Enviado por Pedro Ricardo Barros Filgueiras

Como+Aprender+a+Aprender

Propaganda
Introdução
Ouvir o professor, anotar uns conceitos,
E é justamente esse o objetivo deste
ler centenas de PDFs, baixar dezenas
Ebook.
de slides, decorar milhares de nomes e
fazer uma prova. Se, até hoje, aprender
Mais do que passar adiante fórmulas
significou isso para você, pedimos
de aprendizagem, queremos que você
desculpas.
questione, pense e construa o seu
próprio processo de aprendizagem,
Aprendizagem não é isso.
inspirado por uma variedade de técnicas
desenvolvidas por educadores de todo
A Educação é uma das ferramentas
o mundo, sob diferentes abordagens e
mais poderosas do mundo; é um
perspectivas.
instrumento de transformação. Muitos
educadores dedicam suas vidas a
Queremos que você encare o seu
superar esse grande desafio que é, mais
aprendizado não como um fim, mas
do que ensinar, estimular seus alunos a
como um meio para sua evolução
aprender.
pessoal.
São
muitas
as
barreiras
sociais,
Sobretudo, nosso objetivo é que você
econômicas e pessoais, especialmente
aprenda a aprender, porque não há nada
em países onde a Educação ainda é
mais valioso na vida do que o conhecimento
precária. Mais do que rever nossas
e nada mais prejudicial do que se recusar a
bases educacionais, é necessário rever
adquiri-lo e transformá-lo.
nossa relação com a aprendizagem.
Vamos encarar essa jornada juntos?
Boa leitura!
2
O que é aprender?
3
Antes de nos aprofundarmos nas alternativas de aprendizagem, vamos combinar
alguns conceitos para entender melhor o que é “aprender”?
De acordo com diversos estudiosos da Educação, ao longo dos anos, a aprendizagem
é um processo que:
É ativo - pois estimula a engajar e
Ocorre em um ambiente social
manipular objetos, experiências e
complexo - e, portanto, não deve se
conversas para construir modelos
limitar a ser examinado ou percebido
mentais do mundo. Nesse sentido, os
como algo que acontece em nível
aprendizes constroem conhecimento
individual. Em vez disso, precisamos
à medida que exploram o mundo
pensar em aprender como uma
à sua volta, observam e interagem
atividade social, que envolve as
com os fenômenos, conversam e
pessoas, as coisas que elas usam,
se envolvem com outras pessoas e
as palavras que dizem, o contexto
estabelecem conexões entre novas
cultural em que estão inseridas e as
ideias e aprendizados anteriores;
ações que realizam;
Baseia-se em conhecimentos prévios
- que são enriquecidos, desenvolvidos
e alterados para corresponder aos
aprendizados mais recentes;
Situa-se em um contexto autêntico
- que deve fornecer aos alunos a
oportunidade de se envolver com
ideias e conceitos específicos em
base da necessidade de saber ou de
Requer motivação e engajamento
querer saber;
cognitivo - porque são necessários
esforços e persistência mental
consideráveis,
essencialmente,
uma
vez
aprender
reconstruir o mundo.
que,
é
3
Em suma, o aprendizado resulta em uma mudança no conhecimento ou no comportamento como resultado da experiência.
A partir do momento em que você entra em contato com o desconhecido, se
aprofunda nele, engaja em uma experiência com ele e sai dessa experiência munido de novas informações, você aprendeu algo.
Para deixar mais clara essa ideia, trazemos aqui os 4 pilares da educação do
século XXI, concebidos pelo professor francês Jacques Delors:
Os 4 pilares da educação do século XXI
1
Aprender a conhecer: é a aquisição de instrumentos de conhecimento,
2
Aprender a fazer: dá ao aluno a possibilidade de aplicar esses
desenvolvendo no aluno o raciocínio lógico, a capacidade de
compreensão, os pensamentos dedutivo e intuitivo e a memória. Além
de despertar esses instrumentos, ela motiva a aprender mais e melhor;
conhecimentos teóricos na prática. É essencial para que cada um
saiba se comunicar com diferentes linguagens e aprenda a interpretar
e selecionar quais informações são essenciais e quais podem ajudar
a transformar opiniões.
3
4
Aprender a conviver: é o domínio da aprendizagem que atua no campo
das atitudes e dos valores e envolve uma consciência e ações contra o
preconceito e as rivalidades diárias que se apresentam ao longo da vida.
Aprender a ser: essa aprendizagem depende das outras três. Ela
estabelece como essenciais as finalidades de desenvolvimento do
indivíduo, do espírito e do corpo, a sensibilidade, o sentido estético, a
responsabilidade pessoal e a espiritualidade.
A aprendizagem, portanto, pode ser definida como um processo de
transformação individual ou coletiva, baseado na construção e reconstrução
de conhecimento em níveis intelectuais, espirituais, pessoais e sociais.
Neste Ebook, vamos focar em métodos de aprendizagem que combinam
todos esses elementos, ainda que em proporções diferentes.
O objetivo final é que, ao fim da leitura, você entenda um pouco mais sobre si
e seus conhecimentos e se motive a entrar em um modo de aprendizagem
constante. Combine os recursos que mais fizerem sentido para você e
desenvolva o seu próprio learning mode!
Vamos nessa?
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COMO A MENTE
FUNCIONA
A compreensão de como nossa mente funciona é o primeiro passo para
descobrirmos como aprendemos melhor.
A neurociência é a última fronteira da ciência, e está entre as duas
orelhas dos seres humanos.
Sabemos detalhes gigantescos do universo, conhecemos a intimidade
do corpo humano, do macro ao micro. No entanto, o processo que está
entre as nossas duas orelhas - como os pensamentos são formados?
Como funciona a memória? -, isso ainda é um mistério para o ser
humano.
A última década tem sido considerada como
a era do cérebro - a era da neurociência - pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Como aprendemos? Como pensamos?
6
Sabemos que o cérebro da pessoa mais inteligente do mundo e o da
pessoa mais idiota do mundo tem um funcionamento muito semelhante:
é uma máquina de associação.
Mas nas escolas não se ensina muito sobre neurociência e
funcionamento da mente. Por que os professores não ensinam isso?
Porque os professores também não aprenderam isso.
Crenças
Quando não há muita clareza ou entendimento do processo, algumas
crenças limitantes, que são inconscientes..
E esse hábito das pessoas gera a repetição, que acaba tornando as
suposições reais, em um consciente coletivo, o que é popularmente
chamado de: : Neuromitos.
Alguns neuromitos:
Nós só usamos 10% do nosso cérebro: diversos estudos feitos com a
eletro encéfalo cardiograma mostram que uma linha de raciocínio pode
transitar por meio de sinapses por todo o cérebro. 10% estima-se que
seja apenas a parte consciente.
