Copyright COMO MUDAR UMA CRENÇA EM 7 MINUTOS COPYRIGHT ©2014 by Felipe Conrado DISTRIBUIÇÃO Este documento pode (e deve) ser distribuído gratuitamente, desde que mantido e preservado sua formatação original. Está terminantemente proibido qualquer tipo de alteração no conteúdo, a comercialização, troca ou cobrança de qualquer ordem, valor ou grandeza deste e/ou por este material. Você pode ter acesso a vários materiais, artigos e publicações sobre a PNL e Coaching no Brasil e no mundo em minha página do facebook: .: www.facebook.com/pilulasdepnl e em meu blog www.felipeconrado.com.br Apoio: Instituto de Desenvolvimento Pessoal Autor Felipe Conrado é um proeminente pesquisador de coaching e neurolinguística. Coach de vida, Master em Programação Neurolinguística, especializado em PNL Sistêmica. Advogado especializado em Direito do Trabalho, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo. Pós-graduando em Filosofia. Atualmente, coordena grupos de estudo no INDESP de Vitória/ES, ajudando pessoas a superarem os mais diversos tipos de desafios, sempre tendo em vista uma abordagem sistêmica. Ademais, presta serviços de coaching e consultoria pessoal. Além disso, Felipe desenvolve estudos aprofundados na área de estratégias e sistemas de aprendizagem e em linguagem da mudança. O seu propósito de vida é compartilhar as suas descobertas com o mundo, impactar e ajudar as pessoas a realizarem seus objetivos. Contato: Tel: (27) 996185666 Site: www.felipeconrado.com.br Sumário INTRODUÇÃO .............................................................5 Análise do Tema ............................................................8 1. Quem Está no Controle? ......................................14 2. O Método do Tony Robbins .................................30 3. A Intenção Positiva ..............................................31 4. Ponte ao Futuro ....................................................32 5. Submodalidades ...................................................33 6. Contra Exemplo....................................................34 7. O Sistema PAW ...................................................34 Conclusão .....................................................................39 Anexo I..........................................................................41 Anexo II.........................................................................51 INTRODUÇÃO Atuando no dia a dia como coach, pude notar um desejo intenso dos coachees em mudar crenças limitantes. Vivemos em uma era na qual todos sabem o quanto um pensamento negativo pode influenciar uma pessoa pesarosamente. Quem sabe você, leitor, deseja mudar sua forma de pensar em relação a vários aspectos de sua vida. E se é o primeiro contato que tem com o tema “crenças”, saiba que não me refiro a convicções religiosas, necessariamente. Uma convicção do tipo “o mundo é perverso” já é capaz de lhe tirar muito prazer da vida. Não tenho dúvidas de que todos almejam acreditar em boas ideias. Por exemplo, quando um indivíduo acredita que “todos os dias o seu sucesso aumenta, tanto se está trabalhando, estudando, divertindo-se ou dormindo”, acaba por viver mais no AGORA. Ao conviver com pessoas de alto nível perceberá que acreditam que “tudo que fazem dá certo”. É por isso que é altamente desejável estudar o assunto e fazer do tema uma prática diária: Identificar crenças limitantes e mudá-las para crenças facilitadoras. A grande pergunta é: se você não mudar suas crenças limitantes sobre o mundo, as pessoas, dinheiro, sobre si mesmo, quais serão as consequências? Posso garantir que muitos problemas de relacionamento são causados por conta de crenças limitantes. Uma pessoa que acredita que “as pessoas são maliciosas” experimentará muita dor na convivência diária. O Milton Erickson sempre dizia que as pessoas sempre fazem aquilo que você espera que elas façam. Segundo a Revista Exame, 80% das demissões são por conta de problemas de comportamentos. Eu diria que 100% das demissões são por conta de crenças limitantes. A principal é “Eu não sou capaz de...”. Problemas de saúde são em grande parte ocasionados por crenças do tipo “eu não mereço”. Se eu lhe perguntasse de 0 a 10, o quanto você se acha merecedor de amor? Sempre me surpreendo com a quantidade absurda de notas baixas que aparecem em uma conversa mais profissional, no campo do coaching. Dívidas financeiras também tem sua origem no campo emocional. Já reparou que quando sua autoestima está baixa sente necessidade de comprar mais? Ou quando está sentindo-se mal o gatilho da compra é disparado? A culpa também é muito eficaz no sentido de fazer alguém entrar em maus lençóis financeiros. Deixe eu lhe contar uma história pessoal. Este ebook e uma amostra de um livro completo que está em desenvolvimento. O livro completo estava sendo escrito em uma velocidade incrível até eu chegar na página 100. Depois disso, o ritmo caiu muito e foram surgindo outros projetos: mestrado, blog, cursos, etc. Ao expor a situação para um amigo, coach e programador neurolinguísta, ele me fez a pergunta fatal: o que está lhe impedindo de escrever? O que me veio foi algo do tipo: e se eu não for lido por MILHARES de pessoas?, se não for um best seller, então não valeu a pena... Veja só o absurdo da crença (inconsciente). O que estava me impedindo era um significado extremamente limitante que exigia que milhares lessem o livro a fim de eu considerar que valeu a pena. Quando isso veio ao meu consciente, na mesma hora pensei o quão ridículo era aquele pensamento. Meu amigo então me fez outra pergunta: o que seria mais adequado tomar como crença no lugar disso? O que me veio foi “acreditar que se pelo menos uma pessoa for beneficiada, então já valeu a pena o trabalho”. Depois que reinterpretei a situação a escrita voltou a fluir e em breve publicarei o livro completo sobre “Linguagem e Realidade”. Análise do Tema Esta parte do livro é mais teórica, de modo que se você é do tipo que gosta de ir direto ao ponto sugiro que pule este capítulo. Não escrevi este livro com a pretensão de afirmar ter descoberto algo novo em termos de funcionamento da mente. Skinner disse que ninguém jamais poderá entender o que ocorre no interior de um indivíduo. A mente é uma caixinha preta e, por conseguinte, nós não deveríamos nem tentar. Não concordamos com tal pensamento. Durante muito tempo se estudou a mente em seus aspectos de causa e efeito, o que significa uma análise externa. Com as neurociências, as impressionantes descobertas apontam para uma neurologia pautada em grande parte na linguagem. A experiência humana é como um jogo de xadrez composta não de peças, mas de palavras. Em verdade, a tese defendida nesta obra de que “a linguagem cria a realidade em que vivemos” é muito mais antiga do que muitos pensam. Uma pesquisa rasa nos livros sagrados já é suficiente para comprovar o que estou dizendo. Os filósofos já ensinaram esta ideia por toda a história da humanidade. Aristóteles assim descrevia a relação entre palavras e a experiência mental: As palavras faladas são os símbolos da experiência mental, do mesmo modo que as palavras escritas são os símbolos das palavras faladas1. Os governos sempre se utilizaram de eufemismos para manipular as massas: pacificação (bombardeio), aumento de receitas (impostos). Tenho dívidas intelectuais com diversos autores, sobretudo com Noam Chomsky, Steven Pinker, Richard Bandler e John Grinder. No entanto, neste livro há mais reflexões do que citações; possui mais argumentações racionais que, julgo eu, valem por si mesmas do que argumentos de autoridades. Pouca gente sabe que a neurolinguística tem suas raízes no trabalho de Noam Chomsky, pai da gramática transformacional, e que Grinder e Bandler criaram muito pouco em termos de arcabouço teórico. É que isso nunca foi a intenção 1 DILTS, Robert. El Poder de La Palavra: La magia del cambio de creencias através de la conversación. Editora URANO, 2008. deles. A ideia era modelar bons comunicadores e no curso do processo se depararam com a “confirmação” de uma engenharia mental pautada em grande parte na linguagem. Grinder, um linguista famoso por conseguir aprender línguas, foi (quem sabe) peça chave para o início do que depois veio a se chamar PNL. É que a linguagem é o coração da PNL. O metamodelo de linguagem reflete a espinha dorsal de toda a aparelhagem estruturada por Grinder e Bandler. Você sabe, o poder da linguagem é intuitivo na medida em que mesmo a pessoa mais simples traz consigo a ideia de que as