ISBN 978-85-8015-080-3 Cadernos PDE I Versão Online OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos A MÚSICA COMO MOTIVAÇÃO DO ENSINO-APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA Autora: Daiany Secco de Souza (Professora- PDE 2014)¹ Orientadora: Prof.ª Célia Regina dos Santos (Orientadora- UEM)² Resumo: O presente artigo é resultado da experiência vivenciada em sala de aula durante a aplicação do Projeto de Intervenção Pedagógica, no qual estratégias pautadas na música foram utilizadas como motivação para o processo de ensino-aprendizagem nas aulas de Língua Inglesa. Este estudo visa apresentar a análise sobre a música como motivadora deste processo e sua influência no interesse do aluno pela aprendizagem de Língua Estrangeira. É um trabalho que nasceu da observação da desmotivação dos alunos frente às aulas de Inglês, uma vez que os objetivos traçados para o ensino-aprendizagem da língua não eram alcançados satisfatoriamente. Pelo fato da música estar presente na vida das pessoas, em especial dos jovens aprendizes, pode ser usada para desenvolver várias estratégias de aprendizagem, transformando-se em instrumento eficaz pelos professores. Para delinear a fundamentação teórica, a pesquisa bibliográfica envolveu autores e estudiosos que tratam sobre a temática. O estudo foi desenvolvido com a turma do Ensino Médio do CEEBJA de Mandaguaçu. Com o intuito de alcançar os objetivos necessários, privilegiei a coleta de dados junto aos alunos através de um questionário, seguido do uso de canções em Inglês, e de atividades estruturadas e variadas baseadas nessas canções. A partir da análise dos dados, pude observar que é possível reunir em um só contexto a diversão e a aprendizagem por meio da música. Ela traz momentos de harmonia e reflexão ao ser humano. Palavras-chave: Língua Inglesa. Ensino-aprendizagem. Música. Motivação. 1. Introdução Aprender uma língua estrangeira é muito importante para o desenvolvimento e crescimento do indivíduo. Esta aprendizagem aumenta a possibilidade de compreensão do mundo ao seu redor e sua habilidade de intervir e, até mesmo, modificá-lo. Em muitos casos é possível observar que os alunos demonstram pouco interesse pelo aprendizado da língua inglesa por achá-la desnecessária dentro de seu contexto de vida e, principalmente, por terem dificuldades em se expressarem em Inglês nas várias situações de ensino-aprendizagem propostas. ___________________________ ¹ Professora da Rede Pública de Educação do Estado do Paraná e participante do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE). Graduada em Letras Português/Inglês pela FAFIMAN. Pósgraduada em Educação Especial e em EJA. E-mail: [email protected] ² Docente do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Maringá. Graduada em LetrasFecilcam- Campo Mourão. Mestrado em língua e literatura- UFSC. Doutoranda em História, Cultura e Narrativa- PHH/UEM. E-mail: [email protected] Atividades descontextualizadas, cansativas, sem continuidade e que repetem os mesmos conteúdos e exercícios durante os anos escolares são as principais causas que desmotivam os alunos a aprender Inglês. Por essa razão, novas alternativas de aprendizado devem ser utilizadas para despertar no aluno uma nova maneira de ver, sentir e se expressar, vivendo uma nova experiência de comunicação da Língua Inglesa. Sabemos que, com maior ou menor intensidade, a música faz parte da vida das pessoas, despertando nelas sentimentos e emoções diversas. A utilização do gênero textual “música” no processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa ajuda a contextualizar e dar sentido à aprendizagem. Por meio da música, além de discutir temas polêmicos relacionados à vida dos alunos e o mundo em geral, é possível dar condições ao aluno de se descontrair, ter segurança e facilidade de aprender, encontrando a motivação necessária para aprender a Língua Inglesa, possibilitando aos mesmos muito mais que o aprendizado de um código linguístico, oportunizando-os a conhecer diversas culturas e diferentes realidades. Diante desses fatos e da realidade de aprendizagem da escola CEEBJA de Mandaguaçu, no Paraná, o presente trabalho de intervenção pedagógica foi proposto por mim, tendo como objetivo não somente relatar uma experiência de ensino na disciplina de Língua Inglesa com alunos do Ensino Médio, como também dar a estes alunos a oportunidade de experimentar aprender por meio de uma estratégia alternativa. O perfil dos estudantes desse