Escrevendo a história no feminino

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Anais do VII Seminário Fazendo Gênero
28, 29 e 30 de 2006
Homens, Gênero e Feminismo – ST 9
Felipe Areda
UNB
Ser gay e a possibilidade de não ser homem
Ser Homem...
Não se nasce Homem, nem se é Homem, empenha-se constantemente na busca de
tornar-se Homem. A virilidade representa justamente o investimento numa rede de relações com
a busca do reconhecimento da masculinidade. O sujeito, como já mostrou Lacan, é dividido,
barrado, marcado pela incompletude e não possui o falo. A virilidade é uma ética, uma constante
inquietude de si no sentido foucaultiano, uma relação que se estabelece com moral na qual o
indivíduo se empenha no mundo para se construir. Essa virilidade é a ética de uma moral entre
homens (todos barrados e sem falo), uma moral homossexual masculina na qual cada um busca o
falo. O falo é o capital simbólico dessa rede agonística de relações, é o signo simbólico distintivo
que marca o sujeito como possuidor do poder nesse campo.
O sexo não nasce feito. Por isso têm-se que se fazê-lo – fazemos sexo. O sexo como ato
está no centro da nossa construção identitária. Quando fazemos sexo, o indivíduo se faz Homem
e o outro se faz mulher. Ou melhor, o indivíduo se faz Homem fazendo do outro uma mulher,
fazendo do outro outro. O ato sexual é desse modo, um ritual no sentido de Edmund Leach, ou
seja “uma declaração simbólica que diz alguma coisa dos indivíduos envolvidos na ação”
(Leach, 1995: 74). Essa declaração não é apenas expressiva, mas perlocucionária, uma
declaração que não apenas expressa coisas já existentes, mas as faz no momento que as diz. O
sistema da construção do gênero faz-se principalmente pela sexualidade e pela sexualização.
Segundo Foucault:
“É pelo sexo efetivamente, ponto imaginário fixado pelo dispositivo de sexualidade, que
todos devem passar para ter acesso a sua própria inteligibilidade (já que ele é, ao mesmo
tempo, o elemento oculto e o principio produtor de sentido), à totalidade de seu corpo
(pois ele é uma parte real e ameaçada deste corpo do qual constitui simbolicamente o
todo), à sua identidade (já que ele alia a força de uma pulsão à singularidade de uma
história).”. (Foucault, 1888: 145-6).
E se sexo é por definição a divisão entre masculino e feminino, todo sexo e toda
sexualidade é heterossexual. Essa divisão no imaginário masculino, entretanto, não é igualitária,
pelo contrário, é hierarquizada. A mulher é o outro do homem. É o lugar que se violenta, sendo a
violência instrumento por meio do qual se coloca o outro em seu lugar, pela qual se faz o outro
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outro, se faz o outro mulher. Pelo sexo inscreve-se no sujeitos a hierarquia, marca-se o sexo, fazse sujeitos sexualizados, heterossexualiza-se os sujeitos e os corpos.
Como a honra não se estabelece em relação a um outro, mas aos mesmos, é preciso o
reconhecimento de outros homens para que se confirmar a sua conquista do falo (que é sempre
tão escorregadio e efêmero). O ato, entretanto, não basta, já que a ação se exaure no próprio
momento em que é executada. E como ser é aparecer, e é preciso aparecer como Homem, ser
reconhecido como Homem; faz-se necessário construir discursos que narrem a conquista, que
convençam os mesmos, que confirmem o falo. Por isso é necessário falar sobre o sexo, narrá-lo,
contá-lo e até inventá-lo. Goza-se com o discurso, com a aparência. Por isso, no ato sexual a
principal referência não é o outro, mas os mesmos, os homens que apesar de não estarem durante
o ato estão na mente daquele que se faz Homem. O gozo é discursivo, no sentido de um discurso
ser sempre dirigido a alguém – seja alguém existente, seja alguém dentro dele mesmo. O gozo
também é narcísico, falo-narcísico, para usar a expressão de Bourdieu. O homem goza no
momento que se vê possuidor do falo, o homem goza quando se vê Homem. Tem sido comum
ouvir de conhecidos a afirmação de que eles gostam de transar em motéis pela presença do
espelho, gostam de se ver “fudendo” o outro. “Fuder” é apenas um dos tanto vocabulários que
mostram como a violência se inscreve no próprio vocabulário com o qual no referimos ao ato
sexo. Podemos citar muitos outros: trepar, rangar, comer, meter, arrombar... E como nos
referimos ao órgão sexual masculino como arma: pau, vara, cacete...