palavras têm poder, e que não voltam vazias. O que defendo é algo que está em baixo do nosso nariz e muitas vezes não notamos: “se aprendemos através da linguagem (pais, professores, pastores, amigos, etc.) o desaprender também há de ser através daquela”. Advogo, também, a ideia de que 99% dos problemas de todos os seres humanos são linguísticos. Nunca vi meu cachorro reclamar de medo da morte, crises existenciais, depressão, porque tais questões não fazem parte do universo linguístico canino. É também evidente que é por meio da linguagem que uma pessoa se define, tanto para si mesma quanto para a sociedade e que as primeiras autoimagens são aprendidas a partir das palavras dos pais. Outro ponto que também será discutido é que internalizamos a linguagem de nossos pais, professores e outros em posição de autoridade e isso constantemente nos trás tensão, medo e dúvida. Reconhecemos que a trilogia da mente é constituída de linguagem, representações internas e fisiologia, mas este trabalho se ocupa exclusivamente da primeira. Não defendemos que o pensamento depende das palavras, porque algumas pessoas pensam não com palavras, mas com imagens mentais. Einstein, por exemplo, descobriu a teoria da relatividade imaginando a si mesmo montado num facho de luz e olhando para um relógio situado atrás. No entanto, mesmo os que pensam por imagens se utilizam de palavras para etiqueta-las. Por exemplo, visualizam um dia qualquer de sua vida e logo após dizem para si mesmos “bons tempos”. O grande truque é mudar estas etiquetas (interpretações). As palavras também funcionam como símbolos de referência e estimulantes da memória. Se você disser mentalmente a palavra “amor” acabará por evocar uma experiência qualquer na sua história relacionada com este sentimento. Assim, escrevi este livro, porque muito embora poucas ideias apresentadas nas páginas seguintes sejam minhas, um número bem pequeno de obras ensinam como construir uma nova realidade através da linguagem. O que existe em abundância são autores defendendo o poder das afirmações, o poder do pensamento positivo, o poder da intenção, mas sobre como efetivamente construir ou reconstruir uma realidade, existe pouco material, principalmente no que tange à acessibilidade de tais obras. Ler o trabalho de Chomsky não é nada fácil. As palavras que usamos não valem apenas pelo que significam no dicionário, mas também segundo o contexto em que se emprega. E, às vezes, a linguagem por si só tem o poder de criar um contexto. Steven Pinker diz que a linguagem “é claramente uma peça de constituição biológica de nosso cérebro” e “a linguagem humana é parte da biologia humana”. Você pode imaginar os ganhos que teria em sua vida se passasse a utilizar uma linguagem mais adequada, principalmente consigo mesmo. [...] Para a antropologia e a biologia humana, as línguas traçam a história e a geografia da espécie2. O que você diz a si mesmo em um momento desafiador faz toda a diferença no que experimentará através dos órgãos dos sentidos. A 2 PINKER, Steven. O Instinto da Linguagem: Como a Mente Cria a Linguagem. Martins Fontes. São Paulo, 2002, pág. 332. maioria utiliza-se da linguagem para descrever o que vivem no presente e no passado, mas este livro se dedica a defender a tese de que a linguagem pode criar a realidade que você experimenta e “descriar” o seu passado, muitas vezes presente na mente. Como eu disse, a minha tese é tanto palpável quanto intuitiva, na medida em que todos nós vinculamos sentimentos a determinadas palavras. Você pode notar a carga emocional que uma palavra como “lealdade” tem no seu sistema. Daremos atenção especial a um tipo de linguagem da mente que está envolta em um sentimento de certeza, chamada de convicção. Aquilo que diz acreditando é o seu chão. Você anda na vida e constrói tudo a partir disso. Por falta de preparo linguístico, algumas pessoas estão vagando por este mundo, meio acordadas. A maioria meio dormindo, talvez. Procurei utilizar uma escrita o mais clara e simples possível e espero que se divirta lendo, quanto me diverti escrevendo. 1. Quem Está no Controle? Você é Responsável pelo seu Modelo Mental “Nada tem qualquer poder sobre mim além daquilo que permito por meio de meus pensamentos conscientes." - Anthony Robbins. Walter Isaacson, quando escreveu a respeito de Steve Jobs, disse que o cocriador da Apple parecia viver em uma realidade distorcida: “Na presença dele, a realidade é maleável. Ele consegue convencer qualquer um de praticamente qualquer coisa. [...] “O campo de distorção da realidade era uma mistura espantosa de retórica carismática, uma vontade inflexível e um impulso de torcer qualquer fato para se adequar à finalidade em questão”. [...] Às vezes a gente discutia possíveis técnicas para prendê-lo na terra, mas depois de algum tempo a maioria do pessoal desistia, aceitando-o como uma força da natureza. Isaacson conta que a genialidade de Jobs baseavase na crença de que as regras não se aplicavam a ele. É como se ele conseguisse dobrar a realidade a seus desejos. E fazer com que as pessoas acreditassem que podiam realizar o que parecia impossível. Talvez você ainda não tenha se dado conta, mas o único mundo que você conhece é o seu modelo mental. Não é a realidade que nos limita ou nos fortalece, mas sim o mapa que criamos desta realidade. Em PNL existe um pressuposto segundo o qual “nós não reagimos ao mundo em si, mas às nossas experiências. Nada vem ao mundo pronto, nós damos significado. Em outras palavras, absolutamente nenhum significado inerente existe em relação a qualquer coisa. Fomos condicionados a acreditar que a nossa percepção é a realidade e esquecemos de lembrar que o filtro dos sentidos, da cultura, do estado mental, dos valores estão modulando o tempo todo o que está sendo percebido pela mente. Escutamos o que queremos escutar; lemos o que queremos ler. Nosso conhecimento determina a nossa percepção, e que, em última instância, não estamos em contato direto com nenhuma realidade objetiva3. Aposto que o mundo lhe parece diferente quando está exausto ou em um mau dia. O horizonte fica turvo, não é verdade? Nós seres humanos buscamos um sentido para tudo. É engraçado, pois somos obcecados por 3 PINKER, Steven. O Instinto da Linguagem: Como a Mente Cria a Linguagem. Martins Fontes. São Paulo, 2002, pág. 232. “motivos”. Por isso, ninguém consegue viver uma vida aleatória e se comportar sem um propósito. Daí nós passamos a vida significando as coisas, os eventos, as pessoas, o passado, o presente, o futuro, a vida após a morte, o sofrimento, a alegria, o prazer, a dor... O dia que você, leitor, encontrar uma pessoa desesperada saiba que o que lhe falta é “sentido”. A maior ilusão é acreditar que enxergamos o mundo com os olhos. “O olho é a lente da câmera”. Você visualiza, ouve e experimenta com sua mente. E sem referência interna você fica cego e surdo. Uma criança que ainda não tem a referência dos degraus de uma escada acabará por cair, porque ela sequer vê o declive a sua frente. Cada informação recebida, cada experiência vivenciada, cada sentimento está sendo interpretado pela mente. Algumas pessoas intuitivamente dão significados fortalecedores aos fatos, ao passo que outras nem tanto. Costumo falar que pessoas felizes são boas intérpretes da vida. Algo só existe se estiver no seu modelo mental. Esta criação interna que você chama de realidade nada mais é do que o conjunto das suas projeções. Sabendo disso você pode se tornar o “dono da vida”, ressignificando os eventos e representando sua experiência de uma maneira que apoie a consecução dos seus objetivos. Uma vez, andando pelo Fórum de Vitória, um Juiz de Direito viu que eu estava lendo o Desperte seu Gigante Interior, cujo autor é o Tony Robbins. Achando se tratar de um livro de autoajuda, ele me recomendou uma obra titulada “Autoengano”, me dizendo que era o contrário da autoajuda e que o havia ajudado muito. Mal sabia o magistrado que quase tudo nesta vida é um autoengano, até mesmo o nome com o qual foi batizado. Quando nasceu lhe deram o nome de José e ele acredita inquestionavelmente que ele é o José, mas o nome não é a coisa nomeada. O rótulo não é a coisa rotulada. Outro dia estava pesquisando sobre a vida de Ayrton Senna e descobri o impacto que um nome tem na vida de uma pessoa. Nuno Cobra, seu treinador, disse em uma entrevista que existiam duas pessoas inconfundíveis: o Ayrton e o Senna. Igual exemplo é o de que a Coca-Cola já perdeu várias vezes para a Pepsi em testes “às segas”. O