contexto escolar é composto de trabalhadores, desempregados, donas de casa, jovens, idosos, portadores de deficiências especiais, todos com suas diferenças sociais e culturais. Às vezes, chegam tarde à escola, cansados e sonolentos, acham que não são capazes de acompanhar o processo pedagógico e, por fim, em muitos casos, acabam desistindo do estudo. Por estes motivos, há a necessidade de uma maior reflexão sobre a prática pedagógica que pense estratégias que possibilitem maior envolvimento e interesse do aluno do CEEBJA nas aulas de Língua Inglesa. Considerando a situação-problema, deste grupo específico, bem como a importância de se aprender idiomas em um mundo que a cada dia se torna mais dependente da Língua Inglesa para a comunicação, seja no campo comercial, financeiro, de turismo ou de trocas de experiências, em situações da vida contemporânea, nas quais se exige a utilização de informações, posso dizer que esta pesquisa se justifica. Assim, o método se dá por meio de revisão bibliográfica e por propostas de atividades com música a serem aplicadas nas aulas de Língua Inglesa do Ensino Médio, nas quais foram trabalhadas as competências interativa, gramatical e textual. Tendo esses princípios em mente, as aulas foram ministradas no ano letivo de 2015 e tiveram como foco principal o trabalho com o gênero textual “música”, como forma de ensinar o idioma e motivar os alunos no processo de ensinoaprendizagem. Por meio deste gênero textual, os alunos participantes puderam vivenciar diferentes situações de aprendizagem e explorar as quatro habilidades da língua: falar, ouvir, escrever e ler. Isso contribuiu significativamente para o desenvolvimento das aulas. Para entender melhor o processo de ensinar e aprender por meio da música, a pesquisa de Barreto e Silva (2004) vem ao encontro de nossas expectativas, no sentido de mostrarem que a música ajuda a equilibrar as emoções, desenvolve a criatividade, a memória, a concentração, socialização, além de contribuir para a higiene mental, motivando os sentimentos positivos. A seguir serão apresentados alguns conceitos importantes que nortearam a pesquisa realizada e a elaboração das atividades propostas. 2. O Ensino por meio dos Gêneros Textuais BAKHTIN (2003, p. 262) nos diz que cada esfera de função da língua “elabora tipos relativamente estáveis de enunciados”, os quais são denominados gêneros do discurso. Na verdade, sempre nos comunicamos por meio de um gênero dentro de uma esfera de ação, como o bate-papo com o colega, seja pessoalmente ou via internet, o recado que deixamos para alguém, o currículo que escrevemos para a procura de um emprego, o roteiro de diálogo e comunicação que preparamos para apresentar em um evento, etc. Dessa forma, se todas as vezes que utilizássemos a língua tivéssemos que inventar um novo gênero, a comunicação seria quase que impossível. De acordo com Bakhtin (2003, p. 283): Aprender a falar significa aprender a construir enunciados (...). Os gêneros do discurso organizam o nosso discurso quase da mesma forma que o organizam as formas gramaticais (sintáticas). Nós aprendemos a moldar o nosso discurso em formas de gênero e, quando ouvimos o discurso alheio, já adivinhamos o seu gênero pelas primeiras palavras, adivinhamos um determinado volume (isto é, uma extensão aproximada do conjunto do discurso), uma determinada construção composicional, prevemos o fim, isto é, desde o início temos a sensação do conjunto do discurso que em seguida apenas se diferencia no processo da fala. Se os gêneros do discurso não existissem e nós não os dominássemos, se tivéssemos de criá-los pela primeira vez no processo do discurso, de construir livremente e pela primeira vez cada enunciado, a comunicação discursiva seria quase impossível. Com isso em mente, começamos a vislumbrar a possibilidade de afirmar que o trabalho com gêneros em sala de aula é uma forma para alcançar os objetivos propostos, pois é por meio deles que as práticas de linguagem se materializam, ou seja, gênero é a materialização da linguagem. Desta forma, estudar a língua por meio de gêneros capacita a compreensão de sua utilização efetiva, porque permite a retomada e o entendimento do contexto em que é produzida. Para Marcuschi (2006), os gêneros textuais são tão antigos como a linguagem, uma vez que organizam, estruturam e permitem a comunicação verbal por meio da interação entre as pessoas. Tendo em vista que a abordagem sobre gênero textual neste artigo focará no