A mulher, o outro, é o ponto central da masculinidade, nessa rede agonística de busca da
afirmação da virilidade. É a imagem do feminino enquanto outro que sustenta toda essa moral.
Podemos falar desse outro de dois modos: 1º) Eticamente, na relação consigo mesmo, já que a
categoria do outro é tão original quanto à própria consciência, ou até mais. A masculinidade é
um trabalho constante de construção diacrítica misógina, ao mesmo tempo teórica (quando se
narra retrospectivamente na busca de se construir uma subjetividade perante os mesmos) e
prática (durante o fazer sexo), na qual se empenha no distanciamento do gênero oposto e da
expurgação desse dentro de si, um habitus viril como habitus não-feminino. A mulher, o
feminino, é o ponto de referência negativa originário na construção do masculino. Assim, esse
processo de construção simbólica antes de ser de masculinização é um processo da busca da nãofeminização. O sujeito empenha-se nessa busca pelo falo justamente pelo medo de ser o outro,
de ser feminino, de ser chamado de “mulherzinha”, de “bicha”. Empenha-se em ser Homem para
não ser colocado no lugar da mulher; e, para sê-lo, precisa fazer de outros mulheres. Assim,
quando para fugirmos do outro de dentro nos empenhamos numa relação de gênero com as
outros de fora, também podemos falar do outro; 2º) politicamente. No primeiro sentido, o ato
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sexual é um empenho falo-narcísico, uma construção ética; como afirmou Lacan, não existe,
portanto relação sexual. O que existe, então, quando olhamos para os usos políticos desse ato,
são relações de gênero. O outro é a peça central dessa estrutura; é percebendo isso que Lacan vai
afirmar que a mulher é o próprio falo (apesar de não tê-lo). Toda essa moral é então alterofílica,
por precisar desse outro o tempo todo para funcionar, e alterofóbica, por funcionar através do
expurgo desse outro e/ou da construção hierárquico-violenta encima dele. Esse princípio
elementar de distinção entre eu/mesmos/outro não se restringe apenas as relações sociais, mas na
nossa cultura inscreve-se nas categorias com as quais damos inteligibilidade ao mundo. Foi isso
que Wittig chamou de um “pensamento straight” (expressão inglesa que tem explicitamente o
sentido ambíguo de “hetero” e “correto”), que Adrianne Rich chamou de “heterossexualidade
compulsória”, que Judith Butler chamou de “matriz heterossexual de inteligibilidade” e que
Bourdieu chamou de “habitus viril”.
Ser Gay...
Acreditando na afirmação de Rita Segato de que o patriarcado pertence ao nível do
simbólico, percebemos então que existe uma “androginia inerente à vida humana” (Cf. Segato,
1997 : 254), assim antes de significantes sobre significados unívocos, o gênero, como categoria,
“é extremamente instável e fugidio em seus processos de instanciação”. (Ibdem: 253.) Assim,
percebemos um “política de circulação” muitas vezes obliterada que faz com a matriz
heterossexual de inteligibilidade não se restrinja à relação entre um “homem biológico” e uma
“mulher biológica”, mas circule por outras relações, campos e sujeitos. Considerando isso, o que
esse trabalho pretende-se ser é uma proto-investigação a cerca dos processos, como as relações
de gênero têm se instanciado em espaços homoeróticos masculinos. Neste tento apresentar
alguns primeiros esboços de análises e reflexões que são feitas a partir de dados obtidos
etnograficamente e biograficamente sobre como os envolvimentos homoeróticos masculinas têm
se construído em Brasília. Ou seja, não sei o alcance que essas breves reflexões podem ter fora
dos espaços que tenho especulado e nem pretendo que tenha.