Nós não desenvolvemos mais neurônios após a fase inicial da infância: é
possível, com o exercício e estímulo certo desenvolver novos neurônios,
no entanto, não de maneira tão acelerada como na neurogênese da
infância
O canal de comunicação faz total diferença na aprendizagem do aluno:
apesar das pessoas terem estratégias de recepção de sentidos diferentes
(ex: visuais, auditivos ou cinestésico), o que mais faz diferença para a
aprendizagem é a motivação e a atenção de quem está aprendendo do
que o meio pelo qual ele está aprendendo
Os jovens de hoje têm menos tempo e menos capacidade de atenção:
as aulas atualmente não chamam a atenção do aluno, não o atraem e
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não conseguem manter sua atenção, pois um jovem passa facilmente
horas jogando vídeo game com um nível muito alto de atenção
O estudo de véspera de prova resolve o aprendizado e garante a nota:
o decoreba é um dos grandes problemas da educação brasileira, pois é
facilmente esquecido. O aluno tem a nota sem o efetivo aprendizado.
Acreditamos, porém, que é possível mudar isso
Armadilhas de aprendizagem
É aquilo que você, como aluno, faz achando que está certo, mas, na
verdade, está enganado. Por exemplo:
Ilusão de influência é quando o aluno acha que aprendeu todo o
conteúdo de uma aula e acredita que não precisa mais estudar essa
aula e, por conseguinte, acha que vai lembrar desse assunto no futuro.
O entendimento é um dos passos do processo de aprendizagem. O
processo de aprendizagem divide-se em: querer aprender, compreender
ou entender, portanto é necessário criar estratégias de armazenamento
e recuperação, análise, aplicação e criticidade.
Parte do todo é quando um professor dá uma aula é quando um
professor envia o trabalho, os alunos dividem o trabalho e se resumem
a aprender aquela parte, logo, eles só aprenderam parte do todo. Dessa
forma o aluno não tem o big picture.
O aluno pode até ser especialista em uma área, mas é muito importante
ele ter a visão do todo.
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Estudar de véspera é um hábito equivocado de muitos. Ao fazer isso
nós colocamos uma quantidade muito grande de informação em uma
memória de trabalho ou de curto prazo. Essa memória não foi feita para
guardar informação, ela foi feita para pegar tudo aquilo que foi feito no
seu dia, ela seleciona aquilo de mais importante que ocorreu no seu dia
e processa. Assim, busca conectar com um conhecimento já presente
na mente, gerando assim um novo conhecimento.
É o mesmo que querer um copo d’água gota por gota. Ao final do dia,
aquilo que foi derramado pelo copo, que ficou muito cheio, foi perdido.
Filtros de
Aprendizagem
Uma das maiores referências nesse assunto é o livro do professor
Steven Pinker: Como a mente funciona. Nele, é citado que o mínimo que
todos estudantes, pais e professores deveriam saber sobre neurociência
e aprendizagem é: uma nova informação é um dado que tem algum
sentido ou significado.
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Para a informação chegar até o nosso cérebro, de maneira bem
simplificada, ela pode vir prioritariamente por dois canais sensoriais:
o visual ou o auditivo. Ou você está vendo alguma coisa, você está
ouvindo alguma coisa ou ambos.
No entanto, não é bem assim. O professor afirma que acontece por
meio de um filtro, que ele denominou “Filtro sar-a-do”.
Esse filtro é como se fosse um funil, e ele tem a capacidade de bloquear
a informação, pois o nosso cérebro não gosta de gastar energia. Tudo
aquilo que não fizer sentido, ele irá tentar tirar, e tudo aquilo que for
interessante, ele vai tentar automatizar.
Portanto, se eu quero aprender alguma coisa, uma parte do meu cérebro
chamada encefaloreptiliano, popularmente chamado de cérebro
reptiliano vai falar o seguinte: presto atenção nisso ou não?!
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Se a nossa informação e a nossa comunicação não foram capazes de
romper a barreira desse filtro, não acontece a aprendizagem. Por isso é
tão necessário obter a atenção do aluno.
O outro vem de uma região na base do cérebro chamada amígdala.
A amígdala, basicamente vai tentar regular dessa forma: isso vai ser
útil? É importante?
Caso não passe por essa camada do filtro, não há aprendizagem,
mesmo que tenha passado pelo filtro anterior. O aluno tem que perceber
a utilidade ou importância daquilo que ele está aprendendo. Dessa
forma, é papel do professor construir uma narrativa que transcende
essas duas barreiras. Essa pergunta não é feita de forma consciente,
mas sim de forma inconsciente, natural.
Outro fator é a dopamina, que é um neurotransmissor que atinge todas
as áreas cerebrais. Ela acontece na sinapse, quando ocorre a ligação
de um neurônio com outro e o impulso elétrico passa. Quando isso
acontece, tem-se a liberação de microdoses de um neurotransmissor
muito volátil ligado às emoções.
.
A dopamina tem a capacidade de regular a intensidade das memórias,
não importando se emoção é positiva ou ruim.
Quanto mais neutras são suas emoções acerca de algum registro, menor
é sua intensidade. Quanto maior a intensidade de um registro, seja ele
positivo, seja ele negativo, mais vívido ele vai estar na sua memória.
O filtro SAR-A-DO nos mostra que não é o contato com a informação
que fará com que ela se instale na mente, mas sim a vontade e interesse
por parte de quem está aprendendo. Tem de haver um gasto de energia,
pois é um processo ativo.
Como modular o filtro de aprendizagem?
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Estado Emocional é a capacidade de modular, isto é, de abrir ou de
fechar o filtro.
No estado emocional neutro, algumas informações são retidas, outras
se perdem. Já no estado emocional positivo, quando a pessoa está
relaxada, disposta, motivada, há um aumento do filtro.
Dessa forma, praticamente tudo que está dentro do filtro é absorvido
e processado, pois você está motivado, atento e com o melhor estado
mental para aprender. Isso é chamado de fluxo ou flow.
Por outro lado, o estado mental negativo estreita o filtro.
Isso ocorre quando a pessoa está estressada, privada de sono,
desmotivada ou cansada.
O sono é um problema muito grande para jovens e adolescentes, por
exemplo. Eles precisam de um tempo muito maior de sono, cerca de
8-10 horas.
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É também por isso que aparelhos eletrônicos até tarde da noite, mais
especificamente jogos, podem prejudicar o desempenho do aluno na
manhã seguinte, pois toda a memória de curto prazo já foi consumida por
informações de jogos e redes sociais, antes mesmo de entrar na aula.
Logo, a aprendizagem já tem início disputando espaço na memória com
informações vistas previamentes.
Trajeto da informação
A nossa memória de curto prazo é limitada. Seja você ou não a pessoa
mais inteligente do mundo. Ou seja, se nós estamos expostos a uma
grande quantidade de informação ao longo do dia, ocorrerá uma disputa,
e poucas coisas são absorvidas.
Quando essa informação chega na memória de curto prazo ocorre o
processamento. É a tentativa de associação.
Quanto mais memórias prévias, isto é, mais conhecimentos uma pessoa
tem de qualquer área, maior é a chance de essa nova informação
associar-se, grudar-se, com outra previamente estabelecida.
Quando ocorre uma associação um novo registro de memória é criado.
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É aqui que acontece de fato o aprendizado: cria-se um novo trajeto de
sinapse, uma linha de sinapses que armazena essa informação no seu
cérebro. Isso se dá com a associação de algo que você já sabe com
algo novo. Você amplia um conhecimento.