texto musical, torna-se relevante enfatizarmos que os gêneros textuais são praticamente ilimitados, podendo se apresentar como textos orais e escritos feitos por pessoas em um determinado momento histórico. Definindo gênero textual, Marcuschi (2014, p.4) afirma que: Usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio-comunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se os tipos textuais são apenas meia dúzia, os gêneros são inúmeros. Dessa forma é possível verificar que há praticamente infinitos tipos de gêneros textuais como, por exemplo, artigos, entrevistas, cartas, aulas, conferências, discursos, telefonemas, anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, comédias, contos de fadas, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, carta eletrônica, bate-papo por computador, e-mail, notícias, bilhetes etc. Portanto, trabalhar com diversos gêneros textuais dentro da sala de aula é uma maneira extraordinária de se ensinar a língua em suas mais variadas formas, utilizadas no dia-a-dia do educando. Como sujeitos mediadores de cultura, cabe ao educador, dentro do processo de ensino, valorizar e utilizar o aprendizado como forma de desenvolver e formar indivíduos capazes de produzir e reproduzir a cultura. Pinto (2014, p. 4-5) diz que: Baseando-nos na ideia de gênero como (mega) instrumento para agir em situações de linguagem (Dolz e Schneuwly, 1996) e na concepção de Marcuschi (2000) de que o gênero textual é uma forma concretamente realizada nos diversos textos empíricos, sustentamos que o aprendiz tem que adquirir o domínio sobre as formas e as possibilidades dos diferentes gêneros como parte do processo de aprendizagem do falar e do escrever. Para isso, é preciso que o professor crie um espaço potencial de desenvolvimento de modo que esse aprendiz obtenha, na zona de desenvolvimento proximal (ZPD), um maior domínio das características que definem um gênero. Sob a perspectiva das DCEs (PARANÁ, 2008, p.57), “o ensino de língua estrangeira deve contemplar os discursos sociais que a compõem, ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos”. Desta forma, fica clara a importância de apresentar aos alunos textos de diferentes gêneros, os quais possam contribuir para a formação crítica dos alunos como cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. 3. O Gênero Textual “Música” De acordo com as Diretrizes Curriculares da Língua Estrangeira (DCE, SEED, 2007, p. 29), cuja finalidade é orientar os professores das escolas da rede pública de ensino na elaboração do currículo, é preciso que: [...] a aula de língua estrangeira constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, [...]. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. Além disso, as Diretrizes Curriculares determinam que as aulas de língua estrangeira façam o aluno ver o mundo de uma forma mais ampla e compreenda o papel das línguas na sociedade, seu valor e de que forma pode integrá-lo na sociedade e no mundo. Um dos objetivos da língua estrangeira, nas DCEs, (Paraná, 2008) é que o aluno utilize a língua que está apresentando em situações significativas e relevantes. E esta meta pode ser naturalmente alcançada com o uso do gênero textual “música” em sala de aula, pois motiva e desperta no aluno o anseio de interagir e participar em meio ao processo de ensino-aprendizagem nas aulas de Língua Inglesa. Vygotsky (1993, p. 44) também enfatiza que “os nossos pensamentos são frutos da motivação”. Ao sentirmos necessidades específicas, desejos, interesses ou emoções, somos motivados a produzir pensamentos. Trazendo isto para a aquisição de uma língua estrangeira logo chegamos à conclusão de que é necessária uma motivação intrínseca para que o sujeito sinta maior afinidade e interesse por ela. Desta forma, pode-se dizer que a música e a sua consolidação didática por meio de atividades práticas em sala de aula estão ligadas diretamente com a motivação e a autoconfiança. A motivação deve partir de uma situação comunicativa abrangendo interesses dos próprios alunos, suas experiências de vida, utilizando atividades e conteúdos significativos, podendo dessa forma, incentivá-los a expor seus sentimentos e fazendo com que se sintam à vontade. Nérici (1993, p. 75) define motivação como “o processo que se desenvolve no interior do indivíduo e o impulsiona a agir, mental ou fisicamente, em função de algo. O indivíduo motivado encontra-se disposto a despender esforços para alcançar seus objetivos.” Ongaro e