COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: [email protected] http://professoraleonilda.wordpress.com/ CAPÍTULO 9 – p. 124 É a + aceita atualmente, o que não quer dizer que ela não possa ser melhorada. CAPÍTULO 9 – p. 124 Leitura do texto introdutório PROBLEMATIZAÇÃO • Como você explicaria as diferenças entre indivíduos de uma mesma espécie? • Quais as fontes da variabilidade genética? • Será que a seleção natural se aplica também aos seres humanos? 1 UM POUCO DE HISTÓRIA •Darwin não soube explicar: – como elas apareciam (ignorava as mutações). – nem como as variações podiam ser transmitidas aos descendentes (ignorava as leis de Mendel). •Nas 1as década do séc. XX, porém houve uma síntese entre o darwinismo, as leis de Mendel e o que se descobrira a respeito das mutações – teoria sintética da evolução. Mutações Seres Vivos Seleção Natural Variabilidade Adaptação A descoberta dos genes e das mutações • Em 1900 as leis de Mendel foram redescobertas por Correns, Tschermark e De Vries. • Com isso eliminava as objeções a Darwin. • Mendel demonstrou que os ‘fatores’ responsáveis pela hereditariedade separam-se de forma independente na formação dos gametas. • De Vries foi o 1º a utilizar a palavra ‘mutações’, entretanto foram os trabalhos de Morgan, a partir de 1909, que introduziram a expressão “alteração genética”. • Posteriormente, com a elaboração de um modelo de gene que corresponde a um trecho da molécula de DNA, a mutação pôde ser explicada como uma alteração na sequência de bases nitrogenadas. Assim, a mutação mostrou-se com matéria-prima para a seleção natural, originando novos alelos e produzindo variações fenotípicas. A TEORIA ATUAL • A teoria sintética foi desenvolvida a partir da década de 1930 com base em contribuições de vários cientistas de vários países. • Essa teoria analisa os fatores que alteram a frequência dos genes nas populações, como: –a mutação –a seleção natural –a migração seguida de isolamento geográfico e isolamento reprodutivo e –a deriva genética (mudança ao acaso na frequência dos genes). 2 VARIEDADE GENÉTICA: MUTAÇÕES E REPRODUÇÃO SEXUADA • Uma mutação podem ser provocadas por diversos fatores, como: – defeito no mecanismo de duplicação DNA; – fatores ambientais (raios ultravioletas, radioatividade); – certos vírus; – pela ação de produtos químicos (benzimidazol, ácido nitroso, hidrazina e gás mostarda). • Embora existam enzimas p/ corrigir esses erros ou reparar os estragos, nem sempre isso ocorre. MUTAÇÃO e EVOLUÇÃO • Chamamos de MUTAÇÃO a mudança na sequência de bases do DNA. Ela pode ser suficiente para provocar o aparecimento de uma nova característica. • Isso ocorre porque , se alterarmos a sequência de bases do DNA, poderemos alterar a sequência de aa. da proteína, o q poderá modificar suas propriedades. • Quando isso ocorre nas células somáticas, as mutações não causam nenhum efeito evolutivo, pois não são transmitidas aos descendentes. • Ocorrendo nas células germinativas, podem passar às gerações seguintes e gerar novas características. • As mutações são um acontecimento raro, portanto, em princípio sua frequência é muito baixa na população. • Elas ocorrem ao acaso. • Por exemplo, se um organismo vive em um lugar frio, esse ambiente não favorece o aparecimento de mutações que aumentem a defesa contra o frio. • Diversas mutações podem ocorrer, se por acaso, aparecer uma favorável, esta será selecionada e, com isso, o nº de indivíduos portadores dessa mutação aumentará com o tempo. • Como a população está normalmente adaptada ao seu ambiente, é mais provável que que a mutação seja neutra ou desvantajosa. O ACASO DAS MUTAÇÕES • O conhecimento + recente sobre o mecanismo do código genético veio comprovar que as mutações ocorrem ao acaso. • A mutação ocorre independentemente de seu valor adaptativo. A chance de uma mutação aparecer não é afetada pela vantagem que ela pode conferir ao seu portador. • Mas se por acaso aparecer alguma mutação favorável ela será selecionada positivamente e o nº de indivíduos com a mutação