relacionado com a vida social do educando na escola e
fora dela.
Buscamos incentivar toda a comunidade escolar a participar atentamente das
atividades propostas de forma a oferecer as noções básicas de ensino qualitativo,
definindo com precisão as melhores ações a serem desenvolvidas pelos educadores
e apresentando com clareza e simplicidade os conceitos fundamentais e
indispensáveis para a obtenção de êxito.
A dificuldade da Escola Infantil da ABEG é a resistência, insegurança, pouco
envolvimento na participação de uma proposta nova. O outro fator é a fragilidade e
excesso de atividade ao lado de exigência em trabalho em equipe e ambiente
favorável.
Na área sócio-cultural a escola realiza várias comemorações com a
participação dos educadores, alunos e toda a comunidade escolar. Esses momentos
cívicos e culturais têm impacto positivo no processo ensino-aprendizagem. Acreditase que com este envolvimento e a participação coletiva da equipe diretiva e da
XIII
comunidade, as experiências educativas e a proposta curricular se tornarão mais
ricas e significativas, ajudando a atingir o sucesso educacional.
Nesse sentido, comprovou-se a importância da participação, pois, conforme
os entrevistados, os indicadores já mostram resultados satisfatórios, assim, pode-se
constatar o sucesso do desenvolvimento e execução do projeto político pedagógico,
que depende do engajamento dos segmentos envolvidos, fazendo acreditar que
mudanças são possíveis, desde que se tenha força de vontade, e planejamento das
propostas, sendo assim, não é difícil entender os desafios que precisam ser
enfrentados.
Com isso, proporciona-se condições que permitem aos alunos, pais e demais
membros da comunidade ter acesso ao conjunto de conhecimentos produzidos e
reconhecidos como necessário ao exercício pleno da cidadania.
XIV
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