Portugueses entregaram sete casas por dia aos bancos

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Portugueses entregaram sete casas por dia
aos bancos em 2013
13 Janeiro 2014, 11:06 por Raquel Godinho | [email protected]
Número de imóveis entregues por falta de
pagamento diminuiu face ao ano anterior. Em 2013,
as dações em pagamento desceram 54% , segundo
os dados da APEMIP.
As dificuldades em cumprir com o pagamento dos créditos
continua a levar muitas famílias a devolver a casa ao banco.
No ano passado, por dia, sete portugueses entregaram o
imóvel à instituição financeira por não conseguirem manter as
suas responsabilidades.
Segundo a Associação dos Profissionais e Empresas de
Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), do total de 2.504
imóveis entregues em dação em pagamento, em 2013, 655
foram entregues no quarto trimestre. Face ao ano anterior, o número de casas entregues desceu 54%.
“O decréscimo no número de imóveis entregues no decorrer do ano 2013 está, como já disse, relacionado com a
actuação dos bancos junto dos seus clientes, pois passaram a adoptar uma posição mais facilitadora do
pagamento das dívidas de crédito à habitação pelas famílias”, justificou Luís Lima, o presidente da APEMIP, em
comunicado.
Do total de dações em pagamento, as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto representam 28% dos casos.
Vistos Gold anima mercado mobiliário nacional
“O ano de 2013 terminou com um bom prenúncio para o mercado imobiliário português, apresentando um
crescente positivismo enfatizado, essencialmente, pelos Vistos Gold e pelo Regime Fiscal dos residentes não
habituais”, refere o comunicado da APEMIP.
No total, foram transaccionados cerca de 96,9 mil imóveis (urbanos, rústicos e mistos) em 2013. Foi no terceiro
tri​
mestre que se registaram mais transacções (25,9%).
“Creio que estes números transmitem, acima de tudo, algum optimismo e esperança para a recuperação do
mercado imo​
biliário neste novo ano de 2014. É desejável e importante que este crescimento se continue a
verificar, para fazer com que este sector volte a contribuir, como já contribuiu, para desenvolvimento da economia
do país”, refere Luís Lima.
Contudo, o presidente da APEMIP sublinha que esta dinâmica “continua a ser travada pela nossa situação
conjuntural e pela fiscalidade aplicada sobre o sector, por via de impos​
tos como IMI ou o IMT que devem ser
readequados à realidade do país com a maior urgência possível”.
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