É muito mais fácil ensinar algo novo para uma pessoa que já tem um
conhecimento do que uma pessoa que tem pouco conhecimento.
O problema é que, na maior parte das vezes, falta portfólio e sentido
para os alunos.
Por isso, o professor deve formular suas aulas com base no
conhecimento prévio dos seus alunos e usar de suas habilidades para
criar essas associações na mente do aluno.
Quanto mais frequente, mais intenso e duradouro será o registro dessa
memória na memória de longo prazo.
Quanto mais exposições, quanto maior é a repetição sobre um
determinado assunto, maior será o aprendizado sobre determinado
assunto.
Ninguém é capaz de aprender de primeira. Repetição, repetição e
repetição: essa é a chave do aprendizado.
Resumindo
O estado emocional positivo amplifica o filtro sar-a-do. Portanto, mais
informação vai conseguir chegar até a memória de trabalho ou curto prazo.
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Quanto mais exposições, quanto maior é a repetição sobre um
determinado assunto, maior será o aprendizado sobre determinado
assunto.
O grande é segredo é repetição, repetição e repetição: essa é a chave
do aprendizado.
Resumindo de outra forma
Um estado mental positivo amplia o filtro sar-a-do. Você permite que a
informação flua com mais facilidade para a memória de trabalho
Quanto mais memória de longo prazo (MLP) prévia, mais fácil é
aprender, pois essa nova informação vai ter mais chance de se
associar em uma mente que já tem bastante repertório
Quanto mais se aprende, mais fácil fica aprender mais prazeroso fica
aprender.
As pessoas de maior sucesso são pessoas apaixonadas pela sua
área. O tempo todo conversando sobre aquilo, estudando e ensinando sobre aquilo.
Mantendo suas memórias ativas o tempo todo, ampliando seu repertório. Algumas
dessas associações são inusitadas, daí surge a Criatividade.
Quanto mais prazeroso for aprender, mais positivo será seu estado mental. Isso
forma um ciclo positivo de retroalimentação, pois torna-se um processo contínuo de
aprendizado. Aprender cansa, dá trabalho e, portanto, requer dedicação.
COMO APRENDER: As bases
teóricas da apren-
Alerta: não existe uma forma de aprendizagem que sirva igualmente para
todo mundo.
Como vimos no tópico anterior, a aprendizagem é um processo que envolve
diversas variáveis e cada uma das metodologias que trazemos neste
capítulo busca evidenciar justamente o quanto ela pode ser dinâmica.
Logo, tente absorver o que te parecer mais relevante em cada uma delas.
Vá anotando os pontos que mais te chamarem a atenção ao longo da leitura
para que, ao fim desta seção, você tenha mais clareza quanto à maneira
como prefere absorver conhecimento!
A diferença entre Pedagogia e Andragogia
De forma bem direta e etimológica: Pedagogia é a aprendizagem focada
nas crianças e Andragogia é a aprendizagem focada em adultos.
Porém, embora necessária, essa é uma separação muito simplista, pois
dá a entender que adultos não podem se beneficiar de uma abordagem
pedagógica e vice-versa.
A verdade é que a grande diferença entre Pedagogia e Andragogia está na maneira
como o aprendizado é estimulada e desenvolvida, partindo de alguns princípios lógicos
a respeito das tendências naturais de um aluno à aprendizagem.
Na Pedagogia, o aprendizado é direcionado pelo professor; já na Andragogia, ele é
mais autossuficiente.
A Andragogia foi teorizada pelo Dr. Malcolm Knowles, teórico norte-americano da
Educação para adultos. De acordo com ele, existem 6 princípios para a aprendizagem
andragógica:
Os adultos são automotivados
e autodirigidos
Adultos trazem experiências
de vida e conhecimento para
experiências de aprendizagem
Os adultos são orientados
por objetivos
Os adultos são
orientados por relevância
Os adultos são práticos
Os alunos adultos gostam
de ser respeitados
Contudo, alguns dos métodos aplicados em adultos também se mostram efetivos em
crianças, e vice-versa, pois, mais do que associado à idade ou desenvolvimento intelectual, boa parte dos processos tem a ver com tendências de aprendizado.
Na tabela a seguir, eu mostro a diferença entre metodologias pedagógicas e
andragógicas.
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PEDAGÓGICA
ANDRAGÓGICA
- O estudante é dependente do
O estudante
professor/instrutor para todo o
aprendizado
- O estudante é auto direcionado
- O professor/instrutor assume
total responsabilidade pelo que é
ensinado e como é aprendido
- Autoavaliação é característica
dessa abordagem
- O estudante é responsável
- O professor/instrutor avalia o
aprendizado
Experiência
do estudante
- O aluno chega à atividade com
pouca experiência que pode ser
aproveitada como um recurso
para aprender
- A experiência do instrutor é mais
influente
- O estudante traz um maior
volume e qualidade de
experiência
- Adultos são um recurso rico
para o outro
- Diferentes experiências
asseguram diversidade em
grupos de adultos
- Experiência se torna a fonte de
autoidentificação
- Qualquer mudança
provavelmente desencadeará
uma prontidão para aprender
Prontidão
para
aprender
- É dito aos estudantes o que eles
precisam aprender para avançar
para o próximo nível de domínio
- A necessidade de saber para
ter um desempenho mais eficaz
em algum aspecto da vida é
importante
- Capacidade de avaliar as
lacunas entre onde se está e
onde se quer e precisa ser
PEDAGÓGICA
Orientação
para aprender
Motivação
para
aprender
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- O aprendizado é um processo de
aquisição de matéria prescrita
- Unidades de conteúdo são
sequenciadas de acordo com a
lógica do assunto
- Motivado principalmente por
pressões externas, competição
em notas e pelas consequências
do fracasso
ANDRAGÓGICA
- Os estudantes querem
executar uma tarefa, resolver um
problema, viverem de maneira
mais satisfatória
- O aprendizado deve ter
relevância para as tarefas da vida
real
- A aprendizagem é organizada
em torno de situações de vida/
trabalho, em vez de unidades de
assunto
- Motivadores internos:
autoestima, reconhecimento,
melhor qualidade de vida, auto
confiança, auto atualização
E aí, você deve se perguntar:
qual a melhor metodologia?
23
Depende.
Perceba que diversos itens podem ser combinados em um
processo de aprendizagem híbrido. Em alguns momentos,
dependendo do tema e do perfil do aluno, uma abordagem
pedagógica pode ser mais efetiva; em outros, a andragógica faz
mais sentido.
ECP X ACA: qual a diferença?
Isso nos leva à importante diferença entre ECP e ACA.
ECP significa Ensino Centrado no Professor, enquanto ACA é a
Aprendizagem Centrada no Aluno.
Como a tabela acima nos mostra, o ECP está muito presente na
Pedagogia, pois foca no desenvolvimento de “pontes cognitivas”
que possibilitem aos alunos a absorção e integração de novas
informações. Logo, é necessário que o professor se posicione
como o principal responsável pelo que é ensinado e por como
determinado assunto é aprendido.
Já o ACA presume algum desenvolvimento cognitivo e que o assunto estudado já esteja
minimamente estruturado na mente do aluno, de modo que o professor assuma um
papel mais de “facilitador”. Portanto, pode ser observado em abordagens andragógicas
ou heutagógicas, que aprofundaremos mais à frente.