incrível é que quando a venda é tirada dos olhos, as pessoas passam automaticamente a optarem pela Coca-Cola. Uma das explicações é que o nome Coca-Cola é tão forte que acaba por influenciar inconsciente as pessoas, porque o cérebro das pessoas já criou várias associações positivas à marca. Em cada cultura as pessoas dão nomes diferentes a uma mesma coisa, de modo que ao fazerem isso, acabam por experimentar uma realidade completamente diversa. Nos Estados Unidos, trabalho é “job”, que vem de Jó (personagem bíblico), que foi teve resiliência para suportar as provações. Em um nível subliminar, o norte americano associa trabalho à resiliência. Às vezes, ocorre algo ainda mais interessante. Duas culturas dão significados completamente diferentes ao mesmo nome. Você acha que liberdade tem o mesmo significado no Brasil e nos Estados Unidos? É exatamente por isso que no sistema jurídico é necessária uma suprema corte a fim de padronizar as “interpretações” dos termos vagos e abstratos contidos nas leis. Por exemplo, no Estatuto do Torcedor está previsto em seu artigo 41-B: Promover tumulto, praticar ou incitar a violência, ou invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos: (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos e multa. (Incluído pela Lei nº 12.299, de 2010). Mas o que é tumulto? A lei não deixa claro. Tratase de um nome abstrato, passível de inúmeras interpretações. Se não fosse a existência de uma corte superior, as pessoas de diferentes Estados da Federação seriam submetidas a decisões diferentes. E na sua vida, existe uma corte superior, dentro da sua mente? Você interpreta os fatos e suas experiências de uma maneira que o apoie? Emprega bons significados aos eventos que ocorreram na sua vida? A magia da vida consiste em intuir com significados que lhe direcionam à realização dos seus sonhos. Parece estranho, mas você sabe que não é o que faz. Você não é suas habilidades. Você não é suas crenças e valores e talvez você não seja suas identidades e papéis. Acreditamos que você é muito maior do que qualquer ideia que tem a respeito de si mesmo. Às vezes, quando alguém se define acaba por se limitar em outras áreas. A nossa tendência é trazer tudo para a nossa personalidade. Sou isso... sou aquilo... mas isso pode não ser necessário. Conheço o caso de um jovem, cuja frustração era ter de “ser metódico” para trabalhar com o pai. Até que uma programadora neurolinguista lhe disse: “não é que tenha que ser metódico; você pode ser casual e simplesmente usar métodos”. Eu mesmo, por um tempo, definia-me como “nerd” só que acabei percebendo que tal identidade me limitava em outras áreas. Não cai bem para um nerd surfar, andar de skate, subir montanhas e eu verdadeiramente gosto de tudo isso. Então preferi parar de me chamar assim. Às vezes subestimamos o poder de um nome, o impacto que uma palavra exerce na nossa vida. Jesus Cristo, sabiamente, mudava o nome de seus discípulos assim que eles passavam a segui-lo. Saulo, o apóstolo, depois do caminho de Damasco, passou a se chamar Paulo. Saulo significa “grande” e Paulo “pequeno” (humilde). Nem preciso dizer que uma mudança nesta ordem impacta a vida de uma pessoa profundamente. Cremos que cedo ou tarde todos se dão conta de que são a causa criadora de suas vidas. As nossas convicções estão o tempo todo criando espaço para que eventos aconteçam a nossa volta. Embora tenhamos uma inclinação a nos colocar na condição de vítima do mundo, de efeito e de consequência, nada poderia estar mais longe da verdade. O fazemos por medo da culpa ou partindo do pressuposto de que assumir responsabilidade traz dor. Mas se esquivar da responsabilidade é o mesmo que experimentar a suprema dor em longo prazo. Quando um relacionamento não anda bem, raramente dizemos: “Não estou amando como antes”. O que falamos é: “O amor acabou”. Você pode observar que esta segunda construção exime o sujeito de qualquer encargo. É como se algo completamente externo estivesse acontecendo. Compara-se o amor a uma coisa estática e não a um processo contínuo. O engraçado é que podemos visualizar tal atitude já em crianças, que ao chegarem com uma nota baixa em casa dizem: “Não consigo aprender, porque a professora ensina mal”. Mais tarde, o adolescente diz: “Sabe o porquê de eu não ter passado no vestibular? É que eu vim de escola pública”. Se não somos parte do problema não poderemos fazer parte da solução. E enquanto está sentado ou deitado, você pode pensar no fato de que qualquer experiência a qual chame de “negativa” aconteceu porque alguma crença criou o espaço. Uma criança que está sofrendo bullying na escola é (em parte) responsável por estar projetando uma energia e fisiologia fracas. Outro garoto, ao sentir a energia submissa se aproveita para demonstrar dominância. O fato é que as pessoas só fazem conosco aquilo que permitimos que façam. Não é que o mundo está contra você, é que você enxerga tudo com o filtro da insegurança. Uma das implicações dessa maneira de ver as coisas é que o mundo parece estar cheio de pessoas que querem passar por cima de nós. Outro caso clássico, alguém vai até o terapeuta e diz: “Ninguém gosta de mim”. Perceba como ressoa irresponsabilidade aos ouvidos de quem ouve. O indivíduo não se toca de que se usasse uma estrutura diferente, do tipo: “Não estou valorizando minhas amizades como antes”, o desafio seria mais rapidamente resolvido. A questão é que não se trata de um jogo de palavras. Isso é sério, na medida em que uma crença tem como função se perpetuar no tempo, buscando o tempo retroalimentá-la. todo referências para Bandler, o gênio co-criador da PNL, conta que uma vez um cliente lhe disse: - “Eu sou depressivo”. Em resposta: “Prazer, eu sou Richard”. O retorno que deu ao cliente foi fantástico, na medida em que a linguagem pode interferir nos nossos padrões de comportamento. Existe uma mensagem subliminar no que disse ao paciente: “ninguém é depressivo”. Você pode até experimentar um sentimento “negativo” durante alguns minutos do seu dia, rotulando-o de depressão, mas seus sentimentos jamais podem se confundir com a sua identidade. Quando alguém neste estado me pede ajuda, geralmente pergunto “como você faz para deprimir a si mesmo?”. Geralmente ouço como resposta: estou assim porque... Daí a pessoa apresenta seus motivos, mas não foi esta a pergunta que eu fiz. Ao se lidar com sensações fortes deste nível, investigar pretextos e ensejos ajuda muito pouco. Ninguém “pega” depressão. Não se trata de algo que cai na nossa cabeça do dia para a noite. Tudo não passa de processos que ocorrem a nível inconsciente na mente das pessoas. Só que ao nomear um processo ele se transforma em coisa, aparentemente perene. Experimente dizer para si mesmo as duas sentenças abaixo: 1) Eu sou depressivo. 2) Eu estou decidindo experimentar sentimentos desagradáveis ao focalizar determinadas imagens em minha mente e ao falar comigo em um determinado tom de voz. Qual é a diferença entre as duas assertivas? Pense a respeito. Quando você nomeia algo aquilo passa a existir para você. Veremos mais a respeito quando tratarmos dos níveis lógicos. Pelo exposto, acreditamos não ser adequada a abordagem dos alcoólatras anônimos, cujo ensinamento paira sobre a ideia de que uma vez viciado, viciado para sempre. Qual é a linguagem de programação do cérebro? É a linguagem! As neurociências têm demonstrado que o ser humano não fala porque pensa, mas pensa porque fala. Assim, o nosso modelo mental é como se fosse um jogo de xadrez, mas ao invés de peças o que existem são palavras. E quando você muda uma palavra, toda a sua experiência muda. Repita para si mesmo as duas frases a seguir e verifique os sentimentos envolvidos: 1) Eu tenho que estudar 2) Eu posso estudar A melhor maneira que conheço de tornar-se responsável pelo próprio modelo mental é escolher com cuidado as palavras que usa em uma base sistemática. Talvez seu filho não seja “rebelde” (rótulo inadequado), apenas carece da sua atenção. Veja isso: acompanhei um caso de uma criança que até os sete anos de idade apresentava um comportamento peculiar, mas normal sob o ponto de vista da maioria. Em visita à APAE, a mãe do garoto entrou em contato com alguns indivíduos portadores da Síndrome de Asperger, o que a fez ficar na dúvida acerca da “normalidade” de seu filho. Após pesquisar sobre a síndrome, fixou-se na ideia de que o pequeno seria portador e em poucos dias começou a influenciar a mente do menino. O que ela fez foi passar um vídeo da turma da mônica