Silva (2006, p. 2) corroboram com este pensamento dizendo que, “a música quando bem trabalhada desenvolve o raciocínio, criatividade e outros dons e aptidões, por isso, deve-se aproveitar esta tão rica atividade educacional dentro das salas de aula”. A utilização de música nas aulas de Língua Inglesa ajuda o aluno na aquisição de um vocabulário mais rico e retenção maior de informações, facilitando, também, a aquisição da pronúncia da Língua Inglesa. Neste contexto, dentro da sala de aula, a música aparece como um recurso muito útil, importante e motivador. Como ressalta Cristovão (2007, p. 66): As músicas são exemplos de uma linguagem autêntica, memorável e rítmica. [...] a) as músicas são exemplos acessíveis de inglês oral; b) as rimas permitem aos alunos exercícios de identificação de sons similares; c) a atmosfera agradável que a musicalidade traz faz com que o aluno sinta-se mais à vontade com o trabalho de pronúncia; d) a identificação das sílabas fortes e fracas ajuda na pronúncia da língua. Ao introduzir a música dentro do contexto escolar consegue-se um ótimo desenvolvimento no aprendizado, que ajuda o educando a aumentar seus conhecimentos, levando-o a ouvir e escutar ativamente e de maneira sensata o que se deseja ensinar. A expressão musical desempenha importante papel na vida recreativa de toda criança, ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética. A música também cria um terreno favorável para a imaginação quando desperta as faculdades criadoras de cada um. A educação pela música proporciona uma educação profunda e total (FARIAS, 2007, p. 2). Nesse sentido, Ongaro e Silva (2006, p. 3) destacam que “no contexto escolar a música tem a finalidade de ampliar e facilitar a aprendizagem do educando, pois ensina o indivíduo a ouvir e a escutar de maneira ativa e refletida”. A música é uma fonte prazerosa do ato de aprender e ensinar transformando positivamente, tanto o dia a dia do professor quanto dos alunos. Se trabalhada de forma adequada, a música desenvolve a mente, equilibra as emoções, proporcionando a autoestima, facilitando além da aprendizagem, a socialização do educando. No entanto, Ongaro e Silva (2006, p. 3) alertam que: A música não substitui o restante da educação, ela tem como função atingir o ser humano em sua totalidade. A educação tem como meta desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que é capaz. Porém, sem a utilização da música não é possível atingir a esta meta, pois nenhuma outra atividade consegue levar o indivíduo a agir. A música atinge a motricidade e a sensorialidade por meio do ritmo e do som, e por meio da melodia, atinge a afetividade. No aprendizado da Língua Inglesa a utilização das músicas ajuda a mostrar a diversidade cultural, as diferenças existentes entre as nações e suas culturas, além do estudo da língua propriamente dita. Para Woyciechowski (2008, p. 6), “além dos objetivos culturais, as músicas no ensino de Inglês podem ser usadas também para ensinar: listening, vocabulário, tópicos gramaticais, leitura, expressão oral, produção de texto e ortografia”. A memorização de vocabulário e a facilidade de se escrever podem ser facilitadas de uma maneira não intencional através da introdução das músicas no ensino do Inglês, o que viabiliza o aprendizado de uma segunda língua. Segundo Krashen (1987, apud Woyciechowski, 2008, p. 7): [...] o estado emocional age como um filtro que pode ser ajustado para impedir ou ajudar a aquisição de uma língua. Emoções negativas, como ansiedade, desmotivação, falta de confiança agem como um filtro impedindo a aquisição da mesma. A música ajuda a criar um ambiente agradável, que evoca emoções positivas, baixando o filtro afetivo e facilitando a aquisição de uma língua. Ou seja, a utilização da música na sala de aula ajuda o educando na aprendizagem, pois cria um ambiente adequado que facilita a concentração, a memorização, a imaginação, a inspiração, a criatividade e demais habilidades, tornando-se, por isso, uma forma fácil de aquisição de línguas. Na educação, verificou-se que usar a música para ensinar é um dos melhores métodos de aprendizagem. Aprender com este recurso tão enriquecedor é muito apropriado, pois estimula a função cognitiva, o corpo, a emoção e a audição. Diante disso, pode-se dizer que a música utilizada como recurso pedagógico é um instrumento eficaz para o processo de ensino-aprendizagem, por se tratar de um gênero motivador e integrador, objetivando ter aulas desafiadoras e interessantes sem perder o significado. 