O modelo 70-20-10 de aprendizagem para adultos
O Modelo 70-20-10 de Aprendizagem e Desenvolvimento, por exemplo,
é uma fórmula comumente abordada na Andragogia para descrever as
principais fontes ideais de aprendizado entre adultos.
Esse modelo afirma que os indivíduos obtêm 70% da aprendizagem
de forma prática e baseada em experiências no ambiente profissional,
20% vem da observação e interação com colegas de trabalho, líderes,
mentores ou outros profissionais e 10% é o resultado de treinamento
formal e leitura.
.
Isso porque boa parte da motivação para a aprendizagem entre adultos
tem a ver com questões relacionadas à carreira e com desafios que
surgem em seu dia a dia de trabalho.
Combinando essa noção com nosso recente conhecimento das
abordagens pedagógicas e andragógicas, podemos falar, agora, sobre
metodologias híbridas - que são as minhas favoritas :)
Heutagogia: você faz seu próprio aprendizado
A heutagogia, também conhecida como aprendizagem autodirecionada,
é uma estratégia instrucional centrada no aluno, que enfatiza o
desenvolvimento da autonomia, da capacidade e do desenvolvimento
de habilidades particulares.
O objetivo da heutagogia é focado no lifelong learning, ou seja, em uma
aprendizagem vitalícia.
Como escreveu Lisa Marie Blaschke na The International Review of
Research in Open and Distance Learning, o intuito é produzir “alunos
que estejam bem preparados para as complexidades dos ambientes de
trabalho de hoje”.
Sua principal diferença é que a aprendizagem heutagógica não é
necessariamente linear ou planejada, mas muito mais informal e
paralela à forma como as pessoas aprendem melhor fora de um
ambiente escolar.
O professor, nesse caso, serve mais como mentor - um recurso valioso
a ser utilizado, se necessário, mas não a fonte primária e incontestável
de conhecimento.
A abordagem heutagógica, portanto, incentiva os alunos a encontrarem
seus próprios problemas e perguntas para serem respondidas. Em
vez de simplesmente concluir as tarefas que os professores atribuem,
esses alunos procuram áreas de incerteza e complexidade nas
disciplinas que estudam. Os professores ajudam fornecendo contexto
para a aprendizagem dos alunos e criando oportunidades para que eles
explorem completamente os assuntos.
Heutagogia é planejar suas trilhas de desenvolvimento e criar seu
próprio caminho
E para fazer sua própria ementa, anote os conhecimentos compartilhados
em materiais como este aqui, determine o que você quer trabalhar e
siga em frente!
Mas que fique claro: a abordagem heutagógica não significa que você
precisa seguir seu caminho inteiramente sozinho.
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Para te ajudar a estudar, arranje um mentor que esteja a um ou, no
máximo, dois níveis acima de você (para não haver muita discrepância)
ou um par que esteja no mesmo nível e que tenha motivação intrínseca
e tempo disponível para um puxar o outro ao longo da jornada de
aprendizagem! O nome dessa técnica é follow the path!.
Como aprender: técnicas de
aprendizagem
Agora que temos a teoria bem desenhada, vamos à prática: como,
efetivamente, aprender?
Existem inúmeras técnicas que você pode aplicar no seu dia a dia para
facilitar o aprendizado. Por exemplo, assistir filmes e ouvir música em
um idioma específico é uma ótima técnica de imersão em uma nova
língua.
Mas, novamente, o que funciona para um pode não funcionar para outro,
por isso decidi listar, neste capítulo, não só metodologias diversas, mas
complementares e, até certo ponto, abrangentes o suficiente para que
você possa aplicá-las no seu dia a dia independentemente do que você
estiver aprendendo.
Anota aí!
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Pirâmide de
Aprendizagem
O psiquiatra americano William Glasser adaptou sua Teoria da Escolha
- onde o professor é um guia para o aluno, e não um “chefe” - para a
educação autodirecionada.
De acordo com ele, o estudante deve ser livre para escolher os caminhos
que achar mais adequados para sua aprendizagem, tendo o professor
como seu orientador. Glasser explica que não se deve trabalhar
apenas com memorização, porque a maioria dos alunos simplesmente
esquecem os conceitos após a aula.
Por exemplo: você saberia descrever, de cabeça, agora, o modelo
atômico proposto por Rutherford e Böhr?
Se for um químico ou físico, talvez consiga. Mas todo o restante que
aprendeu sobre o modelo atômico com o único objetivo de passar na
prova de Química do colégio muito provavelmente já esqueceu dessa
aula.
Essa é uma das razões pelas quais Glasser propõe que o processo de
aprendizagem deve ser híbrido, movido pela escolha e centrado em
quem está aprendendo. Em base desses princípios, ele criou a Pirâmide
de Aprendizagem, que elenca os recursos pelos quais aprendemos com
maior facilidade.
Segundo sua teoria, nós aprendemos:
A teoria de William Glasser vem amplamente sendo divulgada e aplicada
por professores e pedagogos mundo afora. Muitas instituições, hoje,
combinam métodos de aprendizagem teóricos e práticos em diferentes
formatos, para abranger as proposições de Glasser.
Mas o mais bacana é que ele estimula a ideia de que aprender é,
também, ensinar!
O que nos leva à nossa próxima técnica.
Técnica de
Feynman
Vamos explorar o método que o físico Richard Feynman, ganhador
do Nobel, usava para se assegurar de que havia entendido tudo o que
estudou melhor do que ninguém.
28
Existem quatro passos na Técnica de Aprendizado de Feynman:
Escolha um conceito sobre o qual deseja aprender e finja que
você está ensinando esse conceito a um aluno da 6ª série
Identifique lacunas na sua explicação e volte para o material
de origem, para entendê-lo melhor
Revise e simplifique sua explicação
Transmita seus aprendizados (opcional)
Feynman entendeu a diferença entre saber algo e saber o nome de algo
- uma das razões mais importantes para o seu sucesso. A maioria de
nós se concentra no tipo errado de conhecimento, que é saber nomear
e identificar conceitos.
O que realmente importante, porém, é entender um conceito, e você
só terá certeza de que entendeu algo quando precisar explicá-lo para
alguém e a outra pessoa entender pelo menos seus pontos principais.
29
Passo a passo para implementar a
Técnica de Feynman
Passo 1: Ensinar a uma criança
Pegue um papel em branco e, no topo, identifique o assunto que você
está aprendendo.
Em seguida, escreva tudo o que sabe sobre o assunto, em tópicos, como
se estivesse ensinando a uma criança de 12 anos, que tem vocabulário
e foco de atenção suficientes para entender conceitos simples e
associações básicas entre um tópico e outro.
Isso é importante porque uma das maneiras de nos enganarmos é
usando vocabulário e jargão complicados para mascarar nossa falta de
entendimento sobre um tema.
Porém, quando você escreve uma ideia do início ao fim em uma
linguagem simples, que uma criança possa entender, você se força
a entender o conceito em um nível mais profundo, o que te ajuda a
simplificar os relacionamentos e as conexões entre as ideias.
