Alternativas eficientes de atração e proteção de investimentos Bolsa de Mercadorias & Futuros Félix Schouchana 5/10/2007 São Paulo – 5 de Outubro de 2007 “Comercialização de energia elétrica não é ‘oportunismo de curto prazo’, o que no longo prazo seria prejudicial à sociedade. Trata-se de dar resposta aos estímulos de mercado para otimizar o valor da energia ao longo da cadeia; e essa resposta, em contrapartida, beneficia a todos os usuários da energia”. Paul van Son Presidente da Federação Européia dos Comercializadores de Energia 5/10/2007 Plano de apresentação Fatores geradores de risco na indústria de eletricidade A formação do preço (Pricing) da energia elétrica e a volatilidade O gerenciamento de risco na Europa e nos Estados Unidos e o papel das Bolsas de Energia Alternativas de mercados negociados em Bolsa Conclusões 5/10/2007 Fatores geradores de risco na Indústria de Eletricidade Risco de preço da energia; Risco de preço do combustível; Risco da contraparte; Risco volumétrico; Risco de congestionamento na transmissão; Risco de base (submercados); Risco regulatório 5/10/2007 Formação do preço e volatilidade A energia não pode ser armazenada para venda futura; É produzida e consumida ao mesmo tempo; A demanda é muito variável e inelástica; Tempo longo de resposta para que a expansão da geração atenda ao crescimento da demanda. O sinal de preço que estimula os investimentos deve ser captado muito antes do que os produtos de ciclo mais curto de produção. 5/10/2007 Formação do preço da Energia Os fatores que determinam o preço de curto prazo são diferentes daqueles no longo prazo. Por essa razão, a volatilidade do preço de curto prazo é diferente da de longo prazo. A de curto prazo em geral é maior do que a de longo prazo. 5/10/2007 Formação do preço da Energia Assim sendo, o preço futuro de longo prazo não é igual ao preço a vista somado às expectativas de oferta e demanda futura (como nas outras commodities). O preço futuro da eletricidade é função da viabilidade econômica do investimento (oferta) e da viabilidade econômica dos produtos que consomem esse bem (demanda). 5/10/2007 Formação do preço da Energia Por essa razão, dentre todas as commodities de energia, a eletricidade constitui o maior desafio para os economistas e agentes do mercado para modelar o comportamento do seu preço. E são esses modelos a base dos sistemas de apreçamento dos derivativos e do gerenciamento de risco. 5/10/2007 Evolução dos Preços BM&F 5/10/2007 Evolução dos Preços Nymex 5/10/2007 Evolução do PLD no SE/CO (R$/MWh) 5/10/2007 Noruega - Preços spot nos últimos 8 dias (EUR/MWh) 5/10/2007 27/09 28/09 29/09 30/09 01/10 02/10 03/10 04/10 Volatilidade Comparada (% a.a) 5/10/2007 O gerenciamento de risco na Europa e nos Estados Unidos Nas bolsas européias e norte-americanas há dois mercados organizados: Curto prazo: contratos diários, onde o preço é resultado da oferta e demanda ainda não contratada, com lastro, e transparente. Longo prazo: predominam os contratos a termo, padronizados, com preço fixo. O operador do sistema coordena as funções técnicas de otimização do despacho, em sintonia com as Bolsas e os órgãos reguladores. 5/10/2007 O gerenciamento de risco na Europa e nos Estados Unidos Principais bolsas de energia: 1. Nord Pool: Noruega, Suécia, Finlândia e Dinamarca. Mercado físico: contratos D+1, H+1 e em tempo real. 2. Mercado financeiro: termo, futuros e opções. O preço de curto prazo (spot) é referência para o mercado financeiro. 