4. Elaboração e Implementação do Material Didático Pedagógico A educação de qualidade requer estratégias pedagógicas reflexivas e pontuais a cada realidade. E isso se concretiza pela postura de professores que possuem pensamento crítico, visão de mundo, de ciência e de ser humano. Neste relato estão demonstrados os resultados de uma experiência pedagógica, a partir da elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica, cujo título é “A Música como Motivação do Ensino-Aprendizagem de Língua Inglesa”. Por meio deste trabalho, elaborei a Unidade Didática, contemplando três partes, cada qual com uma canção a ser trabalhada, tendo como objetivo oportunizar aos educandos, através do texto musical, maior motivação pelo aprendizado de Língua Inglesa, para que os mesmos pudessem demonstrar desenvolvimento e aquisição dos conhecimentos no processo de aprendizagem. Todo o trabalho de Implementação da Unidade Didática foi aplicado com a turma de Língua Inglesa do Ensino Médio do CEEBJA, com início no dia 21 de julho de 2015 e finalizado no dia 17 de agosto de2015, tendo duração de 32 aulas. Efetuei a implementação com atividades diferenciadas, buscando desenvolver no educando as habilidades de ouvir e falar na Língua Inglesa, tornando a compreensão do contexto da música mais simples e agradável de praticar. Inicialmente, realizei uma exposição oral aos estudantes sobre o tema escolhido e a ser desenvolvido, ou seja, o trabalho com o gênero “música”. A seguir, comentei sobre as atividades a serem desenvolvidas e sobrea realização de uma prévia sondagem oral do conhecimento que os mesmos possuíam sobre o assunto, a qual se realizou por meio de um diálogo entre todos da sala de aula, sob o meu monitoramento, mostrando-lhes a intencionalidade de um trabalho de motivação para o ensino-aprendizagem de Língua Inglesa. Assim, utilizei como instrumento de sondagem um questionário com questões subjetivas abordando aspectos como: grau de importância da música na vida dos educandos, a apreciação ao ouvir músicas, os cantores e estilos preferidos, a frequência com que ouvem música, entre outros. Este questionário foi respondido por escrito para a coleta de dados. Inicialmente não abordei a finalidade de levá-los a refletir sobre o que eles iriam ouvir, mas instiguei o gosto do aluno pela Língua Inglesa por meio da música e usei-a na construção do conhecimento e aquisição de vocabulário. No decorrer da aula, discuti com os alunos quais músicas e bandas eles gostavam e por que gostavam delas. Também perguntei se já haviam se preocupado em saber o significado das suas músicas estrangeiras preferidas. Poucos responderam que sim, e a maioria respondeu não se preocupar, nem dar atenção a isso. Ou seja, gostavam das músicas pela melodia, pela voz do cantor ou pela banda. Embora alguns alunos tenham faltado e atrasado suas atividades durante o processo de aplicação da Unidade Didática, constatei que a maioria dos estudantes demonstrou interesse e entusiasmo com o trabalho da música a ser desenvolvido na sala de aula. Como muitos já chegam cansados na sala, sentem a necessidade de aulas mais lúdicas para motivá-los. O resultado da pesquisa mostra que dos 15 alunos participantes, 100% responderam que a música é muito importante para a vida deles, alguns relatando que é o que os faz relaxar e sentir-se bem nos momentos em que se encontram cansados. Através desta mesma pesquisa, 95% dos estudantes entrevistados disseram que gostam e ouvem músicas em Inglês, mesmo não conseguindo compreender a letra, seu significado por completo. Seus estilos preferidos são Pop Rock, Country e as Românticas. No questionário, a música nacional também foi citada, pelo fato de entenderem a mensagem que a letra transmite e por fazer parte da cultura deles. No item sobre a frequência com que eles ouvem música, cerca de 60% responderam ouvir música todos os dias, pelo fato de proporcionar ânimo e fazê-los sentir-se bem. No entanto, 30% disseram ouvir música mais aos finais de semana, por falta de tempo nos dias de trabalho e 10% disseram ouvir esporadicamente. Conforme mencionei anteriormente, a Unidade Didática foi dividida em três partes, sendo que cada uma delas contemplou uma música, e para cada uma delas havia um tema explícito relacionado com sua letra. As músicas e temas foram escolhidos por mim, por serem atuais e tendo como foco a realidade e vivência dos estudantes. Houve participação efetiva