Pode parecer paradoxal, mas quanto melhor você entende um conceito,
mais simples ele se torna.
Parte desse processo será fácil; esses são os pontos onde você tem
uma compreensão clara do assunto. Em outros, você encontrará
dificuldade; esses são os pontos em que você tem algumas lacunas no
seu entendimento.
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Passo 2: Identificar lacunas
Somente quando você encontrar lacunas no seu conhecimento - os
pontos onde você se esquece de algo importante, não é capaz de
explicá-lo ou simplesmente tem problemas para pensar em como as
variáveis interagem - você vai realmente começar a aprender.
Volte ao material de origem e estude novamente, até que você possa
explicar o conceito em termos básicos.
A identificação dos limites do seu entendimento também limita os erros
que você pode cometer e aumenta sua chance de sucesso ao aplicar o
conhecimento.
Passo 3: Revisar, organizar e simplificar
Agora você tem um conjunto de anotações. Revise-as para garantir
que você não empregou nenhum dos jargões do material de origem.
Organize-as em uma narrativa simples que você possa contar para uma
criança. Leia em voz alta.
Se a explicação parecer confusa, é um bom indicativo de que seu
entendimento nessa área ainda precisa de algum trabalho.
Passo 4 (opcional): Transmitir
Se você realmente quer ter certeza de seu entendimento, passe-o
adiante (idealmente, para alguém que pouco conhece o assunto).
O teste final do seu aprendizado é a sua capacidade de transmiti-lo a
outra pessoa.
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Problem-based Learning (PBL)
O Problem-based Learning, ou PBL, é um modelo instrucional baseado
em perguntas e centrado no aluno.
Nele, os alunos se envolvem com um problema autêntico e
propositalmente mal-estruturado, requerendo mais pesquisas para que
possam chegar ao cerne de sua resolução.
Para isso, eles identificam lacunas em seus conhecimentos, realizam
pesquisas e aplicam seu aprendizado para desenvolver soluções e
apresentar suas descobertas. Por meio de colaboração e investigação,
os alunos podem cultivar a solução de problemas, habilidades
metacognitivas, engajamento na aprendizagem e motivação intrínseca.
Os 6 passos para implementar o PBL em um processo
de aprendizagem
O PBL se encaixa melhor em cursos orientados a processos,
caracterizados pela colaboração, pesquisa e solução de problemas.
Ao contrário das técnicas anteriores, esta não é autoaplicável, ou seja,
você vai precisar pelo menos de um mentor para conseguir implementála, ou buscar saber, nas suas instituições de interesse, se a metodologia
de ensino é construída em cima do conceito de PBL.
Se sim, os 6 passos para a implementação de um processo de
aprendizagem fundamentado na resolução de problemas deve ser:
1
2
3
4
5
6
Examinar e definir o problema
Explorar o que já se sabe sobre problemas subjacentes,
relacionados ao problema principal
Determinar o que é preciso aprender e onde adquirir as
informações e ferramentas necessárias para resolver o
problema
Avaliar possíveis maneiras de resolver o problema
Resolver o problema
Relatar suas descobertas e medir os resultados
Se bem-sucedido, o PBL desenvolverá hard skills e soft skills,
como:
- Trabalho em equipe
- Gerenciamento projetos e papéis de liderança
- Comunicação oral e escrita
- Autoconsciência e avaliação de processos de grupo
- Autonomia
- Pensamento e análise críticos
- Entendimento de conceitos
- Aplicação do conteúdo do curso em exemplos do mundo real
- Pesquisa e alfabetização informacional
- Resolução de problemas interdisciplinares
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Flipped
classroom
A “sala de aula invertida”, ou flipped classroom, é uma “abordagem
pedagógica na qual a instrução se move do espaço de aprendizado em
grupo para o espaço de aprendizado individual, e o espaço em grupo
resultante é transformado em um ambiente de aprendizado dinâmico
e interativo, em que o educador guia os alunos à medida que aplicam
conceitos e se envolvem de forma criativa com o assunto estudado”.
Essa é a definição da Flipped Learning Network, que se baseia em
4 princípios, chamados de FLIP, para estimular um processo de
aprendizado centrado no aluno mesmo em ambientes pedagógicos isto é, onde a aprendizagem é direcionada por um professor.
O que é o FLIP
Em inglês, FLIP significa:
- Flexible environment - educadores criam espaços flexíveis, nos quais
os alunos escolhem quando e onde aprendem
- Learning culture - a abordagem é centrada no aluno e o tempo em sala
de aula é dedicado a explorar tópicos com maior profundidade, criando
oportunidades ricas de aprendizado
- Intentional content - educadores estão constantemente se informando
para oferecer o conteúdo adequado a cada aluno, conforme suas
escolhas de aprendizagem, e apresentando desafios que estimulem a
busca ativa por conhecimento
- Professional educator - durante o tempo de aula, educadores observam
continuamente seus alunos, fornecendo feedback relevante e avaliando
seu trabalho
Além disso, a metodologia trabalha com uma pirâmide invertida da
aprendizagem tradicional, onde alunos são estimulados a decorar
conceitos em aula e aplicar ou pensar sobre os conceitos fora dela, por
exemplo.
Aqui, a ideia é fazer o contrário:
O objetivo é que os alunos usem o tempo de aula para desenvolver o seu
conhecimento e ideias, e não apenas identificar e memorizar conceitos.
35
Blended
Learning
O blended learning, ou b-learning, combina práticas pedagógicas do
ensino presencial e do ensino à distância (EAD). O objetivo é tanto
possibilitar ao alunos a troca essencial de se estar em um ambiente
socialmente diverso, como uma sala de aula, quanto desenvolver a
autonomia e o autodirecionamento estimulados pelo EAD.
Nessa metodologia híbrida, alunos estabelecem domínio sobre um
assunto a partir de aulas online e levam suas perguntas e ideias para as
aulas presenciais, estimulando a troca.
Além disso, essa metodologia agrega adequadamente o uso de
tecnologias em sala de aula, integrando-as com o formato tradicional e
possibilitando que o aluno desenvolva um processo de aprendizagem
mais versátil, autossuficiente e baseado em técnicas de aprendizagem
ativa.
É imaginado que o futuro da educação aconteça de forma blended:
transmissão do conteúdo por EAD gravado e aplicação do conteúdo por
EAD ao vivo ou presencial.
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Como aprender:
Estilos de
aprendizagem
São muitas as formas de se aprender algo. Mas, diante de tantas
alternativas, pode rolar aquele desespero: como eu sei qual é a melhor
para mim?
É nessa hora que você precisa tirar um momento para refletir e colocar
seu autoconhecimento em prática. Porque, tão importantes quanto as
técnicas de aprendizagem, são os estilos de aprendizagem que vão
definir como você aprende melhor - isto é, de forma mais eficaz.
