Esclerose Múltipla

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Esclerose Múltipla
Autoria de Gabriel de Carvalho
A esclerose
múltipla é uma doença crônica degenerativa de caráter inflamatório que acomete
a bainha de mielina. Vários são os fatores envolvidos no desenvolvimento da
doença, como desordens genéticas, dieta, cigarro, exposição a toxinas, infecção
pelo vírus Epstein-Barr, dentre outros.
Os sintomas da
doença comprometem a qualidade de vida conforme a doença progride e são
caracterizados por paralisia, tremor, dor, ansiedade, estresse, depressão,
déficit de atenção, problemas de aprendizagem, fadiga, vertigens e distúrbios
visuais, chegando até a alteração no controle da urina e das fezes.
Vários estudos
têm evidenciado que o consumo de leite, alimentos com glúten e gordura
saturada, presença de disbiose intestinal e deficiência de vitamina D estão
ligadas com o desenvolvimento da doença.
Hoje
conhecemos um processo chamado de mimetismo molecular e sabemos que ele esta
envolvido em muitas doenças auto-imunes. O mimetismo molecular é a incapacidade
do corpo em diferenciar estruturas próprias das não próprias do organismo.
Assim ele passa a se “proteger” (na verdade, atacar) contra estruturas erradas o
que resulta em destruição dos nossos próprios tecidos pelo sistema imunológico.
O consumo de alimentos com glúten e leite
provavelmente tenham sido relacionados com a esclerose múltipla devido ao
mimetismo molecular entre os antígenos presentes nestes alimentos e uma sequência
de aminoácidos da bainha de mielina.
O intestino é um elemento chave no que diz
respeito a uma série de doenças e na esclerose não é diferente. Ele é um órgão
protetor, pois evita que diversas substâncias nocivas sejam absorvidas. O problema é quando temos a
disbiose, isto é, quando o intestino possui mais bactérias maléficas do que
benéficas. Nesta situação há um aumento da passagem de moléculas grandes, que
são absorvidas sem que sua degradação / digestão seja completa, e passam a ser
reconhecidas pelo organismo como invasoras e desencadeando uma resposta de inflamação.
A incidência
da esclerose múltipla é maior em regiões de baixa exposição solar, o que levou
a associação da doença ao déficit de vitamina D, cuja síntese ocorre após a
exposição solar (UVB). A vitamina D3 interage com o sistema imunológico aumentando
a tolerância às substâncias estranhas, protegendo contra a auto-imunidade e a
inflamação. Além disso, tem sido observado que há receptores de vitamina D no
sistema nervoso central e esta vitamina regula a produção de mielina pelos
oligodentrócitos, sendo assim a suplementação de vitamina D pode reduzir a
recidiva, lentificar o progresso e prevenir o desenvolvimento da doença.
Outro ponto
importante é que muitos estudos comprovam que uma alimentação rica em gordura
saturada e trans alteram a estrutura das membranas e favorecendo a entrada de
antígenos na barreira hematoencefálica e/ou aceleram a degradação da mielina. Podemos notar que o corpo possui
muitas respostas em razão das nossas ações e são estas alterações que devemos
equilibrar para obtermos saúde. A nutrição funcional tem um papel chave na
prevenção e diminuição da progressão e dos sintomas da esclerose múltipla como
vimos acima e através dela é possível melhorar a qualidade de vida do paciente
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com esta doença.
“Faça do alimento o seu
medicamento”
Juliana Bueno - Nutricionista pós graduada em Nutrição Clínica Funcional – CRN2 8860 (autora do texto)
Gabriel de Carvalho - Nutricionista pós graduado em Nutrição Clínica Funcional – CRN2 3945
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