Resumo - Sociedade Botânica do Brasil

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Resumo
A INFLUÊNCIA DE PASTAGENS SOBRE FLORESTAS SECUNDÁRIAS EM
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: ESTUDO DE CASO DO MACIÇO DA PEDRA
BRANCA, RJ
Autores:
Flavia de Carvalho Dias (1), Rogério Ribeiro de Oliveira (2)
Filiação:
1. Instituto de Florestas, Ciências Ambientais e Florestais, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 2.
Centro de Ciências Sociais, Depto. Geografia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Palavras Chave:
Floresta Atlântica, unidades de conservação, fragmentação de hábitats
Resumo:
O dano causado pela fragmentação artificial e conseqüente proliferação de bordas,
aparentemente é extenso influenciando praticamente todo o ecossistema e as
respectivas comunidades. O trabalho tem como objetivo principal analisar o efeito de
borda causado por áreas de pastagem sobre as florestas secundárias localizadas no
Maciço da Pedra Branca. Para isso, foram realizadas amostragens em uma área
ecotonal entre pastagem e floresta localizada na Bacia do Rio Caçambé. As mudanças
provocadas pela existência de uma borda envolveram avaliações de efeitos biológicos,
utilizando como ferramenta a riqueza de espécies, a densidade, estrutura diamétrica e
de tamanho dos indivíduos. Foram instaladas 3 parcelas (de 200 X 30m), uma em cada
intervalo de distância perpendicular à linha de borda em direção ao interior da floresta (0
a 30m, 100 a 130m e 200 a 230m). Dentro de cada parcela foram estabelecidas 10 subparcelas de 10 x 10 m (100m²), alocadas ao acaso e distantes 20 m entre si. Todos os
indivíduos arbustivos e arbóreos com DAP ? 5 cm foram marcados e tiveram seus dados
de altura e diâmetro anotados. Até o momento, foram analisados os dados referentes às
distâncias 0-30m e 100-130m. Não houve variação no número de espécies em relação
ao distanciamento da borda (média de 6 espécies/ 100m² na borda e 6,2
espécies/100m² no interior). Porém, as parcelas do interior da floresta apresentaram
maior abundância com média de 12,5 indivíduos/100m² contra 10,6 indivíduos/100m² na
faixa de borda, indicando maior heterogeneidade neste ambiente. A altura média do
dossel variou entre 10,9m no interior e 8m na borda, onde provavelmente árvores de
maior porte foram excluídas devido aos efeitos de borda. Os resultados diamétricos
corroboram com esta hipótese, o diâmetro médio dos indivíduos foi de 47,8 cm na borda
e 53,9 cm no interior. A heterogeneidade das bordas sugere uma capacidade de
recuperação do ecossistema caso os impactos antrópicos sejam interrompidos.
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