Ser gay poderia a principio aparecer como uma maneira de fugir da heteronormatividade;
poderia, mas não é isso que tem acontecido. Em Brasília os “meios gays” têm se construído
como um campo onde ainda tenta-se afirmar constantemente como Homem. Tenta-se criar
discursos que façam o envolvimento erótico com outro homem aparecer como um movimento
que não prejudique a sua masculinidade, ainda na busca de ser reconhecido como Homem. Antes
de uma tentativa de desconstruir a masculinidade, e lutar contra ela, já que é ela que causa a
homofobia, as pessoas que mantêm envolvimentos homoeróticos, pelo menos a maioria delas,
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para serem “aceitas”, têm tentado se encaixar na moral da masculinidade – o gênero, como uma
vez disse Stuart Hall, é a “realidade última”. Pode parecer paradoxal, mas não é tanto. Como
disse Parker:
“É possível, embora certamente não sem causar problemas, um homem estabelecer
relações sexuais não apenas com mulheres, mas também outros machos biológicos sem
sacrificar realmente sua identidade fundamentalmente masculina. Assumindo o papel
ativo de penetração durante o intercurso anal, preserva sua dominação hierárquica.”
(Parker, 1992: 79).
Assim, apesar de terem envolvimentos homoeróticos, não deixam de tentar se afirmar
como Homens. Isso, é claro, não é tão tranqüilo; faze-se necessários o mesmo empenho em
discursos de construção simbólica que se expurgue o “feminino” de seus atos e de suas
subjetividades. Ouve-se então: “Sou gay, mas sou o ativo”, “Gay é quem dá, eu sou é Homem”,
“Não sou gay, sou um Homem que faz sexo com outro homem [os HSHs]”, “Não sou
homossexual, sou bissexual [em algumas situações se afirmar como bissexual aparece como
menos gay, ou menos feminino, que se afirmar como homossexual]” e até o discurso pósmoderno atualmente tão em moda da “não-identidade”, da “não-rotulação” aparece em
ambientes mais acadêmicos como uma maneira de se afirmar como menos “bicha”. Esse repúdio
àquele que aparece como feminino faz com que se reproduza discursos discriminatórios até em
lugares nos quais se está para aparentemente fugir das discriminações. Num site GLS que atende
principalmente ao público de Brasília1, encontramos a seguinte enquete: “Você namoraria um
afeminado?”2 75,46 % (492 votos) responderam que não. E um dos leitores do site escreveu em
um espaço da enquete que permitia comentários: “É por causa dessas mulherzinhas que somos
discriminados.”. Vê-se como a misoginia essencial da masculinidade, o repúdio ao lugar
feminino, àquele que de algum modo aparece como feminino, permanece nesses espaços
instaurando a mesma moral da virilidade.
Parece que de algum modo, o discurso heteronormativo, essa matriz hegemônica de
inteligibilidade, adentra os guetos gays e transpassam todas as relações adequando esta a uma
lógica hegemônica. A mesma misoginia que cria o discurso homofóbico, um repúdio ao outro de
dentro e ao outro de fora, parece permanecer de múltiplas formas nessa divisão tão fortemente
estruturalizada por discursos culturais dentro dos guetos gays, o que cria até nos relacionamentos
mais íntimos barreiras identitárias intransponíveis e inegociáveis. Como me afirmou um
entrevistado: “Eu estou sofrendo isso no meu namoro atual. Eu não posso nem pensar em querer
ser ativo. Por eu ser afeminado, ele esquece que eu posso ter um outro desejo”. Esse tipo de
estrutura inegociável determina o que Foucault chama de Estados de Dominação, as relações que
“em vez de serem móveis e permitirem aos diferentes parceiros uma estratégia que os modifique,
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se encontram bloqueadas e cristalizadas” (Foucault, 1994: 710-1). Vislumbra-se a mesma
heterossexualidade compulsória, na qual para se encaixar nesse espaço, nesse campo, estabelecese a necessidade de se adequar a sua lógica, como podemos ver neste trecho de uma entrevista
realizada em junho do ano passado com um menino que tinha na época 14 anos:
P: Você é ativo ou passivo?