mostrando um personagem autista dizendo “você também é autista”. Um ano após o comportamento da criança já era totalmente diferente e infelizmente já justificava seus resultados indesejados afirmando: “não consigo aprender, porque sou autista”. Primeiramente, eu não sou juiz e não estou aqui para julgar ninguém. Acredito que aquela mãe fez o melhor que pôde e sua intenção, quem sabe, era preparar a criança para o que estava por vir. Contudo, considerando que a “linguagem de programação do cérebro é a linguagem”, tome muito cuidado com o que diz a uma criança, principalmente até os sete anos de vida. Quando você define um guri negativamente, acaba por limitá-lo. Compare a história que contei com a de Cristiano Camargo, um escritor premiado de Ribeirão Preto/SP, que após ter publicado 3 obras e vencido 2 concursos foi diagnosticado aos 41 anos como autista, do tipo Asperger. Em entrevista ao G1 o autor afirma: “Eu considero uma benção ter sido diagnosticado tarde. Sem saber, eu fui superando sozinho, quando eu fui diagnosticado já tinha superado praticamente tudo”, relata Camargo.” Camargo ainda afirmou na entrevista: “na cabeça do autista imaturo a realidade é um inferno porque ela não corresponde ao que ele vê no mundo de fantasia interno dele, onde ele mesmo cria as regras, seus personagens e rege tudo isso como se fosse um maestro e tem poder de vida e morte.” Ouso dizer que este é o desafio de todo ser humano. É por isso que gostamos de pessoas que nos compreendem e a compreensão é a essência do rapport. Mas o que mais me atraiu na entrevista foi o fato de o escritor gênio se responsabilizar completamente por seu modelo mental, a ponto de dizer: “Acredito que isso [ser portador da síndrome] acrescenta uma sensibilidade maior aos textos. As pessoas autistas têm uma ferramenta muito importante, que é o mundo interno de fantasias. Autistas e as outras pessoas utilizam o mundo interno de fantasias de maneiras diferentes”. A história de Camargo ilustra que existem verdades melhores do que outras para se acreditar e que podemos representar nossa experiência de uma maneira que nos apoie. Depois que comprei meu cachorro, Rappó, comecei a estudar psicologia canina e ao conversar com outros donos nas praças, logo ficou claro para mim que as pessoas não estão preparadas nem para ter um cão, quem dirá um filho. É incrível como todos nos preparamos profissionalmente para o competitivo mercado de trabalho. Contudo, raríssimos são os pais que se preparam para serem pais. Um dos meus grandes sonhos é preparar um curso extensivo nesta área, porque é um assunto tão importante que um workshop de fim de semana não dá conta. Mas não são só os pais que estão despreparados. Às vezes, o próprio sistema educacional também está. Uma escola exerce um impacto enorme na vida de uma pessoa, incutindo valores, crenças, identidades e contribuindo de forma decisiva na formação da personalidade de um indivíduo. Os profissionais da educação não deveriam se eximir se desejam formar cidadãos preparados para a vida. Quando eu era criança, lembro-me de em determinada época apresentar um comportamento “meio rebelde” na escola. O que levou a coordenadora da instituição me chamar em sua sala, pôr-me a esperar por alguns minutos, e logo após me dizer algo do tipo: “Você mudou do vinho para a água”... “você está se tornando um rebelde”. Fico me perguntando, hoje, conhecendo linguagem hipnótica, o poder de uma metáfora e o estado hipnoide no qual uma criança se encontra 24h por dia, como seria se tais profissionais soubessem se comunicar de uma maneira adequada com os estudantes. Quem sabe, começar uma conversa com uma frase do tipo: O que o leva a praticar este comportamento? O que está tentando obter se comportando desta forma? Fico, também, sempre muito surpreso com a capacidade de ALGUNS de “passar pra frente”. Essa foi uma expressão que inventei para descrever a atitude daqueles que insistem em passar adiante um mal que lhe fizeram. O mais incrível é que sem perceberem causam a mesma dor, fazem o mesmo estrago e acabam por se vingar em inocentes, que pagam o pato sem terem feito absolutamente nada. Não que eu acredite no determinismo, não mesmo. Mas de um modo geral o ser humano médio não tem o grau de consciência e autoconhecimento necessários para ficar acima do meio e da hereditariedade. Nós nos maravilhamos quando ficamos sabendo que um casal de amigos estavam utilizando hipnose a fim de se comunicarem com o filho, que ainda estava sendo gerado no ventre da esposa, a fim de fazê-lo se sentir amado. O desafio a fazer uma pesquisa simples, em qualquer site de busca, e ficará surpreso na capacidade de um feto absorver os eventos pelos quais a mãe vivencia enquanto grávida. Portanto, estamos diante da suprema responsabilidade ao decidirmos ser pais. Richard Bandler conta que, um indivíduo diagnosticado com esquizofrenia o procurou desesperado porque via pessoas saindo da televisão vindo em sua direção para pegá-lo. Sagazmente, como sempre, Bandler disse algo do tipo: Preciso que me ensine esta habilidade, porque seria interessante assistir ao canal da playboy. Os olhos do cliente brilharam na hora, seus ombros relaxaram e um sorriso apareceu em seus lábios. Às vezes, só nos resta lidar com o que temos. Absolutamente tudo neste mundo tem um potencial para se tornar útil e mais cedo ou mais tarde tomamos consciência disso. Sem sombra de dúvidas, quando o contexto muda, as crenças e valores também mudam. Se alguém matar uma pessoa em praça pública, em poucos meses será condenado a uma pena de seis a vinte anos. Mas se um homem mata na guerra, volta como herói para o seu país e principalmente para os de sua tropa. O que o achamos um desperdício é o fato de algumas pessoas pegarem um fato positivo de suas vidas e o transformarem em algo desprezível. Algo do tipo: reclamar de que paga IR (imposto de renda). Ora, se você declara IR significa que faz parte de um grupo seleto de pessoas, distanciandose da grande maioria brasileira, tendo um poder de consumo que muitas pessoas nem em sonho podem imaginar. Não estou dizendo para sair por aí como Pollyanna, fingindo que seus problemas não existem. Mas você sabe que só é inteligente quem consegue ser feliz. E para ser feliz é preciso viver a vida inteligentemente, porque até que nos provem o contrário você só tem uma. Para ser responsável pelo próprio modelo mental é preciso tomar consciência de que as crenças pessoais mandam e desmandam na nossa mente. Isso acontece que porque você não reage ao que aconteceu ou que está acontecendo, mas às crenças a respeito do que tais fatos significam. Até mesmo o mais racional dos seres humanos é inconscientemente orientado e suas ações não objetivam satisfazer seu intelectual lado esquerdo do cérebro. Com certeza, nós somos seres emocionais que pensam e não o contrário. Por trás de qualquer objetivo, existe um sentimento como metaobjetivo. Para quê quer aquela tão sonhada promoção? Provavelmente porque ela o faria se sentir de determinada forma. E saber que você é emocionalmente e inconscientemente orientado é ao mesmo tempo preocupante e libertador. É preocupante porque se não souber manusear ferramentas para acessar seu lado direito do cérebro, seu livre arbítrio fica quase impossível de ser exercido. Mas é libertador, pois podemos alinhar nossas metas com o que realmente acreditamos e somos genuinamente. Feita esta introdução, passemos para a parte prática do ebook. 2. O Método do Tony Robbins A dor é o supremo instrumento para altear uma convicção. O método utilizado por Tony Robbins para mudança de crença é associar uma dor absurda à crença limitante e ao mesmo tempo ligar um prazer enorme à nova convicção. Por exemplo: “Maldito o homem que confia no homem”. O grande coach faz isso através das seguintes perguntas: 1. Até que ponto essa convicção é ridícula ou absurda? 2. A pessoa com a qual aprendi esta convicção podia ser tomada como modelo nesta área? 3. Em última análise, o quanto vai me custar, em termos emocionais, se eu não me livrar dessa convicção? 4. O quanto vai me custar, em termos de relacionamentos, se eu não me livrar dessa convicção? 5. O quanto vai me custar, em termos físicos, se eu não me livrar dessa convicção? 6. O quanto vai me custar, em termos financeiros, se eu não me livrar dessa convicção? 7. O quanto vai me custar, em termos de família e pessoas amadas, se eu não me livrar dessa convicção? Depois de linkar dor à convicção limitante, o próximo passo é associar um prazer enorme à convicção que porá no lugar. Por exemplo: Obtenho o amor das pessoas com ações espontâneas e suaves. 