destes na discussão de cada tema trabalhado, relacionando-os ao significado das letras das músicas e à vida, sendo que muitos empatizaram tanto com algumas letras que até compartilharam histórias pessoais. A cada música trabalhada foi elaborada diversas atividades escritas baseadas nos temas escolhidos e sugeridos pelas letras dessas canções. Assim, a primeira música foi apresentada aos alunos, na aula seguinte à aula da sondagem, a saber, “Here Without You”, da banda “3 Doors Down”, cujo tema foi “Amor: um tesouro precioso”. Para introduzir a aula, iniciei um breve debate sobre o tema, onde vários alunos deram suas opiniões e relataram fatos e histórias de sua vida. Uma delas foi a de uma aluna que disse ouvir muito esta música e sempre pensar em seu neto, pois trata-se de uma relação de amor intenso e de conflitos sobre a sua guarda. Pude constatar, então, que a música está na vida do ser humano, desperta emoções e sentimentos de acordo com a capacidade de percepção de cada um. Neste contexto, podemos dizer que o aluno aprende quando participa ativamente de uma atividade. “Essa participação ativa do aluno nas atividades escolares é expressão de energia e entusiasmo, fruto de uma aprendizagem significativa” (NERI, 1992). Em seguida, coloquei a música em áudio, e realizamos outras atividades, tais como o “listening”, a prática do vocabulário, a interpretação da letra da canção e seu contexto, e atividades de gramática relacionadas à mesma. Para realizar o “listening”, registrei no quadro as palavras que faltavam na música, de forma desordenada, e solicitei aos alunos a cópia das mesmas do caderno. Em seguida, trabalhei a pronúncia de cada uma delas a fim de que pudessem reconhecê-las mais facilmente quando as ouvissem durante a música, a qual foi tocada logo em seguida, para que os alunos começassem a encaixar as palavras no lugar adequado da letra. Foi necessário ouvir a música três vezes, para que os alunos conseguissem escrever nos espaços adequados as palavras que faltavam na letra. Dentre o total de alunos, 70% conseguiram fazer a atividade por completo, 25% tiveram dificuldade em reconhecer algumas palavras e 5% reconheceram poucas. Observei que esse trabalho com o “listening” facilita o enriquecimento de vocabulário para o aluno, além de perceber maior interesse e curiosidade pela língua inglesa. Brown (1994) ressalta que “a competência de ouvir é universalmente maior que a de falar”. Portanto, justifica tamanha atenção, concentração e participação dos alunos em atividades de “listening”. Como ponto de partida para o trabalho com as atividades de interpretação e leitura, utilizei algumas estratégias, como o reconhecimento das informações gerais e específicas da letra, realizado pelos alunos num trabalho coletivo, assim como a apresentação de algumas palavras que já conheciam o significado. Houve contribuição de todos, e as palavras foram registradas no quadro para que cada um copiasse em seu caderno. Com essas informações, observei que o processo da realização das demais atividades, como as de gramática, foi desenvolvido mais facilmente, pois os alunos já tinham um conhecimento prévio e amplo de parte do significado da letra da canção. Com relação à segunda e terceira unidade, o procedimento foi o mesmo, como já relatado, com algumas atividades diferenciadas a mais, e com outras canções. Com relação à segunda unidade, trabalhei a música “Firework”, de Kate Perry. Nesta canção abordei e discuti com os alunos seu respectivo tema “Seja livre, seja vida, seja amor! Se ame!”. A letra da música e o tema proporcionou amplo debate entre eles, os quais participaram apresentando suas ideias e opiniões. Considero que tenha sido a música que tenha chamado mais a atenção deles, obtendo maior resultado na participação oral. Alguns comentaram assuntos atuais e muito abordados hoje em dia. Assuntos estes sobre a autoestima, cuidados com a própria saúde, qualidade de vida, espiritualidade, enfim, sobre tudo o que a proporciona o bem-estar e que é de interesse deles. Dentro do contexto da música é exatamente isto que é mostrado e discutido atualmente, ou seja, que devemos amar-nos em primeiro lugar. Foram realizadas por meio desta canção atividades variadas que contemplavam a compreensão auditiva, a relação entre figuras mostradas e seus conceitos linguísticos, além de conteúdos gramaticais relacionados à música. Já na terceira e última unidade apresentei a música “Whatever”, da banda Oasis. Neste momento