PROJETO DE LEI N 159/2014. INSTITUI A SEMANA MUNICIPAL DE CONSCIETIZAÇÃO SOBRE A ESCLEROSE MÚLTIPLA. Art. 1 – “É instituído a SEMANA MUNICIPAL DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A ESCLEROSE MÚLTIPLA” na semana que comportar o dia 30 de Agosto de cada ano. Parágrafo único – Considerando ser o Dia 30 de Agosto, o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, reconhecido pela Lei Federal 11.303 de 11 de Maio de 2006. Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Cachoeiro de Itapemirim-ES, 30 de Maio de 2014. JOSÉ CARLOS AMARAL Vereador – DEM JUSTIFICATIVA Uso do texto do Dr. Drauzio Varella para esclarecer com simples palavras o que é a temática apresentada. “Esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica, provavelmente auto imune. Por motivos genéticos ou ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A característica mais importante da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, e provoca dificuldades motoras e sensitivas. Não se conhecem ainda as causas da doença. Sabe-se, porém, que a evolução difere de uma pessoa para outra e que é mais comum nas mulheres e nos indivíduos de pele branca que vivem em zonas temperadas. O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a ressonância magnética. Sintomas A fase inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana. Tais características fazem com que o paciente não dê importância às primeiras manifestações da doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas vão e voltam independentemente do tratamento. A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando pequenos sintomas sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, motores e cerebelares de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento nas pernas ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos esfíncteres. Tratamento Uma vez confirmado o diagnóstico de esclerose múltipla, uma doença inflamatória desmielizante, com manifestação remitente-recorrente, o tratamento tem dois objetivos principais: abreviar a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, os imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível eliminá-los com os tratamentos atuais. Recomendações * Embora não altere a evolução da doença, é importante manter a prática de exercícios físicos; * Quando os movimentos estão comprometidos, a fisioterapia ajuda a reformular o ato motor, dando ênfase à contração dos músculos ainda preservados; * O tratamento fisioterápico associado a determinados remédios ajuda também a reeducar o controle dos esfíncteres; Nas crises agudas da doença, é aconselhável o paciente permanecer em repouso.” Assim por entender que qualquer contribuição que ajudamos no processo da conscientização da referida enfermidade, é que apresentamos tal propositura para que se faça ter maior conhecimento em nossa sociedade os aspectos desta referida doença. Contamos com apoio dos nobres pares para aprovação da mesma. A autoimunidade da esclerose múltipla compromete principalmente a chamada bainha de mielina, que pode ser identificada como uma capa que envolve os nossos condutores nervosos (que levam impulsos do corpo ao cérebro e vice-versa) e que permite uma condução mais rápida e energética dos impulsos nervosos. No caso da esclerose múltipla, o organismo cria anticorpos contra a bainha de mielina e passa a não reconhecê-la. Pelo comprometimento dessa capa isolante, os impulsos se dispersam e o indivíduo deixa de ter controle dos comandos do cérebro. Para levantarmos um copo, por exemplo, o cérebro envia um comando que, por meio do sistema nervoso central, atinge o sistema nervoso periférico e chega à mão, realizando o movimento. Para uma pessoa com esclerose múltipla, que não dispõe da proteção da bainha de mielina, esses estímulos serão dispersos antes mesmo de chegar à mão, impedindo a ação. Incidência A esclerose múltipla acomete, na maioria das vezes, mulheres brancas e indivíduos jovens, que carregam um gene de suscetibilidade. Apesar desse gene, não é uma doença hereditária, manifestando-se sempre de forma isolada. Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, o número de casos na cidade de São Paulo aumentou em cinco vezes de 2002 a 2009. Atualmente, são 15 casos para cada 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, são cerca de 24.000 pessoas com a doença. Nos Estados Unidos, a incidência é bem maior, atingindo 200 pessoas a cada 100 mil habitantes. De acordo com o Dr. Charles Peter Tilbery, neurologista do Einstein, essa variação geográfica ainda não tem uma explicação lógica. “O que sabemos é que a doença aparece mais em climas temperados e frios. Geralmente, porque a baixa luminosidade durante o ano diminui a proteção imunológica”, explica. “No Brasil, por exemplo, a incidência nas regiões Norte e Nordeste é mais baixa que no Sudeste e na região Sul”, afirma. José Carlos Amaral. Vereador – DEM