1. Em última análise, o quanto vou ganhar, em termos emocionais, assim que eu não adotar esta nova convicção? 2. O quanto vou ganhar, em termos de relacionamentos, assim que eu não adotar esta nova convicção? 3. O quanto vou ganhar, em termos físicos, assim que eu não adotar esta nova convicção? 4. O quanto vou ganhar, em termos financeiros, assim que eu não adotar esta nova convicção? 5. O quanto vou ganhar, em termos de família e pessoas amadas, assim que eu não adotar esta nova convicção? 3. A Intenção Positiva Ver a intenção positiva da crença limitante consiste em mudar a moldura do quadro, alterando-se significativamente a forma como percebemos a questão. O resultado é uma mudança no sentimento de certeza em relação ao que acreditávamos anteriormente. Para ilustrar, suponhamos que uma pessoa tenha a seguinte crença: “Fartura é véspera de escassez” – acredite ou não já ouvi isso de uma pessoa. Qual seria a intenção positiva desta crença? Com certeza é “economia”. Entendeu a lógica da coisa? A próxima pergunta seria: “Como posso economizar ainda mais e preservar meu patrimônio? Outro exemplo: “Não é possível curar uma depressão”. Qual seria a intenção positiva desta crença? Sem sombra de dúvidas é “ser realista”. Faz sentido? Depois basta perguntar: Como eu poderia tornar mais tangíveis e concretas as etapas para me tornar mais feliz (oposto da depressão). 4. Ponte ao Futuro A técnica da ponte ao futuro consiste em se imaginar daqui há 5 anos com esta crença limitante, notando os impactos que terá na sua vida em longo prazo. Vamos usar como apoio uma “crença de identidade” do tipo: Eu sou carente. Como se visualiza dentro de 5 anos com esta crença presente? Como se visualiza dentro de 10 anos com esta crença ainda presente? Como se visualiza pelo resto de sua vida, com todas as consequências desta crença? 5. Submodalidades Vá para um local em não possa ser incomodado e conte de 10 até 1 acompanhando sua respiração. Pense em algo em que NÃO acredita. Alguma coisa que seja bem ridícula e sem emoção, do tipo “A Lua é de queijo”. Perceba em que lugar da sua “tela mental” esta crença se localiza... Em cima? À direita? À esquerda? Em baixo? No centro? Agora que mapeou a localização da sua “estratégia de dúvida”, levante-se, vá tomar uma água e ao voltar repita o processo só que agora mapeando sua crença limitante... pense na sua convicção enfraquecedora... repita mentalmente... deixe vir a imagem... quem sabe virá um símbolo... onde especificamente a imagem está localizada na sua tela mental? Em cima? À direita? À esquerda? Em baixo? No centro? Se você é como a maioria sua crença limitante está localizada no lugar oposto da “crença de dúvida”. O próximo passo consiste em deslocar sua crença limitante e por no mesmo lugar da sua tela mental onde se localiza a “crença de mentirinha”. Note mudanças no seu sentimento em relação à crença. O quanto acredita de 1 a 10 depois de ter terminado o processo? 6. Contra Exemplo Esta técnica é a mais simples de todas, porém a mais eficaz para um número significativo de pessoas. A única coisa que precisa fazer para derrubar uma crença limitante é buscar um contra-exemplo ao que acredita no momento. Suponhamos que alguém acredite que “pessoas pobres morrem pobres”. Basta fazer uma pesquisa e se constatará que segundo a Revista Forbes, o Brasil tem apenas 20 bilionários com menos de 50 anos de idade. Desses, quatro começaram do ZERO. Outro exemplo: “Quem tem genética de gordo sempre será gordo”. Para fazer “cair“ esta crença é suficiente pesquisar acerca de pessoas magras cujos pais são gordos. Aliás, é comum irmãos gêmeos possuírem peso e biótipo diferentes. 7. O Sistema PAW Toda pessoa que deseja conquistar seus objetivos precisa compreender o “processo paw”, descrito por Joseph O’ Connor e Andrea Lages – Coaching com PNL. Possibility (Possibilidade) – É possível atingi-los. Ability (Habilidade) – Eu sou capaz de atingi-los. Worthness (Merecimento) – Eu mereço atingi-los. Possibilidade Com certeza, ninguém é um super herói, mas ainda não sabemos quais são os nossos limites. Já tive a oportunidade de ajudar várias pessoas e sempre percebo que os limites são quase sempre mentais e autocriados. Bons jogadores acreditam que o “único limite existente é aquele que fixa em sua mente”. Uma vez perguntei para uma cliente o que a impedia de dançar [sua meta]… Ela respondeu que “não tinha roupas”. Este é o exemplo clássico de falso obstáculo que atua na mente atrapalhando a realização pessoal do indivíduo. Outro erro lógico é confundir possibilidade com competência. O coachee diz que já fez de tudo para resolver o problema. Ao perguntar o que exatamente fez, não aparecem nem 5 ações. Sem sombra de dúvidas existe uma constelação de possibilidades e alternativas. E também é preciso dizer que “o como” pode ser modelado e / ou aprendido. O caminho mais curto é descobrir alguém que já conseguiu o que deseja e estudar o que exatamente a pessoa fez. Em alguns casos, há dezenas de livros acerca do “como atingir”, o que pode acelerar e muito a sua curva de aprendizado. O que um coach faz é exatamente isso: ajudar você a alcançar sua meta em uma velocidade extremamente mais rápida, em comparação se a buscasse por si só. Você pode avaliar sua meta dando uma nota correspondente ao sentimento que experimenta ao declarar para si mesmo aquela: É possível atingir [minha meta] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Habilidade A questão da habilidade é interessante na medida em que toca paradigmas postos. No Oriente, as pessoas acreditam que habilidade é variável, de modo que quanto mais o indivíduo pratica, melhor ele fica. No Ocidente, a tendência é se acreditar que habilidade é um dom inato. As neurociências têm mostrado que os orientais estão certos. E isso não destoa nenhum pouco da ideia de talentos. Os talentos até existem, mas se não houver treino acaba por se dissipar. Se no momento, acredita que não é capaz de conquistar seu goal, você pode se valer da prática deliberada para construir as habilidades necessárias. Napoleon Hill descreve em seu livro “A Lei do Triunfo” que mesmo os indivíduos mais bem sucedidos que entrevistou não começaram a vida com todas as habilidades necessárias para o sucesso. Toda pessoa que tem o hábito de ler biografias percebe que os grandes realizadores “ralaram” muito para modelar a si mesmos. É por isso que no coaching se trabalha meta do SER. O processo se trata da pessoa que você precisa se tornar para ter o que almeja na vida. Às vezes, noto que no Brasil alguns tem o hábito de fazer anúncios públicos de incompetência. O grande problema é que as pessoas acreditam… e uma vez que as pessoas acreditam na sua incapacidade farão o possível para reforçar sua opinião. Ora se você não pode provar um fato negativo, então pode se manter aberto para o que deseja fazer. “Ninguém sabe, nem mesmo você, a altura que pode voar até que abra as asas”. Eu tenho as aptidões e habilidades necessárias para atingir [minha meta]. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Merecimento Finalmente, nós precisamos acreditar que merecemos. Este é um ponto bem curioso, porque cada player tem seu código pessoal de merecimento. Algumas pessoas pensam que só merecem se despenderem um esforço descomunal. Enchem o peito para declarar “no pain no gain”. No entanto, pessoas como Timothy Ferriss estão aí para demonstrar que isso não é necessariamente verdade. Uma pessoa que acha que não merece acaba por sabotar seus ganhos e objetivos, mesmo sem perceber. As origens deste sentimento de não merecimento são geralmente bem remotas, ainda na primeira infância, quando as crianças são podadas por pais, líderes religiosos e professores. A história é trágica… a criança cheia de curiosidade e vontade de desbravar começa a quebrar os brinquedos para ver o que tem dentro… daí o pai na melhor das intenções diz algo do tipo “não comprarei outro, porque você não merece”. Uma culpa do passado é a principal vilã que atrapalha o sentimento de merecimento. Costumo dizer que culpa é para a polícia e para o judiciário. O que é útil para um coachee é a responsabilidade pessoal, que o coloca no lugar de causa, ao invés de consequência. Perguntas bem úteis para sacudir crenças de merecimento são as seguintes: O que teria de acontecer para você merecer isso? Sob que circunstâncias você mereceria isso? Você conhece alguém que você acha