discuti o tema “O segredo da vida é viver! E viver é ser livre!”, especificamente falando sobre a liberdade, pois a letra da canção tratava sobre este assunto. A aula foi iniciada com a música em áudio e, posteriormente, foi discutido o tema da canção, com o objetivo de mostrar aos alunos o assunto abordado pela canção, sem conhecer ainda sua tradução. Houve muitos relatos a respeito da liberdade de expressão, ou liberdade de ação. Um relato interessante foi da aluna que contou ter ficado alguns anos fora do Brasil e das diferenças no estilo de vida no país em que viveu e estudou enquanto acompanhava a mãe que lá trabalhava. A aluna relatou exatamente sobre a liberdade que vivenciou neste país, sobre a educação e saúde de qualidade e solidariedade entre as pessoas, demonstrando durante a conversa sentir saudades do lugar. A maioria trouxe exemplos que achava pertinente ao tema e fez contribuições de relatos muito enriquecedoras. Com esta canção pude também explorar o vocabulário, desenvolver a habilidade de “listening”, ou compreensão auditiva e as atividades gramaticais relacionadas à letra da música. Para finalizar todo o processo de implementação, foi montado pelos alunos, sob meu monitoramento, um painel criativo com as produções dos mesmos durante todo o período de aplicação da unidade didática, contendo mensagens e trechos em Inglês e Português considerados por eles os mais interessantes, além de decorarem com objetos relacionados à música. Este painel foi exposto a todos os membros da escola. Observei que houve a participação ativa e satisfatória dos alunos, desde o início da montagem do painel até a sua finalização, pois utilizei somente o que era contribuição deles, como os materiais coletados e as atividades realizadas para serem expostas. Não restam dúvidas que o trabalho lúdico faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana, caracterizando-se pela espontaneidade e liberdade. Além dessa atividade, os alunos produziram um clip da música “Firework” de Kate Perry em conjunto, pois foi eleita como a mais atrativa e interessante. Todos os alunos participaram desde a preparação, esquematização das cenas e coreografia até a realização e filmagem das mesmas, sendo tudo elaborado de acordo com o significado da letra da canção. Verifiquei por meio desta atividade final que trabalhar coma música inglesa propicia ao aluno explorar muito mais sua criatividade, melhorar sua conduta no processo de ensino-aprendizagem, sua autoestima e sua socialização, pois eles sentem a liberdade de criar e compartilhar ideias. Durante o trabalho com cada música, os alunos conheceram e analisaram brevemente a biografia do cantor (a) e assistiram ao clip da canção. Em seguida, foi feita a atividade de “listening” e constatei um retorno positivo na realização desta atividade, apesar da necessidade de intervenção do professor em alguns momentos. Observei que o “listening” favoreceu o desempenho no aprendizado da Língua Inglesa, proporcionando motivação aos alunos. Demonstraram grande satisfação quando descobriram que eram capazes de compreender o que estava sendo tocado, mesmo que tenha sido um entendimento mínimo. É importante ressaltar a satisfação expressada pelos alunos e a capacidade destes de compreender e realizar as tarefas, mesmo que não tenha sido cognitivamente perfeito e tenha precisado da mediação do professor. Também é interessante mencionar o silêncio que faziam quando a música ia ser tocada. Todos atentos, aguardando para ouvir e tentar realmente entender as palavras para efetuar a atividade. Desta mesma forma, no decorrer do desenvolvimento das aulas, todos realizaram as outras atividades relacionadas a cada música apresentada e trabalhada, incluindo o trabalho de interpretação escrita da letra, vocabulário, e atividades de gramática. A maioria dos alunos realizou as atividades sem grandes dificuldades, apenas em determinados momentos houve a necessidade do direcionamento e intervenção do professor. Ao longo das 32 horas de aplicação da prática pedagógica, percebi que de um modo geral, os resultados foram significativos em relação ao processo de ensino-aprendizagem, pois os alunos relataram conseguir aprender a língua, entender o gênero e suas esferas constitutivas e peculiares. Além disso, com base na discussão de dados, observei nos alunos motivação, comprometimento, participação, aprendizagem e até mesmo algumas dificuldades com o trabalho realizado, porém este trabalho proporcionou avanços com relação à aquisição de conhecimentos para a turma. Sem dúvida alguma, no decorrer da aplicação desta Unidade Didática houve um considerável aumento do interesse, entusiasmo e principalmente do desenvolvimento positivo no processo de ensino-aprendizagem, provando mais uma vez que a música não é somente uma fonte de prazer, mas também fonte de aquisição de conhecimento e sabedoria. 