TERÇA-FEIRA | 23 FEV 2016 | 03 Actualidade Itália é um dos principais mercados Para António Oliveira, CFO da OLI, a visita oficial do embaixador de Itália “reflecte a importância da inovação da OLI na indústria luso-italiana, na criação de soluções de banho hidricamente sustentáveis e inclusivas. Itália é um dos principais países de exportação da empresa”. Em Portugal e em Itália, a OLI integra um total de 400 colaboradores e regista uma facturação superior a 57 milhões de euros com a integração no Grupo Escócia Fondital, sediado em Bréscia. O grupo italiano actua em quatro sectores de actividade - aquecimento, fundição em alumínio, metalização em plásticos e redes de esgotos e águas -, tem 2.600 colaboradores e factura cerca de 807 milhões de euros por ano. | Charles Cormack Consultor Market Access | Cormack Consultancy Group Embaixador de Itália visita OLI e Love Tiles Empresas “Duas realidades muito importantes e modernas que, além de tudo o mais, têm investimento de capital italiano”, considerou Giuseppe Morabito O embaixador de Itália em Portugal, Giuseppe Morabito, visitou, na passada quinta-feira, a OLI, empresa aveirense que é a maior produtora de autoclismos da Europa do Sul, e a Love Tiles, líder na produção de revestimentos e pavimentos em cerâmica. O embaixador disse ao nosso jornal que ao visitar estas empresas, que têm investimento italiano, está a “promover o investimento italiano em Portugal”. Quanto à OLI e à Love Tiles, considerou tratar-se de “duas realidades muito importantes e modernas que, além de tudo o mais, têm investimento de capital italiano”. Conhecedor da realidade portuguesa, o diplomata italiano sabe que “Aveiro é uma das regiões mais empreendedoras, industriais e exportadoras de Portugal” e, por isso, “queria, há muito, conhecer esta realidade” que considera “muito interessante”. O embaixador gostaria de ver ainda mais investimento italiano em Portugal. “Os italianos são muito fortes a exportar mas ainda têm alguma dificuldade quando se trata de Giuseppe Morabito visitou a cidade de Aveiro saír do seu país para investir no estrangeiro”, reflectiu Giuseppe Morabito. Na sua opinião, “isso ainda acontece ou porque não conhecem bem certas realidades” ou porque ainda têm “uma economia assente num conjunto de pequenas e médias empresas com receio de arriscar fora de portas”. A deslocação a Aveiro faz, pois, parte de um trabalho que está a fazer “de mostrar que há aqui muitos pontos de contacto com a realidade italiana e que somos parecidos em hábitos”. Além disso, em Portugal, há tudo o que um empresário italiano procura: “um bom nível de vida e custos do trabalho não muito elevados”. Desde Setembro de 2015 no cargo de embaixador italiano em Lisboa, Giuseppe Morabito passou pela Universidade de Aveiro, onde se deslocou para conhecer o trabalho que ali se desenvolve e contactar com o Reitor Manuel Assunção. As suas expectativas confirmaram-se pelo que não tem dúvidas em afirmar que “a Universidade de Aveiro podia ser um exemplo para muitas universidades italianas, no sentido em que possui uma incubadora de empresas que permite uma ligação muito estreita entre a pesquisa científica e a indústria e entre os formandos e os formados e as empresas”. A cooperação entre os dois mundos é “muito importante para reforçar a competitividade da indústria, que é a única solução para Itália e mesmo para Portugal, que está a sair da crise, já que é através da competitivdade das empresas que um país consegue exportar mais e fazer a economia crescer”, concluiu. | P ara a grande maioria das pessoas, falar na Escócia é sinónimo de whisky, golfe e, possivelmente, jazidas de petróleo. Mas na realidade, o seu conhecimento do mercado é muito limitado. O país esteve sobre os holofotes mundiais em 2014, altura em que se realizou um referendo relativamente à continuidade da Escócia no Reino Unido. Apesar dos resultados muito próximos da independência, os dois países mantêm-se unidos. No entanto, a Escócia será novamente tema internacional este ano, em que se prevê um novo referendo no Reino Unido e, desta vez, os resultados poderão ser substancialmente distintos. Tudo depende dos escoceses e de onde pretendem se posicionar no cenário internacional. Com a cada vez mais expectável saída do Reino Unido da UE (Brexit) é muito provável que a Escócia (onde a UE é muito popular) reclame, novamente, a sua independência.As sondagens apontam para um referendo que, agora, poderá decididamente conduzir à independência do território. Para além do whisky e do golfe, qual a proposta de valor da Escócia para o comércio internacional? Temos uma população de apenas 5 milhões de pessoas mas um PIB similar ao restante do Reino Unido. Somos um país rico e tradicionalmente inovador. Inventámos o asfalto, a bicicleta, os pneus de borracha, os canais, a máquina a vapor, o telefone, o radar, o multibanco, a penicilina, clonámos o primeiro animal e onde nasceu Adam Smith, considerado um dos pais da economia moderna. Este background inovador é fruto de um sistema de educação altamente qualificado. Os escoceses demonstraram desde sempre um foco especial nesta área e somos frequentemente galardoados com as melhores distinções a nível universitário. A prioridade na inovação é transversal à sociedade, não só em áreas como a biotecnologia e engenharia, mas também no desenvolvimento de grandes negócios online. O Skyscanner e o Fan Duel são duas empresas tecnológicas sediadas em Edimburgo com dimensão mundial. O petróleo é, também, um sector-chave para a economia internacional do mercado. Aberdeen, o grande polo petrolífero nacional, continua a ser uma das cidades mais movimentadas no Reino Unido e começa rapidamente a tornar-se um dos principais centros europeus de produção de energia renovável, nomeadamente a das ondas e das marés. A Escócia tem muito para oferecer! Para além da localização privilegiada para empresas que pretendam conquistar o extenso mercado inglês, o custo de entrada é menor e a rivalidade competitiva empresarial é inferior face à maioria das cidades do Reino Unido. Adicionalmente, o apoio concedido pelas agências governamentais tende a ser mais generoso, o que faz deste território uma relevante janela de oportunidade para abordar um mercado que tem mais de 55 milhões de consumidores. |