Papel da calcineurina no controle do dimorfismo, crescimento e

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: Paracoccidioides brasiliensis, calcineurina,
dimorfismo, crescimento, viabilidade
Campos, CBL; Nóbrega, MP; Nóbrega, FG
Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Universidade do Vale do Paraíba, São José dos Campos, SP.
Papel da calcineurina no controle do
dimorfismo, crescimento e viabilidade do
fungo patogênico Paracoccidioides brasiliensis
Paracoccidioides brasiliensis é um fungo dimórfico causador da paracoccidioidomicose, uma micosa
sistêmica prevalente na America Latina e importante no Brasil. Embora o dimorfismo e o subseqüente
crescimento do fungo no hospedeiro humano a 37oC seja necessário para a infecção, virulência e
patogenicidade, muito pouco é conhecido a respeito dos mecanismos bioquímicos intracelulares que
controlam estes processos. Neste trabalho foi investigado se a calcineurina, uma serine/treonine fosfatase
dependente de Ca2+/calmodulina, faz parte dos mecanismos intracelulares que controlam o dimorfismo,
crescimento e viabilidade do P. brasiliensis antes, durante e após a transição dimórfica induzida pelo
aumento de temperatura. Dois inibidores de calcineurina, cyclosporina A (CsA) e FK506, que atuam
através da ligação às imunofilinas ciclofilina e FKBP, respectivamente, impediram o dimorfismo de P.
brasiliensis e o crescimento subseqüente da cultura após a transferência de temperatura de 25oC para
37oC. A inibição da calcineurina também bloqueou o crescimento da fase leveduriforme do fungo,
mas não alterou o crescimento de micélios. A CsA foi, no entanto, mais eficiente do que o FK506
em bloquear a transição dimórfica e o crescimento do P. brasiliensis, provavelmente porque os alvos
da CsA (ciclofilinas) sejam mais abundantes que os alvos do FK506 (FKBPs), como sugerido pela
análise de seqüências usando o bando de dados de EST de P. brasiliensis. A calcineurina não parece
controlar a viabilidade do fungo, que permaneceu metabolicamente ativo na presença de ambas as
drogas nas diferentes condições experimentais utilizadas neste trabalho. Como conclusão, a mudança
de temperatura que desencadeia a transição dimórfica do micélio para levedura de Paracoccidioides
brasiliensis leva a ativação da fosfatase calcineurina, que é necessária para o dimorfismo e o crescimento
subseqüente do fungo a 37oC, bem como o crescimento da forma leveduriforme nesta mesma
temperatura. Entretanto, o crescimento do micélio a 25oC e a viabilidade do fungo nas diversas
fases ocorre independente da calcineurina.
Supported by Fapesp, CNPq.
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