6. Considerações finais Atualmente, a motivação dos alunos como parte do processo de ensinoaprendizagem é o centro das atenções no âmbito educacional, pois é no mesmo que identifica-se a aprendizagem como um processo reflexivo, pessoal e sistemático que decorre do avivamento das potencialidades do aluno, com ou sem a mediação do professor. A motivação é indispensável não somente para que aconteça a aprendizagem, mas para que sejam colocadas em prática as habilidades adquiridas. Assim sendo, a intenção deste artigo foi pesquisar e trabalhar com as ações desenvolvidas no Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), nos anos 2014 e 2015, objetivando resgatar a motivação do aluno nas aulas de Língua Inglesa, por meio do gênero textual “música”, na tentativa de se obter resultados positivos no processo de ensino-aprendizagem. Com a prática do Projeto de Intervenção Pedagógica verifiquei a eficácia da utilização deste gênero durante as aulas, confirmando a hipótese apresentada. Constatei que quando se propõe atividades contextualizadas por meio da música e trabalhadas numa sequência significativa, os alunos se mostram mais motivados a participarem ativamente das aulas, facilitando a aquisição do conteúdo e proporcionando a integração e participação frente às discussões sobre temas atuais e relevantes para os mesmos. Assim, posso classificar como satisfatória a implementação da unidade didática, pois trouxe contribuições relevantes e positivas em razão de que os mesmos mostraram interesse em desenvolver todas as atividades que foram propostas principalmente as atividades de “listening”. Quanto aos conteúdos gramaticais retirados a partir da letra da música, percebi que favoreceram a aprendizagem ao despertar o interesse dos alunos em aprender o que eles ouvem. Houve a oportunidade de trabalhar com textos originais e instigantes, aperfeiçoar a pronúncia, obter conhecimentos de outras culturas, entre outros. No entanto, observei que ainda há muito a ser trabalhado com nossos alunos, para que permita-se verificar nos mesmos o amadurecimento quanto à maneira de refletir e pensar sobre determinados temas, principalmente os mais atuais e que fazem parte da vivência deles. Como mencionei acima, acredito que trabalhar com textos de gêneros variados e motivantes ajuda no desenvolvimento da criatividade e criticidade em nossos alunos, formando-os cidadãos cientes de sua função na sociedade da qual fazem parte. E o gênero textual “música” contribui para esse desenvolvimento, pois apresenta características específicas, que viabiliza uma leitura crítica e interpretativa, objetivando a formação de leitores mais aguçados, e consequentemente mais motivados. Pude concluir ser extremamente considerável que o professor seja um pesquisador contínuo neste trabalho através do gênero textual “música”, pois este gênero é variável, com épocas históricas diferentes, exigindo a atualização constante do professor, para que o mesmo use todas as ferramentas necessárias para o bom desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Enquanto a realização deste projeto e sua prática proporcionou ao aluno concluir que é possível usar a Língua Inglesa de formas práticas no seu dia a dia, como pesquisadora, o projeto me permitiu refletir sobre minhas metodologias e a atuação pedagógica em relação ao ensino de Língua Inglesa. Acredito que agora, posso cooperar sempre mais com a formação de um aluno mais ativo e participativo. Referências BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BARRETO, Sidirley de Jesus; SILVA, Carlos Alberto da. Contato: Sentir os sentidos e a alma: Saúde e lazer par o dia-a-dia. Blumenau: Acadêmica, 2004. BROWN, H. D. Teaching by principles: an interactive approach to language pedagogy: Prentice Hall Regents. New Jersey: Englewood Cliffs, 1994. CRISTOVÃO, Vera Lúcia Lopes. Gêneros textuais e educação inicial do professor de língua inglesa. Disponível em: <http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/Linguagem_Discurso/article/view/ 564/548>. 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