Existem, basicamente, 3 tipos:
Auditivo
- Absorve melhor o conteúdo por meio de bate-papos, conversas ou, até
mesmo, falando consigo em voz alta
- Adora ouvir podcasts
- Aprende melhor com conteúdos em áudio ou vídeo
- Não dispensa uma boa música enquanto estiver estudando
- Se expressa e entende o outro melhor por meio da fala
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Visual
- Absorve melhor o conteúdo por meio de ilustrações, slides e
fluxogramas, por exemplo
- Suas anotações costumam estar repletas de desenhos, setas, tópicos
coloridos e destaques
- Adora um mapa mental
- Tem facilidade em entender como tópicos subjacentes se juntam para
formar o macro
- Se expressa e entende o outro melhor por meio de recursos visuais
Cinestésico
- Absorve melhor o conteúdo quando consegue colocá-lo em prática
- Gesticulam enquanto conversam ou estudam e precisam colocar a
mão na massa para entender um assunto por completo
- Precisa estar se movendo para conseguir organizar as ideias
exercícios físicos costumam ser um aspecto importante para gerar
disposição e foco
- De expressa e entende o outro melhor por meio da prática
E aí, com qual você se identifica mais?
Vale lembrar que, para diferentes assuntos, o seu estilo de aprendizagem
pode variar. De todo modo, observe qual predomina, independente do
tema a ser estudado, e sempre que possível construa o seu processo de
aprendizagem em torno dele!
Fica aqui um blog post completo no site da Gama Academy para você
se aprofundar e fazer um teste para descobrir qual é o seu estilo de
aprendizagem.
38
Dicas de aprendizado: 39
como absorver
melhor o conteúdo
5 aceleradores de aprendizagem
Agora vamos ver como acelerar a sua aprendizagem.
1
Por quê? Por quê? Por quê?
Uma ótima maneira de aprender é se fazendo perguntas e atiçando sua
curiosidade. Crianças pequenas estão sempre fazendo perguntas e,
sobretudo, estão sempre questionando - por quê? Por quê? Por quê?
Recupere essa curiosidade insaciável. Antes de começar a estudar,
elabore um questionário com pelo menos 10 perguntas sobre o
assunto a ser aprendido. Assim, você cria mais “ganchos” de absorção,
desenvolve sua memória e, com a pesquisa, aguça o seu senso crítico.
2
Explicando para si mesmo(a)
Ao final de uma leitura, áudio ou vídeo, faça uma pausa para explicar a si
mesmo(a) o que você aprendeu, como se estivesse dando uma aula. A
ideia é que a autoexplicação te estimule a fazer interferências com base
no que você está tentando aprender.
Isto é, além de resumir o conceito, você o aprofunda com exemplos que
facilitem o seu aprendizado. Além disso, pode encontrar “furos” na sua
explicação, que vão te mostrar quais aspectos do conteúdo precisam
3
ser revisados.
Testando e recuperando
Pegue uma folha sulfite, dobre 3 vezes e corte 8 cards iguais. Escreva
na frente do card o conceito que você está estudando e, no verso,
aprofunde o conceito.
Em seguida, embaralhe os cards e faça um teste, onde você terá que
responder o que cada conceito significa sem olhar no verso. Fazer isso
te ajudará a criar mais e melhores caminhos para a resposta. É o que
cientistas chamam de “prática de recuperação”.
4
Aplicando a prática distribuída
Se aprofundar em um assunto que você já está estudando há horas é
mais fácil?
Não!
Distribuir o seu aprofundamento ajuda no aprendizado porque, vira
e mexe, você precisar “reiniciar” a sua memória para o tópico a cada
sessão de estudo. O ato de parar e recomeçar tira você da sua zona de
conforto e fortalece sua memória.
5
Aplicando a prática intercalada
Disparar um e-mail marketing, criar um blog e montar uma campanha
de ads no Facebook.
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Essas 3 práticas requerem resoluções diferentes de problemas, mas
todas te ajudam a aprofundar seus conhecimentos em Marketing Digital,
por exemplo. A ideia da prática intercalada é justamente essa: misturar
diferentes aplicações de conceitos, cruzando os conhecimentos e
aprofundando a aprendizagem.
Learning hacks: 8 maneiras de absorver e reter
informação melhor
Já ouviu falar em learning hacks?
Os hacks de aprendizado são formas de absorver melhor e mais
rapidamente o conteúdo, independentemente do meio (visual, textual,
auditivo) pelo qual vocês estiver aprendendo.
Eles, obviamente, não substituem um planejamento de estudos baseado
no que discutimos até aqui. Porém, são ótimas alternativas para te
ajudar a fixar e aprofundar os pontos que você quiser desenvolver no
seu aprendizado.
1. Grave áudios de suas próprias explicações, depois ouça-os
Lembra da Técnica de Feynman? Você pode aproveitá-la para gravar a
si mesmo lendo suas anotações e desenvolvendo sua explicação sobre
determinado tema. Ouça essas gravações várias vezes. Isso te ajudará
a fixar o conteúdo na mente e identificar onde estão os principais furos
no seu aprendizado.
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2. Abrevie palavras nas suas anotações
Além de economizar tempo, você otimiza a absorção do que de fato é
relevante. Por exemplo:
- Técnica de Feynman = TF
- Problem-based Learning = PBL
- Learning hacks = LH
Isso vale para palavras muito longas também!
- Associação = assoc.
- Instituições = inst.
- Exemplos = ex.
- Aprendizagem = aprend.
Esse recurso também é uma ótima maneira de não deixar passar
nenhum conceito em aula, te permitindo registrar o máximo de conteúdo
possível.
3. Grave um vídeo resumindo seus estudos
Assim, você estará essencialmente se ensinando, sendo seu próprio
professor. A partir do momento em que você se dispuser a passar o
conteúdo adiante, precisará se preocupar em ser mais inteligível em
suas explicações. É, também, uma boa forma de analisar sua oratória
e linguagem corporal.
4. Use a técnica Pomodoro
É uma ótima técnica utilizada para alternar intervalos de estudo/
descanso. A cada 25 minutos de estudo, faça uma pausa de 5 minutos.
42
Para otimizar ainda mais seu tempo, monte uma lista de 3 a 5 tópicos
nos quais focar a cada bloco de 25 minutos, e estude apenas esses
blocos. Depois do intervalo, vá ao bloco 2, depois ao bloco 3, e assim
por diante. Se sentir a necessidade de revisar algum conceito, faça isso
apenas depois que passar por todos os tópicos primeiro.
Dessa forma, você não se sentirá “travado” em determinado conteúdo.
5. Leia primeiro, depois destaque
Sublinhar/realçar enquanto você lê um texto interrompe o fluxo da
leitura. Por isso, leia primeiro a página inteira (ou parágrafo, se achar
melhor), depois releia destacando os pontos mais importantes.
Isso te ajudará a não destacar tudo (porque, na primeira leitura, tudo é
relevante) e fixará melhor o conteúdo na sua mente.
6. Crie mapas mentais
Pegue um conceito e desmembre esse conceito em vários tópicos e
subtópicos. Isso te ajudará a entender como todos os pontos se unem
para formar o macro e te ajudará a associar melhor os assuntos.
Existem várias ferramentas gratuitas para a criação de mapas mentais,
como o Whimsical e o MindMeister.
7. Estude quando você estiver mais alerta
Aloque o estudo dos assuntos de maior prioridade para você em torno
dos seus picos energéticos, isto é, descubra quando você tem mais
energia e tente concentrar seus estudos nesse período.