R: Ahh... não sei.
P: Por quê?
R:Porque eu não gosto de nenhuma das duas coisas.
P: Como então você se identifica quando está buscando alguém?
R: Como passivo.
P: Mas por que se você não gosta?
R: Porque é o único jeito ter algum contato, algum envolvimento.
Voltando a questão dos efeminados... Se viemos dizendo até então que a forma mais
elementar de constituição e da afirmação da masculinidade é a busca de expurgar o seu outro, o
feminino, e que esses discursos se mantêm hegemonicamente entre pessoas que se envolvem
homoeroticamente; por que é tão comum ver pessoas que para, se defender das investidas
violentas do machismo, ratificam o discurso homofóbico que as colocam como outro? Por que
certos homens usam como estratégia defensiva e até militante se efeminar? Por exemplo: alguém
ofende um indivíduo o chamando de “bicha”, então ele se defende, levantando ostensivamente a
voz e rapidamente se afeminando: “sou bicha mesmo!”. Essa seria uma ruptura na moral da
masculinidade? Creio que não, como afirmou Herbert Daniel no autobiográfico livro Meu corpo
daria o romance: “Os homens que adotam um modelo de comportamento feminino não buscam
inspirar-se nas mulheres reais. Nenhuma ‘bicha louca’ se diz uma mulher apenas, prefere referirse a si mesmo como puta ou como símbolo sexual passivo.” (Daniel, 1984: 147). Assim, ao
esteriotipadamente se afeminarem se colocando como alguém ativamente passivo não se
colocam como uma mulher-outro, faz-se questão de se afirmar que se está nessa posição porque
quer, porque “eu gosto mesmo”. Não se é uma mulher qualquer, é-se uma “puta”. Assim, afirmase como não-outro, mostrando que se é ativamente feminino e não um outro feminilizado. Não é
de estranhar que uma mesma pessoa que tão orgulhosamente se efemina possua comumente
discursos misóginos. A busca continua a mesma – não ser o outro. Esse exemplo ajuda a mostrar
como o gênero antes de uma estrutura rígida é um discurso que se apropria de atos e relações
criativamente dando uma inteligibilidade masculina a relações mais múltiplas possíveis.
Viemos até aqui mostrando como a moral viril continua sendo a base pela qual um grande
número de pessoas dá inteligibilidade e busca aceitação (sempre perante mesmos, mesmo quando
esses estão internalizados) dos envolvimentos homoeróticos de sua vida. Aqui, os gays homens,
diferentemente das lesbianas de Wittig, estão absolutamente presos a heteronormatividade e,
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como já foi dito, esta funciona ao criar outros, ao criar um léxico de alteridades. As vítimas da
heteroficação dos espaços têm sido muitas, falarei aqui brevemente de quando me vi como uma
delas. Em Brasília, um desses outros têm sido o adolescente. Chamado nos meios gays de teens,
esses têm sido muitas vezes o falo a partir do qual muitos homens constroem a sua
masculinidade – ao invés de uma lógica de gênero genital, construiu-se uma lógica de gênero
etária. São, nos meios gays de Brasília, objetificados e transformados no capital simbólico com o
qual homens se afirmam. Vi muitas vezes em chats homens trocando fotos de adolescentes e
narrando suas aventuras sexuais numa luta agonística para ver quem era o mais Homem. Fui,
alguns anos atrás, junto de amigos, muitas vezes segurado por homens mais velhos em lugares
gays chegando a situações nas quais tínhamos que sair correndo para não correr maior perigo.
Sofri inclusive, numa outra situação, uma tentativa de estupro na qual foi muito mais difícil de
fugir. Quem dera tivesse esta sido uma situação particular produto do mero acaso e da má sorte;
mas não, foi apenas o epifenômeno de um pensamento hetero de uma lógica hegemônica de uma
cultura violenta e doentil – da busca incessante de se fazer outros.