aumentará com o tempo. • Ao contrário da mutação, a seleção natural não é um processo aleatório; não é por acaso que os insetos resistentes a inseticidas aumentam de no em ambientes c/ esses produtos. Por isso não podemos dizer que a EVOLUÇÃO como um todo ocorre ao acaso. REPRODUÇÃO SEXUADA • Na reprodução assexuada, os filhos são iguais aos pais. As únicas modificações resultam de mutações ocasionais. • Na reprodução sexuada, a meiose produz grande variedade de gametas, que, por fecundação podem originar muitos filhos geneticamente diferentes. • Isso acontece devido ao arranjo, ao acaso, dos cromossomos paternos e maternos e devido à permutação (troca de pedaços entre cromossomo fazendo surgir novas combinações genéticas). • No caso da espécie humana, mesmo que não houvesse permutação, seria possível a formação de 8.388.608 gametas diferentes (223) a partir dos 23 cromossomos. Os genes que condicionam as características do pai e da mãe são recombinados em infinitas possibilidades e produzem grande variedade de indivíduos, ou seja, grande diversidade genética • Desse modo, embora a reprodução sexuada não crie novos alelos (só a mutação faz isso), ela promove recombinações, aumentando a variedade genética, condição necessária p/ a evolução. • Sem variedade genética não pode haver seleção natural nem evolução. Para calcular o número de gametas diferentes que um indivíduo pode formar é só usar a seguinte fórmula:2n em que n é o nº de pares de cromossomos presentes na espécie. Se fizéssemos o cálculo para a espécie humana, seria 223 = 8.388.608 gametas diferentes. Leitura do texto: Vantagens da reprodução sexuada p. 128 SELEÇÃO NATURAL – p. 128 • A 1a parte do processo da evolução (variedade genética) ocorre ao acaso. • A 2a (seleção natural) não ocorre ao acaso, sendo influenciada pelo ambiente. Podemos dizer que os: –genes podem sofrer mutações aleatórias; –os indivíduos são selecionados em função de suas vantagens adaptativas, as populações evoluem. • O processo de seleção natural é + facilmente observado em populações que se reproduzem de forma rápida, como bactérias e insetos. Vejamos alguns exemplos de seleção natural. 3 A resistência de insetos aos inseticidas • Em uma população de insetos, a alta taxa de reprodução sexuada fornece populações variadas. • Qdo. essa população é submetida a determinado inseticida por um período prolongado, os indivíduos sensíveis morrem e os mutantes resistentes sobrevivem. • Gradativamente, diminui a qtde. de sensíveis e aumenta a de resistentes. • No início, os mutantes são raros, qdo. o inseticida aparece eles passam a ter + possibilidade de sobreviver e se reproduzir. Por isso a frequência dos resistentes aumenta aos poucos. • É importante ressaltar que a mutação resistente ao inseticida não foi provocada pelo produto. Ela já existia em baixa frequência a ação do inseticida consistiu em selecioná-la + e espalhá-la na população. A resistência de bactérias aos antibióticos • Com bactérias e antibióticos ocorre um fenômeno ≈ ao dos insetos. • Eventualmente aparece, por mutação, um gene que confere resistência ao antibiótico. • Se não houver antibiótico no meio, a característica não é vantajosa. Esse indivíduo é menos adaptado e pode perder-se por seleção natural. • Entretanto, a presença do antibiótico pode alterar essa situação: as sensíveis morrem e as resistentes sobrevivem e aumentam de no. O BICO DOS TENTILHÕES • De 1975 a 1977, a ilha Dafner (Galápagos) passou por um período de seca muito forte, o que provocou uma redução no no de sementes. • As plantas que sobreviveram a seca tinham sementes grandes, sendo assim os pássaros de bicos pequenos não conseguiam consumir (grande mortalidade). • Comparando o tamanho do bico dos pássaros antes da seca e depois, os cientistas constataram que, na média, ele aumentou. Leitura do texto: A evolução da AIDS pág. 130 SELEÇÃO NATURAL NA SP HUMANA • Em certas regiões da África, a frequência de alelos que causa a anemia falciforme tornou-se muito alta. • Homozigotos (aa) para a doença