que merece isso? Eu mereço atingir [minha meta] 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Concluímos que a crença na possibilidade, capacidade e merecimento é a chave para a conquista de metas. Caso tenha obtido notas abaixo de 7 em qualquer das 3, pode usar os métodos descritos acima para fazer a alteração. Conclusão Concluímos que uma crença é uma verdade pessoal, imposta ou absorvida consciente ou inconsciente no curso da vida, cuja única finalidade é se perpetuar no tempo, mas que pode ser alterada espontaneamente ou deliberadamente através das técnicas poderosas supradescritas. Lembro-me de ter ajudado uma pessoa, J.P, cuja queixa era de que “nunca terminava nada do que começava”. Sua história era repleta de “provas” de que estava certo. Não concluiu a faculdade, até então não havia lido nenhum livro até o fim, suas tarefas ficam incompletas no trabalho... Em curtas palavras, estava boicotando a si mesmo por algo que deve ter absorvido bem lá no início da vida. Apliquei a técnica do contraexemplo, gerando a consciência de que terminava várias coisas durante o dia e que estava eliminando do seu campo de visão. Comecei com perguntas do tipo: Termina de escovar os dentes? Termina de almoçar? Vai até o fim na hora H? Completa o banho? Completa o almoço? Termina uma ligação de telefone? No final, o J.P ficou sem palavras e a crença caiu por terra. Na outra semana, quase que por um milagre, já tinha lido um livro completo. Eis o poder da mudança de convicções limitantes. Convido você, leitor, a listar as suas e reestruturar cada uma até mudá-las por completo. Viva com paixão! Anexo I PNL e METAS Neste anexo usaremos como ilustração um caso de uma pessoa que se considera GORDA, pesando atualmente 120Kg. O primeiro passo é justamente este: mensurar com precisão o estado atual (120Kg e baixos níveis de energia). Tenha em mente que é também a partir do seu estado atual que a ferramenta será definida, mas falaremos melhor disso mais a frente. 1º Passo O primeiro passo é saber onde exatamente você está. Quais são os resultados que está obtendo no momento? Seu ponto de partida precisa ser preciso e claro. Eu sei que parece simples, mas algumas pessoas estão meio acordadas, completamente dispersas em relação ao que está acontecendo. Na verdade, alguns estão meio dormindo mesmo. Ter consciência de onde se está no momento é fundamental, porque é a partir deste ponto que definirá os recursos de que precisa, estratégias e degraus a serem galgados. Por exemplo, se quer correr uma maratona, quantos quilômetros corre atualmente? Como está sua saúde no momento? Vejo com frequência practitioners (praticantes de PNL) trabalharem questões de uma forma aleatória, sem propósito. Algo do tipo, ah... hoje vou trabalhar uma mudança de história pessoal, mas sem antes definir uma meta, ou onde quer chegar, o resultado pretendido. A consequência disso é que os resultados são pouco notados no dia a dia e a pessoa não tem um sentimento congruente de que está avançando. Afinal, uma boa formulação de objetivos não foi feita de forma apurada. 2º PASSO O segundo passo é identificar o estado desejado. O menor caminho entre dois pontos é uma reta, sempre. Você sabia que estudos mostram que apenas 5% da população mundial possui metas definidas por escrito? Pois é... o que é de se alertar ainda mais é o fato de que a maioria mantém o foco no estado atual. Definindo seu estado atual e seu estado desejado, será capaz de visualizar com clareza a dimensão do seu problema. Permita-me lhe apresentar uma definição de problema: “é a diferença entre o estado atual e o estado desejado, com emoção inconfortável envolvida”. Sim, é justamente isso... caso não haja emoção inconfortável envolvida não se trata de um problema. Imagine que no caso presente, em que a pessoa está com 120Kg, não existisse qualquer emoção inconfortável como baixa autoestima, vergonha, inferioridade, culpa, etc. Sem sombra de dúvida não haveria problema, porque a pessoa está se sentindo bem a respeito. É por isso que o que para alguns é um problema enorme, para outros não passa de tempestade em copo d’água. Definir seu estado desejado é de suma importância, pois lhe permite manter o foco para onde está indo, ao invés de manter o foco no problema. O ideal é deixar seus problemas a pão de ló e focalizar no estado desejado, constantemente. Saiba que a princípio não será fácil, pode quem sabe não ser nada simples, mas com o tempo seu cérebro se condicionará a pensar no estado desejado. Ao definir o alvo, 5 regras4 precisam ser observadas: * Estar no afirmativo * Centralizado no agente * Específico * Realista * Temporalidade * Ecológico No caso presente, o ideal seria nos seguintes termos: Em 22 de outubro (temporalidade), ESTOU ESBELTO, peso 55Kg (afirmativo) bem distribuídos por todo meu corpo (específico), sentindo muito realizado e feliz. Muitas pessoas não conseguem resultados porque pensam no que não querem, quando poderiam fazer o 4 Este modelo é o A.C.E.R.T.E criado por Gilson Pacheco contrário. É bem diferente PENSAR em ser esbelto a não ser gordo. É bem diferente dar um comando preciso para o cérebro como (pesar 55Kg) a querer perder peso. É bom lembrar que o cérebro não foi feito para perder. Falaremos um pouco melhor da ecologia da meta mais a frente. Em relação a ser realista, procure ter a cabeça nas estrelas e os pés no chão. Saiba, também, que o que é ser realista para uma pessoa é completamente diferente do que ser realista para outra. São mapas diferentes, realidades diferentes e histórias de vida diferentes. Uma maneira simples de manter seus olhos na sua meta é por a declaração em um lugar em sua casa em que possa vê-la todos os dias, ao acordar e ao deitar-se. 3º PASSO O terceiro passo parte do pressuposto de que já temos todos os recursos de que precisamos para alcançar nossos objetivos. Estou me referindo aos recursos internos. Por exemplo, se não tem dinheiro o suficiente no momento, você tem CRIATIVIDADE para pensar em formas de consegui-lo, não é verdade? Então... identificar os recursos de que precisamos nos permite viver de modo diferente. Podemos adotar uma atitude mais adequada diante da vida, pois ao invés de fugir, convém que busquemos recursos internos a fim de resolver uma questão. Se você acredita em uma FORÇA MAIOR, com certeza já tem dentro de si um recurso valioso chamado FÉ e com certeza isso lhe ajudará muito. A pergunta aqui seria: De que recursos uma pessoa que se considera gorda (120Kg) precisa para alcançar seu estado desejado (55 Kg)? Algumas possíveis respostas seriam: * Motivação * Autoestima * Confiança na competência * Aceitação * Alegria É bom lembrar que para cada indivíduo a resposta será diferente e única. Além disso, é muito comum notarmos uma sensação de empoderamento ao definirmos os recursos de que precisamos e constatarmos que já os possuímos em nosso sistema. Por exemplo, pode ser que a autoestima desta pessoa não esteja boa, mas em algum momento de sua vida ela já se sentiu bem consigo mesma. Logo, como só podemos usar o que possuímos, ela já dispõe de tal recurso dentro de si, basta fazer uso. 4º PASSO O quarto passo consiste na identificação dos obstáculos a serem transpostos. É um passo de suma importância. Não é uma atitude inteligente ignorar obstáculos pensando positivamente. A grade sacada é que a maioria dos obstáculos estão ocultos aos olhos inexperientes. Sabe aquele sentimento de protelação que muitas vezes sentimos ao pensar em realizar uma meta? Não raras vezes, existem obstáculos subliminares impedindo a pessoa de agir. O animador que uma vez que estes obstáculos são removidos o jogador sente uma liberdade enorme e sua ação fica cada vez mais consistente. As perguntas chave para identificar os obstáculos são as seguintes: O que me impede de ser esbelto e pesar 55Kg? O que aconteceria se eu estivesse esbelto e pesasse 55Kg? As respostas podem ser as mais variadas possíveis. Eis algumas possibilidades: * Falta de motivação * Incongruência (uma parte da pessoa quer e a outra não quer) * Medo de não ser fiel ao cônjuge (sim, algumas pessoas engordam para manter a fidelidade... Loucura? Pense um pouco a respeito e veja se não faz sentido) * Compulsão por alguns alimentos * Acreditar que pessoas gordas são espiritualizadas e magras superficiais * Culpa (Sim, às vezes a pessoa come demasiadamente para punir a si mesma) * Ansiedade (comer é uma alternativa para se acalmar) A esta altura você já percebeu que por trás de todo resultado indesejado existem