SUMÁRIO 1. OBJETIVO: Demarcar o membro, órgão, região, lado ou nível de localização onde será realizada a cirurgia ou o procedimento terapêutico invasivo, em pacientes com Termo de Consentimento Esclarecido (TCE) previamente assinado. 2. APLICAÇÃO: Pacientes, internados ou ambulatoriais, a serem submetidos a procedimentos cirúrgicos ou terapêuticos invasivos, em estruturas que possuem lateralidade ou níveis de localização. 3. RESPONSABILIDADE: Médicos. 4. MATERIAIS: Caneta dermatológica. DESCRIÇÃO AÇÕES (passos) AGENTES REFERÊNCIAS 1 Verifique na agenda de marcação de cirurgia ou de procedimento invasivo, o paciente e o procedimento a ser realizado, até 1 hora antes do horário previsto para a sua realização. Médico Agenda de marcação de cirurgia / procedimento invasivo. 2 Confirme com a equipe de enfermagem dos setores de internação a (UTI/UI/ambulatório) o leito/local em que o paciente se encontra. Médico Censo diário. 3 Verifique o prontuário do paciente e os exames necessários para a realização do procedimento. Médico Prontuário do paciente. 4 Solicite a caneta dermatológica à equipe de enfermagem. Médico 5 Higienize as mãos. Médico 6 Apresente-se ao paciente e/ou responsável. Médico 7 Confirme com o paciente/responsável: 1) sua identificação (verbalmente, por meio da pulseira de identificação e do prontuário); 2) o procedimento a ser realizado; 3) o sítio cirúrgico: membro, órgão, região, lado ou nível de localização. Médico 8 9 Esclareça a necessidade da demarcação e certifique-se que o paciente / responsável concorde com a demarcação do sítio cirúrgico. Com a caneta dermatológica, marque o desenho de um alvo () no membro, região, lado ou nível de localização onde será realizado o procedimento cirúrgico / invasivo. POP de Higienização das mãos. Pulseira de identificação. Prontuário do paciente. Médico Médico 10 Higienize as mãos Médico POP de Higienização das mãos. 11 Anote na evolução multiprofissional a demarcação realizada. Médico Prontuário do paciente; Impresso de evolução multiprofissional. Escritório de Qualidade HSP – Formulário POP-1 Devolva a caneta dermatológica, guarde o prontuário e os exames do paciente em local apropriado (unidade de internação, UTI ou ambulatorial). 12 Médico RISCOS: Assistenciais: Demarcação em paciente errado. Demarcação em local errado. Não demarcação. Legais: Ação civil e/ou penal. Financeiros: Prejuízo: aumento do tempo de internação e do custo do tratamento, por eventos adversos Avaliação (G; P)* Mitigação (nº passo) (4; 1) (4; 1) (3; 1) 1; 2; 3; 7; 9 1; 3; 7; 9 7; 9 (3; 3) 8; 10 (4; 1) 1-11 *Gravidade (G): 1 a 4 e a Probabilidade (P): 1 a 4. OBSERVAÇÕES • Todo procedimento cirúrgico ou terapêutico invasivo possível de ter mais do que uma localização de abordagem deverá ser demarcado antes do paciente ser encaminhado para a realização do procedimento. • A marcação será realizada pelo cirurgião responsável ou outro médico cirurgião/anestesiologista, desde que esteja presente durante o procedimento. • Sempre que possível a demarcação deve ser realizada com a participação ativa do paciente e/ou responsável. • A marca padronizada( = alvo) será feita próxima ao local de abordagem cirúrgica, de forma a não deixar dúvidas, e suficientemente permanente para continuar visível após preparação da pele. • Marcadores adesivos não são permitidos • A demarcação do sítio cirúrgico é obrigatória em diversos procedimentos cirúrgicos, exceto: Cirurgia em órgão único Casos de intervenção nos quais o local de inserção do cateter/instrumento não é predeterminado. Exemplo: cateterização cardíaca, laparotomia exploradora. Cirurgias em dentes, face e mucosas – escrever nome e local no Termo de Consentimento Informado (não usar abreviaturas), Crianças prematuras – pelo risco de tatuagem definitiva, deve-se indicar órgão e lateralidade no Termo de Consentimento Informado; Recusa do paciente – escrever no prontuário a recusa, com data e assinatura do paciente ou responsável. Cirurgias de emergência – o médico responsável deverá confirmar o local de intervenção em prontuário e a checagem ocorrerá antes da incisão (time out). - Em cirurgias com abordagem bilateral deve ser feito a demarcação em ambos os lados. Escritório de Qualidade HSP – Formulário POP-1 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: 1. Vendramini RCR; et al. Segurança do paciente em cirurgia oncológica: experiência do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Revista da Escola de Enfermagem da USP. Volume 44. nº 3. São Paulo. Setembro 2010. 2. Associação Nacional de Hospitais Privados. Observatório ANAHP. Gestão de risco e segurança evidenciam governança clínica nos hospitais da ANAHP. Edição 03/2011. p: 12-17. 3. Anvisa. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 2008. Manual Cirurgias Seguras Salvam Vidas. Aliança Mundial para Seguranc¸a do Paciente. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/home. Elaborado por: ELABORAÇÃO (desta versão) Revisado por: Aprovado por: Dra. Rita de Cássia Rodrigues – CRM: 38165. Coordenadora do Grupo de Cirurgia Segura do HSP. Dra. Rita de Cássia Rodrigues – CRM: 38165. Coordenadora do Grupo de Cirurgia Segura do HSP. Dr. Carlos Buchalla- CRM:44378 Coordenador do Centro Cirúrgico Flávio Trevisani Fakih – COREN: 29226 Escritório da Qualidade/HSP Flávio Trevisani Fakih – COREN: 29226 Escritório da Qualidade/HSP Dra. Rita de Cássia Rodrigues – CRM: 38165. Coordenadora do Grupo de Cirurgia Segura do HSP. Kalina Slavi Petrof – Coren/SP: 31810 Gerente de Enfermagem do Centro Cirúrgico Leila Blanes – COREN/SP:68603 Coordenadora Assistencial de Enfermagem Dr. Carlos Buchalla- CRM:44378 Coordenador do Centro Cirúrgico Luciana Perdiz – COREN/SP: 100800 Comissão de Epidemiologia Hospitalar Escritório de Qualidade HSP – Formulário POP-1