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Você é uma pessoa que precisa de alguns cafés para “pegar no tranco”
de manhã? Então talvez esse não seja um bom horário para você
aprofundar seu aprendizado. Trabalhe sua mente a seu favor.
8. Varie os formatos de conteúdo
Às vezes, um vídeo de 1 hora é mais insuportável do que um texto de
100 páginas. Mas, às vezes, um áudio de 2 horas é melhor do que ler 5
páginas que sejam. E tudo bem!
Você vai saber com qual formato se sente mais confortável. Procure
variar a forma como você absorve conteúdo para que conceitos mais
desafiadores sejam absorvidos mais facilmente. Prefere ler? Veja se
consegue transcrever o vídeo usando ferramentas de transcrição online!
Prefere áudio? Veja se encontra um podcast ou vídeo sobre o mesmo
tema abordado por um texto.
No fim das contas, não importa muito como. O importante mesmo é
aprender.
Learning hacks: lendo
melhor e mais rápido
Muita gente ainda tem dificuldade em adquirir o hábito de leitura,
porque a enxergam como uma tarefa penosa. Mas ler ainda é uma das
melhores formas de absorver conteúdo e desenvolver seu aprendizado.
Independentemente de você ser um leitor experiente ou não, um bom
learning hack de otimização da leitura é o scan do texto - ou, em bom
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português, “passar o olho”.
Isso significa “visualizar” o tema do texto e como ele será abordado
antes de sentar e ler cada palavra, de fato. É útil por dois motivos:
1
2
Você já mergulha na leitura com alguma noção dos tópicos a serem
tratados, facilitando a compreensão dos conceitos;
Você identifica quais são os conceitos mais importantes e em quais
trechos focar sua atenção, otimizando seu aprendizado.
Para fazer esse scan, você pode seguir os seguintes
passos:
- Leia o título do texto
- Registre todos subtítulos e destaques, isto é, negritos, itálicos,
aspas, etc.
- Registre quaisquer figuras, ilustrações, tabelas ou gráficos
presentes no texto
- Leia rapidamente o primeiro e o último parágrafo de cada página
- Coloque o texto de lado e pergunte-se:
Qual é a ideia principal do texto?
Quais são as principais questões levantadas pelo texto?
Qual é o objetivo do autor com esse texto?
Pode parecer difícil de responder a essas perguntas com tão pouca
exposição ao material, mas, se fizer a visualização corretamente, você
certamente terá algumas boas ideias gerais.
Anote-as e, aí sim, comece a ler atentamente. Com uma ideia geral do
texto, será mais fácil absorver o ponto principal de cada passagem.
Outra dica interessante é ler de maneira “questionadora” - como se
estivesse procurando alguma coisa no texto. Às vezes, ajuda se você
pegar um título ou subtítulo e transformá-lo em uma pergunta.
Por exemplo, se o cabeçalho de uma seção no texto for “Dicas para
Aprender Melhor”, pegue esse título e troque-o para uma pergunta:
“Como Eu Posso Aprender Melhor?”.
Agora você tem um objetivo, algo para procurar, para descobrir. Quando
você é orientado por uma meta, é provável que se sinta mais estimulado.
Alerta: obviamente, esse hack não se aplica a qualquer tipo de texto.
Ler um texto ou livro científico não é o mesmo que ler um romance ou
uma biografia, por exemplo, e eu recomendo MUITO que você varie
suas leituras.
Para ler melhor qualquer tipo de texto, recomendo o livro Como Ler
Livros - O guia clássico para a leitura inteligente, de Mortimer J. Adler e
Charles van Doren.
Também recomendo fortemente o livro Aprendendo a Aprender, da
Barbara Oakley!
Leia e me diga o que achou! :)
Learning hacks:
aplicativos que podem te
ajudar a aprender melhor
A tecnologia, hoje, é uma das maiores aliadas da aprendizagem. É tanta
coisa pra organizar, anotar, revisar, compartilhar, descobrir…
Felizmente, existem diversas opções de aplicativo que vão te ajudar
a direcionar o seu processo de aprendizagem. Segue minha lista com
alguns:
Organização
Todoist - lista de tarefas + calendário de entregas
Evernote - lista de tarefas + bloco de anotações + organização de
conteúdo
Asana - lista de tarefas + calendário de entregas + sprint de estudos
Google Keep - lista de tarefas + bloco de anotações
Notion - tudo o que os demais fazem e mais um pouco
Edmodo - app que expande o aprendizado para fora da sala de
aula, conectando alunos e professores e te ajudando a organizar e
gerenciar melhor seus estudos colaborativamente
Foco
FLIPD - bloqueia outros apps para manter seu foco nos estudos
Tomato-Timer - um dos muitos apps que exploram a técnica
Pomodoro
FocusWriter - um aplicativo de escrita livre de distrações que deixa
todo o resto em segundo plano
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Focus Keeper - outro app que explora a técnica Pomodoro, te
ajudando a distribuir seus estudos em sessões com intervalos a
cada 25 minutos
Exercícios mentais
Peak - existem vários apps para exercitar o corpo, mas e para
exercitar a mente? O Peak é a recomendação para quem quer
manter a mente ativa
Red (game) - aqui, mais do que um app, temos um game que desafia
o seu raciocínio lógico de tal forma que ou você sai dele um gênio,
ou sai completamente revoltado
Gamificação
Habitica - app que transforma seus estudos ou construção de
hábitos em um game, com desafios e recompensas de acordo com
suas metas pessoais
Leitura
Blinkist - app de estímulo à leitura, com resumos de livros em áudio
e texto
12min - app de estímulo à leitura, também com resumos de livros
em áudio e texto e vários títulos nacionais
Ubook - app de audiolivros, podcasts e entrevistas em aúdio
Quer mais dicas?
Lá no blogdovabo.com, tenho uma lista só com indicações de aplicativos
para diversos fins. Dá uma conferida! ;)
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O futuro da educação:
como vamos aprender
daqui em diante?
Espero que sua leitura até aqui tenha te ajudado a encarar o processo
de aprendizagem como algo bem diferente do que muitas instituições
de ensino ainda infelizmente pregam - isto é, algo engessado, formal e
tradicionalista.
A verdade é que, quanto mais avançamos rumo a um futuro em
que a inteligência humana e a tecnologia não só coexistem, mas se
complementam, quem não estiver disposto a evoluir, vai ficar para trás.
Mais e mais o processo de aprendizagem vai favorecer o fator humano,
social e emocional, estimulando a troca, a convivência, a interação, a
criatividade, o questionamento em prol da memorização de conceitos
e do aprendizado vazio, condicionado pela medição de conhecimentos
técnicos, vestibulares desgastantes e notas fechadas que pouco dizem
sobre a real capacidade de cada aluno.
As tendências para o futuro promovem uma aprendizagem que, dentre
outros aspectos, vai favorecer:
People skills - desenvolvimento das capacidades comportamentais
e socioemocionais
Personalização - cada aluno terá seu processo de aprendizagem
adaptado à maneira como aprende melhor
Imersiva - ao invés de decorar conceitos, eles serão aprofundados,
questionados e reconstruídos
Tecnologia - diversos recursos tecnológicos vão favorecer o
aprendizado
Hands on/Maker - aspectos práticos deixarão de ser meros
exemplos, para se tornarem parte do desenvolvimento da
aprendizagem
Gamification - desafios e recompensas serão estimulados
conforme o perfil de cada aluno, em modelos que cada vez mais se
aproximem da gamificação
Além disso, estamos caminhando para um futuro composto cada vez
mais de profissionais “slash”.