causas inconscientes e subliminares. A boa notícia é que já existem muitas tecnologias, tais como a PNL, que podem ajudar uma pessoa a resolver suas questões e alcançar seus sonhos. É justamente através dos OBSTÁCULOS que definiremos a FERRAMENTA da PNL a ser usada. Neste ebook, partimos do pressuposto de que já conhece as técnicas, porque a dimensão desta obra não permite um detalhamento maior. Caso não conheça as técnicas, recomendamos o livro “Poder sem Limites” do Tony Robbins, que tem uma visão geral de quase todos padrões desenvolvidos por Richard Bandler e John Grinder, bem como a obra do nosso amigo Gilson Pacheco (Exercícios de Programação Neurolinguística). Para cada obstáculo comentado acima, podemos dar como sugestão as seguintes técnicas de PNL: O presente e-book não nos permite aprofundamento neste assunto, mas a CULPA é uma questão que precisa ser resolvida o quanto antes, porque ela afeta o SENTIMENTO DE MERECIMENTO, tão importante para a conquista de metas. Reparou a importância de identificar os obstáculos que o impedem de alcançar a meta? A preguiça, a protelação, o medo, o sentimento de estar travado, constituem respostas do seu sistema aos obstáculos inconscientes. É fato bem conhecido que uma pessoa que faz uma cirurgia de redução do estomago muitas vezes volta ao peso antigo. Isso acontece porque a obesidade é o efeito e se queremos eliminar o efeito, precisamos acabar com a causa. Ou se não pudermos acabar com a causa, pelo menos canalizar para algo mais útil e fortalecedor para a pessoa. 5º PASSO O quinto passo é a ecologia. Na natureza existe uma ecologia natural, não é verdade? O que aconteceria se de um dia para noite toda a população de gafanhotos morresse, em uma mata? A população de sapo também morreria, consequentemente, a de cobra também, etc. Quando uma ecologia muda, os animais também mudam. Se uma floresta se transforma em um deserto, os animais de deserto aparecem naturalmente, sem precisar de convite. A mente humana é muito parecida. Nós somos um sistema dentro de vários outros sistemas. E quando você muda uma peça do jogo, o todo será alterado. Estamos falando especificamente das alterações e mudanças provocadas na família, empresa, círculo de amizade, igreja, etc. No caso em comento, que consequências maiores trariam para os diversos sistemas em que a pessoa está inserida o fato de estar ESBELTA? Existem 4 perguntas mágicas para explorar estas áreas: Qual é a pior coisa que poderia acontecer se você fizesse isso? Qual é a melhor coisa que poderia acontecer se você fizesse isso? Qual é a pior coisa que poderia acontecer se você não fizesse isso? Qual é a melhor coisa que poderia acontecer se você não fizesse isso? 6º PASSO O sexto passo consiste em por sua meta escrita em um lugar, seja na sua casa, seja no seu escritório, em que possa visualizar, conversar consigo mesmo sobre a mesma e sentir a motivação necessária para alcança-la. Anexo II PNL e EMAGRECIMENTO Ao participar de inúmeros grupos de estudo tive a oportunidade de ouvir muitas histórias, algumas muito felizes e outras nem tanto. Algo que realmente me impactou foi o caso de uma mulher que havia passado por uma cirurgia de redução de estômago. Segundo suas próprias palavras: “mesmo sabendo racionalmente que estava magra, continuava vendo a mim mesma gorda no espelho”. Em outros termos, ela sabia que estava magra, MAS se sentia gorda, muito acima do peso. Com o passar do tempo isso foi mudando até que ela já via a si mesma em sua melhor forma. Esta história é estranha, mas ao mesmo tempo muito interessante, porque mostra que a autoimagem não é objetiva, verdadeira, realística. Muito pelo contrário... é subjetiva, imaginária, mental e autocriada. Eu creio que aquela mulher inverteu o processo, ou seja, primeiro ela diminuiu o estômago e depois mudou sua autoimagem. Todo o princípio que defenderemos neste ebook é que o contrário é mais fácil e mais efetivo. Um indivíduo pode primeiramente mudar sua autoimagem e a consequência natural será a mudança do corpo. Noventa e cinco por cento das pessoas que emagrecem voltam ao peso antigo. Então a pergunta é: o que fazem os outros 5%? Se está procurando uma técnica milagrosa que o fará emagrecer na noite para o dia, este ebook não é para você. Uma tecnologia avançada parece mágica, MAS mesmo assim não é MILAGRE. Acreditamos que o maior erro das pessoas é tentar emagrecer com força de vontade. Essa estratégia geralmente não dura, porque na luta entre IMAGINAÇÃO e VONTADE a primeira sempre vence. Eu sei que ler isto pela primeira vez pode ser encarado como balela... MAS faça os exercícios a seguir: 1) Imagine na palma da sua mão tem um limão, verde, gelado, casca lisa... imagine que corta o limão ao meio... pode ver algumas gotas espirrando, sentir algumas gotas molhando sua mão, sentir o cheiro... imagine agora que leva o limão até a boca e passa a língua, sentindo o gosto AZEDO... Sua boca salivou? 2) Visualiza-se a si mesmo em uma montanha russa, sentado na primeira cadeira, ao lado daquela pessoa especial, você está em uma reta... ouvindo o barulho dos trilhos, as pessoas gritando a sua volta e cada vez mais vai se aproximando o declive... vai chegando... chegando... chegando... até que a montanha russa desce velozmente... Sentiu um frio na barriga? Perceba que sua imaginação provoca reações no seu CORPO. Não importa se está imaginando ou lembrando... alterações no seu organismo serão provocadas. Nós pensamos por imagens, sempre. Assim, não importa muito o porquê dos nossos problemas... basta construirmos boas imagens na cabeça e as boas sensações aparecem. MOTIVAÇÃO Acreditamos que tudo começa com motivação. De fato, quem tem um PORQUÊ enfrenta qualquer COMO. Conheço uma pessoa que escreveu em um papel 50 porquês ser ESBELTO. Não faça isso a menos que queira ter grandes resultados em sua vida. Com certeza, um porquê fraco não vai gerar o impulso necessário. Por exemplo, ser esbelto para obter aprovação social, agradar fulano ou ciclano, etc. A pergunta aqui é “para quem eu quero ser esbelto?” Se o objetivo estiver centrado em você mesmo prepare-se para alcançá-lo. Com a motivação garantida podemos passar para os próximos passos que consistem em conceitos de autoadministração. ASSUMINDO O CONTROLE Sem sombra de dúvida você já viu que em uma praça de alimentação os alimentos são mostrados SEMPRE em imagens imensas, coloridas e brilhosas. As cores laranja, amarelo e vermelho são muito exploradas pela indústria da comida, não é mesmo? Qual a cor da marca da Coca-Cola? Mc Donalds? Aquelas imagens GRANDES de hamburgers, refrigerantes, sobremesas não estão postas em vão. Muito pelo contrário, foram colocadas bem a sua vista pra que a compra se torne irresistível. O fundo é sempre vermelho para afetar o sistema límbico da pessoa e ativar a salivação. SIM, você está sendo induzido inconscientemente a consumir este tipo de VENENO, digo alimento. Já percebeu, igualmente, que o tamanho dos pratos dos restaurantes aumentaram? E continuam aumentando... o motivo e que os donos sabem que a ilusão de ótica funciona... pode-se colocar muita comida e ainda assim parecerá que há pouca no prato. O resultado é que acabamos consumindo mais sem notar. O mesmo conceito aplica-se ao R$ 9,99. Todo mundo sabe que será cobrado 10 reais, MAS funciona. Realmente atrai mais clientes quando é posta a quantia daquela forma. O primeiro mito a ser quebrado é que tudo que é gostoso faz mal à saúde. Nada poderia estar mais longe da verdade. Existem pelo menos 10 alimentos de que gosta realmente e que são nutritivos e apetitosos. Outro ponto a se considerar é que nosso sentidos não captam a verdade, MAS o que foram condicionados a perceber como GOSTOSO. Pense no menino asiático que come um escorpião com água na boca. Quando o assunto é mente humana, somos donos do campo e da bola. Podemos interferir nas imagens internas, embora não pareça possível. Recentemente, uma marca de cosméticos criou uma propaganda cujo conceito foi o seguinte: pediram para um perito em retrato falado desenhar SÓ com base no que ouvia das mulheres MODELOS. Ele não poderia visualizar as moças, apenas ouvir. O resultado é que as mulheres se descreviam mais feias, envelhecidas e fora de forma do que REALMENTE ERAM. A autoimagem estava completamente distorcida. A sacada da experiência é que pediram para que outra pessoa descrevesse a modelo e o resultado foi impressionante. As imagens ficavam mais bonitas, jovens e esbeltas. Se não assistiu ao vídeo Clique aqui! A grande