Não ser homem e outras possibilidades de ser gay...
O principal discurso da militância gay tem sido hoje a aceitação. Quando se fala em
aceitação, exige-se do mundo que se aceite a nossa identidade. Faço sempre a mim mesmo uma
pergunta: qual é o conteúdo do está se exigindo aceitação? Acredito em uma militância íntegra,
tal como foi proposta por Audre Lorde (1982), uma militância na qual a primeira coisa que se
submeteria a um escrutínio, a um apuramento minuciosamente crítico, seria as nossas vidas, nós
mesmas, nós mesmos, expondo nossas relações, até as mais íntimas delas, e colocando-as em
questão, politizando-as, agindo sobre elas. Questionam-se antes de qualquer coisa nossos atos,
nossos pensamentos, nossos desejos, nossos eus. É exatamente essa militância íntegra que
entendo que seja ser feminista. Ser feminista é um projeto difícil de ser construir já que esse se
faz a priori como uma desconstrução e, por isso, deve ser constante. Falar apenas em aceitação
tem sido uma maneira de mascarar violência... Afinal que liberdade é essa que se busca? A
resposta que ouvi esse ano, no dia 17 de maio em Brasília, numa palestra pública do presidente
de uma das principais ONGs locais que lutam pelos direitos dos gays foi: “quero ter a liberdade
para comer 4 pessoas num parque e tirar onda com os meus amigos”. Sei que essa não é a fala de
todos os militantes, claro que há diversidades. Têm-se construído, porém, uma militância encima
de uma rede identitária que se organiza acima de qualquer conteúdo. Um espaço onde o
machismo gay, a misoginia, a discriminação com os efeminados, a heteronormatividade
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compulsória, o estupro de meninos, e também o racismo, o classismo e as muitas lógicas que
criam outros outros não estão em questão.
Certa vez Foucault (1982) afirmou que ao invés de nos descobrirmos ou nos afirmarmos
como homossexuais, deveríamos, antes de tudo, “criar um modo de vida gay. Um tornar-se
gay.” Seguindo sua sugestão, imagino um tornar-se gay feminista. Um devir-gay em um
processo constante, íntegro e auto-crítico, na qual busque-se politicamente lutar contra a
heteronormatividade, buscar formas de sabotá-la, de fazer-se marginal a ela, de se estar
desfazendo gênero, desgenerificando nós mesmos e o mundo – buscando-se formas de não nos
tonarmos nem homens nem Homens.
Referências
DANIEL, Herbert. Meu corpo daria um romance. Narrativa desarmada. Rio de Janeiro: Rocco,
1984.
FOUCAULT, Michel. Dits et écrits. 1954-1988. Paris: Gallimard, vol. IV, 1994.
______. História da sexualidade 1 – O Vontade de Saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
______. Sexo, poder e a política da identidade. [1982]. In: “Espaço Michel Foucault”:
http://www.unb.br/fe/tef/filoesco/foucault/
LEACH, Edmund. Sistemas Políticos da Alta Birmânia. São Paulo : Edusp, 1995.
LORDE, Audre. Sadomasochism in the Lesbian Community: An Interview With Audre Lorde
and Susan Leigh Star. In: LINDEN, Robin R et alli. Against Sadomasoquism – a Radical Feminist
Analysis. Palo Alto: Frog In the Well, 1982.
PARKER, Richard G. Corpos, prazeres e paixões: A cultura sexual no Brasil contemporânea.
São Paulo: Best Seller, 1992.
SEGATO, Rita Laura. Os percursos do gênero na antropologia e para além dela. Sociedade e
Estado. Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília – Brasília, jul/dez, Volume XII,
1997, pp. 235-262.
7
1
2
Cf. “ParouTudo.com” http://www.paroutudo.com/servicos/enquetes.htm
A enquete esteve aberta entre 20.09.04 e 14.10.04
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