O profissional slash é aquele que tem sua renda oriunda de múltiplas
carreiras, com o objetivo de equilibrar o que “ama” com o que “precisa
fazer”. O termo foi popularizado pela escritora nova-iorquina Marci
Alboher no livro “Uma pessoa / Múltiplas Carreiras: O Guia Original das
Carreiras Slash”. Múltiplos aprendizados serão combinados para criar
profissionais únicos, com diferentes cruzamentos de conhecimento.
Adotar um modo de aprendizado constante, portanto, será fundamental
para quem quiser tirar o melhor proveito de uma carreira mais plural e
diversificada.
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Para encerrar, deixo uma frase do grande Alvin Toffler:
“O analfabeto do século XXI não será aquele que não
consegue ler e escrever, mas aquele que não consegue
aprender, desaprender e reaprender.”
Caminhamos para um futuro em que o aprendizado não é um fim, mas
um caminho que se estenderá por toda a vida.
Desejo do fundo do meu coração que este Ebook tenha sido útil para
você e que te ajude a estar cada vez mais próximo desse promissor
destino para a sua Educação.
Muito obrigado pela sua leitura e todo o sucesso em seus estudos!
Vabo e Junqueira
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52
Referências Bibliográficas
PINKER, Steven. Como a mente funciona. 1ª edição. Editora W. W.
Norton & Company, 1997. Acesso em: 23 de jun. de 2020.
DELORS, Jacques. 4 pilares da educação do século XXI. Relatório para a
UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI,
1999. Disponivel em:<https://www.pucsp.br/ecopolitica/documentos/
cultura_da_paz/docs/Dellors_alli_Relatorio_Unesco_Educacao_tesouro_
descobrir_2008.pdf> Acesso em: 22 de jun. de 2020.
TOMAZINHO, Paulo. Como a mente funciona: o mínimo que
todos deveriam saber sobre neurociência da aprendizagem. Meta
Aprendizagem,2020. Disponível em: <https://metaaprendizagem.
teachable.com/p/como-a-mente-funciona>. Acesso em 23 de jun. de
2020.
Conceito de Pedagogia. Conceito de., 2011, atualizado em 2019.
Disponível em: <https://conceito.de/pedagogia#:~:text=>. Acesso em:
01 de jul. de 2020.
Conceito de Andragogia. Instituto Brasileiro de Coaching (IBC), 11 de
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Beck, C. (2016). Método 70:20:10 – Learning Model. Andragogia Brasil.
Disponível em: <https://andragogiabrasil.com.br/metodo-702010learning-model/>. Acesso em: 01 de jul. de 2020
BLASCHKE, Lisa Marie. Heutagogy and Lifelong Learning: A Review of
Heutagogical Practice and Self-Determined Learning. Disponível em:
<https://files.eric.ed.gov/fulltext/EJ979639.pdf >. Acesso em: 01 de
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53
GLASSER,William. LudosPro, 30 de ago. Disponível em: <https://www.
ludospro.com.br/blog/piramide-de-aprendizagem >. Acesso em: de
jul. de 2020.
FEYNMAN, Richard. Técnica de aprendizado de Feynman. Dísponível
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FLIP. Flipped Learning Network, 2017. Disponível em: <https://
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com.br/blended-learning-tudo-o-que-voce-precisa-saber/>. Acesso em:
01 de jul. de 2020.
Autores
Luis Vabo Jr
Meu nome é Luis Vabo Jr, mas de vez em quando me esqueço que meu
primeiro nome é Luis, pois todos me conhecem como Vabo mesmo =)
Sou CEO do Além da Facul, professor da Link School of Business,
fundador da Vabo23 Educação e Empreendedor Endeavor.
Realizo a imersão Transformando a Liderança com Bernardinho,
Ricardo Basaglia, Álvaro Schocair e Tiago Reis, além de cursos online
como Oratória, Build Your Business, Grow Your Business, Liderança
em Tempos de Crise, entre outros. Sou palestrante, investidor-anjo e
conselheiro de startups.
Co-fundei uma startup de tecnologia (Sieve Group), vendida para
54
uma grande corporação (B2W Digital) e fui diretor e sócio também
de uma scale-up em hyper-growth, tendo participado do IPO (Stone
Pagamentos).
Sou Owner President Management (OPM) pela Harvard Business
School, Mestre em Administração de Empresas pelo COPPEAD/UFRJ
e extensão na EM Lyon Business School, na França. Graduado em
Engenharia de Produção pela PUC-Rio.
Sou apaixonado por Empreendedorismo, Liderança, People Skills,
Educação, Tecnologia, Digital, Viagens, Xadrez e Leitura.
Meu propósito é ajudar as pessoas a se transformarem nas melhores
versões de si mesmas e eu acredito que as principais forças
capazes de gerar impacto positivo na nossa vida são Educação e
Empreendedorismo.
Guilherme Junqueira
Guilherme Junqueira é CEO da Gama Academy, uma escola de tecnologia
que seleciona e capacita talentos nas áreas de programação, design,
marketing e vendas para trabalhar no mercado digital, selecionada
como uma das 10 melhores startups de educação pela Singularity
University e com uma metodologia de ensino proprietária considera
uma das mais disruptivas do mundo.
Junqueira foi indicado pela Revista Forbes como um dos 30 jovens abaixo
dos 30 anos mais promissores do Brasil e reconhecido como um dos 10
empreendedores que mais contribuiu para o ecossistemas de startups
no Brasil. Atualmente é membro do comitê de gestão do LIDE Futuro,
que conta com líderes empresariais das maiores corporações nacionais
e internacionais. Foi também um dos co-fundadores da ABStartups,
tendo criado importantes projetos como o CASE (maior evento para
55
startups da América Latina), PitchGov e Corporate (programa inovação
corporativa entre startups e governo/grandes empresas).
Já realizou centenas de palestras e workshops no Brasil, Estados
Unidos e Angola em eventos como TEDx, SXSW, TechCrunch Disrupt,
Feira do Empreendedor Sebrae, VentureInLA, Feira Nacional de
Empreendedorismo de Angola, Campus Party, StartupGrind, CONAJE,
Festival Path, Wired, entre outros.
É professor convidado de empreendedorismo, educação e inovação por
universidades como ESPM, FGV, Estácio e USP, além de receber convites
constantes para falar sobre o futuro do trabalho e transformação digital
para grandes corporações como Itaú, Pepsico, Coca-Cola, Globo,
Kroton, entre outras.
É natural de Campo Grande/MS, estudou Administração de Empresas,
Marketing e Gestão da Inovação, foi trainee da Ambev, saiu para
montar sua primeira empresa aos 21 anos chamada Click Bairro e
quebrou 2 anos depois. Tem mais de 10 anos de experiência nas áreas
de desenvolvimento de aplicativos mobile, ERP’s, venture builder e
incubação de startups.
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