600 réis Série (1783) 600 RÉIS - SÉRIE “M” (1783) 54 A moeda de 600 réis - série “M”, Fábio de Souza reproduzida na capa do Boletim, e que a princípio Bibliotecário da SNB deve ter chamado a atenção de alguns leitores “que nunca tinham visto uma dessa na vida”, não vem a ser nenhuma nova descoberta numismática... mas podemos dizer que foi cunhada “virtualmente”. Como um complemento do artigo anterior, “Pretensões Monetárias de Vila Boa de Goiás” (pág 34), e com base na gravura de 1783 reproduzida no mesmo artigo, esta imagem foi criada utilizando-se o programa Photoshop 7.0 (Adobe Systems), procurando reproduzir os reflexos de luz, traços de desgaste, pátina e imperfeições que a mesma possuiria caso tivesse sido cunhada, e sobrevivido algum exemplar até os nossos tempos. Alguns fatores foram importantes para uma realização satisfatória deste trabalho. Primeiro, foi necessário efetuar um estudo das diferenças existentes entre um 600 réis “Jota” 1755 R (fig. à dir.), e a interpretação artística desta mesma moeda (abaixo), realizada à pena, de modo semelhante ao projeto da moeda de Goiás para podermos “reverter o processo”. Com isso, chega-se a conclusão de que 600 réis os traços do desenho são muito mais finos do que 1755 R apresentaria a moeda se cunhada, o que deveria ser compensado na imagem final, além de alguns detalhes desproporcionais da coroa. Posteriormente, esse mesmo “Jota” foi utilizado como base de edição da nova moeda. A palavra “GOIÂS” foi criada à partir da edição das letras da legenda do “Traité des monnaies d'or et d'argent” reverso desta moeda Pierre-Frederic Bonneville - Paris, 1806. (SVB Q. SIGN NATA STAB).