5/10/2007 Nord Pool – Países Nórdicos (Fundação 1996) Volumes negociados em 2006: Mercado físico: 250 TWh; 12,3 bi euros Mercado financeiro: 766 TWh; 36,3 bi euros; Compensação de contratos bilaterais: 1.394 TWh; 42,9 bi euros; Total negociado e compensado: 2.160 TWh; 79,2 bi euros; Demanda total: 390,1 TWh 5/10/2007 Bolsa de energia da Alemanha (EEX) (Fundação 2000) Volumes negociados em 2006: Mercado físico: 88,7 TWh Mercado financeiro: 1.044 TWh Total: 1.132,7 TWh Demanda total: 570,0 TWh Outras bolsas: Reino Unido (UKPX); França (Powernext), Bélgica (Belpex) e Holanda (AEX) 5/10/2007 Estados Unidos Pennsylvania - New Jersey- Maryland (PJM) – ISO (Independent System Operator) New York – ISO New England – ISO California - ISO 5/10/2007 Volumes Negociados nas principais Bolsas Energia em TWh Bolsa País Negociado (spot) Consumo % Negociado/ Consumo NordPool Nórdicos 250,00 316,5 79,0% ICE Estados Unidos 191,2 1.185,9 16,1% EEX Alemanha 88,7 232,9 38,1% Powernext França 29,6 490,3 6,0% APX NL Holanda 19,0 12,4 152,8% APX UK Reino Unido 10,0 88,5 11,3% Fonte: EIA (Energy Information Administration) e Bloomberg 5/10/2007 Alternativas de mercados negociados em Bolsa 1. Certificados de energia Emissão de títulos com lastro do vendedor, comprado por distribuidores, consumidores livres e comercializadores. Comprador antecipa os recursos, com base no preço futuro trazido a valor presente. Os títulos seriam “ao portador”, podendo ser revendidos em mercado secundário. A viabilidade depende de: 5/10/2007 - solução do problema do risco de crédito do último detentor do certificado; - disponibilidade de novos projetos; - participação de consumidores livres e comercializadores nos leilões realizados pelo Governo. Alternativas de mercados negociados em Bolsa 2. Contratos a termo padronizados Semelhantes aos contratos de curto prazo desenvolvidos pela ABRACEEL e BM&F (Contrato-Padrão), porém de longo prazo. Não haveria antecipação de recursos e a liquidação financeira dar-se-ia à medida em que a energia é consumida. O preço seria negociado em pregão eletrônico. 5/10/2007 Alternativas de mercados negociados em Bolsa 3. Mercado futuro de energia Contratos padronizados com vencimentos curtos e longos; Margens de garantia e ajustes diários (poderiam ser muito elevados no curto prazo devido à volatilidade); Viabilidade depende de modelos de precificação das margens de garantia e teria que ser liquidado por um preço a vista de mercado ou pelo PLD. 5/10/2007 Alternativas de mercados negociados em Bolsa 4. Mercado de opções O objeto de negociação seria a energia futura com preço de exercício válido para contratos de longo prazo; Seria negociado um prêmio das opções, ou seja, o preço que o comprador pagaria para ter o direito de adquirir a energia futura, com pagamento antecipado; Se o preço da energia no vencimento estiver abaixo do preço de exercício o comprador não exerce a opção, perde o prêmio, e compra a mercado; Se o preço da energia no vencimento estiver acima do preço de exercício, o comprador pagará o preço de exercício (já pagou o prêmio). Viabilidade: como resolver o risco de crédito do último detentor da opção e como precificar o prêmio. 5/10/2007 Conclusões De acordo com as alternativas de negociação em Bolsa, há possibilidade de implementar algumas dessas, desde que sejam superados aspectos regulatórios e os principais agentes do mercado gerem a liquidez. A BM&F se propõe a fazer parte desse desafio. 5/10/2007 Contatos Alan De Genaro Dario [email protected] Fabiana Salgueiro Perobelli Urso [email protected] Félix Schouchana [email protected] Jefferson André Sartorio Bergamo [email protected] Roberto Mayo [email protected] 5/10/2007 Muito Obrigado.