questão é que as mulheres da nossa sociedade são bombardeadas todos os dias com uma programação que oprime. Criam-se modelos inalcançáveis de beleza, projetados muitas vezes com photoshop. Todas as revistas famosas são editadas com o Adobe. O resultado é que as mulheres sofrem e UMA MANEIRA que encontram para aliviar o sentimento de NÃO OK interno é ir às COMPRAS. O medo vende, e a frustação também. O que propomos neste trabalho sucinto é que VOCÊ faça o contrário. Primeiro construindo uma autoimagem ideal, colorida, em 3 dimensões, mostrando para o seu cérebro o corpo deseja ter, todos os dias por pelo menos 30 dias seguidos. A CONSISTÊNCIA é o segredo. Em segundo lugar, pegue todas as suas imagens mentais de alimentos que deseja ter controle OU PARAR DE COMER e as torne preto e brancas, sem brilho, 2 dimensões (foto), pequenas, embaçadas e distantes. Teste isto: feche os olhos e cheque como está a imagem ATUAL da coca-cola ou de qualquer outro alimento que deseja DIMINUIR o consumo. A partir disso, comece fazendo as alterações mencionadas. Tire a cor, o brilho, transforme em uma foto 3x4, e jogue para longe. Faça alimento por alimento... Quando tirar a cor e o tamanho das imagens mentais a compulsão por comê-los vai embora. Entendeu a sacada? Você pode fazer este exercício sempre que aquela vontade irresistível bater no “estômago”. Na verdade a vontade não bate no estômago, mas no CÉREBRO. Esse órgão é que controla seu peso, apetite e gostos. "A maior parte dos nossos problemas é criada por nossa imaginação. Então, só precisamos de soluções imaginárias." Richard Bandler Em terceiro lugar, escolha alimentos que deseja passar a comer e mude as maneira como representa estes alimentos no seu cérebro. Torne-os grandes, aproximados, 3 dimensões, brilhosos e coloridos. Estudos mostram que para se criar um hábito, QUALQUER HÁBITO, são necessários 21 dias. Se você comer um alimento por 21 dias seguidos, SEM FALHAR, o hábito estará criado e a partir de então será natural e fácil ingerir o mesmo. Outra dica é comer em pratos pequenos, de sobremesa. Você passa uma mensagem para o inconsciente de que está comendo um prato farto, mesmo que conscientemente saiba que está comendo em um prato pequeno. Você está usando o jogo a seu favor... lembrese que os donos de restaurantes fazem o contrário. Algumas mulheres também gostam de comprar uma roupa do número que desejam alcançar e pendurar no guarda-roupa... Daí todos os dias batem o olho, imaginam a si mesmas vestindo aquele número e sentido a autoestima NAS ALTURAS. TRAUMAS Um ponto um tanto desconfortável a ser discutido é que a maioria das pessoas obesas foram vitimas de abuso na infância. O corpo reage com o aumento de peso como medida de proteção. Algo do tipo: “sendo gordo nunca mais ninguém vai se aproximar de mim”. Se este for o seu caso é de suma importância trabalhar isso com terapia, diante de um profissional. Caso esteja lendo este ebook e não tenha recursos financeiros suficientes para custear uma terapia, recomendo que utilize a técnica a seguir. É extremamente simples e não implica em nada que ponha em você em inSEGURANÇA. Há duas alternativas: ou pede para alguém guiar você ou pode gravar sua própria fala lendo o roteiro e depois ouvir seguindo os passos. O pior que pode acontecer é não funcionar. Vamos resumir as etapas do exercício1: 1) Imagine que está em um cinema sentado na cadeira. 2) Veja a cena do trauma como se fosse um retrato fixo, preto e branco. 3) Saia flutuando do seu corpo e vá para a sala de projeção. 4) Veja o filme em preto e branco do trauma, onde você é o artista principal, passando pela situação. 5) A cena prossegue até passar pela situação. 6) A imagem se fixa (o filme vira um slide), após o término do filme. 7) Você sai da audiência e entra em sua imagem na tela, tornando-se o personagem principal da projeção e vivendo-a como uma situação real, colorida e nítida. 8) O filme é rebobinado (trás para frente), com você dentro do filme, voltando ao início da situação. 9) Projete uma tela em branco na sua mente. Volte ao nº 1 e repita o processo mais quatro vezes. Uma outra possibilidade seria aplicar a técnica da EFT (emotional freedom tecniques). Existe um material gratuito na internet ensinando a técnica. Obtenha aqui! ANSIEDADE A técnica da EFT também é muito interessante para quem ESCOLHE não ser CALMO. Sabe aquelas pessoas que escolhem sentir ansiedade? E acabam descontando tudo na comida? A jogada de mestre aqui é desenvolver uma habilidade natural de se acalmar, SEM precisar de comida ou cigarro. Recomendamos FORTEMENTE a meditação. Se nunca meditou, comece POR AQUI! Meditar em jejum, assim que acordar, é o ideal. CRENÇAS LIMITANTES Agora, gostaria de discutir algumas crenças limitantes lançadas ao vento do senso comum que às vezes não FACILITAM o alcance da meta de ser ESBELTO. A primeira é que a genética determina o peso de uma pessoa. Ora, se a genética determinasse o peso de uma pessoa não haveria irmãos gêmeos com PESOS TÃO DIFERENTES. A segunda é que para ser magro alguém nunca mais poderá comer aquilo que gosta. A grande sacada é abraçar um ESTILO DE VIDA ao invés de uma dieta. Você não acha que TER AUTOESTIMA é mais importante do que saborear uma bola de sorvete? Outro pensamento muito comum é que cuidar do corpo é coisa de gente superficial. Como meu avô costumava dizer, existe rico honesto, pobre honesto, rico desonesto, pobre desonesto, gordo espiritualizado, magro espiritualizado, gordo superficial e magro superficial. A grande pergunta é “de que maneira ser ESBELTO significa ser superficial? Já ouvi de uma cliente: tenho que comer tudo que está no prato porque tem muita gente passando fome na ÁFRICA. Na hora eu respondi: que legal que se importa com as crianças africanas, mas de que forma comer tudo soluciona o problema lá do outro lado do mundo? Ficou sem resposta imediata, mas depois disse... nunca tinha pensado sobre isso. O sentimento de culpa em não comer tudo tem origem na primeira infância quando a mãe ou o pai, NA MELHOR DAS INTENÇÕES, diz: tem que comer tudinho para o papai ficar feliz. A pessoa cresce, mas a programação fica. Agora adulto você PODE ficar com a intenção dos seus pais QUE ERA a de que você tivesse SAÚDE. A última mais comum é a de que “eu tenho tendência a engordar”. Esta tendência existe justamente por acreditar nisso. Como você sabe que tem esta tendência? Você provavelmente acredita nisso porque ouviu de alguma AUTORIDADE, seja pais, professores, líderes religiosos ou amigos. Se genética fosse preponderante não existiriam filhos magros de pais gordos, ou o contrário. CONCLUSÃO A QUESTÃO corporal é um pilar importantíssimo da sua vida. Afeta a autoestima, energia para realizar, autoaceitação, relacionamentos, carreira, etc. Espero que ESCOLHA ser saudável. Gostaria de terminar com uma história. Gosto das histórias porque mentes inconscientes ESPERTAS se abrem para contos. Havia um homem que vivia num estranho país. Agora, esse país é estranho porque a maioria dos adultos andava com muletas, mesmo que não tivessem nenhuma deficiência física que exigisse muletas. Simplesmente parecia a coisa correta a se fazer; a maioria dos adolescentes começava a usar muletas porque parecia ser a coisa madura a ser feita, pois a maioria de seus pares também usava muletas. Ora, havia desvantagens em usar muletas. Elas desaceleravam as pessoas e fazia com que elas colidissem umas com as outras, fazendo com que interferissem na segurança dos outros, já que podiam bater-se umas nas outras, ou acidentalmente tropeçarem umas nas outras. Um dia, este homem estava andando há algumas quadras de sua casa, e encontrou um garotinho que morava na casa ao lado da dele. O garotinho, que devia ter uns três anos de idade, estava sozinho e chorando. Aparentemente ele havia se afastado de casa e se perdeu. Sem pensar, o homem deixou cair as muletas, pegou o menino e levou para casa. O menino e sua mãe ficaram muito felizes pelo menino estar em casa. Mais tarde, naquela noite, o homem, de repente, se lembrou que havia deixado suas muletas na rua, onde ele havia encontrado o menininho. Seu primeiro pensamento foi correr rua abaixo para ver se conseguia encontrar suas muletas. Se não conseguisse, ele poderia ir numa loja de conveniências e comprar um novo par. Mas repentinamente, um pensamento lhe passou pela cabeça, então o homem disse a si mesmo: eu tenho estado sem minhas muletas todo esse tempo, então posso ficar sem elas o resto de minha vida2. Viva com paixão!