apresentam problemas sérios que podem ser fatais. • Heterizogotos (Aa) ou não têm a doença ou têm uma forma + branda, que não prejudica a sobrevivência. • Os heterozigotos são resistentes à malária. • Assim, os heterozigotos para anemia falciforme têm vantagem adaptativa sobre: −as pessoas saudáveis, pois estes podem contrair a malária e morrer; −sobre os homozigotos, pois estes morrem cedo de anemia. Anemia falciforme no ser humano. • Nessa doença a troca de uma base do DNA provoca a troca do aa. glutamina pela valina na hemoglobina. • Com isso, as mol. de hemoglobina se agrupam e alteram a forma da hemácia, q adquire a forma de foice. Essas hemácias podem agrupar e bloquear vasos sanguíneos, diminuindo a oxigenação dos tecidos e até levar à morte. SELEÇÃO SEXUAL • É o processo pelo qual certas características sexuais são selecionadas e se espalham na população, pois ajudam o indivíduo a conseguir parceiro sexual. • Em certas sp os machos lutam entre si para conseguir a fêmea: são favorecidas características como: força física, chifres, garras,. Outras ssp é a fêmea que escolhe o macho mais atraente: ex. pavão, ela escolhe cauda + vistosa, etc. A cauda do pavão, o colorido das penas de pássaros ou das escamas de peixes, funcionam como um sinal de que o animal é saudável. • Nesse caso a fêmea escolhe justamente os animais saudáveis para ter filhos, que herdarão as características responsáveis pelo sucesso dos pais. As limitações da seleção natural – p. 133 • Em certos momentos da história da Terra ocorreu a extinção de grande nº de ssp – em curto intervalo de tempo. São as chamadas “extinções em massa”, provocadas por ex. por grandes mudanças climáticas ou ainda quedas de asteroides, entre outros fatores. • Muitas características se originaram da herança de antepassados. Por ex., o fato de uma baleia ter pulmões em vez de brânquias é explicado pelo fato dela ter evoluído de um mamífero terrestre. • Na realidade todas as formas atuais de vida surgiram depois de um longo processo de evolução, que produziu organismos capazes de sobreviver em determinado ambiente e deixar descendentes. • A história evolutiva das ssp deve ser vista como uma árvore. Na ponta de cada ramo estão as ssp atuais. Abaixo estão os ancestrais, que não existem mais e originaram os atuais. Melanismo Industrial A história das mariposas: críticas e réplicas • A história das mariposas de Manchester, na Inglaterra, é um exemplo utilizado para explicar a evolução por seleção natural. • Há 2 variedades de mariposas: cinza-clara e + escura. • Antes da industrialização, 1850, as mariposas claras eram + comuns em Manchester. Após a Revolução, 1900, a variedade escura passou a ser dominante. • Em 1950, o geneticista Kettlewell, realizou vários experimentos e concluiu q na região não poluída, os pássaros localizavam e comiam c/ + facilidade as escuras, pois as claras ficavam camufladas nos troncos cobertos de liquens. • A poluição destruiu os liquens e escureceu os troncos. Com isso, as formas escuras ficaram + camufladas e protegidas dos pássaros – ao contrário das claras – aumentaram de número. Antes da industrialização Depois da industrialização Antes da industrialização Depois da industrialização Assim, um indivíduo menos adaptado em um ambiente pode vir a ser o mais adaptado caso haja uma mudança ambiental. CAMUFLAGEM •Alguns animais têm a capacidade de se camuflarem c/ o meio em que vivem p/ tirar alguma vantagem. •A camuflagem pode ser útil tanto ao predador, quando deseja atacar uma presa sem que esta o veja, ou para a presa, que pode se esconder mais facilmente de seu predador. CAMUFLAGEM CAMUFLAGEM CAMUFLAGEM CAMUFLAGEM CAMUFLAGEM CAMUFLAGEM MIMETISMO • Semelhante à camuflagem, só que ao invés de se parecerem com o meio, os animais que praticam o mimetismo tentam se parecer com outros animais, com intuito de parecer quem não é. Verdadeira Monarca amarga: Danaus plexippus Falsa monarca Cobra coral verdadeira Falsa cobra coral ATIVIDADES Aplique seus conhecimentos 1 a 18 (exceto 7) – pág. 135 a 139